LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Dryyca Marques Nilópolis, Rio de Janeiro/RJ
Preta que sou Preta que sou Preciso não enlouquecer com mazelas diárias desse mundo. Preta que sou Observo seu riso cheio de maledicência desejando ou oprimindo meu corpo. Preta que sou Choro quando uma mochila ou um boné sugere ao mundo quem tu és. Preta que sou Defendo cotas para quem precisa e não pra os abastados que economizam tirando oportunidades de quem nada tem. Preta que sou Combato o patriarcado que tanto nos rouba e subjuga ao seu bel favor. Preta que sou Grito no seu silêncio de conivência com as barbáries impostas sobre meu povo. Preta que sou Leio, falo e escuto tudo que aos seus olhos parecem bobagens, mas não é. Preta que sou Sigo subvertida nessa vida ainda contida em nome da minha cor.
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