LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Carmem Teresa do Nascimento Elias Rio De Janeiro/RJ
Carne Para um Mago Que haja alguma zanga, sim! Não ligo; se no céu há alguma máquina de voar, E carne Com os olhos rasos de lágrimas, o mundo fica estranho que nem me espanto. Há momentos de sentimentos tão pesados que, saídos da vida, Ficam voando pelos céus em embarcações estranhas E só mesmo por muita distração É que são arremetidos ao chão. Meu coração sente frio e viaja Inventa situações para distrair desses horrores Fica opaco, desluzidos de ouro e de todas as cores Do falso perfume que incorpora a noite e me faz pensar em você. E agora só falta vir o tempo falso Esse que faz ver naves voando no firmamento De Velas içadas, a arrastar para dentro, Esses olhos sem Deus que fitam tanto os meus.
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