LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Cizina Célia Fernandes Pereira Resstel e Ana Paula Fernandes Pereira Marília/SP
São Carlos/SP
Enfermagem: Um olhar mais que especial Nesse atual cenário planetário, vivemos a experiência da destrutividade, em que a natureza responde à violência expressa em seu ambiente, na qual a imagem saudável está sendo desfigurada pelas mãos do homem, haja visto, o seu reflexo, como o desmatamento e as queimadas das florestas, o aquecimento global, os rios quase sem vida, a poluição exacerbada de toxicidade depositada no ar e a COVID-19 (CORONAVIRUS DISEASE, 2019) que alterou a saúde e o comportamento biopsicossocial das pessoas. O mundo parou por conta da ameaça da COVID-19 e não tivemos que pedir para pará-lo, como fala a música “Pare o mundo que eu quero descer” de Silvio Brito, e desse jeito “tá tudo errado”, enquanto ficamos aqui parados, esperando algum modo de vida diferente. O velho cada vez mais se distancia de nós e o novo se torna imprevisível diante de nossos olhos, nessa guerra secular pela vida, em que o vírus invisível, carrega a carga letal, que é considerada a maior bomba desses últimos tempos contra a vida humana. Assim, vamos escrevendo a história da humanidade, pois sofremos intensamente e pagamos por tudo. Somos indivíduos endividados! Pagamos para nascer, viver e morrer, como diz Silvio Brito. Essa é a condensação de tributos que carregamos, dado a nós pela nossa existência. Sem segurança, o isolamento foi a estratégia posta como eficaz no controle para não disseminação da COVID19.
Dessa maneira, causou-se uma ruptura da mobilidade humana, em que o
homem social e em movimento, teve que se reinventar diante do caos. O contato com a alteridade se tornou uma ameaça real de morte. O tempo é único em todos os instantes e a velocidade anda desacelerada, menos para alguns profissionais, em especiais, os da enfermagem e os técnicos. Esse é o outro palco da vida que segue acelerado, de quem cuida do infectado
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