José Brites-Neto
SUMO CAVALEIRO DO APOCALIPSE Sumo Cavaleiro do trono celícola, Que urge dos céus ao campanário, Traze aos sedentários o veio de justiça, Pela paz do teu sacrifício vicário. Pela tua graça e divina onisciência, Esmiúça as agruras de nosso caminho, Irradia a luz de plena benevolência, E desata o nó de nosso pergaminho. Liberta a verdade que está ao homem oculta, E renova nossa alma tão impura e inculta, No teu saber onipotente de cetro celífluo, Julga nossas causas de perfil supérfluo. Descerra misericórdia neste cenário apocalíptico, Não derrama tua ira ao justo, senão ao ímpio, Sonda o coração de tudo que te evoca, Paira o teu Espírito por sobre uma Divina Rocha. Faze piedosa a vara que castiga o que suplica, Transformando este lago de enxofre que nos purifica, E sobre a ardência das labaredas deste fogo eterno, Derrama o sangue da tua Glória e livra-nos deste inferno. 28