BRASILEIRO
IMPERADORES DA TIRANIA Eis que olham para os nossos fartos quintais, Como abutres gananciosos que sempre querem mais, Enfeitiçados pela exuberância de nossos eternos carnavais. Não possuem o dom nato de nossa inocente alegria, Seu enredo é um postulado de violência que só tripudia, Ignoram a simplicidade de nossa solene magia, Com seu medieval embuste de uma arrogante nobreza. Mas eis que se levantam as bandeiras africanas, Encurraladas por uma mísera fome, Ditada por mente global insana, Que ignora o sofrimento de um grito que reclama, Igualdade de direitos e por solidariedade clama. Agora é sua vez, celeiro majestade que se ufana, De ser tão grandioso em seu berço esplêndido, Que seja exemplar e soberana a sua rebeldia, Levanta a foice de justiça contra os Imperadores da tirania.
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