José Brites-Neto
PALMAS DE MINHA TERRA Buriti doce palmeira, De amargo fruto e doce sabor, O teu vinho me embriaga, Como a morena fazendo amor. Açaí doce escarlate, És mais puro que a erva-mate, Tão forte como um rubro estandarte, Da pobreza és o vigor. Patauá de altiva magia, Frágil semente sem frescor, O teu bálsamo é alegria, O teu tempero é resplendor. Palmas de encanto da minha pátria, Verde e solene magia, que não tem fim, Do solo infértil, cresceis espraiada, Na Amazônia sois bosques, sois jardins.
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