BRASILEIRO
ESTROFES ANUNCIADAS Amazônia, tu és o travesseiro deste gigante adormecido, Que de tanto dormir, já não ouve mais zumbir, A ameaça dissonante ao seu próprio ouvido. O que fazem com tanta riqueza, os teus pares, Estes pérfidos mensageiros do rei, em seus altares. Pululam travestidos de uma vil nobreza, Com barganhas traduzidas pela muita esperteza. Zombando dos velhos, famintos e doentes da pobreza, Enriquecem ambições como deuses em sua realeza. Se eu pudesse alcançar com minha voz o altar sagrado, Não haveria neste mundo qualquer magistrado, Que pudesse encobrir este nosso verdadeiro algoz. Em marcha solene, urja povão brasileiro, E liberta da escravidão, a mansidão que há em cada um de nós.
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