LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Gilberto Moura São Luis/MA
O Vazio da Existência O ter na vasilha do vazio Que não enche o vazio do ser Aqui ou lá há de se rever A existência por um fio Vem e depois vai embora Sem saber de onde E muito menos pra onde Assim como água, se evapora. Pra que tanta luta vã Pra se chegar a nenhum lugar Pra viver sem se cansar Há de não ter a mente sã A luta é ferrenha desde o início Nos primeiros dias a infância Nos próximos, a ganância. Do ofício, nenhum benefício. Acumula-se no quente e na aragem Pensando sempre no futuro O hoje é claro e o amanhã é escuro Nada se leva na última viagem.
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