BRASILEIRO
NÔMADES DE PENSAMENTO Margeando ao longo de tão pouco intento, Flui como líquido precioso em desencanto, A originalidade do ser perdida em esperanto, Onde mais nenhuma linguagem pode ser pano de campo. Ventos doutrinários torpedeando seus próprios planos, Projetos nascidos e sepultados por ditames prolixos, Muitas palavras, muitos discursos, muitos sufixos, Esquecendo em sua gramática, o amor como prefixo. Linguagens enigmáticas, sombrias em suas promessas, Pois o poder coroou sua majestade, na sobejidão de sua teatral peça, Ordinárias ordens, subversivas em sua inconsequência, Onde estão os democratas em sua coerência? Ditadores malogrados por sua perfídia subjetiva, Travestidos em vítimas de sua sonhada carnificina, Hoje vomitam suas amarguras rancorosas, Ao invés de provar competência em verso e prosa.
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