BRASILEIRO
ABRIL ESCARLATE Somos devaneios de uma angustiosa razão, E com este fim, caminhamos com um insólito coração. Hipócritas ululantes, injustiçados esculpidos, Homens que não enxergam nem o próprio umbigo. Somos revolucionários de ideais recalcados, Desumanizados, fingimos ser solidários, Comensais ultrajantes de humildes ultrajados, Povo sem soberania, desempregados sem prévio aviso. Fome famigerada na caquexia que enriquece seu glutão inimigo, Bandeiras vermelhas sem azul constituem um mero espectro iludido, E jamais serão sustentadas por um verde-amarelo engrandecido. Porque será eternamente este gigante adormecido, Que nunca despertará, enquanto entorpecido, Pelo tráfico de influências de seus palácios de corrupção, Solo árido infértil para sementes de correção. Onde estou, onde está e onde estão? Aqueles que marcham em luta por um justo quinhão. Como obter esta paz social, pois seu conflito é um imposto em potencial? Onde hoje turvam na marginalidade da retidão, Os que como justamente retos, manipulam e maquiam esta podridão. 19