BRASILEIRO
FILHO DE UMA FRUTA PODRE Desculpe pelo aparente palavrão, Mas não aguento mais tanta omissão, De seres em sua complacente visão, Caídos como frutas podres no chão. Faltou algum adubo serôdio irmão? Ou sua época de plantio foi tardia? Não seja alvo da praga da hipocrisia! A terra não tem culpa de sua covardia. Não tem herança de transgênico? E nem tão pouco cultivo hidropônico? Então não ceda a este poder irônico, Que ilude você em ritual platônico. Cuidado com a ceifa dos insalubres, Com imagem pura de nobres tóxicos, São travestidos por total domínio, Selecionados por duvidoso escrutínio. Sua resistência deve ser natural, Não seja contaminado por este mal, Erga-se do solo sendo marginal, Assume seu direito mesmo que abissal.
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