Anuário Verde é Vida

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Professores que fazem o Verde é Vida

Palavra do Coordenador

20 anos de ação ambiental

Existe um ditado que diz que “colhemos o que plantamos”. Ao pensar sobre esta afirmação, a equipe do Verde é Vida infla o peito com orgulho ao confirmar que, há 20 anos, vem colhendo frutos positivos da ação Bolsa de Sementes. São 31 anos de atividades

do Verde é Vida – e nem vou entrar no mérito das ações já realizadas pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em prol do desenvolvimento sustentável do meio rural, desde a sua fundação, em 1955 – e 20 anos da Bolsa de Sementes. Temos motivos para comemorar.

EXPEDIENTE

Anuário Verde é Vida 2022

Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra

Rua Júlio de Castilhos, 1031 - 96810-156 - Santa Cruz do Sul - RS

Telefone: 51 3713-7700 | E-mail: verde@afubra.com.br

www.afubra.com.br

Coordenação Geral: Adalberto Sidnei Huve

Coordenação Editorial: José Leon Macedo Fernandes e Luciana Jost Radtke

Redação: Luciana Jost Radtke, MTb/RS 13.507 e Michelle Treichel, MTb/RS 12.559

Produção gráfica/Diagramação: Cristiano Henrique Schindler

Capa: Marketing Afubra

Colaboração: Márcio Castro Guimarães, Vivian Padilha Nardi e coordenadores regionais

Fotos sem crédito: www.istockphoto.com/br

Impressão: Cromo Gráfica e Editora

Tiragem: 500 exemplares - Distribuição gratuita

Os trabalhos publicados neste Anuário são de responsabilidade da coordenação editorial, dos relatores, orientadores e pesquisadores. É permitida a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, desde que citada a fonte.

Porém, nunca é demais lembrar que a comemoração da colheita positiva só é possível pelas parcerias firmadas: Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm) e municípios e escolas parceiras. Alunos, professores, equipes diretivas, funcionários das escolas, pais e comunidades: a vocês o nosso agradecimento. E, tenham a certeza de que nosso comprometimento com a sensibilização pela preservação do meio ambiente seguirá firme e forte e, para isso, continuamos a contar com vocês.

Não poderia deixar de explicar que a publicação que vocês têm em mãos sofreu alterações. Contávamos com a Revista Verde é Vida e os Anais. A partir deste ano, ambos foram unificados, dando a oportunidade de mais pessoas conhecerem o trabalho que a grande Família Verde é Vida realiza. Esperamos que gostem! Boa leitura!

Adalberto Sidnei Huve coordenador geral do Projeto Verde é Vida ÍNDICE Palavra do Presidente da Afubra Ações socioambientais e rurais 5 Bolsa de Sementes 20 anos coletando o futuro 8 Coordenação e Abrangência Quem coordena e quem são os parceiros 6 Parceria Os resultados da Bolsa de Sementes 13 Preservação Os resultados do Óleo Saturado 14 Pesquisa Científica Quem estará na Expoagro Afubra 2023? 16 História 18 Ação Escolas mostram suas atividades 30 ANAIS Resumos coordenadores municipais Resumos das escolas Resumos pesquisas científicas 33 36 42 65
ininterruptas
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
4 Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra

Palavra do Presidente

Ações para a preservação da natureza

Nos últimos 31 anos o Verde é Vida tem promovido, junto com suas escolas parceiras, uma educação socioambiental com o objetivo de desenvolver uma educação voltada ao meio rural, incentivando sua diversificação, sustentabilidade, proteção da criança e do adolescente, bem como, a valorização da família. O Verde é Vida traz, desde 1991, em sua essência, a ideia da proteção ambiental, tendo como principais agentes o aluno, sua família, sua comunidade e, claro, a escola como local de multiplicação desta proposta. Com o tempo, as ações se adequaram às normas e determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e das leis ambientais, que guiam as atividades do programa de educação da Afubra.

Neste contexto, o Verde é Vida, identifica as necessidades das escolas e procura dar apoio didático, pedagógico, técnico e instrucional para professores e alunos; promove a pesquisa através da iniciação científica; atualiza professores com cursos presenciais e a distância; incentiva os alunos a se organizarem em grupos para planejar e organizar suas atividades com compromisso e responsabilidade; estimula as escolas a realizarem atividades sociais, culturais e esportivas de forma a tirar alunos e professores das quatro paredes da sala de aula, aproximando escola e comunidade; propõe o envolvimento da família e das lideranças da comunidade nas decisões e realização dos projetos na escola; realiza programas permanentes de educação ambiental, como a Bolsa de Sementes e Coleta de Óleo Saturado.

Atualmente, o Verde é Vida está trazendo para o debate com as escolas a proposta da Organização das Nações Unidas para a Agenda 2030. Este debate complementa o que a Afubra tem realizado nos últimos

anos em seu programa de educação, que é trabalhar o desenvolvimento sustentável tendo como base o ambiental, o social e a governança. E, em tempos, onde o ESG (Environmental, Social and Governance) está nas principais discussões, levando empresas, órgãos governamentais e não governamentais a buscarem caminhos para uma melhor qualidade de vida. A Afubra, através do Verde é Vida, procura incentivar as comunidades assistidas por suas escolas parceiras a criar caminhos para a sustentabilidade local e regional, por meio de uma educação social, ambiental e rural. Portanto, com este cenário mundial, a Afubra entende que o caminho definido pelo Verde é Vida está desenvolvendo as premissas previstas no ESG e que a proposta de uma educação socioambiental e rural promoverá o crescimento dos alunos como cidadãos, suas famílias e sua comunidade, deixando para esta e para as futuras gerações, um planeta em condições para a continuidade da vida.

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Benício Albano Werner Presidente da Afubra Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
Verde é Vida alia atividades de sensibilização ambiental com o desenvolvimento sustentável do meio rural

As 15 Regiões de Atuação do Verde é Vida

RA Araranguá RA Rio do Sul e Ituporanga

Escolas: 4

Municípios: 2

Jacinto Machado e Meleiro;

RA Arvorezinha

Escolas: 11

Municípios: 4

Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis e Itapuca;

RA Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo

Escolas: 21

Municípios: 5

Agudo, Cachoeira do Sul, Candelária, Paraíso do Sul e Silveira Martins;

RA Camaquã

Escolas: 15

Municípios: 4

Camaquã, Chuvisca, Cristal e Dom Feliciano;

RA Herval D’Oeste

Escolas: 18

Municípios: 6

Água Doce, Capinzal, Herval d’Oeste, Joaçaba, Luzerna e Treze Tílias;

RA Imbituva e Irati

Escolas: 10

Municípios: 3

Imbituva, Prudentópolis e Teixeira Soares;

RA Rio Negro e Mafra

Escolas: 19

Municípios: 6

Agrolândia, Atalanta, Ituporanga, Petrolândia, Rio do Sul e Vidal Ramos;

Escolas: 15

Municípios: 4

Itaiópolis, Mafra, Piên e Rio Negro;

RA Santa Cruz do Sul

Escolas: 32

Municípios: 9

Encruzilhada do Sul, Herveiras, Gramado Xavier, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz;

RA São Lourenço do Sul e Canguçu

Escolas: 12

Municípios: 4

Canguçu e São Lourenço do Sul;

RA São Miguel do Oeste

Escolas: 8

Municípios: 4

Iporã d’Oeste, Princesa, São José do Cedro e São Miguel d’Oeste;

RA Sobradinho e Arroio do Tigre

Escolas: 17

Municípios: 5

Sobradinho, Arroio do Tigre, Lagoa Bonita do Sul, Salto do Jacuí e Tunas;

RA Tubarão e Braço do Norte

Escolas: 7

Municípios: 3

Braço do Norte, Gravatal e Tubarão.

RA Venâncio Aires

Escolas: 12

Municípios: 4

Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Mato Leitão e Venâncio Aires.

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Coordenadores Regionais do Verde é Vida

Araranguá

Alexandre Marchesini

Lédio Motta Bento

Arvorezinha

Juliano Landim

Francisco Beltrão

Atacir Nicolodi

Cássio Voese

Jaguari

Fábio Igor Fuchs

Nataniel Maria Sampaio

Sobradinho e Arroio do Tigre

Diones Ricardo Henker

Jonimar Moura de Oliveira

Rodrigo Eichelberger

Tubarão e Braço do Norte

Hilário Boing

Laércio Heidemann

Jayson de Medeiros Mendes

Venício Aguiar Ascari

Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo

Carlos Alberto Loewe

Guilherme da Silva Cardoso

Juliano Carlos Rohers

Leandro Muniz Schafer

Márcio Vasconcelos da Rosa

Renato Arthur Roos

Camaquã

Claudiano Bender Schmechel

Maicon Konrad Colognese

São Lourenço do Sul e Canguçu

Daniel Holz Prestes

Emerson Luiz Padilha Cardoso

Geber Conrad Ehler

Marcos Efraim Lessa Jung

Herval D’Oeste

Alceu Hoffmann

Mariza Lamperti Buffon

Imbituva e Irati

Carlos Roberto Stadler

Gerson Gomes da Silva

Lazaro Ramon Bock

Rio do Sul e Ituporanga

Geison José Schmoeller

Patric Marciano Barp

Rafael da Silva

Zeli de Lurdes Mees

Rio Negro e Mafra

Andréia de Melo

Edemar Pedro Konckel

Henrique Felczak

Santa Cruz do Sul

Adalberto Sidnei Huve

São Miguel do Oeste

Cleuse Fachin Martins Pinto

Jandir Stock

Venâncio Aires

Luiz Carlos da Silva

Tiago Dutra Maracci

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Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra

Duas décadas de histórias e

Bolsa

Há 20 anos a Afubra, através do Verde é Vida, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desenvolve a Bolsa de Sementes. Trata-se de uma ação socioambiental realizada em conjunto com escolas e municípios parceiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 2022, o trabalho de muitas mãos comemorou duas décadas com incontáveis frutos colhidos e com muito ainda a ser conquistado. Para a professora da UFSM, Maristela Machado Araújo, trata-se de uma iniciativa maravilhosa, focada em contínuos aprendizados. “A

Bolsa de Sementes é um desses projetos raro e positivos”, destaca, reforçando que não são comuns os projetos de pesquisa, sobretudo de extensão, de longa duração. São 20 anos em que Afubra e UFSM realizam uma educação ambiental prática, onde os alunos estudam sobre espécies nativas e realizam coletas de sementes que possibilitam a conservação dos recursos naturais, uma vez que essas sementes são distribuídas sem custos à comunidade. “Aqueles que participam diretamente do projeto têm a clareza do quanto são importantes para a

conservação dos recursos naturais, cuja reflexão por meio da concepção econômica fica mais fácil de vislumbrar.” Conforme Maristela, quando se pensa em um ambiente produtivo, como as lavouras e os pomares de frutos, fica evidente a necessidade de água e o quanto as florestas estão associadas, uma vez que protegem nascentes, rios e tudo mais que envolvem.

Além disso, as florestas nativas e diversas são habitat para organismos polinizadores essenciais e que estão envolvidos na produção de frutos e grãos. “A

O que pensam os coordenadores regionais

Entrei para a Afubra em setembro de 2009 como avaliador, e, desde então, sempre participo ativamente das ações do Verde é Vida. Com formação na área ambiental, sempre gostei de ajudar a proteger o meio ambiente; é muito prazeroso poder ajudar e ensinar as futuras gerações, por meio do Verde é Vida. Me identifiquei com a função e trabalho no que gosto. Agora com a função de coordenador Regional dos Assuntos Coorporativos consigo participar mais ativamente e ajudar as escolas e desenvolver ações com entidades parceiras.

Quando tenho um tempo livre das atividades da Mutualidade busco a ajuda e a parceria de instituições, onde desenvolvemos palestras, damos orientações sobre a implantação de hortas nas escolas, asilos e instituições. Aqui na região o Verde é vida sempre foi bem representado; frequentemente encontramos pessoas que nos relatam passagens e experiências vividas com ações do projeto como plantio de árvores e doações de material.

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Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra Foto: Arquivo Pessoal Carlos Roberto Stadler coordenador regional do Verde é Vida Imbituva/PR
de Sementes completou 20 anos com saldo de sucesso e muitas parcerias indispensáveis

Bolsa de Sementes envolve as espécies arbóreas nativas, disponibilizando as sementes para a produção de mudas e recuperação de áreas, contribuindo para sensibilização daqueles que construirão o futuro, as crianças, no sentido de pensarem e agirem com bom senso para o uso dos recursos naturais”, justifica. Para a engenheira florestal, a disponibilidade de sementes reflete em disponibilidade de material genético a ser cultivado como mudas ou disponibilizado como sementes para semeadura, visando a recuperação e sustentabilidade, amparado no tripé socioeconômico ambiental.

Maristela ressalta que a parceria Afubra e UFSM oferece a base para o sucesso das ações. “Sou UFSM, mas depois de tantos anos de atividades de extensão junto as comunidades, me sinto parte da Afubra, também. Primeiramente, porque o alicerce disponibilizado pela Afubra nos permite realizar parte do nosso trabalho, que financeiramente seria inviabilizado se dependêssemos de recurso público disponibilizado ao longo de duas décadas”, reflete. Lembra, ainda, da importância do trabalho conjunto para a formação acadêmica. “A Afubra é um dos nossos parceiros, particularmente na Bolsa de Sementes, projeto que atuo desde 2006, e que tem oportunizado apoio na formação dos nossos estudantes fora das salas de aula e dos laboratórios.”

Para Maristela, a Bolsa de Sementes viabiliza educação para sustentabilidade futura. E em relação ao futuro, projeta que a ação deve ser ainda mais dinâmica, com evolução e contribuições constantes à sociedade. Nesse contexto, destaca também que um grande ganho dessa

MaristelaMachado Araújo,professoradaUFSM

parceria é que os passos são pensados e alinhados continuamente, buscando melhorar processos, inserção de parceiros, capacitação de pessoas. “E isso tudo envolvendo os colaboradores da Afubra, os nossos acadêmicos,

O que pensam os coordenadores regionais

O Verde é Vida vem com uma proposta de auxiliar as escolas no processo de formação dos alunos, desenvolver cidadãos preocupados e defensores das questões ambientais e que sejam protagonistas em suas comunidades. Fico muito feliz em estar à frente da coordenação da região de Camaquã desde 2016; poder dar continuidade ao trabalho iniciado pelos colegas há 31 anos. Tive a oportunidade de participar das ações quando aluno em formação que, sem dúvida, contribuíram para meu aprendizado e que também sempre me trazem boas recordações. Agradeço as prefeituras, Secretarias de Educação, escolas, professores, alunos e colegas de filiais. Amigos que estão ou estiveram desenvolvendo conosco um trabalho de incentivo e desenvolvimento dos alunos que por esse caminho passam e que deixam e levam seu legado. Pessoas que auxiliaram na continuidade desse importante programa, exemplo de conscientização ambiental, social e de sustentabilidade. Vida longa ao todo nosso Verde é Vida.

A Bolsa de Sementes envolve as espécies arbóreas nativas, disponibilizando as sementes para a produção de mudas, recuperando áreas e contribuindo para sensibilização das crianças, no sentido de pensarem e agirem com bom senso no uso dos recursos naturais.

dentre os quais alguns que iniciam no projeto, outros com compreensão clara que colaboram na formação de quem começa e na possibilidade de inovação, e alguns já atuando em outras universidades e empresas pelo Brasil.”

Foto: Arquivo Pessoal
Claudiano Bender Schmechel coordenador regional do Verde é Vida Camaquã/RS
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Muitas razões para ser

O engenheiro agroflorestal Juarez Iensen Pedroso Filho acredita que a Bolsa de Sementes é um projeto muito especial por várias razões. “Começo destacando justamente a integração da comunidade em prol do meio ambiente, em especial das espécies florestais nativas. Apesar das florestas nativas estarem inseridas no interior das propriedades rurais, muitos não conhecem a finalidade das espécies ou a importância das florestas para o equilíbrio ambiental”, comenta. O gerente de Produção Agroflorestal da Afubra reforça que, através da Bolsa de Sementes, ocorre o resgate, o reconhecimento e consequentemente uma maior valorização dessas espécies. “Percebo a educação ambiental ocorrer na prática e atingindo várias dimensões.”

Independente das quantidades de sementes recebidas e distribuídas, que somam toneladas, Pedroso define o trabalho realizado como de suma importância. “Já tive a oportunidade de ver famílias inteiras engajadas no processo de coleta de sementes, desde monitorar a floração, frutificação, amadurecimento, coleta e beneficiamento dos frutos. Os avós ou pais indicando onde ocorre determinada árvore na propriedade e para qual finalidade era utilizada. Vejam o nível de engajamento e as conexões que são possibilitadas a partir do programa”, ressalta. Observa, ainda, que tudo ocorre de forma predominante em escolas do meio rural na área de atuação do Projeto Verde é Vida no Sul do Brasil, onde há remanescentes florestais nativos.

Essas áreas servem para promover a educação ambiental junto às comunidades, o uso racional, a preservação e conservação dos ecossistemas associados. “Com o engajamento de todos os parceiros, ao longo dos anos, temos propiciado o compartilhamento de conhecimento e ações em prol do meio ambiente.” O mais bonito disso, na visão do dirigente, é que a Bolsa

Com o engajamento de todos os parceiros ao longo dos anos temos propiciado o compartilhamento de conhecimento e ações em prol do meio ambiente.

JuarezIensenPedroso Filho,engenheiroagrofloresta

de Sementes é dinâmica e está sempre evoluindo juntamente com seus parceiros. “Atualmente, estamos em plena Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas (2021 - 2030). Mesmo após tanto tempo de existência ainda há necessidade por sementes para restauração dos ambientes naturais. Portanto, a Bolsa de Sementes se integra tanto na parte da educação ambiental como na distribuição de sementes de espécies florestais nativas”, revela. Na visão do engenheiro florestal, a Bolsa de Sementes é uma ação permanente e de interesse social. “É de interesse da nossa sociedade pelos recursos florestais e dos serviços ecossistêmicos promovidos pelos remanescentes de vegetação nativa. Vejo cada vez mais interesse pelas questões ambientais e os programas relacionados com o tema precisam acompanhar essa evolução. Independente das questões legais e obrigações, nós temos a responsabilidade de zelar pelos recursos naturais”, diz. Juarez Iensen Pedroso Filho vislumbra vida longa a Bolsa de Sementes pelo valor que tem e por tudo que traz e promove. “Valor porque valoriza o trabalho proativo ao meio ambiente, promove o conhecimento, a troca de experiências, conhecimento entre gerações, valoração das nossas espécies florestais, formação de alunos com a integração entre teoria e prática. Além de tudo, vemos o fator multiplicador do trabalho porque a Bolsa de Sementes não é um fim, mas um meio de estimular tantas outras pessoas/instituições de engajaram-se na produção de mudas e que de fato o ciclo virtuoso desse trabalho continue.”

Verde é Vida para mim não é apenas um programa sócio ambiental, onde incentivamos principalmente, a dar valor ao meio ambiente, mas também um incentivo aos alunos a decidirem suas profissões futuras. Já ouvi relatos de alunos que após participarem do Verde é Vida, decidiram ser biólogos, outros jornalistas, isso devido às pesquisas incentivadas por nós, a dicção, desinibição e oratória nas apresentações das mesmas. Sou grato a Afubra e o Verde é Vida, por poder participar.

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Luís Carlos da Silva coordenador regional do Verde é Vida Venâncio Aires/RS
O que pensam os coordenadores regionais
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Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

Bolsa de Sementes

A comunidade escolar que opta em participar da Bolsa de Sementes recebe instruções e capacitações relacionadas ao tema. A partir da opção da escola em realizar ações de coleta de sementes, é disponibilizada uma lista de espécies de interesse e de ocorrência nas diversas regiões do Sul do Brasil como guia orientativo. A partir disso, os frutos devem ser coletados, beneficiados para extração das sementes e armazenados temporariamente na própria escola. A partir deste ponto, cada lote de semente, separado por espécie, é acondicionado em embalagens específicas e identificadas com etiquetas para seguir da escola até a universidade.

Na UFSM cada lote de sementes é conferido quanto a viabilidade, qualidade, sanidade, confirmação da espécie relacionada e, por fim, encaminhado para o armazenamento em câmara fria. A partir disso, é constituída a Bolsa de Sementes, disponibilizando sementes para todos os interessados em dar continuidade ao trabalho produzindo mudas de espécies florestais. Desde a origem do trabalho, as sementes são disponibilizadas gratuitamente, desde que o solicitante identifique-se e explique a finalidade para qual dará a produção das mudas. Caso houver disponibilidade das sementes, as mesmas são preparadas para expedição pela equipe da UFSM. Já a Afubra encaminha a remessa até o interessado.

Em cada remessa de sementes a UFSM encaminha instruções de como proceder com o tratamento pré-germinativo das sementes, caso seja necessário, e um formulário para que o usuário retorne com informações relacionadas com a ação. A expectativa é que sempre sejam produzidas muitas mudas e que sejam destinadas ao plantio. O Viveiro Agroflorestal da Afubra também utiliza sementes oriundas da Bolsa de Sementes para a produção de mudas florestais.

Na UFSM cada lote de sementes é conferido quanto a viabilidade, qualidade, sanidade, confirmação da espécie relacionada e, por fim, encaminhado para o armazenamento em câmara fria.

O que pensam os coordenadores regionais

O Verde é Vida é muito importante ter ele presente na comunidade escolar trabalhando com uma educação socioambiental no meio rural e instigar os alunos para serem pesquisadores na questão da pesquisa científica.

É de suma importância na sua formação. Para mim, fazer parte desse processo, como coordenador regional, é muito gratificante, pois conheço muitos alunos que participaram junto do Verde é vida e hoje estão cursando faculdade e nunca esqueceram do que vivenciaram.

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Fotos: Luciana Jost Radtke/Afubra Geison José Schmoeller coordenador regional do Verde é Vida Ituporanga/SC
Foto: Arquivo Pessoal

Tesouros pedagógico, ambiental e

Para o coordenador pedagógico do Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes, a Bolsa de Sementes oferece três ganhos imediatos para os envolvidos. O ganho pedagógico possibilita que professores a alunos aprendam a conhecer as espécies florísticas, diferenciando nativas e exóticas. “Este aprendizado é para sempre, e o mais interessante é que esse processo de ensino aprendizagem coloca em prática o conhecimento empírico de pais, tios e avós, que conhecem a floresta e podem passar este conhecimento para os alunos”, esclarece. O segundo ganho é o ambiental, onde a Bolsa de Sementes promove uma diversificação genética das espécies nativas da Mata Atlântica ao distribuir sementes para os viveiros de todo o Brasil.

O terceiro ganho é o financeiro, onde as escolas são premiadas pelo seu empenho em coletar as espécies da Bolsa de Sementes. “Desde 2002 a Bolsa de Semente já protagoniza os três pilares do Desenvolvimento Sustentável, o social, o ambiental e o econômico. E esta certamente é a maior conquista do programa”, comemora. A partir da parceria entre município, Afubra e a Universidade

A proposta para os próximos anos é ampliar o número de espécies a serem coletadas, dando um destaque para as espécies do Bioma Pampa.

Federal de Santa Maria (UFSM), a ação tem por objetivo desenvolver uma educação ambiental através da prática de coleta de sementes de espécies nativas da Mata Atlântica, realizada pelas escolas parceiras. “A proposta para os próximos anos é ampliar o número de espécies a serem coletadas, dando um destaque para as espécies do Bioma Pampa.”

Conforme Fernandes, a ideia também é promover outras ações junto às escolas, como o Projeto NasceVida, que corresponde ao trabalho de recuperação e nascentes realizado pelas escolas parceiras do Verde é Vida. A proposta é formar uma parceria entre a escola, o proprietário da nascente e a Afubra, através do Verde é Vida, de forma a recuperar e proteger nascentes usando mudas produzidas a partir das sementes da Bolsa de Sementes. Outra atividade é o chamado Viveiro Floresta Escolar, que prevê a criação de um viveiro de espécies florestais nativas na escola de forma a subsidiar projetos de recuperação florestal na comunidade e ou região.

Este viveiro receberá sementes da Bolsa de

Sementes da Afubra, bem como orientação da equipe técnica do Departamento Agroflorestal da Afubra sobre planejamento, organização e produção de mudas em um Viveiro Florestal Escolar.

Ao longo dos anos, o professor José Leon lembra que a Bolsa de Sementes sempre passou por mudanças para se adaptar à realidade das escolas parceiras. “Acredito que nos próximos 20 anos isso deve continuar acontecendo, provavelmente estaremos ampliando o número de espécies florestais a serem coletadas, principalmente, aquelas que entrarem na lista de espécies em vias de extinção.” A ampliação no número de escolas e regiões de atuação também deve acontecer, assim como a inclusão de mais espécies do Bioma Pampa – os estudos já tiveram início com escolas da região Sul do Rio Grande do Sul. “A proposta é manter a Bolsa de Sementes em um permanente processo de ampliação e evolução, contribuindo com o desenvolvimento sustentável desta e das futuras gerações.”

Tendo em vista todas as ações desenvolvidas na nossa região pelo Verde é Vida, posso ressaltar a importância de cada uma delas para o crescimento e aprendizado dos alunos. Destaque para a Bolsa de Sementes, uma das ações que vem crescendo e, cada ano que passa, vem aumentando a coleta e o envolvimento das famílias dos alunos. Com o envolvimento dos pais de alunos e comunidade, se desta o aprendizado, conhecimento das árvores e os seus significados. Conseguimos, com isso, a sensibilização das pessoas e a preservação ambiental.

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Fotos: Luciana Jost Radtke/Afubra Rodrigo Eichelberger coordenador regional do Verde é Vida Arroio do Tigre/RS
O que pensam os coordenadores regionais
JoséLeonMacedoFernandes,
icodo Verde é V i d a
coordenadorpedagóg
Foto: Arquivo Pessoal

Programa consolidado e cheio de futuro

Ganhos da iniciativa socioambiental vão além da preservação do meio ambiente

Ao longo de sua história, a Bolsa de Sementes conta com o apoio das comunidades onde as atividades socioambientais são desenvolvidas, em escolas e municípios parceiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além da Universidade Federal de Santa Maria. Inclusive, todo esse reconhecimento tem levado a Afubra a receber vários destaques e premiações, conforme destaca o coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Guimarães.

“Como a área de atuação do Verde é Vida e suas escolas parceiras estão localizadas em regiões produtoras de tabaco, a Bolsa de Sementes é um instrumento de aproximação e desenvolvimento das famílias associadas da Afubra, levando algo a mais aos filhos dos associados”, reforça. Para Guimarães, todos os envolvidos, principalmente os alunos, ao interagir com as árvores, despertam o interesse investigativo que os levam a autossensibilização. “É o processo de conhecer para preservar.” Além disso, reforça que todo a metodologia realizada para o programa ser executado está ligada diretamente à sustentabilidade, desde as questões humanas, ambientais e financeiras.

Conforme Guimarães, em todo processo os ganhos são imensuráveis e vão além da proteção ambiental, mas integram também o conhecimento adquirido pelos alunos, professores e comunidades – até mesmo na própria universidade, que proporciona estudo e pesquisa para alunos de graduação, pós, mestrado e doutorado em Engenharia Florestal. Já as escolas ganham um reconhecimento financeiro em cheque bônus para trocar nas lojas da Afubra. “O montante varia conforme a diversidade, quantidade e qualidade de sementes coletadas”, explica.

Premiação - Ao longo de 2022, as escolas parceiras do projeto Bolsa de Sementes recolheram 683.727 quilos de sementes de espécies de árvores nativas. Os cheques-bônus da premiação serão repassados durante as reuniões pedagógicas que acontecem de forma presencial entre os dias 28 de fevereiro e 14 de março de 2023, com as escolas do Grupo 1. Já as escolas do Grupo 2 irão ser visitadas para a entrega da premiação ou poderão retirar na própria Afubra. Já em 2021, as escolas haviam recolhido 571.271,56 quilos de sementes, cujos cheques-bônus já foram entregues durante a Expoagro Afubra 2022.

Márcio Guimarães explica que no decorrer de duas décadas de trabalho da Bolsa de Sementes sempre foi necessário fazer alguns

Ranking das dez escolas destaque em 2021

EMEF Ervino Konrad, de Arroio do Tigre/RS: coletou 141.019,94 quilos e recebeu R$ 6.973,50

EMEF Felipe Becker, de Santa Cruz do Sul/RS: coletou 138.612,99 quilos e recebeu R$ 6.726,00

EMEF Vila Gropp, de Atalanta/SC: coletou 43.737,22 quilos e recebeu R$ 1.833,00

EMEB Waldemar Von Dentz, de São Miguel do Oeste/SC: coletou 20.726,1 quilos e recebeu R$ 1.779,75

EMEB Padre José de Anchieta, de São Miguel do Oeste/SC: coletou 14.637,33 quilos e recebeu R$ 1.343,00

EM Ivo Silveira, de Capinzal/SC:

coletou 33.857,67 quilos e recebeu R$ 1.171,00

EMEF São Paulo, de Candelária/RS:

coletou 18.763,12 quilos e recebeu R$ 807,00

EMEF Vidal de Negreiros, de Santa Cruz do Sul/RS: coletou 3.760 quilos e recebeu R$ 786,00

EMEF João Gonçalves Vieira, de Salto do Jacuí/RS:

coletou 4.079,67 quilos e recebeu R$ 431,00

CMEF Prof. Curt Hamm, de Ituporanga/RS:

coletou 21.172,24 quilos e recebeu R$ 289,00

Ranking das dez escolas destaque em 2022

EMEF Ervino Konrad, de Arroio do Tigre/RS: coletou 115.194 quilos e recebe R$ 7.204,00

EMEF Felipe Becker, de Santa Cruz do Sul/RS: coletou 230.414 quilos e recebe R$ 5.720,00;

EEB Professora Julieta Lentz Puerta, de Joaçaba/SC: coletou 50.215 quilos e recebe R$ 1.694,25

EMEF Vila Gropp, de Atalanta/SC: coletou 33.684 quilos e recebe R$ 1.642,75

EMEF Ribeirão Matilde, de Atalanta/SC: coletou 31.288 quilos e recebe R$ 1.598,25

EMEF João Gonçalves Vieira, de Salto do Jacuí/RS: coletou 8.568 quilos e recebe R$ 808,00

EMEF São Paulo, de Candelária/RS: coletou 13.353 quilos e recebe R$ 685,00

EMEF Francisco Fromming, de São Lourenço do Sul/RS: coletou 15.952 quilos e recebe R$ 472,00

EMEF Jovino Ferreira Fiuza, de Arroio do Tigre/RS: coletou 9.794 quilos e recebe R$ 444,00

EM Ivo Silveira, de Capinzal/SC: coletou 11.833 quilos e recebe R$ 402,00

ajustes em favor da qualificação constante da ação. Em 2023, estão sendo adicionadas algumas espécies ao programa, bem como sendo ajustados pesos e pontuações.

O que pensam os coordenadores regionais

Iniciei minha participação no Verde é Vida em 2004 e, cada vez mais, fui tomando gosto e interesse por ações que priorizam a consciência ambiental das pessoas. Essa realidade também me impulsionou a concluir formação superior em Gestão e Educação Ambiental.

Sou grato a este renomado projeto Verde é Vida, pela bagagem de conhecimento que me proporciona, bem como sinto o compromisso de compartilhar uma educação socioambiental, para culminar o engajamento sustentável da sociedade com a natureza.

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Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra Edemar Konckel coordenador regional do Verde é Vida Rio Negro/PR
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1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Foto: Arquivo Pessoal

Uma corrente de sustentabilidade

Afubra e entidades parceiras unem forças para destinar corretamente um resíduo altamente poluente do solo e recursos hídricos e que está presente no dia a dia de todos

O Verde é Vida, através da sua equipe técnico-pedagógica, desenvolve ações operacionais em parceria com aliados parceiros, identificando nas comunidades os problemas socioambientais e buscando soluções para essas demandas. Para tanto, o programa oferece todo apoio técnico, didático, pedagógico, instrucional e logístico. Entre as ações realizadas para integrar as comunidades onde a Afubra atua, está o Programa de Coleta de Óleo Saturado, que visa sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental, através do reaproveitamento de óleo saturado, dando um destino correto para esse resíduo altamente poluente.

O coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Guimarães, explica que os principais objetivos da iniciativa envolvem a educação ambiental, através da sensibilização e conscientização das pessoas nos municípios envolvidos nos três estados do Sul do Brasil. Promover a reciclagem também está na lista das prioridades, conforme preconizado pela política dos três Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar). Por consequência, a ação visa incentivar e promover a proteção dos recursos naturais, para a atual e as futuras gerações. O trabalho com as escolas e instituições parcerias é realizado desde 2009 no Sul do Brasil.

Ao longo da história do programa de Coleta de Óleo Saturado, já foram coletados 1.483.781 litros de óleo de cozinha, que deixaram de ser descartados de maneira inadequada, poluindo o solo e os recursos hídricos, e foram reaproveitados. Nesse processo, o trabalho de coleta do resíduo normalmente é realizado por entidades parcerias que, juntamente com alunos, professores, funcionários e voluntários, administram a logística de coleta e beneficiamento, conforme suas particularidades. Guimarães esclarece que o óleo saturado precisa ser armazenado em recipientes adequados, conforme

Quando o volume fica adequado para coleta, as escolas parceiras avisam a Afubra, que faz o recolhimento.

orientação da Afubra.

“Quando o volume fica adequado para coleta, as escolas parceiras avisam a Afubra, que faz o recolhimento e encaminha o material até a Usina de Biodiesel, localizada dentro do Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo/RS.” Esse transporte é feito através de caminhões que abastecem as filiais com mercadorias para as lojas e, no retorno para a matriz, carregam o óleo que será transformado em biodiesel para aproveitamento na própria frota de veículos e máquinas agrícolas da Afubra, contribuindo para a redução de gases poluentes presentes nos combustíveis derivados de petróleo.

Conforme Guimarães, os resíduos gerados com a lavagem dos recipientes e demais processos necessários são colocados em composteiras. Já os recipientes são destinados a uma associação de catadores de lixo para que também sejam destinados corretamente. “Todo processo é ecologicamente correto”, reafirma. A expectativa da Afubra é de que, no futuro, o programa esteja cada vez mais forte, com um legado de conscientização ambiental fortemente consolidado nas comunidades. “O maior ganho é a sensibilização de jovens em idade escolar. Ao manusear o resíduo, tornam-se pessoas conscientes de que o óleo saturado, descartado de forma incorreta, é altamente prejudicial ao solo, aos recursos hídricos e outros elementos da natureza, já que contribui para a

O que pensam os coordenadores regionais

O Verde é Vida é algo transformador em todos os sentidos, nos fazendo repensar o nosso papel dentro do meio ambiente, como cidadão. A Afubra, quanto colaborador da entidade, nos dá a chance de sair do anonimato e assumir um papel de destaque na sociedade onde a entidade está atuando; me proporcionou oportunidades como funcionário no início da minha história, sendo que imaginei somente o trabalho de avaliador e quando se participa de alguma atividade organizada pelo Verde é Vida, é aí que nos sensibilizamos e a transformação começa a aparecer criando este sentimento de peça chave para que o trabalho continue sendo bem feito.

O sentimento de gratidão ao Verde é Vida sempre será enorme e eterno no que me proporcionou até o momento enquanto colaborador e cidadão e ansioso pelos novos desafios a serem enfrentados.

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Fotos: Luciana Jost Radtke/Afubra
Rafael da Silva coordenador regional do Verde é Vida Rio do Sul/SC
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rcioGuimarães, coordenadoroperacionaldoVerde
Foto: Arquivo Pessoal

propagação de pragas.”

Atualmente, a ação serve de exemplo para muitas empresas e entidades que compartilham do mesmo objetivo de difundir iniciativas de preservação ambiental e estão coletando óleo saturado e também dando o destino correto. “Queremos dar continuidade ao programa, que está consolidado, com um logística muito bem organizada desde a coleta nas comunidades parceiras até o destino final”, garante.

Ao longo de 2021, foram coletados 92.158 litros de óleo saturado por 352 parceiros em 102 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Confira a classificação dos dez primeiros colocados.

Asdisc, Santa Cruz do Sul/RS – 6.244 litros

Centro de Educação Infantil Hanna Misfeld, Agrolândia/SC – 3.662 litros

Asdisc Colégio Nossa Senhora Medianeira, Candelária/RS – 3.250 litros

CPM Escola Municipal Nossa Senhora da Glória, Sinimbu/RS – 2.943 litros

Santa Casa de Misericórdia, São Lourenço do Sul/RS – 2.788 litros

Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Tubarão/SC – 2.698 litros

Rede Feminina de Combate ao Câncer, Joaçaba/SC – 2.633 litros

APP Escola Municipal São Francisco, Luzerna/SC – 2.290 litros

APPEscola Modelo Ella Kurth, Rio do Sul/SC – 2.020 litros

Escola Albino Zanatta, Jacinto Machado/SC – 1.930 litros

Reconhecimento e premiação aos parceiros

O Programa de Coleta de Óleo Saturado vai além da preservação ambiental e contribui para o conforto e bem-estar de estudantes, professores e funcionários nas escolas e instituições participantes, uma vez que prevê, ao final de cada ano, o pagamento de bônus por litro de óleo entregue à iniciativa. As entidades podem trocar os montantes arrecadados por mercadorias nas lojas da Agro-Comercial Afubra que atendam às suas necessidades.

Ao longo de 2021, foram coletados 92.158 litros de óleo saturado por 352 parceiros em 102 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Confira a classificação dos dez primeiros colocados.

Asdisc, Santa Cruz do Sul/RS – 5.256 litros

CPM Escola Municipal Nossa Senhora da Glória, Sinimbu/RS – 2.719 litros

CPM Escola Municipal Guilherme Fischer, Vale do Sol/RS – 1.540 litros

Núcleo dos Colorados de Arambaré/RS – 1.991 litros

CPM EM José Leopoldo Rauber, Santa Cruz do Sul/RS – 1.470 litros

CPM Escola Estadual Sagrada Família, Santa Cruz do Sul/RS – 1.360 litros

CPM Escola Estadual Gastão Bragatti Lepage, Candelária/RS – 1.353 litros

Santa Casa de Misericórdia, São Lourenço do Sul/RS – 1.222 litros

Escola Municipal Maurício Cardoso, Herveiras/RS – 1.124 litros

Superintendência dos Serviços

Penitenciários, Venâncio Aires/RS – 1.060 litros

Alunos colocam o óleo em garrafas Pet para o transporte

O que pensam os coordenadores regionais

Para mim é gratificante poder fazer parte da equipe que integra o Verde é Vida, este tão importante projeto que a mais de 30 anos trabalha e desenvolve ações nas comunidades onde a Afubra está inserida, através de parcerias com as escolas e seus alunos, com o objetivo da educação socioambiental, preservação do meio ambiente, sustentabilidade, diversificação e valorização do meio rural.

Dentro deste contexto, destaco a importância da Mostra Científica, trabalho de pesquisa realizado pelos alunos abordando temas que estejam presentes e inseridos na realidade de cada um. Com isso, fomenta o interesse pela pesquisa e, consequentemente, a busca pelo conhecimento, ajudando, assim, a formar o senso crítico e argumentativo dos pesquisadores, o que, certamente, proporcionará uma bagagem positiva na formação desses alunos.

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Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra Jonimar Moura de Oliveira coordenador regional do Verde é Vida Sobradinho/RS
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Foto: Arquivo Pessoal

transf mar Pesquisa Científica para instigar e

A Afubra acredita e aposta na pesquisa científica como base para o desenvolvimento pleno dos alunos sobre as comunidades onde vivem e o dia a dia de suas propriedades familiares. As escolas parceiras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são incentivadas a desenvolver projetos científicos nas localidades em que estão inseridas, promovendo inovação e sustentabilidade. O professor José Leon Macedo Fernandes, coordenador pedagógico do Verde é Vida, destaca que essa ação operacional é um trabalho focado no pleno desenvolvimento e crescimento dos educandos, sempre levando em conta seus interesses pessoais, de suas famílias e das comunidades onde vivem.

Tudo começa nos próprios educandários com os trabalhos de estudantes e professores nas 13 Regiões de Atuação do Verde é Vida. Após a Etapa Escolar, acontece a Etapa Estadual, que seleciona os melhores projetos a serem apresentados na Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, realizada na Expoagro Afubra. A Pesquisa Científica está presente desde a 10ª edição da maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar, em 2010. “Atualmente, a Pesquisa Científica desenvolvida pelo Verde é Vida envolve 86 escolas de 45 municípios nos três estados do Sul do País, com a mobilização de 3.960 alunos”, explica Fernandes.

Os trabalhos da Pesquisa Científica recomeçaram normalmente

A Mostra Científica

Verde é Vida, após a pandemia, foi reestruturada nas escolas parceiras do Sul do Brasil

em 2021 com a volta das escolas, de maneira presencial, on-line ou no sistema híbrido. Conforme o professor, o Verde é Vida incentivou entre alunos e professores a retomada da pesquisa, promovendo uma nova proposta de realização e avaliação. “Após a pandemia, reestruturamos a Mostra Científica Verde é Vida. Mantivemos a Etapa Escolar, dando ênfase a uma atividade presencial no educandário com o objetivo de mostrar para a comunidade escolar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos”, explica. Além disso, a Etapa Regional foi substituída pela Etapa

O que pensam os coordenadores regionais

Através de inúmeras atividades que foram desenvolvidas ao longo de seus 30 anos, foi possível através do Verde é Vida conectar a entidade Afubra com as mais diversas comunidades, principalmente, a escolar. Com isso, o trabalho foi ainda mais longe, conectando comunidades dos três estados do Sul, por meio de suas escolas parceiras, numa infinita troca de experiências e vivências, abrindo novos horizontes a milhares de alunos através das muitas atividades realizadas.

Não obstante, foi mais longe, tornando-se conhecido nacionalmente, recebendo inúmeros prêmios de reconhecimento. O Verde é Vida é um trabalho conjunto que não pertence mais somente a sua criadora a Afubra, mas pertence a todas as comunidades e escolas parceiras, que vislumbram nesse trabalho uma proposta duradoura sem igual, com um início, um meio e uma continuidade que se sustenta através de suas ações sempre muito bem elaboradas.

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Foto: Arquivo/Afubra
Alceu Hoffmann coordenador regional do Verde é Vida Herval d’Oeste/SC Foto: Arquivo Pessoal

Estadual, com um avaliação on-line feita por universidades parceiras do Verde é Vida.

A Etapa Sul-Brasileira foi mantida e irá acontecer de 21 a 24 de março de 2023, durante a 21ª Expoagro Afubra. “Durante este ano, a Etapa Escolar foi realizada em agosto e de forma presencial, sendo que cada educandário indicou um trabalho para a Etapa Estadual. Já a Etapa Estadual, foi realizada em outubro e novembro, de forma on-line, onde os trabalhos indicados por cada escola foram avaliados por uma comissão composta por professores e alunos das universidades parceiras do Verde é Vida e que indicou os trabalhos para a Etapa Sul-Brasileira.”

Na Etapa Escolar, foram 900 trabalhos avaliados. Já na Etapa Estadual, foram 53 trabalhos analisados, sendo cinco do Paraná, 13 de Santa Catarina e outros 35 do Rio Grande do Sul. Os trabalhos selecionados para estar na Expoagro Afubra 2023 podem ser conferidos no quadro. “A proposta da Mostra Científica Verde é Vida Etapa Sul-Brasileira é de mostrar o trabalho que os alunos desenvolvem em suas escolas e comunidades, trabalhos estes de interesse do aluno, sua família e comunidade onde o professor exerce a função de orientador. Acredito que para 2023 a Mostra Científica, que estará em destaque no Espaço de Inovação do Agro terá um número maior de visitação, principalmente, pelas escolas”, finaliza Fernandes.

Trabalhos selecionados

PARANÁ

Quem disse que coisa boa não cai do céu?

Escola Municipal (EM) Marciano de Carvalho, de Piên;

SANTA CATARINA

Erva mate: do bosque para a cuia!

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ribeirao Matilde, de Atalanta;

Plantar bem para comer bem.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Vila Gropp, de Atalanta; Estudo da fitoterapia em uma comunidade escolar de Capinzal/SC

Escola Municipal (EM) Ernesto Hachmann, de Capinzal;

Mostruário de sementes integrantes do Programa Bolsa de Sementes

Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental (Emeief)

Padre José de Anchieta, São Miguel do Oeste;

RIO GRANDE DO SUL

Dengue: melhor prevenir do que remediar.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Arlindo Back, de Arroio de Meio; Resgatando cultura e trazendo inovações nas propriedades rurais.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jacob Rech Segundo, de Arroio do Tigre; Energia solar fotovoltaica.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Padre Constantino, de Dom Feliciano; Cultivando e conhecendo a noz pecã.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Emanuel, de Santa Cruz do Sul; Fertilizantes naturais.

Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Adolpho Sebastiany, de Sobradinho; Pó de rocha: adubo natural e alternativo.

Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Seomar Mainardi, de Sobradinho; Nem tudo que é doce é bom.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Felipe Dos Santos, de Vale do Sol; Levantamento investigativo dos mamíferos silvestres encontrados em uma área rural, Sul do Brasil.

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Coronel Thomaz Pereira, de Venâncio Aires.

O que pensam os coordenadores regionais

O Verde é Vida é de extrema importância para a comunidade, com a conscientização em preservar o meio ambiente. Entre as várias ações, destaco a Bolsa de Sementes, um trabalho com as escolas, onde os alunos se envolvem diretamente, coletando sementes das árvores nativas da Mata Atlântica e do Bioma Pampa. Este trabalho incentiva eles a preservar o meio ambiente; da mesma forma acabam conhecendo a biodiversidade que tem em sua propriedade. Nos dias de hoje, os jovens estão mais conectados à internet e acabam perdendo este conhecimento. Com a ajuda de seus familiares mais velhos, eles identificam as árvores nativas e aprendem as características e qual o papel de cada espécie na natureza. Fico orgulhoso de fazer parte deste trabalho e saber que, de alguma forma, estamos colaborando para um mundo melhor.

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Marcos Efraim Lessa Jung coordenador regional do Verde é Vida Canguçu/RS Foto: Arquivo Pessoal

RA Araranguá

Protagonismo que marca

Professora Marksa tem orgulho de ter feito parte da história do Verde é Vida em Jacinto Machado

A Escola Municipal de Educação Básica Albino Zanatta está localizada no município de Jacinto Machado, em Santa Catarina. Pertencente à RA Araranguá, a instituição de ensino participa ativamente das ações propostas Verde é Vida, da Afubra. No ano de 2021, as atividades foram orientadas pela professora Marksa Beterli da Silva Molgaro, que conduziu os alunos sobretudo na Coleta do Óleo Saturado. “Como orientadora do projeto, o ano de 2021 foi minha primeira experiência, porém a escola já vem há algum tempo engajada com o Verde é Vida”, esclarece a educadora, que não esconde a alegria de constatar o engajamento de todos.

Na pandemia, a professora apresentou lives dando orientações para coletar o óleo saturado

Essa integração com o projeto que impulsiona os alunos a terem uma visão mais clara do mundo que desejam.

“Ver o entusiasmo dos alunos em fazer parte de algo tão construtivo para a comunidade, e enxergar neles o sentimento de protagonismo das ações desenvolvidas, com certeza foi muito marcante nessa trajetória.” Localizada no meio urbano, a Albino Zanatta conta com a presença de 508 estudantes e 48 funcionários, sendo que nove são serventes educacionais. Ao longo dos anos, Marksa ressalta que toda a escola mantém envolvimento com o Verde é Vida, em diferentes graus, especialmente com a mobilização para coletar óleo saturado –ação que tem por objetivo sensibilizar as comunidades quanto à preservação ambiental, através do reaproveitamento de óleo saturado, dando um destino correto a essa resíduo.

“É muito importante que as escolas tenham parcerias com o Verde é Vida”, declara. Para a professora, é essa integração com o projeto que impulsiona os alunos a terem uma visão

mais clara do mundo que desejam, com um olhar consciente, além de ser uma oportunidade para que possam compreender seu lugar como agentes protagonistas de mudança. Nesse processo, destaca a importância do suporte oferecido pela equipe da Afubra, que “sempre se mostrou solícita e muito eficiente, e essa atitude só vem confirmar todo comprometimento do Verde é Vida tem com nossas escolas e com nosso meio ambiente.”

Formada em Letras e mãe de duas meninas, Sarah e Lívia, a professora Marksa Beterli da Silva Molgaro comemora a oportunidade de ter feito parte da história do Verde é Vida no município catarinense de Jacinto Machado. “Como educadora, foi uma oportunidade ímpar de conhecer a realidade do nosso município e, em especial, dos nossos alunos, pois proporcionou momentos de interação, diversão e aprendizado. Além do mais, me fez voltar o olhar para as questões ambientais que, na rapidez da modernidade líquida, não havia ainda adquirido consciência. Foi uma experiência adquirida de forma intrínseca, portanto, inesquecível.”

O Verde é Vida é, sem dúvidas, na minha opinião, um projeto socioambiental essencial na formação cidadã de toda a comunidade escolar que se envolve, de alguma forma, em suas atividades, criando nos jovens a percepção que devemos, cada vez mais, cuidar do ambiente que vivemos, através de ações que zelam pela natureza, como destinar o óleo saturado corretamente, separação correta do lixo, entre outras. Envolver a comunidade e a família do aluno é um diferencial do Verde é Vida, onde valores são passados de geração para geração. Sinto orgulho de fazer parte dessa equipe, que, de alguma forma, contribui para que tudo isso aconteça.

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Henrique Felczak coordenador regional do Verde é Vida Mafra/SC
O que pensam os coordenadores regionais
Escola organizou comemoração para os 30 anos do projeto Fotos: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

Orgulho e realização ao longo do caminho

No interior de Candelária, a educadora Marione Michel Schwantes coleciona recordações do Verde é Vida

Como educadora e coordenadora escolar do Verde é Vida, sinto-me realizada em poder contribuir e divulgar esse grandioso projeto

Há quatro anos a professora Marione Michel Schwantes, de 50 anos, é a coordenadora escolar do Verde é Vida na Escola de Ensino Fundamental São Paulo, na localidade de Linha do Rio, interior de Candelária, no Rio Grande do Sul. Além de estar à frente das ações da Bolsa de Sementes e da Coleta do Óleo Saturado, realiza projetos com os alunos da Oficina Verde é Vida, entre outras ações da iniciativa. O envolvimento com as diretrizes começou ainda antes de ser nomeada coordenadora. “Como professora da escola já me dedicava a coletar sementes e realizar projetos”, conta a educadora, que trabalha há 20 anos na instituição. Hoje, a escola conta com 173 alunos, da Educação Infantil até o 9º ano, mais 30 professores e colaboradores.

Ao longo de sua trajetória no Verde é Vida, Marione destaca que foram muitos momentos gratificantes e que estão marcados em sua trajetória profissional, como a participação na IX Mostra Científica Sul Brasileira Verde é Vida, na Expoagro Afubra de 2018, com o projeto “Uso do EPI durante a aplicação de agrotóxicos na lavoura”. Pouco mais de um ano depois, em agosto de 2019, recorda que a escola ficou em primeiro lugar na coleta de sementes nativas, da RA Candelária, Cachoeira do Sul e Agudo, em um encontro de grupos ambientais realizados no município gaúcho de Agudo. Já na Expoagro Afubra de 2021, a EMEF São Paulo ficou em sétimo lugar na premiação da Bolsa de Sementes, oportunidade em que a professora recebeu, pessoalmente, o prêmio.

“Como educadora e coordenadora escolar do Verde é Vida, sinto-me realizada em poder contribuir e divulgar esse grandioso projeto”, reforça. Para a professora, trabalhar com o suporte e os materiais oferecidos pela Afubra tem facilitado o trabalho dos

professores e permitido maior troca de experiências com os estudantes. Marione ainda reforça a importância das ações do Verde é Vida para toda a comunidade escolar. “O projeto promove a educação socioambiental e rural, desenvolve diversas ações educativas que podem ser colocadas na prática pelos professores, alunos e comunidade escolar em que a escola está inserida, além de trazer recursos financeiros para a escola com a coleta de óleo saturado e das sementes nativas.”

De acordo com Marione, que leciona Ciências e Matemática no educandário, a relevância do Verde é Vida é imprescindível em favor da educação e conscientização ambiental. “Atualmente tem se ouvido falar muito em sustentabilidade, cuidados com o meio ambiente e preservação do planeta, mas somente ações do dia a dia que ajudarão a manter um estilo de vida saudável e desenvolver consciência nos educandos e comunidade escolar”, pondera. Além disso, reforça que o projeto da Afubra contribui muito para o senso de pertencimento e de responsabilidade em relação à conservação da natureza, uma vez que o Verde é Vida incentiva o trabalho de sensibilização ambiental, com ações voltadas à educação socioambiental e rural.

O que pensam os coordenadores regionais

Para mim é gratificante fazer parte da equipe do Verde é Vida. Este projeto, que é tão importante, completou 30 anos e vem desenvolvendo ações nas comunidades onde a Afubra atua através de parcerias com escolas e seus alunos, sempre visando a educação socioambiental, preservação do meio ambiente, sustentabilidade, diversificação e valorização do meio rural. Sendo assim, destaco a importância da Mostra Científica Verde é Vida, onde os alunos são orientados a fazer pesquisas que estejam presentes na realidade de cada um; e isso vai ajudar na formação desses alunos.

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Carlos Alberto Loewe coordenador regional do Verde é Vida Candelária/RS RA Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo
Foto:
Professora Marione em atividade da Bolsa de Sementes
Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Marcas sustentáveis nas escolas

Em Canguçu, o professor Renato atua em parceria com o Verde é Vida desde 2005

A história do professor Renato Luiz Scislewski com o Verde é Vida remota há 2005. Desde aquela época e até hoje, o biólogo especialista em genética se mantém engajado às atividades da iniciativa em diferentes escolas no município de Canguçu, no Sul do Rio Grande do Sul. Atualmente, coordena os grupos ambientais na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Nossa Senhora de Fátima, com 21 alunos, e na Emef Santa Terezinha, com 17 alunos. As atividades são desenvolvidas nos períodos de Ciências, em horário de aula, e, algumas vezes, no contraturno escolar. “São escolas da zona rural e todos contribuem com as atividades do Verde é Vida”, conta, lembrando do apoio dos professores e equipes diretivas dos educandários.

Sempre voltado à ideia de cooperar, tendo a escola como um meio de atuação e que os jovens potencializem essas ações em suas comunidades

Professor se mantém engajado em diferentes escolas no município

Conforme o educador, é gratificante estar à frente do Verde é Vida nas instituições em que esteve e nas quais coordena hoje. “A aprendizagem é constante, como também é grande a vontade em querer atrair mais alunos para que se sensibilizem com as questões ambientais e proporcionar meios para que esses possam refletir e agir com atitudes sustentáveis, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida do planeta e para todas as espécies.” Nesse processo, reforça o trabalho conjunto com a Afubra. “Tenho uma consideração imensa pelas pessoas que coordenam esse projeto e com as quais estou em constante contato, sempre aprendendo algo de diferente que me motiva a querer contribuir e qualificar os resultados”, diz.

Ao longo de todo tempo de parceria, Scislewski tem

ajudado a desenvolver diversas ações socioeducativas e ambientais do Verde é Vida, como a coleta de sementes e de óleo saturado, as pesquisas científicas e a realização de atividades voltadas à valorização dos plantios nas escolas, com o plantio de flores, hortaliças, temperos e chás, bem como bem como a manutenção e limpeza dos pátios nesses espaços. “Tudo isso sempre voltado àquela ideia de cooperar, tendo a escola como um meio de atuação e que esses jovens potencializem essas ações nas propriedades e, futuramente, em suas comunidades”, ressalta. Em 2022, as escolas em que trabalha o Verde é Vida se uniram para coletar material reciclável e doar a uma recicladora, que obtém renda desse material. “Estamos com o pensamento global e agindo localmente”, explica. Para o educador, o Verde é vida é tudo que a educação do Sul do Brasil precisa para fomentar seu melhor e sua essência, “sempre Tudo isso sempre voltado àquela ideia de cooperar, tendo a escola como um meio de atuação e que esses jovens potencializem essas ações nas propriedades e, futuramente, em suas comunidades.” Além disso, reforça a valorização dos alunos como multiplicadores das boas ideias a medida em que o Verde é Vida oferece grandes oportunidades para que possam expor seu potencial. “Consequentemente, podem fazer a grande diferença para uma sociedade melhor, como cidadãos justos, conscientes e preparados em fazer algo de diferente frente a uma realidade desafiadora caracterizada por ônus da falta de projeção sustentável.”

O Verde é Vida representa a integração entre a Afubra e a comunidade, através dos municípios e escolas parceiras. A troca de conhecimentos e experiências entre o Verde é Vida, professores e alunos enaltece o aprendizado, promovendo melhores atitudes, tanto na questão ambiental, quanto nas questões sociais, gerando melhor qualidade de vida.

Atuo há 17 anos no Verde é Vida e tenho muito orgulho em fazer parte desse Projeto, pois tenho muitos amigos que me motivam a ser cada dia uma pessoa melhor tanto na vida pessoal como profissional.

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Geber Conrad Ehlert coordenador regional do Verde é Vida São Lourenço do Sul/RS
O que pensam os coordenadores regionais
Fotos: Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
Foto:

RA Herval D’Oeste

De olhos abertos para a realidade local

Professora Marcia destaca que o engajamento efetivo do Verde é Vida tem mudado a realidade na escola

No interior do município catarinense de Capinzal, na localidade de Distrito de Alto Alegre, a professora Marcia Rosana Barth vai muito além de suas atribuições na disciplina de Geografia. Envolvida com as ações do Verde é Vida há muito tempo, a educadora acredita que o projeto tem contribuído significativamente com a Escola Municipal Ivo Silveira e com a comunidade escolar como um todo. “Com engajamento efetivo que abrimos os olhos para a realidade local. Com ações voltadas à sustentabilidade e qualidade de vida, estamos em fase de transição para Escola do Campo, onde desenvolvemos vários projetos direcionados aos educandos, à comunidade local e arredores”, explica. Conforme a educadora, é através dessas ações que se busca, cada vez mais, sensibilizar os estudantes, aliando teoria e prática. “Queremos que se sintam pertencidos ao local de vivência, podendo levar para suas famílias informações pertinentes a sustentabilidade e conscientização socioambiental, vivendo em um lugar agradável e buscando qualidade de vida.” Marcia ressalta que o Verde é Vida instiga a reflexão e pesquisa. “É possível desenvolver ações locais que são de suma importância para as futuras gerações. É gratificante poder contribuir para um mundo melhor, para pessoas melhores. É como plantar pequenas e frágeis sementinhas, que precisam de muito cuidado, dedicação e esforço para crescerem fortes e saudáveis”, argumenta.

Queremos que se sintam pertencidos ao local de vivência, podendo levar para suas famílias informações pertinentes a sustentabilidade e conscientização

Professora Marcia: é através dessas ações que se busca, cada vez mais, sensibilizar os estudantes, aliando teoria e prática

essas iniciativas no tempo presente que construirão o tempo futuro”, ressalta Marcia. Hoje, dos 58 alunos da escola, 22 estão envolvidos diretamente com a Bolsa de Sementes, mas todos contribuem, de alguma maneira, com as ações do projeto.

Por falar em sementinhas, a professora ressalta que a Bolsa de Sementes tem mobilizado a todos. Em 2021, a escola iniciou a construção de um Viveiro Educador para que as famílias possam identificar as espécies nativas e ajudar na sua preservação. O trabalho contou com a parceria da Afubra, Instituto BRF, Secretaria Municipal de Educação e comunidade escolar.

“Quanto mais tempo levarmos para plantar a semente, mais tempo levaremos para colher o fruto. O futuro começa hoje. São

De acordo com a educadora, que tem pós-graduação em Gestão Ambiental, através da parceria com a Afubra foram implantados, ao longo dos anos, projetos de sucesso, como Viveiro Educador, viveiro de mudas, a horta escolar e a horta de plantas medicinais. “Aderimos à coleta de sementes e do óleo saturado e também implementamos o projeto de reciclagem Recicla+.” A Escola Municipal Ivo Silveira também deu início ao projeto Florindo Caminhos, onde foram plantadas 200 mudas de Ipê Amarelo e Roxo no acesso da comunidade do Alto Alegre. “O suporte da Afubra tem sido essencial para o desenvolvimento e o crescimento da nossa escola”, finaliza.

O que pensam os coordenadores regionais

Apesar das grandes dificuldades e desafios trazidos pela pandemia, reinventamos de diversas formas o nosso modo de trabalho e, com isso, as nossas ações não deixaram de acontecer, muito pelo contrário, se tornaram uma ótima ferramenta de trabalho e um grande aliado aos professores das escolas parceiras do Verde é Vida. Com esse objetivo de somar forças, estar presente não só nas escolas parceiras do Verde é Vida, mas também na comunidade onde ela está inserida, junto aos nossos associados a grande razão da nossa existência, e construirmos juntos um futuro melhor, é motivo de muito orgulho fazer parte dessa grande família.

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Renato Arthur Roos coordenador regional do Verde é Vida Agudo/RS Fotos: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

RA Imbituva e Irati

Uma caminhada pela sustentabilidade

Professora Eliana Ferreira se dedica às atividades do Verde é Vida há mais de uma década

A professora Eliana Ferreira participa desde 2008 das ações do Verde é Vida na Escola Municipal São Miguel Arcanjo, na localidade de Mato Branco de Baixo, no município de Imbituva, no Paraná – pertencente à RA Imbituva e Irati. Nos últimos 13 anos, orgulha-se das ações, projetos e experiências realizados junto a toda comunidade escolar. “É uma grande bagagem de conhecimento e aprendizado que contribui com nosso desempenho em sala de aula, assim como transforma nossa visão de tudo ao nosso redor”, ressalta. Tudo isso, conforme a educadora, colabora com o meio em que todos vivem, transformando-o em um ambiente limpo, preservado e valorizado, especialmente para os alunos e em favor da sustentabilidade.

Pedagoga especializada em psicopedagogia, Eliana reforça que o Verde é Vida é marcante para os estudantes, sobretudo porque desperta o interesse em preservar o espaço onde vivem. Hoje, o educandário conta com 22 professores, sete estagiárias e possui 394 crianças matriculadas. “É uma escola do meio rural onde todos os alunos estão envolvidos no Verde é Vida”, conta. “O projeto oferece muitos leques de aprendizado e participação, trazendo muitas informações e conhecimentos para nossos alunos, envolvendo as famílias nas atividades, o que só traz vantagens para a escola e comunidade.” Reforça, ainda, que conscientizar as crianças é olhar para um futuro com pessoas responsáveis por suas atitudes em relação ao meio onde vivem.

Aos 45 anos, a professora destaca que um dos pontos mais marcantes ao longo de sua trajetória no Verde é Vida foi o

trabalho desenvolvido com o Grupo Ambiental Defensores da Natureza, que esteve sob sua coordenação até 2018. “Iniciamos a passos lentos, mas o grupo evoluiu de forma surpreendente. É inesquecível o brilho nos olhos dos alunos em cada ação desenvolvida”, emociona-se. Outro momentos memoráveis foram as pesquisas científicas orientadas, sobretudo a escolhida para participar da Expoagro Afubra em 2012, com o tema Húmus de Minhoca, Sustentabilidade e Preservação do Meio Ambiente. Aponta, também, as ações para promover a coleta de óleo saturado e a Bolsa de Sementes. “O Projeto abre um leque amplo de estudos nas diversas áreas do conhecimento, envolvendo a comunidade escolar como um todo.”

É uma grande bagagem de conhecimento que contribui com nosso desempenho em sala de aula, e transforma nossa visão de tudo ao nosso redor

Na Escola São Miguel Arcanjo, a Bolsa de Sementes, ação socioambiental do Verde é Vida, tem proporcionado o envolvimento das famílias para coleta das sementes e registro das espécies nativas. “Essa participação une o conhecimento das pessoas, especialmente com mais idade, como os avós, com as informações científicas das plantas, o que enriquece o aprendizado sobre elas”, justifica a professora. Da mesma forma, a Coleta de Óleo Saturado desperta o interesse e consciência para que esse rejeito não seja descartado de forma incorreta. Para Eliana, tudo isso somente é possível graças ao suporte da Afubra. “Trabalhar em conjunto com a Afubra enriquece nossos projetos desenvolvidos, pois a entidade sempre nos auxilia nas atividades.”

Em 1991 fui convidado pelo então gerente da filial de Araranguá para a coordenação regional do Projeto Verde é Vida. Começamos com eventos regionais, através de entrega de mudas frutíferas nativas, e, desde então, está sendo realizado diretamente como educação ambiental nas escolas dos municípios parceiros. Este projeto, do qual faço parte há 31 anos, contribuiu não só ao meio ambiente e nas comunidades, como na minha vida particular, ao reencontrar professores, alunos, entre outras pessoas que, durante todos esses anos, passaram pelo projeto e puderam compartilhar os frutos que foram gerados. Para mim, com muito orgulho e satisfação, faço parte deste grande projeto da Afubra.

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Ledio Mota Bento coordenador regional do Verde é Vida Ararangua/SC
O que pensam os coordenadores regionais
Eliana reforça que o projeto é marcante para os alunos porque desperta o interesse em preservar o espaço onde vivem
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

O futuro, sementinha por sementinha

Professora Carla Maria Kiatkoski, acredita na importância no trabalho ambiental de base nas escolas

A professora Carla Maria Kiatkoski acredita que, assim como as sementes, toda vez que se incute nos professores, alunos, famílias e comunidades ações positivas, é possível oferecer a todos um futuro com experiências marcantes e construtivas. Com esse pensamento, a educadora participa das ações do Verde é Vida desde o início das atividades em Rio Negro, no Paraná, onde é coordenadora municipal do projeto. Ao longo dos anos, destaca que diversas escolas municipais já participaram da iniciativa, como Duque de Caxias, Mathias Augusto Bohn, Nossa Senhora Aparecida, Venceslau Muniz e Ana Zornig. Atualmente, participa do trabalho a Escola José de Lima, que fica na zona rural e conta com 150 alunos, dos quais 20 estão no grupo ambiental.

“Com os projetos de preservação ambiental nossos alunos estão descobrindo um leque de possibilidades muito além do espaço da casa e escola. Com as experiências científicas, tem-se descoberto que o meio ambiente não se preserva apenas com sementes, mas com cuidados, com descarte legal, com ações sustentáveis, com criação de outros caminhos e possibilidades, inclusive para a geração de renda”, destaca. Para Carla, a importância do Verde é Vida para a formação dessa consciência pode ser constatada ainda no início da caminhada, como no evento que integrou as escolas parceiras do Sul do Brasil em Santa Cruz do Sul/RS, em 2005, quando os participantes plantaram um muda de árvore proveniente da ação Bolsa de Sementes.

Assim como o ato solene há 17 anos, a professora ressalta que o Verde é Vida segue com sua missão de suscitar nos alunos a importância da preservação ambiental. Também reforça a importância das orientações e contribuições do coordenador pedagógico do projeto, professor José Leon Macedo Fernandes. “São conhecimentos que tornam nossos eventos ricos.” Além

Descobrimos que o meio ambiente não se preserva apenas com sementes, mas com ações sustentáveis e com a criação de outras possibilidades.

disso, destaca a relevância de todo apoio dispensado pela Afubra para a viabilidade das ações nas escolas, “tanto com o pessoal, materiais, reuniões, organização, assiduidade dos eventos com cronograma antecipado e cumprido nos deixam honrados em fazer parte e saber que, de uma forma ou outra, estamos contribuindo com as gerações futuras.”

Para Carla, as ações de preservação ambiental do Verde é Vida são indispensáveis para a construção de uma sociedade cada vez mais ambientalmente responsável e sustentável. Especialmente diante dos 20 anos de atividades da Bolsa de Sementes, reforça a relevância de todos continuarem sua missão de cultivar e pensar no amanhã. “Cultive, cultive sempre que um dia, com toda a certeza, você vai colher, pois o que plantamos em solo fértil dá frutos lindos, quer com conhecimento, quer com saber. E mesmo que você não venha a colher, as gerações futuras vão ter a oportunidade de admirar e sentir o quanto a natureza é maravilhosa e precisa de cada um de nós”, finaliza.

O que pensam os coordenadores regionais

Com relação ao Verde é Vida, não tenho dúvidas da importância. Com mais de 30 anos de atendimento às escolas, percebemos uma grande evolução aos padrões antigos, onde ficou mais fácil de ser trabalhado.

Os resultados obtidos mostraram um grande aprendizado de alunos e professores, engajados para uma melhoria em nossas comunidades escolares com projetos e experiências. É muito gratificante poder fazer mais e melhor para nosso meio ambiente.

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Marcio Vasconcelos da Rosa coordenador regional do Verde é Vida Cachoeira do Sul/RS Professora Carla: ações do Verde é Vida são indispensáveis para a construção de uma sociedade ambientalmente responsável e sustentável RA Rio Negro e Mafra Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

RA Venâncio Aires

Uma preocupação além do horizonte

Professor Leonardo Fernandes defende que a proteção do meio ambiente deve ser levada para depois dos portões escolares

A preservação ambiental é uma preocupação que deve perpassar os portões da escola. Essa é a visão do professor Leonardo Fernandes, diretor da Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Adolfo Mânica, no interior de Boqueirão do Leão, no Rio Grande do Sul. A localidade enfrenta problemas recorrentes por falta de água e a solução, na opinião do educador, é cuidar e preservar as nascentes. “Temos parceria com a Afubra há aproximadamente 21 anos, através do Verde é Vida. Além das atividades práticas, incentivam-nos a iniciação científica através de projetos de pesquisa interdisciplinar e transdisciplinares, desenvolvidos pela escola anualmente com a participação da comunidade escolar”, esclarece.

Entre os projetos sustentáveis colocados em prática e que vão ao encontro do problema de abastecimento em Linha Araçá, está o Projeto Nascentes, desenvolvido de 2015 a 2018 em parceria com a Afubra, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e os produtores rurais Luiz Paulino Pífer (Nascente Pífer) e Adelar Germano Lied, in memória (Nascente Lied). Na época, houve uma grande mobilização para recuperar essas duas nascentes. Todos os alunos foram envolvidos, da educação infantil até o nono ano, com processo de ensino e aprendizagem adaptado para que os mesmos tivessem a oportunidade de identificar as plantas nativas, plantar essas espécies para recuperar as nascentes e acompanhar o desenvolvimento das plantas.

“A cada ano que passa aprendemos mais, são novos

A cada ano que passa aprendemos mais, são novos desafios e novas aprendizagens.

desafios e novas aprendizagens.” Conforme Fernandes, a atuação do Verde é Vida contribui para a preservação da flora e fauna, além de fazer com que a teoria e a prática caminhem juntos. “Os alunos são os protagonistas de suas aprendizagens, melhorando as relações no ambiente escolar e desenvolvendo cidadãos capazes de intervir positivamente na sociedade”, reforça. Atualmente, na Adolfo Mânica, o Grupo Ambiental Guardiões do Ambiente integra em torno de 50 alunos em torno das atividades em favor da sustentabilidade. O educandário, que conta com oito professores e três funcionários, funciona apenas no turno da manhã, com cinco turmas multisseriadas, do 1º ao 9º ano.

O professor Leonardo Fernandes reforça a importância do trabalho de suporte oferecido pela Afubra para a plena promoção das atividades. “Sempre fomos muito bem atendidos. O pessoal responsável sempre está à disposição da escola para atender toda demanda necessária, tanto de logística, pedagógica, materiais de apoio, site do projeto, curso de formação, entre outras situações”, comenda. Destaca, ainda, seus votos para que o projeto Verde é Vida continue por muitos anos, para que mais crianças e adolescentes possam usufruir das ações ambientais, sociais e educativas. “Esse programa proporciona momentos de aprendizagem significativos, atividades práticas e de conscientização ambiental que são levadas para a vida.”

O que pensam os coordenadores regionais

O Verde é Vida representa muito ao longo de praticamente 20 anos atuando como coordenador regional nas atividades desenvolvidas. Cito, entre outras atividades, a parceria com as escolas e municípios na Bolsa de Sementes, Coleta do Óleo Saturado, Grupos Ambientais, Pesquisa Científica e Ação Conjunta, pois busca-se a conscientização ambiental, tanto no meio urbano como no meio rural, pois promovemos o incentivo à diversificação, sustentabilidade e a valorização das comunidades onde trabalhamos em parceria com escolas e municípios, valorizando o meio ambiente onde vivemos, principalmente com o objetivo de sensibilizar a comunidade sobre a necessidade de envolver-se na preservação ambiental, pois cada um deve fazer a sua parte em prol do meio ambiente. Acredito que o principal objetivo, não só meu, mas de todas as pessoas envolvidas nesta parceria, é um desenvolvimento sustentável, o melhor caminho para uma vida mais saudável e, com isso, vamos construir um ambiente melhor para todos.

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Jandir Stock coordenador regional do Verde é Vida São Miguel d’Oeste/SC Professor Leonardo: Os alunos são os protagonistas de suas aprendizagens, melhorando as relações no ambiente escolar e desenvolvendo cidadãos capazes de intervir positivamente na sociedade Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

De mãos dadas com a natureza

A comunidade escolar da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Vidal de Negreiros tem orgulho do reflorestamento das margens do Arroio do Couto aos fundos do educandário, localizado na zona rural de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, a aproximadamente 16 quilômetros do Centro da cidade. O professor Alcides Winkelmann, envolvido desde 2003 com o Verde é Vida, acompanhou de perto a recuperação da mata ciliar na área de aproximadamente 16 mil metros quadrados. “Hoje o arroio está totalmente recuperado, com uma linda arborização de espécies nativas que embelezam ainda mais o pátio da escola. É um local de lazer, usufruído nos recreios, aulas extraclasse, confraternizações e por visitantes”, diz. Conforme o educador, graduado em Filosofia e pós-graduado em Psicopedagogia, a ação socioambiental Bolsa de Sementes foi um incentivo para que houvesse a recuperação dessa mata ciliar, bem como um olhar cuidadoso das águas desde as suas nascentes. “Com o aporte da Afubra, nossa escola desenvolveu inúmeros projetos, todos de suma importância”, ressalta. Entre as ações, estão coleta de óleo saturado; coleta seletiva de materiais recicláveis; cultivo de horta escolar; uso de composteira; construção de fossa ecológica modelo para a comunidade; palestras educativas, entre outros. Atualmente, a Emef conta com 200 estudantes, da educação infantil ao ensino fundamental, 20 professores, seis funcionárias e três monitoras.

Winkelmann destaca que a comunidade escolar também se sente orgulhosa por ser a única instituição de ensino do município que conta com uma bioconstrução geodésica, desenvolvida e construída a muitas mãos em meio ao bosque da escola. “Esse espaço faz jus ao nosso slogan que diz: Emef Vidal de Negreiros

de mãos dadas com a natureza.” Atuante no desenvolvimento dessa e de cada uma das ações sustentáveis desenvolvidas na instituição, está o Grupo Ambiental Amigos da Natureza, que conta com 15 integrantes, do 5º ao 9º ano. “O Verde é Vida sempre motivou e auxiliou, das mais variadas formas, nos trabalhos desenvolvidos ao longo desses anos, sendo sempre gratificante perceber ações concretas onde a dedicação e persistência fizeram a diferença. Começar um projeto é muito bom, mas dar continuidade traz a consistência e resultados plausíveis”, reforça.

O professor ressalta, ainda, que nos encontros com ex-alunos da escola, entre uma conversa e outra, muitas relembram com orgulho de ter participado do Verde é Vida. Entre tantas histórias, está do senhor Francisco Guilherme Ullmann, morador de Cerro Alegre Alto e que recebeu alunos em sua propriedade em um dos primeiros momentos de coleta de sementes, há quase 20 anos. Hoje com 90 anos e muito lúcido, ainda compartilha seus conhecimentos sobre árvores e cuidados ambientais. “Ao fazer uma retrospectiva, sinto-me muito grato de fazer parte desse processo, porque projetos frutificaram dando esperança para sua continuidade.” O envolvimento de estudantes, professores, equipe diretiva e comunidade escolar é considerado primordial nesse processo. “Fica um agradecimento por todos os momentos e ações desenvolvidas”, completa.

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Professor Alcides: Fica um agradecimento por todos os momentos e ações desenvolvidas Professor Alcides Winkelmann contribui com as ações do Verde é Vida há quase 20 anos RA Santa Cruz do Sul Fotos: Arquivo Pessoal Única instituição de ensino do município que conta com uma bioconstrução geodésica Grupo Ambiental Amigos da Natureza, que conta com 15 integrantes, do 5º ao 9º ano
Ao fazer uma retrospectiva, sinto-me muito grato de fazer parte desse processo, porque projetos frutificaram dando esperança para sua continuidade.

Uma parceria com bases sólidas

Professor Cláudio e a Emef Heitor Soares

Ribeiro são parceiros do Verde é Vida desde 2008 no interior do município de Canguçu

Uma aliança que se iniciou há 14 anos na zona rural do município de Canguçu, no interior do Rio Grande do Sul, prospera e colhe frutos na comunidade escolar. O professor Cláudio Weege Büttow acompanha, de perto, o trabalho realizado em parceria entre a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Heitor Soares Ribeiro e a Afubra. “Canguçu é parceira do Verde é Vida desde o ano de 2008. Eu e a Escola participamos desde o início da parceria”, conta. Atualmente, a instituição de ensino situada na Florida, 2º distrito do município, possui 235 alunos, da Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental, e conta com 27 colaboradores. Formado em Matemática e especializado em Gestão Escolar, Büttow é diretor escolar há 16 anos.

No decorrer da caminhada do Verde é Vida no educandário, ressalta que foram vários momentos marcantes, como o pioneirismo da escola no Projeto Educação do Campo de Canguçu (Educcan). “Trabalhamos com nossa clientela, a

grande maioria filhos de agricultores, na modalidade de turno integral, tendo como destaque, além dos conteúdos da grade curricular, atividades voltadas ao campo, pensando na sucessão familiar”, explica. Para o educador, as atividades do Verde é Vida sempre são um suporte para o trabalho desenvolvido. Entre os temas de destaque trabalhados pelo projeto, cita Tecnologias e homem do campo; Agrotóxico, vilão ou aliado do produtor rural; Abelhas, um tesouro da natureza, e Lixo, um problema de todos.

Conforme o professor, no período da pandemia as ações do Verde é Vida, na escola, foram paralisadas, mas, em 2022, as atividades foram retomadas, principalmente com os alunos do 6º ao 9º ano, totalizando 101 estudantes. Büttow ressalta que o projeto é de suma importância para toda a escola e comunidade, sobretudo devido a sua grande preocupação com o meio ambiente. “Nós, agricultores, dependemos do ambiente em que vivemos para o nosso sustento. Penso que o mais interessado na sua preservação deve ser o homem do campo e as ações do Verde é Vida nos levam a isso”, argumenta. Para o educador, de 45 anos, o projeto é um incentivador das ações ambientais e contribui para a orientação de todos.

Além disso, ressalta que o trabalho da rede de apoio oferecida pela Afubra é muito importante, especialmente, pela disponibilidade do responsável pelo Verde é Vida na RA São Lourenço do Sul e Canguçu, “que está sempre disponível para nos assessorar, fazendo visitas em nossa escola”, elogia. Para o professor Cláudio Weege Büttow, fazer parte da história das ações ambientais da Afubra, através do Verde é Vida, é um privilégio. “Que este trabalho tenha continuidade, porque por intermédio de suas ações muito já foi feito em preservação ambiental. E que suas ações sigam para que possamos seguir cuidando do ambiente em que vivemos.”

Fotos: Arquivo Pessoal

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RA São Lourenço do Sul e Canguçu Para o professor Cláudio Weege Büttow, fazer parte da história das ações ambientais da Afubra, através do Verde é Vida, é um privilégio. Canguçu é parceira do Verde é Vida desde o ano de 2008. Eu e a Escola participamos desde o início da parceria

Sementes jogadas, frutos colhidos

Há 20 anos o professor Nilso tem orgulho de trabalhar com a Bolsa de Sementes e de ajudar a mudar a realidade ambiental

Em São Miguel do Oeste, no Paraná, o professor Nilso Bonamigo é um aliado e tanto da preservação da natureza e um entusiasta das diretrizes da Bolsa de Sementes, uma ação socioambiental do Verde é Vida desenvolvida em parceria com as escolas do Sul do Brasil. Nas Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEFs) Pe. José de Anchieta e Waldemar Antônio von Dentz, nas localidades rurais de Linha Dois Irmãos e Linha Canela Gaúcha, respectivamente, trabalha há 20 anos no desenvolvimento de projetos junto aos estudantes, sempre com o apoio de outros professores e das comunidades escolares. Os resultados podem ser observados na prática e contribuem para uma consciência coletiva.

“Eu acredito que é muito importante ter uma consciência ambiental e hoje é uma condição indispensável para qualquer cidadão, mas não basta ficar apenas na parte teórica, por isso nós procuramos fazer um trabalho junto aos nossos alunos, inicialmente na parte de reflexão sobre as questões ambientais e depois com algum trabalho prático”, explica. Entre as ações já desenvolvidas, está a própria coleta de sementes e também a produção, distribuição e plantio de árvores nativas, além da proteção das fontes, coleta do óleo saturado e outras iniciativas. “Já coletamos mais de 350 quilos de sementes de espécies nativas. Se não fosse o projeto da Bolsa de Sementes, nós não teríamos feito tudo isso.” Somente no ano passado, o próprio educador conseguiu coletar mais de 20 quilos de sementes em São Miguel do Oeste.

Para Bonamigo, o Verde é Vida colabora de forma significativa para a sustentabilidade e para a conscientização

ambiental, sendo indispensável para o presente e futuro da humanidade. “Só existe uma possibilidade de sobrevivência, ou seja, a sustentabilidade. E para que ela seja conhecida e praticada devemos tomar consciência das nossas responsabilidades individuais e coletivas”, defende. Ao longo de duas décadas de trabalho em parceria com a Afubra, ressalta toda experiência e conhecimento adquiridos, a participação em três Encontros Sul-Brasileiros Verde é Vida e os encontros com lideranças do projeto.

Prestes a se aposentar, o professor Nilso Bonamigo espera continuar colaborando com o Verde é Vida, sobretudo com a Bolsa de Sementes, que considera indispensável para a conscientização. “Sem esse incentivo não teríamos realizado tantos projetos e atividades”, comenta, orgulhando-se de já estarem coletando frutos de algumas sementes que foram plantadas no início da ação. “Também não podemos deixar de levar em conta o aspecto econômico dos valores que as escolas receberam ao longo destes 20 anos.” Nem mesmo a pandemia foi capaz de frear as atividades desenvolvidas nos educandários. Em 2020, de maneira virtual, os alunos estiveram envolvidos com projeto “Um Pé de Quê? Milho.”, que desenvolveu diversas atividades on-line e manteve todos engajados com a prática ambiental.

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Professor: Só existe uma possibilidade de sobrevivência, ou seja, a sustentabilidade RA São Miguel do Oeste Fotos: Arquivo Pessoal Nilso trabalha há 20 anos no desenvolvimento de projetos junto aos estudantes, com o apoio de outros professores e das escolas Prestes a se aposentar, o professor Nilso Bonamigo espera continuar colaborando com o Verde é Vida, sobretudo com a Bolsa de Sementes
Eu acredito que é muito importante ter uma consciência ambiental e hoje é uma condição indispensável para qualquer cidadão

RA Sobradinho e Arroio do Tigre

Exemplo preservacionista em casa e na escola

Marcus Sérgio

desenvolve as diretrizes do Verde é Vida

Natural do município gaúcho de Agudo, o professor Marcus Sérgio Neuenfeldt, de 42 anos, mudou-se para a região Centro-Serra do Rio Grande do Sul para lecionar ainda em 2001. Formado em Magistério e graduado em Educação Física, atualmente é concursado em Arroio do Tigre e Salto do Jacuí, onde atua em sua área de formação, mas, semanalmente, também dedica uma parte de sua jornada para as atividades do Verde é Vida. “Aqui em Arroio do Tigre, de 20 horas semanais, tenho cinco horas para trabalhar e desenvolver a Bolsa de Sementes”, conta. O contato com as diretrizes da ação socioambiental tem história, começou ainda em 2005, quando lecionou na Emef Jacob Dickel, na comunidade rural de Coloninha. Foi nesse educandário que, durante quatro anos, trabalhou em parceria com a esposa Raquel Fiuza Neuenfeldt, na época diretora da escola e incentivadora do projeto com a organização de gincanas e prêmios. Conforme o educador, outra apoiadora do trabalho realizado junto ao Verde é Vida é a filha Manuela, de 9 anos, que desde muito pequena ajuda nas atividades, sobretudo na colheita de sementes. Atualmente, Neuenfeldt desenvolve as frentes do projeto na Emef Ervino Alberto Guilherme Konrad, no interior de Arroio do Tigre, na Comunidade São Roque, que conta com 192 estudantes, 16 professores e cinco funcionários. “A escola mantém os alunos envolvidos na Bolsa de Sementes, na Coleta de Óleo Saturado, na Pesquisa Científica, na Ação Conjunta, na Ação Social e no Grupo Ambiental.”

Para o professor, o Verde é Vida tem uma importância enorme para toda a comunidade escolar, pois agrega educação socioambiental e conhecimentos que ajudam na

Outra apoiadora do trabalho realizado junto ao Verde é Vida é a filha Manuela, de 9 anos

preservação ambiental, na conservação das águas e na promoção de mais qualidade de vida para os animais e humanos. Ainda possibilita o engajamento das famílias em torno das ações operacionais e de sensibilização. As bonificações oferecidas pela Afubra para as escolas parceiras também é lembrado, uma vez que os valores podem ser empregados em melhorias em prol dos alunos. “Para mim, como educador, o projeto possibilita que esteja sempre aprendendo algo com pesquisas e na prática, tentando ensinar meus alunos a serem ecologicamente corretos.”

Outro aspecto positivo apontado pelo professor Marcus Sérgio Neuenfeldt é o apoio recebido por toda equipe da Afubra, como a coordenadora municipal, Luciane Garbin, os funcionários da Afubra Arroio do Tigre e da matriz. “Estão sempre disponíveis para solucionar nossas dúvidas.” O reconhecimento também se estende à toda comunidade escolar e equipe diretiva da Emef Ervino Alberto Guilherme Konrad, Estela Maris Ecke e Fabiana Schneider Wagner. “Sou muito grato em fazer parte deste projeto. Com meu envolvimento, procuro primeiramente ser exemplo para minha filha e envolvê-la comigo nas atividades. Tenho muito orgulho de contribuir para um ambiente mais sustentável, com pessoas mais conscientizadas e com melhores atitudes”, finaliza.

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Fotos: Arquivo Pessoal A escola mantém os alunos envolvidos na Bolsa de Sementes, na Coleta de Óleo Saturado, na Pesquisa Científica, na Ação Conjunta, na Ação Social e no Grupo Ambiental. Professor Marcus: Tenho muito orgulho de contribuir para um ambiente mais sustentável, com pessoas mais conscientizadas e com melhores atitudes
Para mim, o projeto possibilita que eu esteja sempre aprendendo algo com pesquisas e na prática, tentando ensinar meus alunos a serem ecologicamente corretos.

RA Rio do Sul e Ituporanga

Mais comunidades amigas da natureza

Em Ituporanga, a professora Márcia aposta no Verde é Vida para a conscientização de cidadãos protetores do meio ambiente

A professora Márcia Aparecida Melcher torce para que o Verde é Vida continue a engajar comunidades que persistam na busca por um meio ambiente melhor, abrangendo e conscientizando diferentes gerações para atingir bons resultados ambientais. “O Planeta e a humanidade precisam de pessoas conscientizadas e determinadas a batalharem pela preservação e restauração do meio ambiente”, comenta a educadora, que desde 2003 está engajada com ações de sustentabilidade em parceria com a Afubra no município de Ituporanga, em Santa Catarina. No Centro Educacional Pedro Júlio Müller, que fica no meio urbano do município, leciona língua Portuguesa e coordena o Verde é Vida.

O educandário tem um Grupo Ambiental formado por 15 estudantes, que se reúnem para debater os meios de efetivar as práticas ambientais. No entanto, Márcia ressalta que todos os 297 alunos participam de alguma forma do Verde é Vida, assim como professores, colaboradores e famílias. “O projeto tem sido de grande relevância, pois conseguimos integrar a sociedade e a comunidade escolar. É através do Verde é Vida que conseguimos levar para as famílias, mediante o ensino repassado aos alunos, a importância da preservação.” A professora ressalta, ainda, a importância da Bolsa de Sementes para recuperação de áreas degradadas. “Todo novo reflorestamento começa com uma sementinha germinada”, contextualiza.

Ao longo dos 19 anos de atuação junto ao Verde é Vida, Márcia recorda de quando viajou a Santa Cruz do Sul, em 2004, para participar do plantio da primeira árvore por intermédio da

iniciativa. “Naquele momento foi possível perceber a real importância do projeto para as comunidades escolares e para a sociedade.” Também lembra, com carinho, do trabalho científico que envolvia a análise de água de Ituporanga e que foi selecionado para o IV Encontro Sul-Brasileiro Verde é Vida, em 2011. “Foi um projeto marcante, pois não se restringiu a alguns alunos da instituição, mas conseguimos envolver toda a comunidade, tendo sido realizado através de estudos e análises da água em vários pontos do nosso município”, conta.

Para a pedagoga, ao longo dos anos a grande vitória do Verde é Vida tem sido a formação de cidadãos conscientes em favor da preservação do meio ambiente e para minimizar os índices de degradação das florestas e da natureza como um todo. Todo esse trabalho somente é possível, conforme Márcia, com apoio de base para as escolas. “Trabalhar com o suporte da Afubra tem sido excelente, pois conseguimos efetivar e colocar em prática os projetos elaborados. A Afubra, além de incentivar, faz as coisas acontecerem, tanto através de subsídios de materiais necessários, quanto através da disponibilização dos profissionais capacitados para nos orientarem sobre a melhor forma de colocar nossos projetos em prática”, finaliza.

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Todo novo reflorestamento começa com uma sementinha germinada, ressalta a professora Márcia sobre a importância da Bolsa de Sementes para recuperação de áreas degradadas Fotos: Arquivo Pessoal Márcia ressalta que todos os 297 alunos participam de alguma forma do Verde é Vida, assim como professores, colaboradores e famílias. Para a pedagoga, ao longo dos anos a grande vitória do Verde é Vida tem sido a formação de cidadãos conscientes em favor da preservação do meio ambiente
O Planeta e a humanidade precisam de pessoas determinadas a batalharem pela preservação e restauração do meio ambiente

Pioneirismo no Sul gaúcho

Há mais de 20 anos a Emef Alfredo Jacobsen tem orgulho de participar das ações do Verde é Vida, juntamente com a Afubra

Escola já recebeu premiação de destaque pelo Verde é Vida

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Alfredo Jacobsen é uma das instituições de ensino pioneiras a participar do Verde é Vida na região Sul do Rio Grande do Sul, há mais de 20 anos. Localizada em Boa Vista, no interior do município de Camaquã, atualmente atende 112 alunos, a grande maioria filhos de produtores rurais – são 102 estudantes diretamente ligados a famílias agricultoras. O diretor Luís Rodrigo Tuchtenhagen explica que são em torno de 100 famílias da comunidade diretamente favorecidas com o funcionamento do educandário, que faz parte da rotina e aprendizado dos moradores há 62 anos. Para dar continuidade a sua missão, a Emef Alfredo Jacobsen conta com 11 professores e mais seis funcionários.

Dentro do Verde é Vida, desenvolvido em parceria com a Afubra, as atividades são coordenadas pela professora Cleni dos Santos Ribeiro. O Grupo Ambiental conta com 30 participantes, mas toda a comunidade escolar é envolvida com as ações realizadas dentro do projeto. De acordo com Tuchtenhagen, a trajetória de mais de duas décadas de trabalho conjunto possibilitou muitos momentos marcantes, como as indicações de pesquisas científicas na Etapa Sul-Brasileira, prêmio escola destaque, visitas com coordenadores, entre outros. Em 2022, essa coleção de experiências teve continuidade, com a coleta de óleo saturado; participação no Bolsa de Sementes; encontros com grupos ambientais; plantio de árvores; recolhimento de alumínio para venda, e muitas outras ações.

“O Verde é Vida em nossa escola é muito importante, pois contribui agregando valores e aprendizagens que serão utilizados ao longo da vida dos nossos alunos e que podem ser repassados a toda comunidade escolar”, destaca. Embora muitas ações resultem em bônus financeiro para escola, o diretor ressalta que o maior ganho são as contribuições em favor de um mundo melhor – valores que são repassados para os alunos. Além disso, reforça que esta é uma iniciativa socioambiental que colabora com o desenvolvimento da educação de qualidade, sobretudo nas escolas rurais, onde os educandos podem vivenciar, na prática, os objetivos do projeto.

O Verde é Vida em nossa escola é muito importante, pois contribui agregando valores e aprendizagens que serão utilizados ao longo da vida dos nossos alunos e que podem ser repassados a toda comunidade escolar.

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Fotos: Arquivo Escola

Uma história de 20 anos de caminhada

Dos seus 60 anos em favor do ensino, Waldemar Antonio Von Dentz participa do Verde é Vida nas últimas duas décadas

Na localidade de Linha Canela Gaúcha, no interior do município catarinense de São Miguel do Oeste, há aproximadamente seis décadas a Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental (EMEIEF)

Waldemar Antonio Von Dentz leva educação a crianças e adolescentes moradores da comunidade. Atualmente, a instituição possui 98 estudantes matriculados, dos quais 25 são filhos de produtores rurais, beneficiando diretamente em torno de 75 famílias. O educandário também conta com uma equipe de 20 professores e mais seis funcionários. Dos 60 anos de história em favor do ensino, o Verde é Vida faz parte dos últimos 20 anos com suas ações e contribuições.

Conforme a professora Luciane

Fátima Dall Agnol, hoje em dia, 50 alunos da Waldemar Antonio Von Dentz estão envolvidos com as diretrizes do Verde é Vida, como Coleta de Sementes, Pesquisa Científica, Grupo Ambiental e participação em eventos promovidos pela Afubra. Nem mesmo a pandemia freou o trabalho desenvolvido. “A coleta de sementes não parou, até mesmo por se tratar de uma atividade individual e ao ar livre”, explica. Ao longo de 2022, com a plena retomada das ações, os estudantes estiveram engajados na produção e distribuição de árvores nativas para toda a comunidade escolar.

Para Luciane, o Verde é Vida faz parte do dia a dia na escola e também se estende a todas as famílias dos alunos e colaboradores. “É importante estimular a preservação da natureza no debater e no fazer, porque nenhum acontece sem o outro”, opina. Entre as contribuições da iniciativa, destaca a valorização do meio ambiente através do trabalho de pesquisa e a aquisição de materiais para aplicação na prática das diretrizes. Também valoriza a parte pedagógica, como o plantio de árvores visando a proteção das fontes. “O Verde é Vida é uma iniciativa que vem, com o passar dos anos, vinculando-se a práticas de preservação da natureza, procurando proteger a vegetação dos riscos de extinção.”

O Verde é Vida é uma iniciativa que vem, com o passar dos anos, vinculando-se a práticas de preservação da natureza, procurando proteger a vegetação dos riscos de extinção.

Os estudantes estiveram engajados na produção e distribuição de árvores nativas para toda a comunidade escolar

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Fotos: Arquivo Escola Escola Waldemar Antonio Von Dentz São Miguel do Oeste - SC

Uma escola preocupada com o futuro

Engajamento dos alunos da Escola Santa Isabe Campina dos Crespins possibilita a colheita de reconhecimento e o plantio de novas ideias

É através do Verde é Vida que a Escola Municipal do Campo Santa Isabel Campina dos Crespins vem sendo reconhecida pelos trabalhos desenvolvidos nas esferas sociais e educacionais no município de Piên, no Paraná. “O projeto, para a escola e para a comunidade escolar, fomenta reflexões e atitudes sobre saber atuar e agir localmente para melhorar globalmente”, ressalta a professora Silvia Jaqueline dos Santos Gonçalves. Entre os resultados conquistados pelo Grupo Ambiental, está o reconhecimento do trabalho com o tema Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade, que foi finalista do programa Criativos da Escola – desenvolvido pelo Instituto Alana com o objetivo de incentivar crianças e adolescentes e transformarem suas realidades.

Atualmente, a escola conta com 150 alunos, sendo em torno de 30 filhos de agricultores. Na Estrada Principal da Campina dos Crespins, 15 profissionais, entre professores e funcionários, trabalham para beneficiar mais ou menos cem famílias, direta e indiretamente.

Empresas colaboraram com a doação de tampinhas para os projetos da escola

Também foi através das ações realizadas com o suporte da Afubra que a instituição de ensino participou, em 2019 e 2021, do quadro Árvore dos Desejos, uma das atrações do então programa Caldeirão do Huck. Na atração, os alunos de escolas públicas eram convidados a colocar seus desejos em uma árvore simbólica.

“Nossa escola foi escolhida pelo programa e convidada a participar com o envio de cartas”, lembra. Segundo Silvia, ao longo da trajetória de parceria com o Verde é Vida, que dura mais de 25 anos, foram muitos outros momentos marcantes, como os trabalhos na horta e reativação da estufa hidropônica, com venda das mudas para as próprias famílias, que foram incentivadas a construir suas próprias hortas.

Atualmente, a escola conta com 150 alunos, sendo em torno de 30 filhos de agricultores. Na Estrada Principal da Campina dos Crespins, 15 profissionais, entre professores e funcionários, trabalham para beneficiar mais ou menos cem famílias, direta e indiretamente. Em 2022, o trabalho não parou, com foco no tema água e ênfase no consumo consciente, como a reutilização da água da cisterna para a manutenção da horta escolar. Ao longo do ano letivo, os alunos também estiveram unidos para dar um destino adequado para as aparas de lápis de toda a escola, que foram usadas para proteger o solo horta, por meio da técnica de mulching. “A pesquisa Espanta Bichinho possibilitou o controle do aparecimento de bichinhos indesejáveis na horta, prevenir ervas daninhas e controlar a umidade e temperatura do solo.”

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Fotos: Arquivo Escola

RESULTADOS DO 31º ANO VERDE É VIDA

O Verde é Vida, programa de educação socioambiental e rural da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), desenvolve suas atividades nos municípios onde a entidade atua, tendo como referência as escolas e suas comunidades. Realiza suas ações nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com o objetivo de desenvolver uma educação socioambiental, promover a educação no meio rural, sua diversificação, sustentabilidade, proteção da criança e do adolescente, bem como, a valorização da agricultura familiar.

Em 2022, o Verde é Vida comemorou os 20 anos da Bolsa de Sementes, atividade permanente de educação ambiental da Afubra. Foi, também, um ano de recomeço para o Verde é Vida e suas escolas parceiras onde foram desenvolvidas ações voltadas para o meio ambiente, a saúde, o trabalho, a cidadania e a ética. E, novamente, o Verde é Vida ofereceu para as escolas 15 ações operacionais, deixando para cada educandário realizar estas ações quando e como achar necessário, ou seja, desenvolver as ações propostas conforme a realidade e as necessidades da sua comunidade escolar.

Com a proposta de um recomeço, o Verde é Vida desenvolveu suas atividades de forma híbrida, mantendo algumas atividades presenciais e outras online, com o tema anual “Planeta sustentável, agir localmente e pensar globalmente”. Novamente, o tema foi referência para as ações realizadas pelo Verde é Vida e suas escolas parceiras envolvendo alunos, professores, pais e comunidade em atividades ambientais, sociais, culturais e lúdicas, reuniões, campanhas, eventos sociais e esportivos.

Durante o ano, o Verde é Vida atuou em 92 municípios, onde desenvolveu atividades em parceria com 549 escolas. Nestas atividades híbridas envolveu 29 funcionários da Afubra e da Agro-Comercial Afubra Ltda., que atuaram dando apoio técnico, pedagógico e logístico para que cada escola desenvolvesse suas atividades durante o ano Como forma de divulgação o Verde é Vida proporcionou para suas escolas parceiras três documentos de divulgação: Projeto da Escola, onde cada educandário, com base no seu Projeto Político Pedagógico (PPP), escolhe um tema e apresenta um projeto que será realizado a longo prazo e reestruturado a cada ano. Este projeto deve ser de interesse da escola, dos alunos, pais, professores e das comunidades assistidas pela escola, com tema abrangente e de caráter socioambiental.

Relatório é um documento que deve ser apresentado no final do ano letivo, onde a escola apresenta os resultados dos trabalhos realizados pelo educandário durante o ano.

Anuário Verde é Vida, onde a Secretaria de Educação e as escolas divulgam, através de resumos, as principais atividades realizadas pelo município, pelos professores e alunos de cada escola parceira.

Quanto às atividades internas, as ações que o Verde é Vida realizou em parceria com alguns Departamentos da Afubra e da Agro-Comercial Afubra Ltda., foram aprimoradas e dado continuidade às ações, procurando sempre atender os funcionários, associados da entidade e clientes das lojas nos três estados do Sul do Brasil.

2022 foi definido pelo Verde é Vida como o ano do recomeço, pois as escolas tiveram como desafio trabalhar três anos em um e o Verde é Vida estava lá para auxiliar. Foi um ano de retomada e de manter as inovações propostas durante a pandemia. Focamos na Bolsa de Sementes, qualificamos a Coleta de Óleo Saturado, inovamos com o Encontro Sul-Brasileiro de Grupos Ambientais Online e com a Gincana Cooperativa Sul-Brasileira Online, bem como com a nova proposta da Mostra Científica Verde é Vida a nível Escolar, Estadual e Sul-Brasileira. Criamos novos caminhos para a escola poder desenvolver a sustentabilidade local e/ou regional através do ambiental, social e econômico.

Estas velhas e novas atividades promoveram uma reorganização do Verde é Vida, tornando-se um programa de educação, e atuando nas áreas ambiental, social, cultural, pedagógica, econômica e de inovação com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU através da Agenda 2030.

Para 2023, o Verde é Vida desenvolverá suas atividades de forma híbrida, mantendo sua proposta original, de proteção ambiental, e inovando com ações pedagógicas e tecnológicas, trabalhando, dessa forma, uma educação socioambiental rural com uma visão construtivista e holística voltada para o desenvolvimento sustentável. Neste ano o tema será “Solidariedade e voluntariado: família, escola e comunidade juntos”

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Números do Verde é Vida em 2022

220.260

pessoas foram atendidas duarante as atividades do Verde é Vida neste ano

549

escolas atendidas de 92 municípios envolvidos

89.966,50

litros de óleo saturado coletados por 368 parceiros em 83 municípios

683,73 kg

de sementes que foram coletadas por 53 escolas e distribuídas para viveiros do Brasil

1.345 alunos

realizaram 229 trabalhos de pesquisa científica em 52 escolas

1.562 ações

de 56 Grupos Ambientais realizadas nas escolas e nas comunidades

64 escolas

realizaram 264 ações sociais e 184 atividades de jornada ampliada

1.562 atividades

socioambientaisno horário de aula em 64 escolas

10.865 pessoas

foram envolvidas nas ações conjuntas de 36 escolas

O Verde é Vida

35.000

cadernos e réguas foram doados par escolas e entidades parceiras

15.000 mudas

25,45 toneladas

49 resumos

36 palestras

recebeu 67 projetos e 64 relatórios de suas escolas parceiras foram publicados pelas escolas parceiras no Anuário Verde é Vida foram realizadas envolvendo 1.500 pessoas em 2022

95.800

pessoas assistidas em 11 eventos

120 professores

participaram do Curso de Educação Ambiental promovido pelo CAD

foram doadas para 98 parceiros do Verde é Vida de resíduos produzidos na matriz Afubra, com destino correto

74,6 toneladas

de resíduos foram geradas na 20ª Expoagro Afubra com destino correto

9.800 pessoas

assistidas no Espaço de Inovação do Agro durante a Expoagro Afubra

868 visitas

realizadas pelos Coordenadores Regionais nas escolas parcerias participaram na Gincana sul-brasileira/online e 620 no encontro de GAs/online

680 alunos

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Resumos coordenadores municipais

ÍNDICE

RELATÓRIO VERDE É VIDA

Cachoeira do Sul/RS

SMED. Cachoeira do Sul/RS

Relatora: Elenita Fabiana Kettermann

No município de Cachoeira do Sul temos a participação de oito escolas da Rede Municipal de Ensino no Projeto Verde é Vida: Escola Municipal de Ensino Fundamental Aldo Porto, Escola Municipal de Ensino Fundamental Emília Vieira da Cunha, Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco de Souza Machado, Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora Medianeira, Escola Municipal de Ensino Fundamental Sagrado Coração de Jesus, Escola Municipal de Ensino Fundamental Taufik Germano e Escola Municipal de Ensino Fundamental Jenny Figueiredo Vieira da Cunha. Estas escolas estão localizadas no campo, porém a maioria de seus gestores, professores e funcionários residem na área urbana.

Para dar suporte às escolas do campo, em 2021 foram retomadas as reuniões da COMDECampoComissão Municipal para o Desenvolvimento da Educação do Campo, que tem como um dos objetivos apoiar e organizar atividades que envolvam estudantes e profissionais das escolas do campo, contando para isto com a participação de entidades como a Associação dos Fumicultores do Brasil- Afubra, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, EMATER, Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul- UERGS, Conselho Municipal de Educação-CME, dentre outras, uma vez que é de extrema importância o envolvimento da comunidade escolar para direcionar atividades voltadas para o campo.

A parceria do município com o Projeto Verde é Vida tem proporcionado aos estudantes a busca por novos conhecimentos e o aprimoramento das teorias através da prática.

Tivemos escolas que participaram da Gincana Cooperativa Sul-Brasileira que aconteceu de forma online, além de participarem da coleta de óleo saturado e da campanha MUDÁALIMENTO.

Com a parceria da Afubra Cachoeira do Sul, foi possível realizar visita em todas as escolas parceiras do Projeto, para incentivar a participação das mesmas nas atividades que acontecerão no ano de 2022.

36 Liga de Combate Ao Câncer SMEC. Boqueirão do Leão/RS 37 A Educação Socioambiental nas Escolas do Campo de Cristal SME. Cristal/RS 37 Relatório Verde é Vida SMED. Cachoeira do Sul/RS 36 Programa Verde é Vida 2021 SMEC. Paraíso do Sul/RS 38 Educação financeira e empreendedorismo SME. São Miguel do Oeste/SC 39 Valorização da educação após a pandemia SMECD. Vale do Sol/RS 40 Educação sustentável em Venâncio Aires SME. Venâncio Aires/RS 40 Resíduos sólidos no município de Vidal Ramos SME. Vidal Ramos/SC 41 Todos juntos por uma educação ambiental de qualidade SME. Vera Cruz/RS 41 Atividades de sensibilização ambiental desenvolvidas pelo Município de Santa Cruz do Sul SME. Santa Cruz do Sul/RS 38 Grupos ambientais Lourencianos e o protagonismo juvenil SMECD. São Lourenço do Sul/RS 39

LIGA DE COMBATE AO CÂNCER

Boqueirão do Leão/RS

SMEC. Boqueirão do Leão/RS

Relatoras: Débora Flores Ramos Froza e Luana Fatima Tozetto

Boqueirão do Leão é um município com grandes ações sociais e solidárias. Uma delas é o OUTUBRO ROSA e o NOVEMBRO AZUL, dirigidas pela “LIGA DE COMBATE AO CÂNCER DE BOQUEIRÃO DO LEÃO – RS”, que tem como presidente Luana Fatima Tozetto. O objetivo maior da Liga, é arrecadar fundos para ajudar as pessoas que estão passando pelo câncer.

O Outubro Rosa, acontece então, no mês de outubro de cada ano e traz em foco o Câncer de Mama. E o Novembro Azul, acontece no mês de novembro de cada ano, trazendo em foco o Câncer de Próstata. Então, são nesses meses feitas as movimentações. No entanto, no ano de 2021 foram realizadas caminhadas, vendas de pães, cucas, camisetas e guarda-chuvas, para arrecadar fundos lucrativos. E neste ano de 2022, foi realizado um rodeio no interior do município, no qual, uma porcentagem dos ingressos cobrados foi repassado para a Liga.

A Liga tem o brechó, que se chama “Brechó da Liga”, o qual recebe doações de roupas da comunidade e de outras ONGs, para venda. E também são aceitas doações em dinheiro. Todos os fundos arrecadados com as vendas, doações e parcerias com eventos e instituições, são transformados em

A EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

NAS ESCOLAS DO CAMPO DE CRISTAL

Cristal/RS - SME. Cristal/RS

benefícios aos pacientes. Os pacientes são encaminhados para a Liga, através da Secretaria de Saúde do município ou por outras instituições de saúde. Chegam até a Liga e é feito um cadastro, identificando a doença e as necessidades, e a partir daí a Liga ajuda com medicamentos, suplementos, leite, leito no hospital de Boqueirão do Leão. Sem custo algum para o paciente. Ajudam também com cadeiras de roda, andadores e oxigênio. E se o paciente fizer Quimioterapia e/ou Radioterapia vindo a perder o cabelo, ganham perucas, através de uma ONG de Passo Fundo, para qual são repassadas as doações de cabelo, feitas por salões de beleza.

O município contribui levando os pacientes para fazer mamografias, ecografias, entre outros exames, mas que são pagos pela Liga. E ajuda também, fornecendo uma Psicóloga para atender os pacientes que precisam.

A Liga tem muitas parcerias importantes, assim, ajudando quem precisa, em prol desta doença maligna, que incomoda a tantos.

A empresa de razão social “Liga de Combate ao Câncer de Boqueirão do Leão -RS”, foi aberta em 14/07/2010, e está localizada na Rua São João, 1220, Centro, Boqueirão Do Leão, RS, Brasil.

Relatoras: Sharon Rosane Menezes Rodrigues e Cláudia Simone Vitola Schranck

A Secretaria de Educação de Cristal – RS desenvolve em parceria com a Afubra o Projeto Verde é Vida contando com cerca de quinhentos (500) alunos das escolas do campo do município., EMEF Antônio Curi e EMEF Otto Becker.

O projeto Verde é Vida é desenvolvido de forma interdisciplinar e se enquadram nos demais projetos realizados nas escolas com as temáticas de educação ambiental e de educação no campo, sendo estes essenciais para a preservação e desenvolvimento local. A educação socioambiental é um tema frequente nas atividades desenvolvidas por professores e alunos das escolas municipais de Cristal-RS visando o cenário atual do município. O intuito da promoção da educação socioambiental, nesse contexto, é de preservação ambiental e cuidado com os recursos disponíveis, valorizando desse modo o meio ambiente em que vivemos. O desenvolvimento sustentável está relacionado principalmente ao não esgotamento dos recursos para as gerações futuras, mantendo em equilíbrio com os objetivos

de desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. Vale ressaltar que ao trabalhar as ações de educação socioambiental nas escolas cria-se possibilidades para que os educandos atuem como disseminadores das práticas e atitudes aprendidas durante esses projetos, conscientizando familiares, amigos e a comunidade em geral a respeito da responsabilidade à sustentabilidade local. Finalizamos nosso relatório com a frase de Nildo Lage: “Trabalhar com sustentabilidade é plantar um presente que garanta a subsistência das novas gerações num planeta que pede socorro e aquece a cada dia. Pois melhor que plantar árvores, despoluir rios, proteger animais, é semear a consciência de que a garantia da vida é respeitar as fronteiras da natureza.”

Esta frase nos faz refletir sobre a importância da preservação e sabendo disso fica nítida a importância do projeto Verde é Vida junto às escolas do nosso município, possibilitando que os alunos estejam conscientes sobre a sustentabilidade e seu papel com o planeta.

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PROGRAMA VERDE É VIDA 2021

Paraíso do Sul/RS

SMEC. Paraíso do Sul/RS

Relatoras: Cristiane Suzana Langbecker Ehle e Rosângela Aparecida Ribeiro Baumhardt

O Projeto Verde é Vida é desenvolvido no município de Paraíso do Sul através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e tem por objetivo desenvolver ações conjuntas com as Escolas, envolvendo professores, educandos e a comunidade em geral. Sempre preocupados com o processo de ensino/qualidade e visando incentivar os Educandos de nossas Escolas através dos momentos de aprendizagem deste tão renomado Programa.

Diversas são as atividades que ocorrem no dia a dia na prática pedagógica das nossas Escolas, como o trabalho voltado para a identificação dos problemas envolvendo educação socioambiental, inovação tecnológica, qualidade de vida, visando à preservação do Meio Ambiente em nossa cidade, sustentabilidade, diversificação e valorização da agricultura – a educação no meio rural, também objetiva-se atividades promovendo o protagonismo do aluno, atividades que subsidiam o crescimento das propriedades rurais, da agricultura familiar e da permanência da família no campo são as atividades disponibilizadas aos cidadãos para que possam integrar-se na busca do bem-estar social e ambiental.

No ano de 2021, foram desenvolvidas várias ações a nível municipal e um trabalho voltado para a realidade dos alunos,

suas famílias e comunidades com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável local, dentre as quais se destacam: consciência ambiental – bolsa de sementes, doação de mudas de árvores nativas e flores, plantio das mesmas na cidade e pátio das Escolas com objetivo de arborizar e embelezar os ambientes e a cidade, tornando o mesmo mais agradável para o lazer; trabalho nas hortas escolares; desenvolvimento de ações à distância com o objetivo de levar às Escolas a consciência da valorização e preservação da natureza, contribuindo assim para um futuro mais saudável; Recolhimento de materiais recicláveis e de óleo saturado; Realização de pesquisa e atividades feitas pelos educandos que enfatizem a preservação do Meio Ambiente e conservação do mesmo com objetivo de despertar a consciência ambiental dos envolvidos no processo educativo.

O Projeto Verde é Vida enriquece a prática pedagógica no dia a dia trazendo para o nosso educando novas aprendizagens o aprimoramento da teoria através da prática. Através de programas como este conseguimos desenvolver ações que trarão vários benefícios, tanto para nossa vida cotidiana, bem como ao planeta e gerações futuras.

ATIVIDADES DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS

Santa Cruz do Sul/RS

SME. Santa Cruz do Sul/RS - Relator: Eduardo Soares

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) promoveram atividades alusivas à semana do Meio Ambiente. Parte da programação, ocorreu de forma online. O objetivo das atividades foi conscientizar sobre ações individuais e coletivas relacionadas à proteção do meio ambiente. As temáticas foram diversas:

Sustentabilidade na prática: Inovação biotecnológica para a agricultura.

Desafios do direito ambiental na contemporaneidade.

Rios e restauração dos ambientes aquáticos – importância do Saneamento nas Cidades.

Abordagens práticas em Educação Ambiental para os Agentes de Saúde, com foco na separação domiciliar e gestão de resíduos.

No dia 20/03/22 foi lançado na praça Getúlio Vargas, no centro de Santa Cruz do Sul, as ações da 3ª Semana Municipal de Adoção, Proteção e Bem-Estar Animal.

A Semana de Adoção busca fomentar e estimular a adoção, a posse responsável e repassar informações quanto a procedimentos relacionados a situações de maus tratos e abandono de animais.

PROJETO TROCA SOLIDÁRIA: Este projeto tem por

objetivo proporcionar a oportunidade de troca de resíduos sólidos recicláveis por alimentos oriundos de produtores agrícolas familiares do Município de Santa Cruz do Sul. Procura-se, também, incentivar os alunos das escolas a separar resíduos e aprender sobre a destinação correta dos recicláveis. Ainda, há o propósito de melhorar a qualidade da alimentação dos beneficiados com o projeto.

PROJETO PILOTO RECICLA SANTA CRUZ: Inicialmente com quatro contêineres laranja, destinados a resíduos recicláveis, a intenção do Projeto é retirar os resíduos recicláveis dos contêineres verdes, e dar o correto destino aos mesmos, incentivando o processo de reciclagem. Uma vez por semana, os contêineres são esvaziados e seu conteúdo é levado à Coomcat, que realiza a separação, pesagem e encaminhamento à reciclagem.

ESTAÇÕES DE SUSTENTABILIDADE: No mês de fevereiro de 2022, foram instalados quatro contêineres náuticos para o recebimento de materiais recicláveis em pontos estratégicos da cidade. Os mesmos possuem bags instalados internamente para o acondicionamento dos recicláveis e a cooperativa Coomcat faz o recolhimento semanal nestes endereços. O Município atua nas regiões onde as Estações estão instaladas no sentido de incentivar a separação domiciliar dos resíduos.

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PELO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

GRUPOS AMBIENTAIS LOURENCIANOS E O PROTAGONISMO JUVENIL

São Lourenço do Sul/RS

SMECD. São Lourenço do Sul/RS

Relatora: Nair Kunde Lüdtke e Clarisse Rosa Holz

São Lourenço do Sul, parceira do Programa Verde é Vida da Afubra, destaca os Grupos Ambientais existentes em suas escolas pólo. O 2º, 3º e 4º distritos fazendo história e a diferença através da educação e do protagonismo destes estudantes que fazem da ação o maior exemplo de amor ao planeta. O Grupo Ambiental “Natureza em Harmonia” existe há duas décadas e é orgulho da EMEF Francisco Frömming. São jovens muito focados em pesquisas científicas, desenvolvem ações socioambientais, tornando-se agentes na integração entre escola e comunidade.

O maior desafio é pensar o espaço local com pertencimento global. O Grupo “Sentinelas da Martinho” da EMEF Martinho Lutero, segundo a professora Rosane Rutz, foi formado no ano de 2013, com o intuito de desenvolver com os educandos ações e posturas responsáveis diante de problemas ambientais, trazendo alternativas e soluções para uma maior reflexão, conscientização e sensibilização da educação socioambiental, visando a necessidade de incentivar os nossos alunos a participarem de atitudes de cidadania, em conjunto com os professores, colegas e com a comunidade escolar, objetivando a prática e conscientização do ato de preservar.

Através dos desafios enfrentados no período pandêmico, o Grupo Ambiental tornou-se também um elo importante para desenvolver além das práticas ambientais um equilíbrio sócio emocional. A EMEF Germano Hübner, localizada em Santa Tereza possui atualmente dois Grupos Ambientais: Patrulha Ambiental e Parceiros do Ambiente Inteiro. Professora Mônica Silva salienta que os GA’s têm como principal propósito exercer o papel de multiplicadores das questões ambientais, levando esse conhecimento de maneira mais prática e atuante para dentro da comunidade escolar. Portanto, na nossa escola, inserimos intensamente o tema “meio ambiente” através de ações reflexivas teóricas e práticas.

Os estudantes que passaram pelos GA’s de nossa escola fizeram muitas descobertas, repensaram conceitos, vivenciaram experiências e contribuíram de forma positiva nesse trabalho de cuidar da natureza garantindo a sobrevivência dos seres vivos. Por todas as conquistas, troféus, medalhas, menções...a maior gratidão é do Planeta que recebe cuidado e amor. Um abraço verde!

EDUCAÇÃO FINANCEIRA E EMPREENDEDORISMO

São Miguel do Oeste/SC

SME. São Miguel do Oeste/SC

Relatora: Ariane Angelita de Oliveira

Diante das novas demandas do século XXI faz-se necessário abordar temáticas contemporâneas no espaço escolar. Frente aos desafios, o município de São Miguel do Oeste – SC, inclui na matriz curricular a disciplina de Educação Financeira e Empreendedorismo para as turmas do infantil IV e V e para as turmas de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental – anos finais. As iniciativas de Educação Financeira desenvolvidas em outros países indicam que quanto mais cedo o ensino financeiro começa, melhores os resultados alcançados.

A justificativa se baseia no fato de que ser uma pessoa financeiramente educada, significa muito mais do que dominar conceitos complexos, como juros, inflação e orçamento; mais do que isso, significa ter comportamentos que permitam levar a vida de modo financeiramente saudável. Através do ensino da Educação Financeira e Empreendedorismo é possível introduzir debates sobre o impacto da sações individuais sobre o contexto social e como as decisões tomadas no presente podem afetar o futuro, desta forma fortalecendo posturas, atitudes, habilidades e conhecimento que redundam na prontidão do educando para agir.

A BNCC traz como competências para a Educação Financeira debater direitos e deveres; participar de decisões financeiras social e ambientalmente responsáveis; distinguir desejos e necessidades de consumo e poupança no contexto do planejamento financeiro do projeto de vida familiar; ler e interpretar textos simples do universo de Educação Financeira; ler criticamente textos publicitários; participar de decisões financeiras considerando necessidades reais; atuar como multiplicador; elaborar planejamento financeiro com ajuda; cuidar de si próprio, da natureza e dos bens de comuns considerando as repercussões imediatas de ações realizadas no presente e cuidar de si próprio, da natureza e dos bens comuns considerando as repercussões futuras de ações realizadas no presente, observando as dimensões individual, local, regional, nacional e global no tempo passado, presente e futuro.

É importante salientar também que o ensino de Educação Financeira e Empreendedorismo não deve se restringir ao ensino cru da matemática e sim, priorizar a exposição dos alunos a situações reais que ofereçam a oportunidade de administrar, arriscar e aprender com os resultados das própria sanções.

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VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO APÓS A PANDEMIA

Vale do Sol/RS

SMECD. Vale do Sol/RS

Relatora: Denise Cristine Giehl

De uma hora para outra, as escolas tiveram que fechar as portas devido à chegada da covid-19. Esse cenário impactou a comunidade escolar, onde educadores e alunos se adaptaram a uma nova realidade. O fato é que essas mudanças não são apenas para esse período, mas sim, pós pandemia.

A volta às aulas presenciais foi um momento delicado, que exigiu desde a manutenção de hábitos de prevenção adquiridos durante o isolamento social até o rodízio de turmas para evitar aglomerações.

Nesse novo ano letivo, ainda há muitas dúvidas, mas foi preciso focar no esforço em torno da manutenção do aprendizado dos estudantes, mesmo em contextos diferentes, e é preciso ter a clareza que tal fato aponta para a necessidade de nova visão sobre o trabalho do professor.

A pandemia que trancafiou todos em casa, e obrigou a todos redefinirem seu formato de trabalho, também alterou totalmente o ensino e acentuou o que temos de melhor e evidenciou tanto os problemas como os desafios a serem enfrentados.

Na educação, a pandemia escancarou as dificuldades que já existiam em relação à adoção e apropriação das

tecnologias e trouxe a necessidade de atualizar práticas e metodologias de ensino, fazendo ressurgir o debate sobre a valorização do professor. Com os filhos em casa, os pais reconheceram o tamanho do esforço e complexidade do trabalho dos educadores.

Os educadores precisaram se reinventar de forma muito rápida na pandemia e, além de buscassem alternativas e outras ferramentas para manter os alunos engajados. Esse esforço em adaptação à nova realidade para boa parte dos docentes, aliado ao fato de a escola ter entrado na casa dos estudantes, acabou fazendo com que os familiares dos alunos compreendessem a amplitude do ofício de professor e do desafio que enfrenta para prender a atenção e estimular a participação de crianças e jovens durante a aprendizagem remota.

Com isso, a valorização do professor, além do reconhecimento de estudantes e famílias passou a fazer parte do dia a dia e, se a pandemia trouxe uma revolução forçada ao nosso sistema de ensino, que luta para se adequar, também expôs mudanças que precisam ser feitas e que não dependem de pandemias para ocorrerem: só dependem de bom senso.

EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL EM VENÂNCIO AIRES

Venâncio Aires/RS

SME. Venâncio Aires/RS

Relatora: Greici Maria Eugenio de Mattos

O município de Venâncio Aires tem uma longa caminhada na área sustentável, sendo parceiro da AFUBRA há muitos anos. Em 2021 entre vários trabalhos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Thomaz Pereira foi selecionada para apresentar seu projeto “Vamos pensar: o que é lixo” na EXPOAGRO AFUBRA. O trabalho foi desenvolvido pelos alunos e o tema surgiu a partir da implantação do biodigestor na escola e as dúvidas referentes ao funcionamento do equipamento. Além disso, os estudantes aprenderam a reutilizar os resíduos e assim, conseguiram identificar o que realmente é o lixo. Foram trabalhadas situações pedagógicas que auxiliaram a comunidade na conscientização sobre lixo, reciclagem e poluição.

Culminamos o projeto com a visitação dos alunos dos Anos Finais da escola Coronel à EXPOAGRO. Eles ficaram encantados com a grandiosidade da Feira. Continuamos também com o recolhimento do óleo saturado nas escolas, em parceria com a AFUBRA. Faço parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente e nos reunimos mensalmente para debater assuntos de meio ambiente de em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Todos os anos são realizadas ações no Dia Mundial do Meio

Ambiente e, em 2022 haverá ações voltadas ao assunto para sensibilizar a comunidade sobre os ecossistemas como, por exemplo, distribuição de mudas de árvores, recolhimento de lixo eletrônico, descartável e óleo de cozinha.

O município de Venâncio Aires tem um projeto de recuperação de nascentes onde já foram recuperadas 17 nascentes e serão visitadas mais 100. Ao longo do mês de maio do ano de 2021, em comemoração aos 130 anos do município de Venâncio Aires, houve recolhimento de quase 4 toneladas de lixo eletrônico e distribuição de 400 mudas de árvores. Nossas escolas trabalham fortemente na linha da pesquisa científica e representam o município em várias feiras. Em outubro de 2021, 8 projetos da rede municipal de ensino de Venâncio Aires participaram, de forma virtual, da MOSTRATEC JÚNIOR - Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia - sendo 5 trabalhos de turmas da Educação Infantil e 3 turmas do Ensino Fundamental. Destaca-se que desses oito trabalhos, seis são relacionados a temas ambientais, demonstrando o trabalho e preocupação das escolas com o meio ambiente, Além desses projetos, nossas escolas possuem várias ações ambientais, dentre elas, organização de hortas para temperos e chás.

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TODOS JUNTOS POR UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE QUALIDADE

Vera Cruz/RS

SME. Vera Cruz/RS

Relatoras: Mariani Ines Stoeckel e Márcia Beatriz Gabe

As Escolas de todo município buscam realizar projetos e ações que fomentam a conscientização em relação aos cuidados e preservação do meio em que vivem. O envolvimento de toda comunidade escolar é essencial para que haja uma mudança de pensamento e atitudes concretas no cuidado com a natureza que nos rodeia.

Uma das ações de maior alcance em Vera Cruz é a Gincana Ambiental. Este evento é realizado pelo Departamento do Meio Ambiente e é tradicionalmente incluído na Semana do Município. Esta programação acontece no mês de junho, celebrando o aniversário de Vera Cruz, bem como o Meio Ambiente. Nesta atividade, os alunos de 6º ao 9º ano das escolas se envolvem em várias tarefas artísticas, esportivas, de conhecimentos gerais, pesquisa e observação do meio, promovendo a reflexão e a conscientização acerca da importância do cuidado com o meio em que vivemos.

O cuidado com a fauna e flora deve iniciar no meio familiar, se estender para a escola, avançando para toda a sociedade, visando convivência harmônica entre a diversidade de animais, de plantas e seres humanos. Desta

forma, estaremos contribuindo para uma sociedade mais responsável e comprometida com o cuidado do nosso lar comum, que é nosso planeta Terra. Uma vida digna e saudável depende de uso consciente de recursos naturais, resultando em um ambiente sustentável e preservado.

O Projeto Verde é Vida em nosso município vem ao encontro do trabalho das escolas com a educação ambiental, desde a educação infantil até o 9º ano. O Projeto oferece suporte para as ações escolares, disponibilizando diversidade de materiais, cursos, encontros, assessoria e apoio pedagógico nas diversas práticas promovidas com objetivo de conhecer e preservar o meio ambiente.

A qualidade de vida de nossos munícipes depende do cuidado que temos com o meio em que vivemos, preservando os recursos naturais, agindo com os princípios da sustentabilidade. Somente com ações concretas, contínuas e responsáveis teremos uma vida tranquila no presente e futuro. Desta forma, o município agradece a oportunidade de participar do Projeto Verde é Vida, que possa ser replicado e reinventado a cada ano.

RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE VIDAL RAMOS

Vidal Ramos/SC

SME. Vidal Ramos/SC

Relatora: Pricila Buss

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos representam metade dos resíduos sólidos no Brasil. O município de Vidal Ramos, por exemplo, enfrenta um grave problema com a falta de consciência da população com a coleta seletiva, consequentemente as composteiras não conseguem produzir adubo orgânico de qualidade. São frequentes as queixas da mistura do resíduo orgânico com papel, plástico, pilha, animais mortos etc. Diante deste cenário, uma das alternativas, na tentativa de conscientizar a população, a Prefeitura Municipal recorreu as escolas na intenção de levar a gestão de resíduos e promover momentos favoráveis à educação cidadã, conscientizando sobre a responsabilidade no processo de separação.

Muito tem se falado sobre sustentabilidade do planeta, escassez de recursos naturais e preservação ambiental, por isso, é importante que essa temática não fique de fora dos debates na sala de aula. Uma das maneiras de envolver os alunos nesse assunto e promover o desenvolvimento de uma consciência crítica pode ser por meio de campanhas de conscientização para separar os materiais descartados, a fim de destiná-los adequadamente e até mesmo diminuir a quantidade de lixo produzida. A Escola Pe. Heriberto, como já

realiza um trabalho sensibilizando seus alunos, topou o desafio e pretende desenvolver ações que despertem o interesse da comunidade em participar, provocando a pessoas a repensarem sobre suas atitudes e sobre seus hábitos no dia-a-dia no que diz respeito ao meio ambiente. Sabe-se que para a realização do projeto de ação em geral requer iniciação pelo professor. Um professor serve como um guia para ajudar os estudantes a escolher projeto que seja realista e que tenha impacto positivo. No entanto, a maior parte do planejamento, tomada de decisões e do trabalho em si devem ser realizados pelos alunos. Isso permite experimentar os desafios e as recompensas de tomar posse do projeto, no que diz respeito às ações ambientais as experiências aprendidas podem e devem ser estendidas para suas respectivas casas.

A Educação Ambiental deve fazer parte sim do plano de alfabetização das crianças, pois o trabalho com o tema meio ambiente é contribuir diretamente na formação de cidadãos plenos, que possam decidir e atuar na realidade local, promovendo o bem-estar individual e social, ou seja, o tema é fundamental se quisermos um lugar melhor para viver.

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Resumos das escolas

ÍNDICE

42 Sustentabilidade: o aluno como sujeito protagonista das mudanças Região de Araranguá - SC EMEB Albino Zanatta. Jacinto Machado/SC 5 Escola Municipal Ernesto Hachmann: 80 anos de história EM Ernesto Hachmann. Capinzal/SC 5 Em busca de uma aprendizagem significativa restaurante da leitura Região de Camaquã - RS EMEF Alfredo Jacobsen. Camaquã/RS 5 Escola um espaço de potencialização: resgate de valores, habilidades e transformação social EMEF Santa Terezinha. Dom Feliciano/RS 5 A educação do campo: os efeitos da pandemia e a inovação tecnológica EMEF Carlos Altermann. Paraíso do Sul/RS 5 Recicle hoje para preservar o amanhã Região de Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo - RS EMEF Alberto Pasqualini. Agudo/RS 5 A escola no caminho da sustentabilidade Região Herval D’Oeste - SC CEM Frei Silvano. Água Doce/SC 5 Horta orgânica Região de Santa Cruz do Sul - RS EMEF Casemiro de Abreu. Rio Pardo/RS 5 Boa leitura: novos ambientes e novos leitores EMEF Manoel Alcides Cunha. Rio Pardo/RS 5 Saúde e meio ambiente EMEF Cardeal Leme. Santa Cruz do Sul/RS 5 Educando para a sustentabilidade EMEF Emanuel. Santa Cruz do Sul/RS 5 Um olhar para o lixo EMEF Felipe Becker. Santa Cruz do Sul/RS 5 De nó em nó somos nós EMEF Nossa Senhora da Glória. Sinimbu/RS 5 Saúde e educação: um diálogo necessário EMEF Felipe dos Santos. Vale do Sol/RS 5 Paradas EMEF Willibaldo Michel. Vale do Sol/RS 5 Plantar bem para comer bem EMEF Vila Gropp. Atalanta/SC 5 Cantigas e brincadeiras CMEF Pedro Júlio Müler. Ituporanga/SC 5 Horta escolar: cultivando saúde EMEF José de Lima. Rio Negro/PR 5 Aprendendo e preservando com a Turma da Mônica Região de Rio do Sul e Ituporanga - SC EMEF Ribeirão Matilde. Atalanta/SC 5 Embelezamento do ambiente escolar através da horta e jardim Região de Rio Negro - PR e Mafra - SC EM Alminda Antonia de Andrade. Piên/PR 5 Inseticidas orgânicos no controle das pragas na horta EM Marciano de Carvalho. Piên/PR 5 Junto somos mais: família e escola em bem estar ERM Santa Isabel. Piên/PR 5 Escola e comunidades juntas na recuperação da mata ciliar da bacia do Rio Batalha CMEF Professor Curt Hamm. Ituporanga/SC 5 Projeto Educação Para a Vida EMEF Nossa Senhora Medianeira. Cachoeira do Sul/RS 5 Bem Viver EMEF Percílio Joaquim da Silveira. Candelária/RS 5 O novo olhar na aprendizagem EMEF São Paulo. Candelária/RS 5 Educação permanente EMEF Rodrigues Alves. Paraíso do Sul/RS 5 Tecnologias e educação financeira no campo EMEF Otto Laufer. Camaquã/RS 5 ‘Fique bem... Renove a esperança na educação’ EMEF São João Batista. Dom Feliciano/RS 5
43 Agricultura do campo para a cidade Região de São Lourenço do Sul e Canguçu - RS EMEB Albino Zanatta. Jacinto Machado/SC 5 Cadeia ambiental Região de São Miguel do Oeste - RS EPM Renascer. Princesa/SC 5 Empreendendo e cultivando saberes EMEB Padre José de Anchieta. São Miguel do Oeste/SC 5 Impacto tecnológico no campo EMEF Jacob Dickel. Arroio do Tigre/RS 5 Amorosidade na escola em tempos de pandemia EMEF Balduino Thomaz Brixner. Arroio do Tigre/RS 5 Ética, valores, cidadania e sustentabilidade EMEF Dr. Adolpho Sebastiany. Sobradinho/RS 5 O que te desafia, te faz evoluir EMEB Seomar Mainardi. Sobradinho/RS 5 Sustentabilidade para o meio em que vivemos EEEF Adolfo Mânica. Boqueirão do Leão/RS 5 O que faço com o lixo que produzo? EMEF Marino da Silva Gravina. Boqueirão do Leão/RS 5 Atitudes positivas promovem a vida EMEF Santo Antônio de Pádua. Mato Leitão/RS 5 Vamos pensar o que é lixo? EMEF Coronel Thomaz Pereira. Venâncio Aires/RS 5 Conecte-se! A senha é educação! EMEF Alfredo Scherer. Venâncio Aires/RS 5 Dedicação e persistência: sinônimos de um bom resultado Região de Sobradinho e Arroio do Tigre - RS EMEF Ervino A. G. Konrad. Arroio do Tigre/RS 5
relacionamos Região de Venâncio Aires - RS EMEF Arlindo Back. Arroio do Meio/RS 5 Um caminho para a sustentabilidade: horta escolar EMEF Jacob Rech II. Arroio do Tigre/RS 5 Projeto valores: cultivando e semeando valores, para um cotidiano de paz EMEB Waldemar A. Von Dentz. São Miguel do Oeste/SC 5 Produção de mudas de verduras e flores na escola EMEF São João Batista. Vale do Sol/RS 5 Diversificação e sustentabilidade cooperativismo escolar EEEF Frederico A. Hannemann. Vera Cruz/RS 5 Lixo: um problema com solução em nossas mãos! EMEF José Bonifácio. Vera Cruz/RS 5 EMEF Dom Pedro II: construindo conhecimento, iuminando vidas EMEF Dom Pedro II. Venâncio Aires/RS 5
Nosso território: o espaço que ocupamos e onde nos

SUSTENTABILIDADE: O ALUNO COMO SUJEITO PROTAGONISTA DAS MUDANÇAS

Jacinto Machado/SC

EMEB Albino Zanatta

Relatora: Jaqueline Santos Campos

O projeto tem como instrumento principal a coleta de óleo saturado e corroborando a esse tema uma série de habilidades que se desenvolvem a partir da consciência de sustentabilidade. Isto porque acreditamos que nossas ações precisam ser transformadas de dentro para fora, precisamos criar uma consciência sustentável para desenraizar velhos hábitos e reaver antigas tradições a serem passadas de geração em geração.

Desta forma a escola iniciou uma campanha que foi além dos portões, tornando assim o aluno o sujeito protagonista das atividades em seu meio social. A coleta de óleo saturado é um processo em que desempenha trabalho para os alunos, que consciente dos malefícios causados pelo descarte incorreto deste produto iniciou a coleta em suas casas, na comunidade, e também em parceiros como empresas do município. Após a coleta os alunos formadores do grupo CAP (CLUBE DOS AMIGOS DO PLANETA) trabalham no armazenamento e alocação deste óleo coletado. Contribuindo ainda mais para este processo de maturação em que os alunos estão inseridos por meio de ações sustentáveis.

Por meio de teatro, palestra e brincadeiras, nossos alunos foram criando uma consciência essencial para seu desenvolvimento. Seguindo nessa linha de reflexão, a pesquisa científica desenvolvida pelos alunos teve como propulsor mostrar nossas riquezas naturais que circundam nossa comunidade e a importância da valorização e a preservação de espécies de nossa flora que já caminham para a extinção. Será abordado uma gincana destinada à sustentabilidade para que nossos alunos consigam compreender de uma maneira divertida sobre sustentabilidade e reciclagem de garrafas pets de 2 litros, coletarem o lixo do pátio da escola para mantermos o ambiente escolar com o clima agradável.

RECICLE HOJE PARA PRESERVAR O AMANHÃ

Agudo/RS

EMEF Alberto Pasqualini

Relatoras: Gladis Carla Zimmer Kegler e Diana Friedrich

Durante o ano letivo, pretende-se desenvolver atividades utilizando os espaços alternativos da escola para separar o lixo, selecionar sementes e estocar o óleo até o seu recolhimento e encaminhamento a um destino ecologicamente correto. O Grupo Ambiental “ Defensores da Natureza”, os alunos do 5º ano e os demais alunos da educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental serão envolvidos no projeto, bem como pais, professores e funcionários da escola.

Temos uma grande preocupação com o que fazem do lixo produzido, onde muitas famílias têm dificuldade em dar um destino correto ao lixo que produzem, ou não tem conhecimento que o mesmo pode ser reciclado, que pode ser vendido separado corretamente. Lembrando também, que não há coleta de lixo no interior assim como acontece semanalmente na nossa cidade. A coleta de sementes de árvores nativas terá continuidade. Ressaltamos que essa atividade ainda não tem resultados satisfatórios, uma vez que o educandário está inserido numa comunidade onde há poucas matas nativas, pois foram ocupadas por lavouras.

Já a coleta de óleo saturado, a cada ano que passa, tem sido maior: há maior conscientização e empenho da comunidade.

Em relação ao lixo reciclável, será dada continuidade à separação do mesmo. A escola vende o material coletado: pet, papelão, jornal, latinhas, alumínio, sacos de plástico. Já os lacres de latinhas e tampinhas de embalagens são doados para projetos do Rotary Club e programa do AJude, que ajuda animais domésticos em caso de abandono e de maus tratos. Buscaremos através deste projeto formar alunos e cidadãos mais conscientes e comprometidos, que levam para a vida ensinamentos ecológicos, uma educação fiscal e financeira, amplificando a necessidade de uma mudança de postura, o que é preciso implantar na sociedade com relação à natureza.

O Projeto será desenvolvido com colaboração dos alunos, grupo ambiental, professores, equipe diretiva, funcionários, pais e comunidade escolar, através da articulação dos planos curriculares, com as vivências extracurriculares num trabalho interdisciplinar envolvendo alunos da Educação Infantil ao 9ºano, nas diversas áreas de conhecimento, proporcionando ao educando uma ampliação de consciência, de criticidade na construção de um ambiente comunitário saudável, colaborativo e cooperativo, buscando uma mudança de comportamentos e de atitude.

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PROJETO EDUCAÇÃO PARA A VIDA

Cachoeira do Sul/RS

EMEF Nossa Senhora Medianeira

Relatoras: Katyuchia Michael Peruzzo e Cristiane Cunha Revelant

O trabalho em conexão com a realidade dos alunos e suprindo suas carências educacionais logo que percebidas é uma marca registrada da escola. Sempre buscamos complementar as habilidades e conteúdos, que devem ser trabalhados de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, com temas transversais que constatamos serem relevantes para o desenvolvimento dos alunos e para a comunidade escolar no geral. Mesmo em se tratando de uma escola do campo, com pouca estrutura e com uma clientela bem carente, ao longo dos anos temos conseguido abordar diferentes tópicos para além dos livros didáticos, proporcionando um desenvolvimento mais globalizado ao agregar novos tópicos ao projeto permanente da escola ao longo dos anos.

Nosso projeto visa melhorar a qualidade de vida das crianças e da comunidade em geral, seja através da alimentação na escola e reflexo nas casas dos alunos, seja no desenvolvimento intelectual e emocional, focada no desenvolvimento completo de cada indivíduo, resultando em crianças mais responsáveis e críticas do seu entorno.

Para alcançar os objetivos elencados, desenvolveremos as atividades de pesquisa e sua contrapartida prática, quando

BEM VIVER

Candelária/RS

EMEF Percílio Joaquim da Silveira.

possível, no decorrer do ano.

A seguir, lista de atividades previstas para 2021: Pesquisa sobre plantio e manejo de horta; Palestra sobre manejo da horta e composteira, em parceria com a Smap;

Cultivo da horta escolar;

Manutenção da composteira da escola; Pesquisas sobre alimentos, valores nutricionais e alimentação saudável;

Consumo dos itens da horta na merenda escolar; Controle de Índice de Massa Corporal de alunos, professores e comunidade em geral para conscientização sobre alimentação saudável;

Estimulação a réplica da horta escolar e composteira nas casas que ainda não a possuem;

Alimentação balanceada, mesmo em se tratando de alimentos trazidos de casa ou na própria residência das crianças;

Utilização de espaços externos para aulas práticas; Utilização de espaços externos para simples deleite; Oferecimento de reforço escolar no turno inverso.

Relatoras: Patrícia Cardoso de Oliveira e Monica Cristiane Garske Beskow

Vivemos em uma sociedade fortemente marcada pelo acúmulo de informações, pelos avanços tecnológicos e, como consequência, vem o consumismo desenfreado que escraviza e destrói tudo que nos cerca. O ser humano torna-se vítima de si mesmo. A escola é o lugar mais adequado para a disseminação de valores humanistas; é onde se adquirem habilidades e competências para se traçar projetos de vida.

O processo de construção do conhecimento intelectual é resultado da interação entre o sujeito pensante (o aluno) e a realidade pensada (o objeto de estudo), mediada pelo professor num contexto social e histórico. Portanto, o processo de aquisição do conhecimento tem como foco a interação do aluno com a realidade mediada pelo professor.

O professor é visto como um facilitador no processo de busca do conhecimento. Assim, trabalhando com situações reais, espera-se estar contribuindo, de forma significativa, para uma maior conscientização em relação à saúde, à alimentação saudável, à preservação, aos cuidados e à economia da água, à proteção dos recursos naturais de modo geral, à qualidade de vida como um todo, considerando valores e evitando-se o consumismo desenfreado para que o ser humano não se torne vítima de si mesmo.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a escola deve ser um lugar onde os valores morais são pensados e refletidos, e não meramente impostos ou frutos do hábito. Os cuidados básicos e mais importantes devem ser iguais para todos. A fim de trazer para o dia a dia escolar a reflexão sobre a conduta humana, assim o Projeto Bem Viver tem como objetivo primordial não somente formar uma consciência crítica e sensível aos problemas ambientais, mas também mostrar a importância da qualidade de vida em seus diversos aspectos, começando pelo desenvolvimento das relações, tão importantes para a escola, uma vez que colaboradores, alunos, pais e demais envolvidos, precisam sentir-se parte do todo, responsáveis por essa interligação com o meio ambiente e com a própria vida.

Ademais, o Projeto Bem Viver visa contribuir para a formação do senso ético, a autonomia intelectual, a sensibilização da realidade e o pensamento crítico do seu principal protagonista — o aluno. Assim queremos, com este projeto, garantir aos nossos alunos o acesso à informação, à linguagem e às ferramentas tecnológicas para sua participação no exercício ativo da cidadania.

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O NOVO OLHAR NA APRENDIZAGEM

Candelária/RS

EMEF São Paulo

Relatoras: Elisângela Isabel Nicaretta Lawisch e Marione Michel Schwantes

A educação passa por outra perspectiva, se apresentando como um bem público e comum, tendo em vista que o conhecimento foi construído pela humanidade e é um valor a ser compartilhado por todos, uma vez que assegura a coesão e a equidade social, a solidariedade, o desenvolvimento pessoal e social.

Construir uma escola que possa acolher a todos, que tenha como propósito ser um lugar de disseminação cultural, formação científica, vivência de experiências afetivas e de convivência ética com as demais pessoas, atentando sempre para os cuidados com a saúde individual e coletiva.

É importante que os saberes e os conhecimentos que a escola produz sejam continuamente revisados e questionados, pois essa é uma instituição que tem como característica principal formar seres humanos, portanto estará sempre em adaptação e reinvenção.

Sob essa perspectiva, a Escola Municipal de Ensino Fundamental São Paulo vem, através de sua comunidade escolar, propor situações de ensino e aprendizagem significativas nas quais os estudantes

EDUCAÇÃO PERMANENTE

Paraíso do Sul/RS

EMEF Rodrigues Alves

Relatoras: Deize Farenzena e Tatiane Taise Gehrke

O Projeto de Educação Permanente da Escola

Municipal de Ensino Fundamental Rodrigues Alves tem por finalidade aproximar as teorias vistas em sala de aula com a realidade, tornando o estudo e a permanência na Escola mais agradáveis e com mais sentido para a vida. Assim, as ações que buscamos desenvolver são ações que envolvem, não só os alunos, mas também as famílias e a comunidade escolar como um todo.

As principais ações são: Oficina de Esportes, Oficina da Banda Marcial, recolhimento, separação e venda de materiais recicláveis, recolhimento de pilhas e materiais eletrônicos velhos, coleta de óleo saturado, Grupo Ambiental. Essas ações são o "carro-chefe" de nossa Escola. Através delas os alunos conseguem compreender melhor a sua existência no mundo e a sua responsabilidade em estar neste lugar.

Também através delas surgem muitas outras ações que os professores trabalham ao longo do ano, muitas vezes em turmas isoladas ou em uma disciplina,e depois é exposto ao grande grupo. Muito mais que teorias, buscamos ensinar a viver em mundo repleto de desafios e de estímulos negativos. Assim, a Oficina

possam perceber-se capazes de transformar a si e a sua comunidade e posicionar-se como sujeitos capazes de interagir positivamente com o meio, respeitando as diferenças e convivendo com as divergências, de maneira segura e de acordo com as suas potencialidades.

Desta forma, neste ano letivo de 2022, daremos continuidade ao projeto iniciado em 2021 intitulado “O novo olhar na aprendizagem”, no qual cada componente curricular desenvolverá projetos dentro do tema gerador.

Trabalhar com a metodologia de projetos é envolver o grupo em atividades mais amplas, vivas, instigantes, criativas e significativas do que as atividades tradicionais, onde o educando tem oportunidade de buscar informações, coletar dados, confrontar opiniões, realizar reflexões, observar fenômenos, etc. Inúmeras contribuições esse projeto já trouxe e continuará trazendo benefícios à comunidade escolar.

Entre as ações já desenvolvidas e que continuarão sendo ofertadas pela escola destacam-se as reuniões pedagógicas on-line, palestras, leitura, pesquisa e trocas de informações com o grupo de professores.

de Esportes faz com o o aluno aprenda a compreender melhor seu corpo, seus limites, a competir de maneira saudável. A Oficina da Banda Marcial faz com que os alunos compreendam melhor o seu corpo, as possibilidades de fazer música, a desenvoltura em apresentações para grupos distintos da Escola e da Família.

O recolhimento de materiais recicláveis e a coleta de óleo saturado faz com que se tire da natureza resíduos poluentes, assim os alunos entendem quão importante é não jogar lixo na natureza, entendem que esse lixo pode ser convertido em verba para a Escola fazer as melhorias necessárias no dia-a-dia, e que ele pode ter um destino saudável.

Isso também acontece com o recolhimento de pilhas e materiais eletrônicos velhos, já que isso produz resíduos altamente poluentes e prejudiciais à natureza. Com o Grupo Ambiental os alunos aprendem a trabalhar em grupo, não só com os colegas da sala, mas com os colegas de outras turmas e idade, buscando solucionar questões ambientais e comportamentais na Escola e na comunidade.

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A EDUCAÇÃO DO CAMPO: OS EFEITOS DA PANDEMIA E A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Paraíso do Sul/RS

O ano de 2021 foi marcado pelas incertezas geradas pela pandemia e consequentemente pelo fato de ter que se adequar diante das mudanças contínuas no ambiente escolar. Sendo assim, dar desenvolvimento ao projeto Verde é Vida necessitou de ajustes diários e reinventar as ações foi um marco deste processo. Iniciamos o ano letivo no sistema remoto e assim os meios tecnológicos constituíram-se em ferramentas essenciais para que pudéssemos desenvolver as atividades dos Grupos Ambientais.

Num primeiro momento, focamos na produção de cartazes, vídeos e chamadas para que a nossa comunidade participasse das ações socioambientais de coleta de sementes nativas e do óleo saturado. Assim, a cada 15 dias, os pais vinham até à escola retirar materiais para os filhos e traziam consigo esses elementos. A turma do 1º ano foi uma grande parceira no processo de coleta de sementes, pois a professora criou com a turma um ABECEDÁRIO das árvores nativas e consequentemente estes trouxeram diferentes tipos de sementes.

Os GAs desenvolveram gincanas ambientais com o objetivo de conscientizar os educandos sobre a preservação do Meio Ambiente e a coleta do lixo reciclado na escola pôde ser

revertida em materiais esportivos e de recreação para dinamizar as atividades desenvolvidas. Além disso, a elaboração e divulgação de materiais das ações socioambientais também tiveram reflexos positivos na escola, pois aliaram a tecnologia ao desenvolvimento das atividades do Programa.

A escola também se constituiu em um ponto de arrecadação de alimentos referente a ação MudAlimento. Foram arrecadados mais de 100 kgs de alimentos os quais foram trocados por mudas de árvores nativas e, cada aluno registrou o plantio da sua árvore na propriedade dos pais. Os alimentos foram doados ao Hospital da Vila Paraíso, com a presença da Afubra e de representantes do GA Plante essa ideia beneficiando a comunidade local.

A pesquisa científica ocorreu motivada principalmente pela realização do SEPEC- Seminário Científico Pedagógico Escolar, o qual está inserido no Projeto Político Pedagógico da escola e parte integrante da avaliação anual dos alunos. Foram em torno de 50 pesquisas orientadas pelos professores das turmas, e apresentada em um evento que ocorreu na escola nos dias 16 a 18 de novembro. Também foi organizado e apresentado um teatro pelo GA Amigos da Horta, “A missão de Alice” sobre consciência ambiental.

EM BUSCA DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA RESTAURANTE DA LEITURA

Camaquã/RS

EMEF Alfredo Jacobsen

Relatoras: Eliane Wojciechowski e Monica Milbrath Voitichoski

Percebe-se que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler e escrever. Aspectos como computadores, celulares, tv, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.

Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem Objetivo Geral: Resgatar o valor da leitura e da escrita, coma ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania. Proporcionar aos alunos um ambiente agradável para a prática da leitura.

Disponibilizar livros de literatura para o momento de

leitura. Resgatar o gosto pela leitura incentivando a escrita. A escola juntamente com os professores envolvidos proporciona aos educandos um ambiente atrativo para a prática de leitura, disponibilizando livros que serão dispostos pelos mais variados ambientes escolares. As atividades ocorrerão durante as aulas e no turno inverte com propostas específicas envolvendo a leitura e a escrita.

No momento em que o aluno desperta o gosto pela leitura, acaba desenvolvendo o hábito de escrever boas redações, compreende o mundo a sua volta e cresce como ser humano. Lendo e escrevendo o aluno saberá pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, analisar, criticar, se posicionar daí a certeza que este projeto contará com ajuda de todos os professores e alunos. A sala de leitura se transformará em um grande restaurante, onde os livros serão prato principal. Cada aluno irá escolher os livros que deseja ler. Os demais ambientes serão organizados para propiciar e valorizar momentos de leitura.

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EMEF Carlos Altermann Relatoras: Carla Hulda Pfeifer Drescher e Diana Denise Radiske Müller

TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO CAMPO

Camaquã/RS

O projeto tem por objetivo aproximar os alunos aos novos recursos tecnológicos, ensiná-los a fazerem bom uso deles e através dessas tecnologias contribuir para o planejamento financeiro e consequentemente para o empreendedorismo no campo.

O uso de tecnologias e mídias estão cada dia mais presentes em nossas vidas e principalmente na vida dos jovens que se sentem bastante confortáveis em relação ao seu uso. É importante que a educação caminhe ao lado dessas novas tecnologias e assim esteja mais próxima da realidade dos estudantes. Também é importante que o jovem do campo tenha acesso às tecnologias que avançam para o campo.

Em parceria com a Empresa Ouro Moderno, de Montenegro RS, oferecemos qualificação com o Método de Ensino Interativo na área de informática para os alunos do projeto, e com certificação.

E tendo em vista, a importância de os alunos terem noções de educação financeira e condições de entender o que se passa na sua rotina, tendo a possibilidade de fazerem melhores escolhas, não só com o aprendizado por fórmulas, mas que as crianças possam ter

pensamento crítico sobre a importância de poupar e de avaliar escolhas, principalmente em momentos de instabilidade econômica. Além disso, usar as tecnologias a favor da educação é vantajoso, pois amplia as possibilidades de ensino e aumenta o interesse dos alunos.

Participarão do projeto os alunos vinculados aos Grupos Ambientais do Verde é Vida dos Anos Iniciais e dos Anos Finais.

Serão disponibilizados horários no Laboratório de Informática com professor responsável para auxiliar nos cursos que serão oferecidos, podendo ser de acordo com a área de interesse do aluno, visando o aprendizado na área de informática e de empreendedorismo.

Também será aplicado os três pilares temáticos da educação financeira (planejar o uso dos recursos financeiros, poupar ativamente, gerenciar o uso do crédito). Analisando a situação econômica do país e do mundo: bens públicos, crise, mercado, economia nacional e mundial. Utilizando-se sempre de uma linguagem acessível, evitando termos rebuscados e explicando os conceitos mais utilizados de forma simples e direta.

ESCOLA UM ESPAÇO DE POTENCIALIZAÇÃO: RESGATE DE VALORES, HABILIDADES E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

EMEF Santa Terezinha - Dom Feliciano/RS

Relator: Renato Luiz Scislewski

A Escola Santa Terezinha se encontra na localidade de Faxinal, sudoeste do município, e dista aproximadamente 30 km da sede municipal. A localidade possui uma rica e respeitosa história atrelada a existência de seu povo, crenças, cultura e costumes que não podem se perder com o passar do tempo. Faxinal possui importante participação socioeconômica em nosso município, devido a atuação de pequenas propriedades caracterizadas pela agricultura familiar, visto que nosso município possui cerca de 90% de sua renda advinda da zona rural.

O presente Projeto “Escola, um espaço para potencialização e resgate de valores, habilidades e Transformação Social” está sendo desenvolvido com todas as turmas dos anos iniciais e finais da EMEF Santa Terezinha, conta com o engajamento da Direção, Supervisão, Corpo Docente, Funcionários, Pais e Alunos, justificando que este tema é de interesse de todos e o seu sucesso se dará com a participação de toda a escola, além do apoio e participação da comunidade.

A escolha deste tema partiu da observação da comunidade escolar sobre o que eles esperam da escola e de que forma poderiam contribuir para o crescimento desta instituição. Priorizou-se então a vivência de valores humanos, intervenção dos componentes curriculares na atuação de potencialização do pátio escolar como um espaço de socialização, desenvolvimento de atividades e bem-estar.

Segundo entendimento da comunidade escolar vivemos hoje em uma sociedade cercada de problemas e desafios em diferentes áreas, contudo optou-se por desenvolver multiplicadores de ações para um mundo melhor. E a escola é um local perfeito para a realização destes feitos.

A escola dentro de sua função social pretende ao desenvolver esse projeto fazer com que programas e ações sejam cumpridos efetivamente na expectativa de proporcionar aos envolvidos um ambiente adequado, de aprendizagem, participação, incentivo e demonstração de valores.

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‘FIQUE BEM... RENOVE A ESPERANÇA NA EDUCAÇÃO’

Dom Feliciano/RS

EMEF São João Batista

Relator: Tiago Stelmasczky

A Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Batista desenvolverá o projeto FIQUE BEM... Renove a Esperança na Educação durante o ano letivo de 2022. A equipe diretiva juntamente com seus docentes planejou diversas mensagens, palestras e atividades em grupos, no objetivo de relembrar a rotina normal dos anos pré pandemia.

A escola a cada mês irá retornar com as horas cívicas, fazendo com que os alunos se inteirem novamente com as datas comemorativas, vivendo-as através de textos explicativos, teatros, jograis, etc...

A parte afetiva será muito trabalhada neste ano, pois sabemos que muitos dos nossos alunos sofrem com problemas familiares, tais como: dificuldades financeiras, términos de relacionamentos, violência, depressão, e sendo redundante, falta de afeto mesmo!

Nossa escola retornará com a horta, onde cada turma terá a responsabilidade de cuidar um canteiro, seja ele com legumes, verduras, chás e/ou flores. A escola propõe nesse ano também uma gincana com os componentes curriculares. Gincana está com perguntas referentes às habilidades da BNCC. A escola envolve também em seu cronograma, os trabalhos científicos do projeto verde é vida

da AFUBRA que serão construídos e, em agosto apresentado para todo o turno da manhã.

As palestras a princípio, serão referentes a segurança pública, educação e afeto com o próximo, alimentação saudável, preservação do meio ambiente (junho), relato de ex alunos da escola que hoje já possuem uma graduação (agosto), setembro amarelo, outubro rosa, novembro azul e dezembro. Palestra sobre o nosso município, aniversário de emancipação – 09 de dezembro. A escola ainda se organiza para uma eventual festa junina, onde o famoso e tradicional casamento na roça irá acontecer com os alunos e professores.

A comunidade escolar São João Batista valoriza muito a semana farroupilha. Nesta importante e festiva semana para o estado, nossa escola organiza palestras, filmes, jograis e para finalizar um grande fandango, em horário de aula. A escola valoriza porque muitas famílias da comunidade seguem os bons costumes gaúchos, e a indumentária é uma das principais.

A escola São João Batista busca envolver os pais e alunos nos eventos. Desta maneira a comunidade escolar se integra, se une e sempre atinge muitos resultados positivos.

A ESCOLA NO CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE

Água Doce/SC

CEM Frei Silvano

Relatoras: Elis Regina Bernardi e Fátima Bortolini Pontel

No ano de 2021 nossa instituição escolar desenvolveu o Projeto: A Escola A Caminho da Sustentabilidade, o qual foi realizado pela Professora Elis Regina Bernardi e seus alunos do 5º ano matutino; tendo em vista que atualmente a busca por novas formas de geração de energia mais limpas e eficientes está se tornando uma grande necessidade e a grande demanda por energia eólica está aumentando rapidamente. O referido projeto foi selecionado para a 12ª Mostra Científica Sul Brasileira, durante a XII Expoagro Afubra. Através deste projeto foram realizadas diversas atividades de sensibilização sobre a importância da preservação hídrica e do consumo consciente das energias: como uma energia renovável e que não agrida o meio ambiente pode beneficiar as gerações futuras; pesquisa com as famílias sobre consumo de energia; pesquisa dos tipos de energias utilizadas em cada domicílio; consumo de energia da escola e o que pode ser feito para diminuir esses gastos; palestra com o Sr. Eliseu Viacelli sobre a energia eólica; visita na residência da Professora Mari Paula Oldoni para conhecer as placas solares e saber como funcionam, visita ao

Parque Eólico de Água Doce - SC; viagem a Usina Hidrelétrica de Itá - SC e ação social com entrega de mudas de árvores nativas.

No mês de novembro os alunos apresentaram o projeto para a Prefeita Municipal Nelci Fátima Trento Bortolini, com o intuito de buscar recursos para a instalação das placas solares na unidade escolar para que esta se torne uma instituição mais sustentável. Desta forma, no início deste ano de 2022, o projeto foi apresentado na Expoagro Afubra pelos alunos Fábian Luis Bortolini Pontel e João Reno Celso, e com certeza recebeu muitos elogios. As energias renováveis são fontes de energia limpa, inesgotável, sendo essenciais na economia de energia, na redução de poluentes e na proteção do meio ambiente. O Brasil possui um enorme potencial para geração de energia solar e considerando os níveis de radiação propícios para a instalação desse recurso na escola. Espera-se que consigamos buscar verbas juntamente com deputados da nossa região para a instalação de placas de energia solar na unidade escolar, promovendo assim a sustentabilidade e a economia de energia elétrica.

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ESCOLA MUNICIPAL ERNESTO HACHMANN:

Capinzal/SC

EM Ernesto Hachmann

Relatora: Carmem Maletzke Markus

A EM Ernesto Hachmann tem por objetivo principal proporcionar educação de qualidade às comunidades circunvizinhas, contemplando o desenvolvimento integral do educando, para o exercício da cidadania. Desta forma, neste ano, daremos ênfase à diferentes atividades relacionadas aos aspectos históricos da escola em seus 80 anos.

A escola é o espaço privilegiado de socialização do conhecimento, tem papel fundamental na construção do ser humano, oferece um clima de segurança, confiança e respeito à individualidade, que por consequência trará a liberdade de expressão emocional, física e criativa.

Para que isso aconteça os professores planejam suas aulas com criatividade e com uso de metodologias diversificadas. A família é o primeiro grupo social da criança, onde se estabelecem os vínculos de convivência entre as pessoas e se inicia a relação do ensinar e aprender. Portanto, deve atuar em parceira com a escola na missão de formação integral do aluno.

O aluno deve estar aberto ao processo de mediação do conhecimento, cultivar a responsabilidade, a humildade, o respeito ao próximo e às normas do ambiente escolar. Assim, escola, família e comunidade são parceiros no ato de

80 ANOS DE HISTÓRIA

educar e de fazer as pequenas ações se tornarem grandes, para que tenhamos um mundo melhor. Toda a organização da escola está prevista no Projeto Político Pedagógico, documento norteador de toda a comunidade escolar. Para a realização das atividades propostas durante o ano letivo, a escola desenvolve diferentes atividades em horário regular e em contraturno com diferentes oficinas.

Os alunos são todos residentes no meio rural, a maioria usa transporte escolar para se deslocar até a escola. Dos 80 alunos matriculados, em torno de 26% frequentam oficinas em contraturno uma ou duas vezes por semana, permanecendo em tempo integral na escola.

Os estudantes, em sua maioria, são comprometidos com as aulas das oficinas de violão, esportes, desenho, produção textual, laboratório de Matemática e fanfarra. Durante o horário regular os alunos participam em diferentes projetos, como PROERD, Projeto de reciclagem, Mobilização literária, Jornada Literária, Gincana Ser e Conviver, Verde é Vida entre outros.

Por ser escola rural, ainda se tem muito a melhorar, a buscar novas parcerias, sempre pensando numa educação de qualidade.

APRENDENDO E PRESERVANDO COM A TURMA DA MÔNICA

Atalanta/SC

EMEF Ribeirão Matilde.

Relatora: Rosane Jochem Herbst

Este projeto tem por objetivo central desenvolver no aluno com extensão à nossa comunidade escolar a importância da preservação da Natureza, a partir de práticas como reuso, reciclagem e o replantio. Aprender através do cultivo do jardim, do bosque e da horta da escola é uma das melhores formas de desenvolver no estudante individualmente e também na comunidade escolar, a necessidade de se tornarem ecologicamente instruídos e, portanto, capazes de contribuir para a construção de um futuro sustentável.

Precisamos ensinar a amar verdadeiramente a natureza e ter prazer em frequentar um ambiente cercado pela beleza e organização. Nossos alunos devem aprender que estamos inseridos na natureza e compreender que não estamos separados dela, mas que somos sim uma parte da mesma, e que, portanto, devemos desempenhar cada qual o seu papel neste contexto de preservação.

Após observar a preocupação Mundial com o meio ambiente, verificamos a necessidade de incentivar os nossos alunos a participarem desta atitude de cidadania, em conjunto com professores e com

colegas de diferentes segmentos (nutricionista, técnicos agrícolas, profissionais da APREMAVI), objetivando a prática e conscientização do ato de preservar.

Para que essa aprendizagem ocorra de forma mais atrativa, lúdica, os personagens da turma da Mônica irão acompanhar as atividades desenvolvidas no decorrer deste ano letivo.

As histórias em quadrinhos da Turma da Mônica são bastante conhecidas pelas crianças e são importantes recursos didáticos que podem ser utilizados em sala de aula para trabalhar diferentes aspectos da vida humana. Como os personagens também são crianças, é comum que os alunos se identifiquem com alguns deles.

Neste projeto iremos utilizar as características que identificam a Mônica, o Cebolinha, a Magali, o Cascão e o Chico Bento, dentre outros personagens, para trabalharmos temas transversais, como os valores: Amizade, Respeito, Preservação do meio ambiente, Solidariedade, alimentação saudável, dentre outros, com crianças da educação infantil e da escola complementar ( 1º ao 5º anos).

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PLANTAR BEM PARA COMER BEM

Atalanta/SC

EMEF Vila Gropp

Relatoras: Juraci Jochem Madalena e Scheila Daniele Henning

Através de conversas com os alunos e também observando o horário do lanche foi possível verificar que em geral as crianças, apesar de terem a oferta de uma boa alimentação, preferem os alimentos industrializados e que contenham açúcar. Refletindo sobre o assunto nos deparamos com o tema sobrepeso versus alimentação saudável. Mas o que o meio ambiente tem a ver com isso? Será que uma alimentação saudável começa no prato? Qual seria o papel da escola nestas problemáticas? Nosso objetivo foi promover e oportunizar ações de sensibilização e mudança de comportamento nos cuidados com o meio ambiente e com a nossa saúde. Este trabalho foi desenvolvido com os alunos do primeiro ao quinto ano da EMEF Vila Gropp, do município de Atalanta-SC.

Para iniciar realizamos uma pesquisa com as famílias para verificar seus hábitos alimentares, de atividade física, de cultivo dos seus próprios alimentos e sobre o destino do seu lixo orgânico. Em conversa com os alunos e baseados nos resultados das pesquisas foi possível concluir que apesar da maioria das nossas famílias considerarem ter uma alimentação saudável muitos apresentam hábitos nada saudáveis. Os alunos realizaram o plantio de mudas de

CANTIGAS E BRINCADEIRAS

Ituporanga/SC

CMEF

Relatoras: Valéria Melcher de Brito e Mileide Marian

As cantigas são muito importantes pois pertencem a tradição oral e são transmitidas de geração a geração. Elas fazem parte da rotina da educação infantil. A partir delas é possível brincar, desenvolver a audição, ritmo, movimentos, equilíbrio, linguagem oral e memória. As cantigas são também a porta de entrada para outros mundos. Através dela é possível conhecer os costumes, o cotidiano das pessoas, as festas típicas do local, as comidas, as brincadeiras, a paisagem, a flora, a fauna, as crenças, dentre muitas outras coisas.

Direitos de aprendizagem: Direitos Estéticos (Explorar, Expressar-se), Éticos (Brincar e Conviver) e Políticos (Participar e Conhecer-se).

São eles que asseguram as condições para que as crianças "aprendem em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convida a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC).

Nosso projeto possibilita o resgate das cantigas e suas brincadeiras tendo em vista as potencialidades e multiplicidade de situações que as cantigas da cultura popular possibilitam às crianças, dentre as quais pode-se

árvores frutíferas na nossa agrofloresta para ampliar a variedade de espécies. Todos os membros da escola também receberam uma muda de árvore frutífera para cultivar em casa, o que no futuro poderá proporcionar a troca de germoplasma, além de promover a sustentabilidade. Os alunos e os professores realizaram o plantio de diversas hortaliças, temperos e chás na horta da unidade, os quais serão utilizados para enriquecer a merenda escolar. Para adubar nossas plantas utilizamos o adubo que foi produzido na nossa composteira. A escola participou de uma palestra com a nutricionista do município. No dia do desafio os alunos realizaram a trilha na cachoeira do Parque Mata Atlântica. Também para estimular a prática de exercício físico realizamos uma caminhada ecológica aos arredores da unidade. Para que uma alimentação saudável ocorra é necessário produzir e produzir bem.

Os cuidados já devem ser observados na hora do plantio e na forma de cultivar. Portanto uma alimentação saudável não depende apenas dos alimentos que colocamos no nosso prato, mas também da forma que produzimos os mesmos, e de como cuidamos do nosso meio ambiente.

destacar: experiências de interação social, desenvolvimento cognitivo, transmissão de valores e desenvolvimento da noção de ritmo individual e coletivo. No seu decorrer, as crianças terão a oportunidade de conhecer diferentes elementos musicais, desenvolver a criatividade, ampliar seu repertório musical. As cantigas e brincadeiras estão presentes em todas as culturas e todas as idades. É através delas que nossas crianças expressam seus sentimentos.

Esse estímulo se dá de forma lúdica, atrativa, segura e prazerosa, contribuindo assim para o desenvolvimento integral da criança. A metodologia que será utilizada no Berçário 2, se adequa a cada criança, respeitando as suas características, níveis de desenvolvimento, capacidades e competências a desenvolver. Promovendo a evolução de todas as áreas do desenvolvimento infantil (psicomotor, afetivo, cognitivo e social).

O Processo de aprendizagem é realizado pela ação e vivência de múltiplas experiências significativas, como: Cantigas, Atividades de estímulo sensorial, Brinquedos diversos, Fantoches, Atividades estimulando desenvolvimento facial, oral e físico, Brinquedos de sopro e materiais que produzam som.

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ESCOLA E COMUNIDADES JUNTAS NA RECUPERAÇÃO

Este projeto visa a recuperação da mata ciliar e as limpezas das margens do rio, objetivando assim a redução da proliferação dos borrachudos, o rio batalha, conforme em depoimento era um rio limpo e com fartura de peixes e outros animais, servindo para as pessoas se refrescarem durante o calor. Em suas margens possuía uma flora exuberante, que atualmente vem sofrendo com grandes e constantes ações incorretas da utilização dos solos e desmatamento. Sem contar que esse rio também recebe uma grande carga de dejetos humanos e animais, como lixos derivados. Não podemos deixar de mencionar que este rio sofre com as ações de assoreamento e erosão.

O desmatamento é praticado desde os moradores mais antigos e ainda ocorre com frequência para a prática agrícola ou pecuária de auxílio na economia dos moradores, que sofrem com o aumento dos borrachudos se tornando uma praga eminente na região que chega a trazer prejuízos para os mesmos. Este projeto além de sensibilizar e conscientizar a população local sobre a urgência da recuperação da mata ciliar e controlar os borrachudos mantendo suas margens limpas, para reduzir os prejuízos das pessoas e do ecossistema.

O projeto está sendo desenvolvido com toda a comunidade escolar visto ser de extrema necessidade a elaboração de um projeto permanente que visa entregar todo o conteúdo a ser trabalhado no ano letivo de 2022. As matas ciliares são importantes por apresentarem um conjunto de funções ecológicas de extrema importância para a qualidade de vida sendo fundamental para a conservação da fauna e flora regional. Influenciando diretamente na qualidade da água e sua regulação hídrica, na estabilização das erosões e os ecossistemas aquáticos e terrestres locais, tendo o principal foco ao combate do borrachudo.

As ações realizadas serão uma continuidade de anos anteriores como: reuniões com o pessoal da Apremavi para explicar a importância das mata ciliares e distribuição de mudas para as famílias que irão realizar a recuperação da mata ciliar, monitorar as margens doa rio desde o aumento da quantidade de lixo, erosão e recuperação , visitas e conversas aos moradores mais velhos para falar sobre fauna e flora existentes no local, elaboração de matérias para a comunidade com informações com as possibilidades do aproveitamento sustentável das margens dos rios, procriação de borrachudos, importância das limpezas das margem.

EMBELEZAMENTO DO AMBIENTE ESCOLAR ATRAVÉS DA HORTA E JARDIM

Piên/PR

EM Alminda A. Andrade

RelatoraS: Maria Hummelgen e Sabrina Marcela de Andrade Stahelin

Somos da Escola Municipal Alminda Antônia de Andrade, situada no bairro de Trigolândia, município de Piên, no momento temos 305 alunos e 30 colaboradores contamos com a parceria do “Verde é Vida”, a muitos anos, e foi através da orientação do professor Leon, que iniciamos o projeto “Horta e Jardim”, o qual tinha como principal objetivo embelezar o ambiente escolar o qual foi alcançado de imediato, mas a cada ano o projeto foi ganhando força e logo começamos a empreender, vendemos as verduras da horta para os pais dos alunos da escola, como para restaurantes do nosso município, produzimos o ano todo diferentes tipos de verduras. O jardim da escola também é o nosso diferencial, pois está sempre lindo, colorido e florido traz vida para o ambiente escolar.

Conseguimos criar o pomar que era algo tão desejado na nossa escola, ele está situado na parte interna da escola e já colhemos frutas.

Foi através de uma pesquisa científica que começamos a produzir as famosas “Bolachas da Vó Maria”, a qual traz uma receita de família com uma linda história de amor, comercializamos diariamente essas bolachas com os alunos e comunidade em geral, a

qual sempre gera uma renda extra para escola e ajuda na compra de diferentes materiais para enriquecer a aprendizagem dos nossos alunos.

Neste ano complementamos o projeto com a venda de pão caseiro, o qual vendemos para os alunos, professores, e comunidade em geral, produzimos esse pão toda sexta feira, o mesmo tem gerado um lucro muito significante para a escola, que vem a somar para uma qualidade no ensino.

A nossa escola se sente privilegiada em contar com o apoio do projeto Verde é vida, pois através do mesmo que conseguimos empreender na nossa escola, mostrar para os alunos, que podemos comercializar pequenas coisas e gerar lucros embora pequenos mas que somando faz grande diferença.

Nesse ano de 2022 vamos implantar com a produção de suculentas.

Ituporanga/SC - CMEF Prof. Curt Hamm Relatores: Josiane Petri da Silva e Alcides Pereira
DA MATA CILIAR DA BACIA DO RIO BATALHA

INSETICIDAS ORGÂNICOS NO CONTROLE DAS PRAGAS NA HORTA

EM Marciano de Carvalho

Relatora: Cleonice aparecida Stal Kobsczinski

Os inseticidas orgânicos estão longe de serem importantes apenas para produtores orgânicos. Eles vêm da época em que ainda não se utilizavam produtos químicos para controle de “pragas”, que embora combatam o problema mais rápido, são mais agressivos ao meio ambiente.

Alguns benefícios de se utilizar inseticidas orgânicos são que podem ser feitos em casa com baixo custo e são nocivos aos insetos, mas não tóxicos às plantas ou pessoas. Desta forma, é possível combater os insetos prejudiciais à sua horta e ainda manter a boa qualidade dos alimentos.

As chamadas “pragas” na verdade são mensageiras de que o solo ou a cultura não estão saudáveis. Então a primeira maneira de se livrar de organismos indesejáveis na horta orgânica é com a prevenção. Um método é atrair inimigos naturais para sua horta, que são insetos que irão prender os insetos “praga”, e assim fazer o controle, como os louva-deus e as joaninhas.

Mesmo que se conheçam maneiras de se prevenir ataques de pragas, ainda é fácil ser surpreendido por elas. Para os produtores que sofrem com esse problema é preciso saber como realizar o combate. Estão sendo

realizadas visitas a produtores que trabalham exclusivamente com orgânicos, conhecendo um pouco melhor a produção de alimentos utilizando inseticidas e adubos orgânicos. Palestras com agrônomos da Emater. Acompanhamento de uma horta na casa de um aluno e da horta escolar. Após a realização de uma conversa com a técnica da Emater, as alunas foram realizar suas pesquisas sobre a produção de inseticidas orgânicos. Realizaram vários experimentos, fazendo os testes na horta dos avós. Chegando à conclusão de que pode-se controlar as pragas de uma horta sem agrotóxicos, apenas usando materiais oferecidos pela natureza, tornando os alimentos mais saudáveis e seguros para o consumo. Foram produzidas três composteiras na escola, onde serviram de base para análise da produção do chorume, o qual foi utilizado em diluição de 3 X 1 para adubação dos canteiros da horta da escola.

JUNTO SOMOS MAIS: FAMÍLIA E ESCOLA EM BEM ESTAR

Piên/PR

ERM Santa Isabel

Relatoras: Bianca A. de Lima da Costa e Silvia Jaqueline Santos Gonçalves

O projeto partiu da premissa que a parceria entre família e escola é um dos principais elementos para o sucesso da educação, onde os pais e a instituição de ensino devem estar em constante sintonia, tendo como objetivo final o pleno desenvolvimento do aluno, sendo assim o presente projeto ‘ Juntos somos mais, família e escola em bem estar’ propõe estratégias para reverter esse cenário buscando compreender que a educação não é responsabilidade restrita da escola, assim como não está confinada aos muros da instituição.

A sociedade como um todo, a escola, a família e outros ambientes estão envolvidos no desenvolvimento humano. Buscando conscientizar que é importante que a família permita ao aluno resolver questões relacionadas à socialização com outros colegas no ambiente escolar, sem interferir de maneira direta, mas buscando interagir com a escola para o crescimento emocional, social e intelectual de seu filho(a), aluno (a).

Cabe a escola buscar ter uma gestão democrática, capaz de incentivar a participação constante dos pais no ambiente escolar, onde a relação deve ir além dos encontros para discussão de questões burocráticas, como reclamações, boletins, reuniões, etc.

Fazendo trabalhos em parcerias, visitas a famílias e escola, conhecer a criança e sua singularidade, ouvir e acolher os pais, suas angústias e suas sugestões, mostrando ao aluno que todos estão buscando o melhor para o sucesso dele, faremos diferentes atividades para o desenvolvimento do projeto citado, encontro com a família, eventos, passeios e aulas de campo, estudos, parcerias entre entidades, famílias e escola, atividades recreativas e de lazer, mutirões para organização do espaço escolar, horta escolar, desenvolvimento de pesquisa científica com parceria de familiares e instituição escolar e movimentos da comunidade local, momentos reflexivos com estudos de diferentes textos sobre o desenvolvimento humano e infantil, palestras, vídeos, músicas e apresentações artísticas e culturais, onde promovam o envolvimento entre a família e a escola para o bem estar dos envolvidos no processo educacional da criança.

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Piên/PR

HORTA ESCOLAR CULTIVANDO SAÚDE

Rio Negro/PR

O Projeto Horta Escolar já vem sendo desenvolvido na escola há alguns anos.O projeto que será desenvolvido durante o ano busca proporcionar aos alunos uma vivência diária com questões ambientais , valorizando os elementos naturais, participando da preparação de canteiros , semeadura, transplante e cuidados especiais na horta, contando com o auxílio de professores e voluntários amigos da escola que oferecem aos alunos oportunidades de posicionar-se em relação às questões ambientais, desenvolvendo nos mesmos uma postura crítica de compromisso e responsabilidade com o meio ambiente e com a vida compartilhando os conhecimentos adquiridos até seus familiares.

Através das oficinas do Rio Negro Integral desenvolveremos atividades apoiadas nas vivências dos alunos e dos fenômenos que ocorrem a sua volta, buscando despertar em todos a consciência de preservação e de cidadania aliando as ações como a coleta do óleo saturado, o conhecimento das árvores nativas e cuidados com o solo, atividades essas que procuram desenvolver nos alunos responsabilidades e os levem a ações. O trabalho com a horta escolar tem colaborado na melhoria não só da aprendizagem dos

HORTA ORGÂNICA

Rio Pardo/RS

EMEF Casemiro de Abreu

alunos, mas também, como mais uma alternativa na tentativa de minimizar os problemas sociais que o bairro encara,ou seja, uma saída para manter as crianças mais tempo afastadas das ruas, da internet, da televisão, dos jogos eletrônicos, pois em determinados momento os alunos permanecem na escola em período contrário. Durante o ano buscaremos manter as mesmas parcerias para termos melhores resultados, no qual o educador ensine ao discente da forma mais simples possível, reconhecendo que através da Educação Ambiental podemos mudar hábitos, transformar a situação do espaço onde vivemos e proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas, onde cada indivíduo sinta-se responsável em fazer algo para conter o avanço da degradação ambiental.

Relatoras: Maria Ivonete Figueiredo Martins e Andréa Puntel

O presente Projeto “HORTA ORGÂNICA”, será desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Casemiro de Abreu, sétimo distrito de Rio Pardo, Rio Grande do Sul, através de atividades desenvolvidas de forma coletiva com a interação professor, aluno, família e comunidade escolar, utilizando-se de leituras e pesquisas de diferentes fontes sobre o tema em questão “PLANETA SUSTENTÁVEL: Agir localmente e pensar globalmente”. Serão ministradas palestras por profissionais da EMATER e AFUBRA, pessoas da comunidade (família) expondo suas experiências adquiridas na agricultura local, professores e profissionais da área ambiental e saúde, para que haja conscientização da importância de ter uma horta orgânica e uma composteiras na escola e em suas residências, e adquirir o hábito de incluir em suas refeições diárias o consumo de hortaliças para uma alimentação saudável, evitando assim, possíveis enfermidades.

Orientando de como aproveitar os espaços para a realização da horta orgânica, composteira e desenvolvimento das plantas. A culminância do projeto será através da realização de degustação (participação de toda a comunidade escolar: pais, alunos, funcionários, professores) de cardápios com

hortaliças produzidas na horta escolar e confeccionadas pelos próprios alunos, aproveitando as receitas trazidas de casa. Posteriormente, será apresentado através de gráficos, realizados na disciplina de Matemática, a preferência em relação aos pratos degustados Com este projeto procuraremos ajudar a comunidade escolar a ser mais dinâmica e unida em prol do meio ambiente e saúde dos seus familiares, livre de agrotóxicos e resíduos químicos, resgatando, assim, o hábito de produção e consumo destes alimentos. Também, informar aos familiares a importância de reaproveitar e reciclar o material orgânico e inorgânico que a maioria das vezes fica exposto na natureza agredindo o meio onde vivemos. Este projeto também facilitará aos professores de todas as disciplinas trabalhar de forma interdisciplinar, unindo a prática ao conhecimento científico de forma agradável e positiva na aprendizagem dos nossos educandos, que é a base para um futuro promissor com responsabilidade.

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EMEF José de Lima Relatoras: Gisela Cunha e Caroline Ruthes Cunha

BOA LEITURA: NOVOS AMBIENTES E NOVOS LEITORES

Rio Pardo/RS

EMEF Manoel Alcides Cunha

Relatora: Maria Leticia Rezende Martins

O projeto Boa leitura: Novos ambientes e novos leitores foi executado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Alcides Cunha, localizada no interior de Rio Pardo no 6º Distrito – João Rodrigues em Max Bruhns. Executamos esse projeto primeiramente em fase de teste e vimos a necessidade de implantar pois devido a pandemia Covid-19 nossos alunos tiveram dificuldades quanto a leitura, sua ortografia, seu vocabulário, pois estiveram quase dois anos somente com aulas remotas fazendo com que ficassem desacostumados ao hábito de leitura, ortografia e ao vocabulário.

Para início do projeto foi estipulado uma vez por semana e em períodos diferentes durante 15 minutos para não prejudicar o andamento da sua aula do professor. Os livros foram retirados na biblioteca pelo aluno com a ajuda do professor da sala de leitura, sendo que foram retirados de acordo com o ano em que se encontram. Os alunos também podiam trazer de casa livros, revistas, jornais ou alguma reportagem que achasse importante.

Durante esse período da hora da leitura os alunos, professores, funcionários e equipe diretiva pararam para

SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Santa Cruz do Sul/RS

EMEF Cardeal Leme

Relatora: Giane Aparecida Butzke

No ano de 2021 a Escola Municipal de Ensino Fundamental Cardeal Leme, fez algumas adaptações, com o retorno presencial dos alunos, respeitando o escalonamento necessário e tomando os devidos cuidados sanitários, visando o retorno das atividades pedagógicas desenvolvidas antes da pandemia, como as oficinas de Matemática, Língua Portuguesa, Língua Alemã, Projeto Científico e Grupo Ambiental Chico Mendes.

Foram trabalhados de forma interdisciplinar, temas como; Bullying, Combate a violência sexual contra criança e adolescente, Proteção ao idoso, Semana da Pessoa com Deficiência, Valorização da vida, Setembro Amarelo, Dia da Consciência Negra, Outubro Rosa e Novembro Azul, com a prevenção ao câncer, que culminou com uma campanha organizada pelo Grêmio Estudantil Francisco de Assis, de arrecadação de alimentos e produtos de higiene para serem doados a AAPECAN e ASAN. A semana do Meio Ambiente, caracterizada pela coleta de óleo saturado, latinhas e garrafas Pet, ganhou continuidade, culminando com uma palestra da equipe técnico-pedagógica da Afubra.

Destacou-se a Sustentabilidade com os projetos científicos e a importância de se adotar métodos mais

ler alguma coisa que lhe fosse importante. Após o período de leitura, os alunos comentaram para a sua turma o que leram e o que tirou de proveito para a sua vida. Este projeto foi de grande valia, pois conseguimos resgatar o hábito pela leitura, onde nossos alunos mostraram muita segurança em executar uma leitura deixando de lado a vergonha para falar em sala.

No final do ano letivo foi proposto aos alunos que confeccionasse um livro com o resumo da leitura realizada durante os meses em que foi desenvolvido o projeto, podendo ter ilustrações.

Foram criadas várias histórias onde os alunos se destacaram nos seus desenhos e também na criação de seu texto.Este foi um projeto muito proveitoso, por isso pretendemos dar continuidade a esse projeto durante o ano de 2022 fazendo com que nossos alunos tornarem bons leitores em novos ambientes os quais não teriam mais problemas com sua escrita , vocabulário e ortografia.

ecológicos. Foram organizadas homenagens no dia do estudante, das crianças, dos professores e do funcionário público. Outras atividades que terão continuidade no decorrer do próximo ano e que não foram possíveis de ser realizadas em razão da pandemia serão: ensaio da banda da escola e ensaio da dança alemã.

Certamente no ano de 2021 ainda tivemos muitas transformações e continuamos nos reinventando, buscando nos atualizar com as novas ferramentas tecnológicas para tornar mais fácil a integração na dinâmica escolar. A proposta de nos tornarmos mais criativos e inovadores foram as habilidades mais trabalhadas entre nós professores.

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EDUCANDO PARA A SUSTENTABILIDADE

Cruz do Sul/RS

Este projeto tem como foco principal a educação para a sustentabilidade, e também a conscientização da preservação dos recursos naturais, cultivando e produzindo em equilíbrio com a natureza.

Devido a importância da sustentabilidade para o meio ambiente, busca-se com o reflorestamento conscientizar os alunos e a comunidade escolar, sobre a importância do plantio de árvores para minimizar os efeitos da ação praticada pelo homem de degradação e erosão das margens dos rios e nascentes, bem como nossas matas ciliares. Considerando que a escola está inserida no meio rural e atende em sua grande maioria filhos de agricultores, possibilitando assim, o cultivo de hortaliças, o plantio de árvores, de prática e manejo adequados do solo, proporcionando possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas que permitam práticas em equipe, explorando a multiplicidade da forma de aprender, promovendo uma maior reflexão entre educadores, comunidade e educandos envolvidos. Tendo em vista que os estudantes exerçam o direito de participar da construção de um presente de um futuro sustentável para sua escola, comunidade, município, região, país e planeta, onde os mesmos possam ouvir, falar e divulgar suas práticas,

UM OLHAR PARA O LIXO

Santa Cruz do Sul/RS

EMEF Felipe Becker

idéias e ações.

Serão oferecidas aos alunos da pré-escola ao 9º ano, atividades de conscientização ambiental, que ocorrerão nas oficinas no turno oposto ao das aulas, no contra turno, onde realizarão atividades de pesquisas no laboratório de informática, sobre assuntos de seus interesses, que envolvam o consumo consciente, e o cuidado com o meio ambiente. As atividades serão desenvolvidas nas oficinas de Conscientização Ambiental, Horta Escolar, em consonância com as disciplinas curriculares, dentro do projeto maior da escola, que é, Educando para a Sustentabilidade.

São atividades como plantio de árvores, semeadura e produção de hortaliças, produção de árvores nativas, recolhimento de óleo saturado, recolhimento de embalagens, pets, latas, tampinhas e lacres. E também recolhimento de lixo eletrônico, pilhas e baterias etc.

Todas as atividades ambientais são desenvolvidas com a comunidade escolar, visando a consciência e o bem-estar onde vivem.

Entre os projetos desenvolvidos na escola, destaca-se o projeto Verde é Vida, onde trabalhamos várias ações de consciência ambiental, Coleta de Óleo Saturado, Bolsa de Sementes, Ação Conjunta, Projetos Científicos.

Relatores: Djeferson Wesley Graff Lopes e Ana Júlia Fernandes da Gama

A preocupação em preservar o Meio Ambiente deve fazer parte da nossa vida e atitudes simples como o destino correto do lixo por meio da reciclagem representa algo muito importante para a preservação ambiental. Outro fator, é a coleta de tampinhas e lacres para doação a Entidades Sociais, que em nos comprometemos com a sustentabilidade e a correta destinação dos resíduos orgânico e inorgânico proporcionam ganhos significativos para o planeta. Este projeto é desenvolvido na Escola

Felipe Becker, pelo Grupo Ambiental SOS Araucária, Cooperativa Escolar e 4º Ano.

Esse projeto tem como objetivo: Refletir sobre a responsabilidade dos cidadãos para com o lixo produzido; Estimular e conscientizar a mudança de hábitos sobre a importância da reciclagem; Entender qual o processo de reciclagem; Coletar lacres de latinhas e tampas plásticas; Contribuir com a preservação do Meio Ambiente e ajudar quem mais precisa; Beneficiar entidades sociais com a ajuda da comunidade; Comercialização do lixo reciclável.

A partir de reuniões com os grupos, traçamos metodologias para a realização do projeto; Estudos sobre reciclagem de lixo; Passar nas salas de aula e nos demais setores para conscientizar a todos a

importância da coletarmos resíduos, lacres e tampas, tanto para o Meio Ambiente, quanto a ajuda nas entidades sociais e a escola; Reorganização das lixeiras nas salas de aula e no pátio da escola; Recolhimento de materiais recicláveis nos estabelecimentos comerciais vizinhos da escola; Separação dos materiais; Recolhimento de lixo no pátio da escola; Palestra; Comercialização do lixo; No final do ano fazer a entrega do material coletado a uma entidade, já entregamos para o Hospital Ana Nery e para a Liga de combate ao câncer de Boqueirão; Fazer a avaliação do trabalho.

Com a realização desse projeto, percebemos que é possível diminuir os impactos da produção de lixo adotando medidas preventivas e conscientizando as pessoas. Essas atitudes simples podem ser incorporadas cada vez mais aos nossos hábitos diários, assim estamos protegendo o ar, o solo e a água, trazendo como consequência de saúde ambiental e um simples gesto, de retirar os lacres das latas, coletar tampinhas, podem transformar a vida de quem passa por algum tipo de limitação ou até mesmo como auxílio nas despesas de entidades sociais, o que possibilita a melhoria na qualidade de vida das pessoas.

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Santa EMEF Emanuel

DE NÓ EM NÓ SOMOS NÓS

Sinimbu/RS

EMEF N. Senhora da Glória

Relatora: Carine Hening Hirsch

A EMEF Nossa Senhora da Glória tem como projeto De nó em nó somos nós, o qual tem como objetivo superar dificuldades do cotidiano escolar, melhorando a qualidade da educação, saúde física e mental. Consideramos necessário oferecer aos estudantes, professores, funcionários da escola e pais atividades que resgatem valores, autoestima e amenizem os diversos problemas frutos da pandemia.

Os objetivos específicos são: amenizar questões psicológicas mal resolvidas entre crianças e adolescentes; reduzir a evasão escolar através de projetos científicos que envolvem toda a comunidade escolar; Proporcionar aos Professores e Funcionários atividades diversas para amenizar os problemas diários, tais como: grupos com psicólogo, meditação e atividades físicas; Oferecer apoio às famílias no enfrentamento de problemas cotidianos com os filhos, proporcionando aos jovens e crianças possibilidades de manter-se ocupadas no turno inverso das aulas, não ficando expostas a violências diversas.

Dentre as atividades a serem realizadas destacamos atividades extra classe de música, dança e Língua Alemã, oficinas por turma para trabalhar questões psicológicas emergentes dos alunos, assim como grupos de pais e de

professores e funcionários, aulas de meditação e de valorização do ser humano. Além disso, não podemos deixar de destacar a necessidade de abordar a educação ambiental e saúde de todos, por isso pretendemos fazer a horta escolar.

Na horta serão produzidas verduras e legumes a serem consumidas na escola e com os resíduos pretendemos fazer uma composteira, o adubo poderá ser usado na horta escolar. Como projeto científico da escola, será pensado e estudado formas de fazer uma pequena usina caseira de biogás, iniciando com um biodigestor caseiro com a finalidade dos jovens entenderem como funciona. Após aprofundar os conhecimentos, pretendemos criar algo maior, produzindo gás suficiente para uso na cozinha da escola, verificando que o projeto deu certo, a ideia é expandir para outras escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

Vale do Sol/RS

EMEF Felipe dos Santos

Relatora: Cíntia Marisa Kern

A promoção da saúde é essencial para que todas as pessoas tenham capacidade necessária para executar suas habilidades de forma produtiva e saudável. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu o conceito de saúde adotado em quase todo o mundo como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

Por isso, o ser humano tem necessidades complexas e seu equilíbrio depende de vários aspectos, que devem estar em harmonia para uma existência plena e realizada. A saúde é importante para que as pessoas não cheguem ao limite e adoeçam. Ao proporcionar qualidade de vida, o desempenho das pessoas nas atividades passa a melhorar, e por consequência, ocorre a redução da desmotivação, do estresse e dos índices de insatisfação em relação à vida, à aprendizagem, bem como no trabalho.

Diante disso percebe-se que é fundamental acompanhar as famílias, educandos e profissionais da educação, avaliando seu bem-estar, questões pessoais, emocionais, físicas e socioambientais, para que se possa promover ações pontuais para amenizar riscos e promover um ambiente favorável de trabalho. Já que a família que deveria ser o porto seguro para a criança/aluno, se

encontra, muitas vezes, desestruturada e corrompida pelas circunstâncias. Mesmo diante da magnitude e complexidade dos problemas da nossa época, a escola ainda é um local privilegiado onde a mudança pode acontecer. Pensando nessa problemática, a escola irá oferecer aos estudantes oficinas, projetos e palestras sobre o assunto.

E, com o avanço de problemas relacionados à saúde mental na adolescência, programas preventivos tornam-se necessários e urgentes. Nessa perspectiva, a escola apresenta-se como um espaço de excelência para o desenvolvimento de atividades no âmbito da promoção da saúde mental, além da possibilidade de contribuir a reduzir tabus e preconceitos em relação a diversos problemas de saúde.

Pensando nestas situações, e sabendo que a escola é lugar de reflexão, respeito, valorização e construção da cidadania, planeja-se ações que visam levar o aluno a refletir sobre tudo isto. E mais: que ele e sua família percebam o valor que eles e a escola têm perante uma sociedade que precisa cada vez mais resgatar valores esquecidos e cuidar de sua saúde, ainda mais nesse pós a pandemia.

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PARADAS

Vale do Sol/RS

EMEF Willibaldo Michel

Relatoras: Sofia Laís Gaspary e Larissa

A pandemia nos obrigou a fazer uma parada. Na escola tivemos de interromper as aulas presenciais. No nosso dia a dia, quantas coisas mudaram... mas o que significa uma parada? O dicionário nos apresenta diferentes significados: ação de parar, interrupção, topar ou aceitar um desafio, uma proposta. Dar uma parada não pode ser visto apenas pelo lado negativo. Quantas vezes essa ação se faz necessária? É preciso sim parar, analisar, refletir, mas não ficar parado. Tivemos de nos reinventar, pensar em outras formas de realizar o nosso trabalho para cuidar de nós e do próximo.

Com o objetivo de ressignificar esse momento, convidamos a comunidade escolar (pais e alunos) para nos auxiliar no desenvolvimento desse projeto. Nossa escola é composta por alunos de doze localidades. Pensando na possibilidade de abraçar a todas elas e visando a valorização e o fomento do turismo, tão importante para o interior da região serrana do nosso município, pretendemos revitalizar as paradas de ônibus das localidades e torná-las um ponto de referência local, fazendo com que não apenas os visitantes admiram sua beleza, mas que os moradores se sintam realizados e valorizem o ambiente no qual estão inseridos, prezando a autoestima e a sensação de

pertencimento da comunidade. Será instigada a proatividade, despertando competências que impulsionam mudanças espontaneamente. As paradas passarão por consertos, pinturas, colocação de placas em MDF com mensagens de otimismo e esperança, lixeiras, plantação de hortênsias e limpeza.

Ainda, de maneira prática e eficaz, serão trabalhados diversos conteúdos escolares através de cinesia e pesquisa, como a história, a geografia, a arte, a linguagem, a matemática etc. Ademais, o cooperativismo será destaque nesse projeto, uma vez que o conhecimento, a criatividade, a cidadania e a liderança serão exercitados nas diversas ações a serem realizadas. Pais e filhos juntos na busca de revitalizar as paradas de ônibus e as paradas da vida para o aperfeiçoamento da saúde física e emocional.

PRODUÇÃO DE MUDAS DE VERDURAS E FLORES NA ESCOLA

Vale do Sol/RS

Nome da Escola: EMEF São João Batista

Relatores: Andriéli Tais Pitrovsky e Carlos Luiz Jost

O projeto tem como finalidade ajudar os alunos a criar o hábito de produzir mudas de hortaliças e flores, para que aprendam e acompanhem todos os passos necessários para produção de mudas. Isso favorece tanto as atividades coletivas na escola, quanto a atividade no grupo familiar. Também contribui na autonomia, para que não dependam da compra do produto pronto, mas que possam produzir seus próprios alimentos, no caso das hortaliças, sabendo a origem e a pureza deles.

Ainda, acompanhar todo o processo de desenvolvimento, desde a semeadura, até estar pronta para o seu consumo ou acompanhar o desenvolvimento das flores para apreciação.Assim, o estudante participa de todo o processo, desde a preparação do local para a semeação, quanto acompanhar a germinação, e também, observar quando é necessária a irrigação, tanto das sementes, como das mudas de hortaliças e das flores.

Para que todo o processo tenha o acompanhamento do estudante, as mudas de hortaliças serão plantadas em hortas na propriedade das famílias dos alunos e as mudas de flores serão produzidas e plantadas para embelezar o pátio da escola. A realização das

atividades acontecerá durante as aulas de técnicas agrícolas e também no grupo ambiental da escola durante o ano letivo.

O projeto busca incentivar e ensinar aos estudantes sobre como é realizada a produção de mudas de hortaliças e de flores, utilizando as técnicas que melhor se adaptem a realidade da escola.

As atividades de produção de mudas acontecerão na estufa da escola, que foi construída com a ajuda dos alunos, onde eles farão o preparo do local da semeadura e terão a oportunidade de conhecer diferentes tipos de sementes de hortaliças e de flores.

Os alunos ainda irão aprender a maneira correta de fazer a semeadura para garantir uma boa germinação e farão o acompanhamento e desenvolvimento das mudas até o ponto do plantio nos canteiros. Uma vez plantada nos canteiros, os alunos ficarão responsáveis pela irrigação, adubação e limpeza das plantas.

Com isso, participarão do trabalho em equipes e será estimulada a colaboração, empatia e paciência, para acompanhar todo o processo de desenvolvimento das plantas.

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DIVERSIFICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: COOPERATIVISMO ESCOLAR

EEEF Frederico A. Hannemann

Relatoras: Mirna Virginia Dummer Becker e Maristela Thier Hoesker

No contexto atual, a escola apresenta diferentes funções e cumpre diferentes papéis, haja vista as mudanças que têm sido observadas na sociedade. Muito além dos simples ensinamentos dos conteúdos escolares, já tradicionais na escola, cabe ressaltar que os educadores devem se propor a realizar diferentes atividades, envolvendo competências de naturezas diversas, a exemplo das competências socioemocionais, as quais estão registradas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Neste sentido, ainda é importante que a escola possa conciliar atividades alinhadas e em conformidade com o ambiente que se encontra, o que no caso de nossa escola é o meio rural. Sendo assim, um dos sonhos antigos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Frederico Augusto Hannemann era ter a sua cooperativa escolar, melhor dizendo, realizar um trabalho com o cooperativismo escolar de modo a integrar diferentes projetos e atividades, a exemplo do Grupo Ambiental, do Grêmio Estudantil e das Lideranças de Turma

Tudo começou já no ano de 2019, onde a gestão da época trouxe esta ideia à baila e iniciou os procedimentos de mobilização dos professores e da comunidade escolar. Infelizmente, a pandemia do COVID 19 veio a interromper os

planos da escola e a ideia teve que ser adiada. Ao longo do tempo, realizamos atividades virtuais, atividades de cunho ambiental, atividades sobre agricultura sustentável, sempre buscando manter o vínculo com os alunos e o seguimento das atividades escolares, especialmente os projetos de todos os parceiros da escola.

Com o retorno das atividades presenciais, no ano de 2021, foi possível retomar o trabalho de todos os projetos, onde se buscou integrar os mesmos em um grande projeto de escola e de educação, sendo que a definição que tivemos foi do projeto "Diversificação e Sustentabilidade". Foram retomadas, na questão do Cooperativismo Escolar, os encontros com os estudantes, bem como se obteve êxito por parte da escola no deferimento de um professor para acompanhar estas atividades.

A partir disso, realizamos ações de aprendizagem criativa, agricultura sustentável e cooperação no espaço escolar.

LIXO: UM PROBLEMA COM SOLUÇÃO EM NOSSAS MÃOS!

Vera Cruz/RS

EMEF José Bonifácio

Relatora: Mônica Maria Weiland

O lixo tem sido um assunto constante em nosso meio, uma vez que seu destino incorreto pode acarretar em sérios problemas de saúde pública. Em nossa comunidade, temos um grande problema com relação ao tema, e pretendemos com isso resolvê-lo. Temos em nossa localidade apenas uma lixeira que recebe lixo de várias localidades da região, além disso o recolhimento de lixo não ocorre semanalmente, o que gera um cenário preocupante e horrível para a comunidade e seu entorno, visto que ela está situada ao lado do arroio que abastece a cidade e que também participa do projeto “Protetor das Águas”.

Outra situação preocupante e com relação ao lixo eletrônico, uma vez que uso de tecnologias está cada vez mais presente entre nossos estudantes e com o crescente uso de equipamentos eletrônicos no mundo moderno e com a velocidade que as tecnologias são substituídas, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não é descartado em locais apropriados, uma vez que apresentam substâncias prejudiciais ao meio ambiente e ao homem, tais como: ferro, cobre, chumbo, zinco, prata, alumínio, dentre outros.

Pensando em isso, resolvemos sensibilizar os alunos sobre a importância do descarte correto desse tipo de material. Em reunião no início do ano letivo com os docentes da escola, ficou combinado que todos os níveis de ensino, da pré-escola ao nono ano do ensino fundamental, bem como em todas as áreas da educação (Língua Portuguesa, Matemática, História…) trabalharam sobre o tema “Lixo”. Através de textos, pesquisa bibliográfica, pesquisa científica, atividades práticas de coleta e reciclagem de lixo na escola e no entorno dela, confecção de cartazes e folders para sensibilizar quanto aos descartes corretos. Nas aulas de informática, os alunos farão “podcast” sobre o assunto lixo eletrônico, o qual será divulgado nos meios de comunicação da escola.

Uma das propostas também é trazer para fazer uma fala com os alunos das séries finais do fundamental, profissionais da área de coleta de lixo, para sensibilizá-los da importância de realizar a reciclagem. Como culminância do projeto, uma das turmas irá procurar a administração municipal e propor soluções e parcerias para melhorar a situação do recolhimento e mais lixeiras na localidade.

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Vera Cruz/RS

AGRICULTURA DO CAMPO PARA A CIDADE

Canguçu/RS

EMEF Heitor Soares Ribeiro

Relatora: Débora Kommling Treichel

Nosso educandário está incluído na zona rural, distância de 32 km da cidade, somos uma escola de turno integral, temos 237 alunos, atendemos alunos de pré-escola até o nono ano do ensino fundamental. Atendemos alunos de terça a sexta feira onde eles têm 7 blocos diários, tendo 11 disciplinas e mais o projeto, nas segundas feiras temos o CPA (construção pedagógica do professor) que nós reunimos e combinamos estratégias de desenvolver com os alunos. Na segunda-feira os alunos recebem tarefas para desempenhar com suas famílias.

O título Agricultura e qualidade de vida foi pensando em ampliar os conhecimentos dos alunos, mostrar que podemos sonhar, modificar e ampliar a nossa propriedade com bem pouco capital e aumentar os lucros da família e ter uma qualidade de vida melhor. A ideia é começar esse conhecimento na escola e ampliar até suas famílias. O projeto tem como objetivo: Expandir a diversidade da propriedade rural, incentivar a pesquisar e visitar outras propriedades para ampliar seus conhecimentos. Tendo como desenvolvimento do projeto os seguintes passos:

No primeiro instante foi trabalhado a horta escolar com todas as turmas. A horta começou a ser trabalhada de maneira teórica primeiro, pesquisando época de plantio das

CADEIA AMBIENTAL

Princesa/SC

EPM Renascer

mudas, mudas que se adaptam ao clima frio de Canguçu, época de plantio e como se produz cada hortaliça e leguminosa.

Depois a construção e medição dos canteiros; Campanha para doação e compras de mudas; plantio; estufa para melhor controle de pragas; essa estufa foi feita com doação de lona, arco e borrachinha para prender a lona; Adubação orgânica; Irrigação por gotejamento; também compramos tela para fechar a horta para evitar que os animais dos vizinhos destruam a plantação. Composteiras que realizamos com resto de casca utilizada na cozinha. Depois trabalhamos água, cacimba, metragem de cano da cacimba até a caixa de água, tratamento da água, análise da água. Visita uma propriedade rural Sustentável; também temos uma viagem para a PUC no museu para os alunos visitarem e ver como funciona o corpo humano e tudo mais.

Canteiro do relógio do corpo com ervas medicinais. Palestra e sugestão da diversidade de culturas na propriedade; Mata nativa; Meio Ambiente e Sustentabilidade. Todas as estratégias e ideias são para ampliar as possibilidades dos alunos e eles terem uma ampla noção do que se tem.

Relatores: Dione Luiz Merigo e Maira Cristina Klein Gheller

O projeto tem como finalidade ajudar os alunos a criar o hábito de produzir mudas de hortaliças e flores, para que aprendam e acompanhem todos os passos necessários para produção de mudas. Isso favorece tanto as atividades coletivas na escola, quanto a atividade no grupo familiar. Também contribui na autonomia, para que não dependam da compra do produto pronto, mas que possam produzir seus próprios alimentos, no caso das hortaliças, sabendo a origem e a pureza deles.

Ainda, acompanhar todo o processo de desenvolvimento, desde a semeadura, até estar pronta para o seu consumo ou acompanhar o desenvolvimento das flores para apreciação.Assim, o estudante participa de todo o processo, desde a preparação do local para a semeação, quanto acompanhar a germinação, e também, observar quando é necessária a irrigação, tanto das sementes, como das mudas de hortaliças e das flores.

Para que todo o processo tenha o acompanhamento do estudante, as mudas de hortaliças serão plantadas em hortas na propriedade das famílias dos alunos e as mudas de flores serão produzidas e plantadas para embelezar o pátio da escola. A realização das

atividades acontecerá durante as aulas de técnicas agrícolas e também no grupo ambiental da escola durante o ano letivo.

O projeto busca incentivar e ensinar aos estudantes sobre como é realizada a produção de mudas de hortaliças e de flores, utilizando as técnicas que melhor se adaptem a realidade da escola.

As atividades de produção de mudas acontecerão na estufa da escola, que foi construída com a ajuda dos alunos, onde eles farão o preparo do local da semeadura e terão a oportunidade de conhecer diferentes tipos de sementes de hortaliças e de flores.

Os alunos ainda irão aprender a maneira correta de fazer a semeadura para garantir uma boa germinação e farão o acompanhamento e desenvolvimento das mudas até o ponto do plantio nos canteiros. Uma vez plantada nos canteiros, os alunos ficarão responsáveis pela irrigação, adubação e limpeza das plantas.

Com isso, participarão do trabalho em equipes e será estimulada a colaboração, empatia e paciência, para acompanhar todo o processo de desenvolvimento das plantas.

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EMPREENDENDO E CULTIVANDO SABERES.

São Miguel do Oeste/SC

EMEB Padre José de Anchieta.

Relatora: Gabriely K Wronski.

São muitas as transformações na sociedade e a educação não será bem sucedida se não fizer o esforço para se tornar habilitada a seguir minimamente estas transformações.

Nosso projeto deste ano de 2022 vem de encontro a estas mudanças, considerando que os temas empreendedorismo, sustentabilidade e cultura podem ser incluídos no cotidiano de aprendizagem da educação básica.

A iniciativa de elaborar uma abordagem para estimular uma postura empreendedora em alunos de educação básica da nossa Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Padre José de Anchieta, surgiu através da nova disciplina implantada na nossa grade curricular Educação Financeira e Empreendedorismo

Este projeto tem como objetivo trazer ao contexto escolar uma forma de ensino com uma postura empreendedora, dentro dele será realizado um conjunto de atividades tendo este o foco de utilizar o que já possuímos na escola.

Nossa escola possui um bom espaço externo, sendo ele composto por: pátio, horto e a horta, estes espaços serão o foco principal de nosso projeto que será composto por três oficinas de início: Cultivo de verduras, cultivo de chás e

embelezamento.(horta, horto e pátio)

Dolabela define empreendedorismo como “uma forma de ser”, sustenta-se, neste trabalho, a ideia de que é possível empreender em diferentes situações cotidianas e não apenas nos negócios. Nesta perspectiva, é possível abordar o tema empreendedorismo na educação, inclusive desde os anos iniciais até os anos finais da educação básica. Assim, com a percepção de que é possível abordar empreendedorismo que tem como objetivo a promoção de habilidades empreendedoras em alunos, lançamos então algumas atividades já existentes tendo um novo foco e algumas novas que percebemos como necessárias para nossos objetivos.

Como cita Albert Einstein:

“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático, daquilo que vale ser aprendido; daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhava, com seus conhecimentos profissionais, a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida”.

PROJETO VALORES: CULTIVANDO E SEMEANDO VALORES, PARA UM COTIDIANO DE PAZ

São Miguel do Oeste/SC - EMEB Waldemar A. Von Dentz

Relatoras: Luciane Fátima Dall Agnol e Roseli Gava Barp

Valores é o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Assim, podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afetam a conduta das pessoas.

Esses valores morais podem também ser considerados valores sociais e éticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade. Nos dias de hoje uma das crises que o ser humano vem enfrentando é a crise de valores, essa crise afeta a humanidade de tal maneira que as pessoas passam a viver de forma mais egoísta, cruel e violenta.

Assim, é necessário enfatizar a importância de bons exemplos na sociedade, pois a transmissão de importantes valores humanos consiste na base de um futuro mais pacífico e sustentável. A escola é um espaço de construção e trocas de conhecimentos, é um lugar que deve proporcionar ao indivíduo condições de se desenvolver, tornando-se um cidadão com identidade social e cultural, um ser crítico e

reflexivo perante a sociedade. O processo educativo deve levar os sujeitos envolvidos a perceberem sua importância na vida do outro, suas responsabilidades e compromisso para com o mundo e sua capacidade de exercitar práticas no decorrer de sua vida.

Alguns valores podem ser considerados como principal ferramenta para a formação de um ser que exerce/pratica sua cidadania: cooperação, sinceridade, perdão, honestidade, respeito, generosidade, responsabilidade, etc. Infelizmente, muitas das nossas crianças brasileiras, por às vezes não estão tendo uma atenção especial, estão recebendo todo tipo de informação que às vezes não condizem com a sua inocência.

A partir desta realidade e do que vivenciamos no cotidiano de nossas escolas, sentimos a necessidade de iniciar o ano letivo de 2022 colocando em prática este projeto “Cultivando e semeando valores, para um cotidiano de Paz”, a fim de resgatar em nossos alunos valores como: respeito, amor, paz, convivência, colaboração, honestidade, responsabilidade, solidariedade, humildade, preservação ao ambiente e patrimônio público, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida na escola, família e comunidade.

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DEDICAÇÃO E PERSISTÊNCIA: SINÔNIMOS DE UM BOM RESULTADO

Arroio do Tigre/RS - EMEF Ervino A. G. Konrad

Relatores: Estela Maris Ecke e Marcus Sérgio Neuenfeldt

No ano de 2022, durante a programação da 20° edição da Expoagro Afubra, no dia 23 de março, nossa instituição de ensino recebeu o cheque do Projeto Bolsa de Sementes, dentro do Projeto Verde é Vida, com a premiação do ano de 2021, onde nossa escola se destacou e conquistou o 1° lugar em toda Região Sul do Estado (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina). Foi um dia marcado por muita emoção e orgulho para todos nós que fizemos parte da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ervino Alberto Guilherme Konrad de Linha São Roque e acompanhamos todo o trabalho, esforço, empenho e dedicação em prol deste projeto.

Os números mostram o êxito da parceria que trouxe resultados positivos do trabalho incansável do professor Marcus Sérgio Neuenfeldt, que no período de 1 ano coletou 143,93 kg de sementes, sendo 48 espécies viáveis, resultando a um cheque bônus no valor de R$7.257,50.

Muitos são os benefícios envolvidos neste projeto, dentre eles a terapia alternativa, através da limpeza e manuseio das sementes. Podemos afirmar isto através

de um depoimento de uma mãe que é assídua no projeto: “Para mim limpar e arrumar as sementes se tornou uma terapia, limpando as sementes esqueço meus problemas, e posso afirmar que parei com todos meus remédios antidepressivos desde que comecei lidar com as semente. Hoje afirmo que não vou mais parar de realizar esta atividade, pois daqui uns anos minha neta estará nesta escola.” Marinês Madalena Haas Raminelli, mãe de ex-aluno.

Todo esforço e dedicação são méritos de equipe que trabalha em conjunto, promovendo a preservação do Meio Ambiente e a Educação Ambiental, que nos dias de hoje nos faz pensar em ações voltadas ao futuro do meio ambiente. A grande questão é que apesar de estar mais visível os impactos humanos ao meio ambiente e a aceleração dos efeitos das mudanças climáticas, a mobilização para reverter este quadro não está diretamente proporcional nós, mas estamos cientes de que estamos fazendo o melhor para as futuras gerações, pois reflorestar é umas principais ações que podemos e devemos desenvolver. Com pequenas ações podemos transformar o mundo!

UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE: HORTA ESCOLAR

Arroio do Tigre/RS

EMEF Jacob Rech II

Relatoras: Marcia Maria Mergen Bugs e Aline Raquel Speth Rothmund

A importância do Projeto: “Um caminho para a sustentabilidade: horta escolar” é evidenciar que as questões de vida saudável e sustentabilidade devem ser consideradas cada vez mais urgentes pela sociedade, pois no futuro da humanidade dependem da relação estabelecida entre a natureza, o homem, o trabalho e o uso dos recursos naturais disponíveis.

Além de cooperar com uma merenda escolar de qualidade, estamos pretendendo formar cidadãos conscientes, responsáveis e atuantes na comunidade em que vivem, e ao mesmo tempo difundindo, incentivando o trabalho voluntário, contribuindo para o fortalecimento das atividades de colaboração na Escola.

Os alunos têm a oportunidade de aprender a preparar o solo, semear, cultivar plantas, manter a hora e enriquecer sua alimentação. Cada turma é responsável pelo cultivo de diferentes espécies de verduras e hortaliças desde o plantio até a colheita, que será utilizada como complemento na merenda e em projetos desenvolvidos pela escola, enriquecendo o currículo e estimulando nossos alunos a adquirirem bons hábitos alimentares e incentivando de modo geral, uma vida saudável, buscando levá-los

além da sala de aula, para que possam estimular o cultivo da horta em suas casas e na comunidade, despertando o gosto pelo contato direto com a terra, promovendo uma integração entre escola e família, como intuito de melhorar a qualidade de vida. A horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. Além disso, o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre elas, proporciona uma grande variedade de alimentos a baixo custo, incrementando a merenda escolar oferecida às crianças. Espera-se que as reflexões/ações específicas ao projeto reverberem no cotidiano do aluno, estimulando o cultivo de hortaliças em seus lares, colaborando assim para uma educação ambiental que promova a redução de despesas e prevenção de doenças provocadas pela ingestão de alimentos cultivados com agrotóxicos, sendo esta uma questão sócio-ambiental.

Esses conhecimentos podem ser socializados na escola e transportados para a vida familiar dos educandos, por meio de estratégias de formação sistemática e continuada, como mecanismo capaz de gerar mudanças na cultura alimentar, ambiental e educacional.

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IMPACTO TECNOLÓGICO NO CAMPO

Arroio do Tigre/RS

Notamos que a tecnologia está cada vez mais presente no nosso cotidiano, e no meio rural não é diferente. O nosso trabalho traz informações sobre a tecnologia no campo, alternativas, vantagens e desvantagens. A mecanização agrícola é uma realidade que vem se especializando no Brasil desde a chegada dos primeiros equipamentos importados dos Estados Unidos e da Europa, em 1965. No início, os equipamentos ainda não eram adequados ao tipo de produção, e não havia grandes recursos logísticos para reposições de peças importadas.

Com o passar do tempo, a mecanização agrícola saiu das grandes propriedades para o quintal de pequenos e médios produtores, que também se beneficiam da tecnologia para aumentar suas produções. Não há como negar que os avanços tecnológicos causaram um impacto significativo na produção agrícola e no agronegócio do País. Esses avanços foram sentidos, por exemplo, na introdução de tratores guiados por GPS — e agora por GNSS (sistema de navegação global por satélite) —, assim como sistemas de irrigação controlados por telemetria, agricultura de precisão utilizando Internet das Coisas (IoT), que integra sistemas para coleta e integração de dados, além de sensores e até drones que

conseguem identificar pragas e doenças.

Como resultado da aplicação dessas tecnologias e da respectiva melhoria na produção agrícola é possível citar: aumento da produtividade; redução dos custos de produção e colheitas com operações mais rápidas e eficientes; melhor controle e manutenção das atividades agrícolas; maior assertividade nas decisões com base em informações meteorológicas, dados do solo, localização geográfica etc.

Se por um lado a mecanização agrícola causou impactos positivos para a balança comercial do agronegócio, por outro lado a automatização criou um contingente de pessoas que perderam sua força de trabalho no campo. Em parte, a própria área de engenharia agrícola demanda hoje a necessidade de pessoas qualificadas para a manutenção dos equipamentos.

Mas a força braçal foi aos poucos sendo substituída, de forma que entre 2006 e 2017, segundo dados do censo do IBGE, para cada trator que foi comprado 4 trabalhadores rurais foram dispensados. Por isso frisamos a importância do jovem permanecer na escola, estudar, se especializar mesmo tendo a vontade de permanecer no campo. A educação e o estudo irão ser essenciais para o desenvolvimento do jovem.

AMOROSIDADE NA ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Arroio do Tigre/RS

EMEF Balduino Thomaz Brixner

Relatora: Magda de Almeida

O Projeto foca em alimentar os vínculos afetivos entre os alunos e destes com os professores e funcionários e comunidade escolar. Fortalecer o sentimento de amorosidade, respeito às diferenças e sobretudo entender e reforçar os protocolos de segurança em relação à pandemia. A amorosidade acompanha o ser humano durante toda sua vida e desempenha um importante papel no seu desenvolvimento e em suas relações escolares e sociais, precisa de carinho, amor, cuidado, atenção e estímulo.

A escola realizará diversas atividades durante todo ano letivo com o objetivo de acolher a todos os alunos e comunidade escolar de forma carinhosa e empática. Serão desenvolvidas práticas de medidas protetivas e preventivas de doenças com apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. O Projeto também desenvolverá atividades ligadas ao tema amorosidade em diferentes áreas de conhecimento e com todos os alunos da educação infantil e ensino fundamental como, por exemplo, a produção de cartazes, produção de diferentes gêneros textuais, acrósticos, slogans e desenhos.

Dentro do Projeto Amorosidade serão desenvolvidos Projetos Complementares de cunho social, ambiental e

cultural de forma a promover a criatividade, senso crítico dos educandos e responsabilidade.

Dentre esses projetos complementares estarão sendo realizados os seguintes: acolher a todos com um sorriso no olhar; praticar medidas protetivas na prevenção de doenças; empatia com os outros; promover aulas prazerosas; praticar amorosidade; impactar alunos, professores e funcionários; tratar todos com amor, carinho e respeito; produção textual, acrósticos, cartazes sobre o tema; desenvolver a criatividade e a imaginação; ampliar o vocabulário; demonstrar e manifestar carinho pelo outro e pelo meio ambiente em que se vive; exposição de atividades em sala de aula, murais da escola e redes sociais afim de valorizar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos; premiação aos alunos pelo desempenho durante o ano, levando em consideração comportamento a participação nos projetos desenvolvidos na escola.

Alguns outro Projetos complementares estarão sendo realizados, entre eles: Cultivo da horta escolar; mostra científica com tema principal sustentabilidade; aluno destaque; Projeto reciclar é preciso; grupo ambiental e seja solidário, colabore com nossa escola.

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ÉTICA, VALORES, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

Sobradinho/RS

EMEF Dr. Adolpho Sebastiany

Relatora: Anilda Dorneles

O presente projeto visa conscientizar o educando de sua responsabilidade social, ética, moral e ambiental enquanto futuro cidadão de um determinado território. E que suas escolhas positivas impactarão em uma sociedade mais justa, consciente de seus deveres e sua responsabilidade enquanto mantenedor de seu próprio Meio e de outras espécies que dependem do mesmo para sua sobrevivência.

Percebe-se nas relações cotidianas de nossos cidadãos, crianças e adolescentes atitudes que não condizem com sua responsabilidade enquanto gerenciadores do Meio que somos todos dependentes. Sabe-se que a escola possui um papel social de destaque, dentro da comunidade que a cerca, e que nela ocorrem as trocas de conhecimento necessárias para o crescimento intelectual do aluno. Porém torna-se cada vez mais necessário a inserção de atividades que despertem a consciência de que dependemos dos elementos da natureza para garantir a nossa sobrevivência e que devemos utilizá-los de forma consciente tentando sempre manter o equilíbrio dos recursos naturais para que assim a existência das espécies não seja comprometida.

O QUE TE DESAFIA, TE FAZ EVOLUIR

Sobradinho/RS

EMEB Seomar Mainardi

Relatora: Mariléia Ferraz Ceretta

Vivemos num mundo globalizado, porém introspectivo, em que temos uma enxurrada de informações, mas temos dificuldade de envolvimento com as mesmas. Não está fácil despertar os educandos “do sono do distanciamento e do isolamento”, causados pela pandemia. A vontade de voltar a aprender, de buscar novos conhecimentos, de participar de atividades, ficou adormecida e restringiu-se às telas do computador ou do celular. Está complicado, atualmente, trazer os discentes de volta integralmente à sala de aula, de forma atuante, criativa e crítica.

Com esse propósito, a EMEB Seomar Mainardi , desenvolveu o projeto "O que te desafia, te faz evoluir", onde procura incentivar os alunos a uma retomada do saber, através de desafios educativos, com o intuito de fazê-los seres atuantes nas diversas ações propostas pela escola.

Dentre as atividades que a escola desenvolve está a acolhida solidária, a integração cultural, com a participação de artistas da comunidade, os projetos: construção da árvore solidária, festa de carnaval, festa junina , semana farroupilha, caixinha de

Atitudes cidadãs e responsáveis devem ser inseridas cada vez mais no cotidiano escolar, intercaladas com as habilidades imprescindíveis para a formação intelectual do discente, para que possamos formar pessoas que possuam não só uma formação intelectual, mas sim capazes de perceber que ao utilizarmos fontes alternativas de energia e hábitos saudáveis de vida garantimos a manutenção de um ambiente muito mais limpo, bonito e saudável para o nosso desenvolvimento.

O presente Projeto vai ocorrer de forma interdisciplinar com os membros da Comunidade Escolar (pais, monitores, professores, funcionárias, Equipe diretiva e discentes) da Escola Dr. Adolpho Sebastiany de Sobradinho/RS, sobre o Tema: Planeta Sustentável, agir localmente, pensar globalmente.

Para realização do mesmo serão inseridas atividades que contemplem as ações do projeto, buscando sempre a transformação do envolvido no processo produtivo e educativo, tornando-o mais consciente de seus valores morais, cidadãos, éticos e conscientes de sua responsabilidade com o meio e com os demais dependentes dele.

autocuidados para as adolescentes nos banheiros da escola, embarcando no mundo de aventuras do Pequeno Príncipe, gincamática, quiz do dia do estudante, mostra de ciências interativa, professor por um dia, parada contra a dengue e expedições investigativas a diversos lugares para unir teoria e prática, de forma interdisciplinar. A escola percebe que torna-se necessário reavaliar e mudar o método pelo qual a educação se desenvolve nas salas de aula. Instigar o estudo, atribuir-lhe um caráter agradável, e criar um ambiente dinâmico, atraente e participativo pode levar o aluno a reencontrar no aprendizado a mesma motivação existente para fazer uso da internet.

À escola cabe a tarefa de criar as possibilidades de um contato direto com o mundo, com as pessoas, com as oportunidades e com toda a riqueza de conhecimentos que existem para além da sala de aula e na integração desta com a vida do aluno. Ou seja, é preciso que o educando perceba que aprender pode ser um ato interessante e prazeroso, e que este aprendizado diz respeito à sua própria realidade vivida e a uma melhor qualidade de vida.

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NOSSO TERRITÓRIO: O ESPAÇO QUE OCUPAMOS

E ONDE NOS RELACIONAMOS

Arroio do Meio/RS - EMEF Arlindo Back

Relatores: Gilsomaro André Steiger e Sandra Cristina Kraemer Schneider

A EMEF Prof. Arlindo Back, localizada no distrito de Forqueta, no município de Arroio do Meio - Rio Grande do Sul é uma instituição parceira da Afubra, através do desenvolvimento do projeto Verde é Vida, que tem como objetivo, desenvolver uma educação socioambiental, voltada ao desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão as escolas parceiras do projeto.

A partir de orientações da coordenação do projeto, a escola definiu como título do seu projeto “Nosso território: espaço que ocupamos e onde nos relacionamos”, tendo em vista, que este é o lugar onde a comunidade escolar está inserida e sobre o qual os indivíduos pertencentes desenvolvem suas atividades cotidianas, de acordo, com suas necessidades e interesses.

É neste espaço onde os diferentes grupos sociais estabelecem relações entre si por meio de interações, de diálogos, de negociações, de pactuações e de trocas que influenciam a vida de todos os indivíduos. Estes grupos possuem regras, padrões, crenças, valores e hábitos muito diferenciados que contribuem para a

construção da identidade cultural das pessoas que vivem nas comunidades que formam o território.

As ações do projeto serão coordenadas pelo professor responsável e pela equipe diretiva e desenvolvidas pelos professores da escola juntamente com os alunos nos diferentes espaços que compõem o território.

Quanto aos resultados do projeto, é esperado o desenvolvimento de um aluno crítico de sua realidade, conhecedor do espaço onde vive, capaz de identificar as potencialidades e vulnerabilidades de sua comunidade e região e propor soluções de melhorias para o seu desenvolvimento.

O projeto está em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola e será desenvolvido durante o ano letivo, com o envolvimento de toda a Comunidade Escolar, através de diferentes atividades práticas.

Outras ações podem ser realizadas durante o desenvolvimento do projeto, a partir da verificação de novos conteúdos e do estabelecimento de novas parcerias com diversas organizações.

SUSTENTABILIDADE PARA O MEIO EM QUE VIVEMOS

Boqueirão do Leão/RS

EEEF Adolfo Mânica

Relator: Leonardo Fernandes

O Projeto Vida no Campo, desenvolvido através da temática Sustentabilidade para o Meio em Vivemos, vem para dialogar com as necessidades diagnosticadas na comunidade onde a escola está inserida. Ao longo dos últimos anos constata-se que os jovens que residem no meio rural, em sua maioria, procuram a cidade como alternativa viável de vida.

O educando precisa reconhecer e valorizar o trabalho realizado no campo, na roça. Acreditamos que a juventude tem papel estratégico para a configuração de um novo processo de desenvolvimento do campo. É preciso ampliar as oportunidades de desenvolvimento dos jovens rurais e terminar com o preconceito vigente de que só há alternativas urbanas para a construção de uma vida produtiva e autônoma.

A ausência da autoestima do jovem mostrava que a escola comum não oferecia formas de superar este problema, afirma Castro (2004), O referido autor nos deixa claro, que a escola comum tem dificuldades de fortalecer a autoestima dos jovens rurais, afastando-o

cada vez mais de seu meio social e da sua realidade, por não ofertar e incentivar práticas de ensino, voltadas a realidade local. Entendemos que a escola deve ser um agente motivador, que valoriza a realidade onde está inserida e busque parceiros que possam contribuir para o desenvolvimento desse processo. Somos parceiros do Projeto Verde é Vida, da AFUBRA- Associação dos Fumicultores do Brasil, a qual oferece uma diversidade de atividades socioambiental, participamos da pesquisa científica, bolsa de sementes, recuperação das dezesseis nascentes existentes na comunidade, esse, também em parceria com a UFSM –Universidade Federal de Santa Maria, através do Departamento Florestal, no Sub-Projeto Pequenos Pesquisadores Florestais, em que os alunos ajudaram a plantar e observar o comportamento das diversas espécies de plantas. A Emater local, viabilizou pesquisas sobre defensivos agrícolas orgânicos e a Embrapa, também parceira com o Projeto Quintais Orgânicos e Pesquisa de quinze variedades de feijão, que melhor produz aqui na comunidade.

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O QUE FAÇO COM O LIXO QUE PRODUZO?

Boqueirão do Leão/RS

EMEF Marino da Silva Gravina

Relatora: Débora Flores Ramos Froza

O presente projeto realizado com alunos e toda comunidade escolar, com orientação dos professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marino da Silva Gravina, é uma iniciativa educativa, que reflete sobre o bem comum da sociedade, pois o lugar em que vivemos deve ser um ambiente acolhedor e saudável. E para atender os objetivos pré determinados, serão realizados trabalhos expositivos que possibilitem a construção da consciência ecológica para este mundo diferente e transformador, fazendo análise importante na prática relativa ao meio ambiente escolar e da comunidade. Sendo assim, será apontado que podemos reutilizar diversos materiais antes de serem descartados, usando-os para a mesma função ou criando novas formas de utilização. E, ainda, podemos reciclar todo material descartado que se transforma em lixo, que será coletado para ser recuperado como matéria prima, retornando ao ciclo da produção.

A metodologia empregada possibilitará aos alunos repensar sobre o descarte correto a ser feito com o lixo que produzimos, favorecendo a tomada

ATITUDES POSITIVAS PROMOVEM A VIDA

Mato Leitão/RS

EMEF Santo Antônio de Pádua

Relatora: Susana Isabel Bogorny

O Projeto SAP 2022: “Atitudes positivas promovem a vida” se justifica na medida em que se busca construir atitudes positivas e evoluções nos alunos, no seu modo de ser e estar no mundo, partindo da transformação do seu eu, através do processo educacional. Sabe-se que o todo é formado por partes e o mundo é formado por muitas pessoas. A evolução ocorre quando as pessoas, com as mais variadas experiências e vivências crescem. O aluno, cada um na sua individualidade, e somando uma a uma em suas ações e atitudes positivas, potencializam energias que se dissipam no universo coletivo, compartilhado por todos os alunos e toda comunidade escolar.

Objetivos do Projeto:

Mobilizar alunos e professores e até mesmo toda comunidade escolar para evoluírem em seus processos: educacional e sociocultural transformando seu modo de ser e estar no mundo, construindo qualidade de vida, bem-estar consigo e com os outros.

Motivar a comunidade escolar para valorizar a pesquisa e busca da construção do conhecimento com atitudes, ações que motivem a aprendizagem: investimentos em

de consciência que nem tudo é lixo, e, que podemos reaproveitá-lo.

O monitoramento dos resultados obtidos através da execução do projeto irá ocorrer em todas as fases, desde seu início, com os contatos e sensibilização da comunidade escolar, até a execução dos trabalhos confeccionados. Os alunos serão observados durante todo o projeto, através do interesse, participação, e realização das atividades orais, escritas e práticas. Os conteúdos explorados também serão analisados pelos trabalhos em sala de aula ou fora dela, usados como instrumento de avaliação formativa.

Após a avaliação dos resultados a equipe gestora e coordenadora do presente projeto, organizará momentos de discussões sobre esses resultados, para que seja possível revisar o projeto eliminando as práticas que não surtiram efeitos desejados. Esses resultados serão divulgados à todos os envolvidos no projeto, para tornar possível a reconstrução das práticas ideais dos objetivos.

leituras, posturas para o aprender individual e coletivo em sala de aula, valores de convivência, cooperação, análise da realidade e alternativas de mudança, compartilhamento de saberes, autodisciplina, desenvolvendo motivação contínua na participação das atividades escolares. - Atingir os alunos na sua subjetividade, motivando-os a partir do seu eu na sua construção e evolução, e assim, certamente, transformarão o mundo em que vivem. - Construir um mundo evoluído em todos os sentidos: com qualidade de vida, saudável, fraterno onde as pessoas possam ter acesso ao desenvolvimento do saber e oportunidades de trabalho para produção de renda, sustento e atendimento de suas necessidades básicas: alimentação, habitação e vestuário. Almejamos que os nossos alunos conquistem uma boa qualidade de vida e estejam bem instrumentalizados, instruídos para atingirem suas metas de vida. - Instigar os alunos a se auto motivarem criando metas para sua vida, realizações e sucesso calcados nos valores do bem e do bem-viver e bem-conviver.

Desenvolver o espírito de cooperação, solidariedade e bem comum através do engajamento em atividades coletivas onde cada um faz a sua parte.

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EMEF DOM PEDRO II: CONSTRUINDO CONHECIMENTO, ILUMINANDO VIDAS

Venâncio Aires/RS - EMEF Dom Pedro II

Construir conhecimentos e iluminar vidas acreditamos ser os principais objetivos de todas as escolas. Vivemos em um tempo em que o conhecimento deve ser significativo e relevante e, para isso, nosso aluno deve fazer parte da construção deste. Não é mais possível pensar em uma escola onde o conhecimento ocorra de forma vertical, unilateral e sem a participação ativa do educando.

Nessa perspectiva, vemos o trabalho com projetos como uma forma eficiente de trazer nosso aluno para o protagonismo das atividades, pesquisando e adquirindo conhecimentos acerca dos temas que lhes interessam e que lhes são pertinentes, desta forma, agregando valor às aprendizagens obtidas. Acreditamos que a escola atua na potencialização do aprendizado cognitivo e intelectual e ocupa um importante lugar dentro da formação humana de cada indivíduo por proporcionar socialização, convivência e afeto.

Assim, o trabalho desenvolvido em sala de aula extrapola as práticas meramente didáticas, pois também prepara os alunos para realizarem seus projetos de vida e atuarem de maneira consciente,

VAMOS PENSAR O QUE É LIXO?

Venâncio Aires/RS

EMEF Coronel Thomaz Pereira

Relator: Luiz Liberato Costa Corrêa

Com a implantação do biodigestor na nossa escola, surgiu uma dúvida dos estudantes: o que é e para que serve isso? Para responder esse questionamento, a professora de Ciências levou os estudantes para conhecer o sistema e explicou seu funcionamento, de volta a sala de aula demonstrou um vídeo para verificarem o interior do equipamento. Barbosa e Langer (2011) destacam a importância da utilização do biodigestor “a utilização do gás em forma de energia é uma ótima forma de redução dos gastos, sendo a tecnologia dos biodigestores para produção de energia”, sendo que na escola se utiliza os restos de comida produzindo biogás e biofertilizantes.

Na sequência, fez uma pesquisa experimental de pesagem do lixo produzido na escola, e na casa dos estudantes do 6º ano, e de que forma ele pode ser reciclado. A partir disso, é estudado os tipos de materiais, suas características físicas e destacando a importância das propriedades dos materiais. A atividade foi realizada na escola com os estudantes, pesamos o lixo antes do caminhão passar e na escola é produzido somente lixo seco, pois o resíduo orgânico é colocado no biodigestor para a produção de gás para a merenda das crianças.

responsável e ativa na sociedade.

Buscamos com o projeto desenvolvido por nossa escola e por todas as disciplinas do Ensino Fundamental, incentivar nossos alunos a serem autores de sua própria história valorizando a experimentação, construindo respostas (ao invés de dá-las prontas), criando ambientes que acolham a tentativa e o erro, incentivando-os ao debate saudável e argumentação consciente e, acima de tudo, dando-lhes suporte para uma tomada de decisões alicerçada na reflexão e na análise das possibilidades.

Tivemos, nos últimos anos, a invasão das tecnologias em sala de aula e nos ambientes de aprendizagem, moldando um novo modelo de aluno e de professor. Isso criou um novo desafio a todas as escolas: integrar um conhecimento participativo, humano e tecnológico aos diferentes interesses trazidos por nosso educando.

A escola teve de se remodelar e o professor se reinventar para atingir o aluno de modo a contemplar-lhe em sua integralidade, desafio este, que mais uma vez a escola assumiu e vem cumprindo com eficiência.

Assim se verificou que os plásticos são os principais resíduos da escola. Então foi discutido sobre o uso dos plásticos, suas propriedades e seus impactos ambientais, conscientizando sobre a necessidade de se reduzir a utilização desses materiais.

Deve-se manter debates sobre o estudo consciente e o descarte de materiais visando mudanças de atitudes dos alunos como, por exemplo, não jogar lixo no chão. Pensando em reutilizar materiais existentes em casa, os estudantes e a professora analisaram que muitos materiais que iriam para o lixo podem ser reutilizados, dessa forma utilizaram algumas aulas para montar um carrinho com material reciclado.

O projeto tem por justificativa auxiliar os estudantes na reutilização de resíduos, tanto orgânicos quanto sintéticos. Assim, no decorrer do projeto os estudantes conseguiram fazer do chamado “lixo” algo importante novamente a sua vida. Nesse contexto, os alunos desenvolveram a aprendizagem das Ciências da Natureza por meio de práticas cotidianas durante as aulas.

A partir do tema central “lixo”, essa contextualização é possível. Na nossa escola, um grande problema enfrentado.

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Relatoras: Mára Lucia da Costa Pilz e Sabrina Daniana da Rosa

CONECTE-SE! A SENHA É EDUCAÇÃO!

Venâncio Aires/RS

EMEF Alfredo Scherer

O tema do projeto da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer para o ano letivo de 2022, tem como seu principal objetivo a conexão aluno-professor-família, estamos conectados pela e na Educação.

O tema escolhido para o projeto é: "Conecte-se. A senha é Educação!". Escolhemos dar ênfase nesse tema pelo fato de que precisamos estar e permanecer conectados tanto pelas tecnologias, que estão no nosso dia-a-dia, como pela comunicação que devemos cultivar entre a comunidade escolar. Percebemos constantemente a necessidade de estarmos conectados, e essa conexão se deve principalmente pela informação. Informação real e verdadeira. Informações estas para melhorar e ampliar o convívio social e educacional. Sentimos através do convívio diário com nossos estudantes no ano letivo de 2021, que a informação quando vem de uma origem segura e correta faz outro sentido para eles, no momento que isso faz sentido acreditamos que irá fazer a diferença na vida deles, precisamos fazer com que os estudantes tenham sempre segurança e confiança na informação que buscam, conhecer a fonte, e não apenas sair disseminando informações irreais. Hoje as informações virtuais chegam cada

vez mais rápido para eles, redes sociais, aplicativos, enfim, um mundo tecnológico nas mãos.

Para a realização do objetivo do projeto, percebemos a necessidade de estarmos conectados, e essa conexão se deve principalmente pela informação. Informações estas com o objetivo de melhorar o convívio social e educacional. Para isso, os projetos serão desenvolvidos de acordo com as necessidades oriundas da comunidade escolar. Na Escola temos o grupo de alunos que chamamos de líderes positivos, através deles chega até a equipe diretiva os assuntos que os estudantes têm interesse em conhecer melhor e desejam aprofundar. Para melhorar organizarmos nosso trabalho criamos o subprojeto "Bate-papo conectados" . O Bate-papo conectado será realizado aleatoriamente, isto é, quando houver necessidade de explorar algum assunto de interesse dos estudantes. Iremos trazer pessoas da comunidade escolar, da sociedade venâncio-airense, autoridades públicas, ex-alunos(as), enfim pessoas que possam trazer informações reais para conversar, "bate-papo" na Escola. Outro sub projeto idealizado para ficarmos conectados com a comunidade escolar é a abertura do nosso Espaço de Leitura Maria Philomena.

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Relatoras: Fabiana Cristina Pereira Walter e Graziela Pacheco
Transtorno espectro autista Região de Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo - RS EMEF Nossa Senhora Medianeira. Cachoeira do Sul/RS 5 Girassol Região de Imbituva e Irati/PR ERM Tijuco Preto. Prudentópolis/PR 5 Plantar bem para comer bem Região de Rio do Sul e Ituporanga/PR EMEF Vila Gropp. Atalanta/SC 5 Projeto Germinar Escola Modelo Ella Kurth. Rio do Sul/SC 5 Agrofloresta Escola Municipal Professor Rodolfo Fink. Vidal Ramos/SC 5 Eficiência energética na Escola Municipal Heitor Soares Ribeiro Região de Rio do Sul e Ituporanga/PR EMEF Heitor Soares Ribeiro. Canguçu/RS 5 Eficiência energética: um fonte inesgotável EMEF Francisco Fromming. São Lourenço do Sul/RS 5 Alimentação saudável EMEF Germano Hübner. São Lourenço do Sul/RS 5 Quem disse que coisa boa não cai do céu? Região de Rio Negro - PR e Mafra - SC EM Marciano de Carvalho. Piên/PR 5 A importância da polinização EMEF José de Lima. Rio Negro/PR 5 Papa Pilhas e Tampa Tri Região de Santa Cruz do Sul - SC EMEF Olavo Bilac. Rio Pardo/RS 5 Estudo e caracterização da pitanga EMEF Cardeal Leme. Santa Cruz do Sul/RS 5 Cultivando e conhecendo a nóz pecan EMEF Emanuel. Santa Cruz do Sul/RS 5 Preservar uma nascente é preservar vidas EMEF Felipe Becker. Santa Cruz do Sul/RS 5 O universo das plantas suculentas EMEF Rio Branco. Santa Cruz do Sul/RS 5 Customização, a arte de reinventar EMEF Guilherme Simonis. Santa Cruz do Sul/RS 5 Produção de mudas de hortênsias EMEF Willibaldo Michel. Vale do Sol/RS 5 Estufas agrícolas EMEF São João Batista. Vale do Sol/RS 5 Energia solar no meio rural Região de Camaquã - RS EMEF Alfredo Jacobsen. Camaquã/RS 5 A tecnologia e a permanência no campo Região de Herval D’Oeste - SC CEM Frei Silvano. Água Doce/SC 5 Compostagem EMEF Chequer Buchaim. Camaquã/RS 5 Energia solar fotovoltaica EMEF Padre Constantino. Dom Feliciano/RS 5 Salve os polinizadores EMEF Santa Terezinha. Dom Feliciano/RS 5 Conservação de solo EMEF São João Batista. Dom Feliciano/RS 5 Brinquedos e brincadeiras do passado EEEM Prof. Fábio Nackpar dos Santos. Candelária/RS 5 Acolhimento, integração e socialização entre as turmas da EMEF São Paulo EMEF São Paulo. Candelária/RS 5 Angico: germinando e conservando histórias de sustentabilidade na nossa escola EEB Ruth Lebarbechon. Água Doce/SC 5 5 Angico: germinando e conservando histórias de sustentabilidade na nossa escola EM São Francisco. Luzerna/SC 5 Estudo da fitoterapia em uma comunidade escolar de Capinzal/SC EM Ernesto Hachmann. Capinzal/SC Aquecimento de água através da construção de placas solares com materiais recicláveis EMEF Carlos Altermann. Paraíso do Sul/RS 5 A expansão da energia solar no Município de Cristal/RS EMEF Antônio Curi. Cristal/RS 5 69 Ansiedade e depressão na escola: um diálogo necessário EMEF Felipe dos Santos. Vale do Sol/RS 5
EMEF José Bonifácio. Vera Cruz/RS 5 ÍNDICE
Doenças sexualmente transmissíveis: entender para evitar!!
Resumos Pesquisas Científicas

a horta como fundamental incentivo de educação ambiental e agricultura familiar

EMEF Ervino A. G. Konrad. Arroio do Tigre/RS 5

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA

EMEF Nossa Senhora Medianeira. Cachoeira do Sul/RS

Pesquisadores: Mathias Schaf von Oudheusden e Brendha Luysa Machado da Silva

Orientadora: Marisa Quadro Folgearini

Com o visível aumento do índice de casos de autismo na nossa sociedade e o pouco conhecimento que a maioria das pessoas possui sobre este tão importante e cada dia mais atual assunto, de como acolher, incluir e dar o suporte necessário aos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA), tornou-se fundamental que o tema seja estudado e debatido nos mais diferentes espaços, inclusive nas salas de aula.

Outro motivo para este assunto ter se tornado tão pertinente para ser desenvolvido neste ano, nesta turma do 3º ano, é o fato de um dos alunos estar no Espectro e precisar de suporte para algumas atividades cotidianas e, principalmente no que tange às relações com as pessoas e a comunicação.

Objetivos do Trabalho de Pesquisa:

Conhecer o que é o TEA;

Reconhecer sinais, sintomas, possíveis causas e fatores de risco do TEA;

Identificar como é realizado o diagnóstico e quais os profissionais avaliam o TEA;

Reconhecer como é realizado o tratamento de TEA;

Proporcionar maior interação entre os alunos na sala de aula; Melhorar a convivência dos alunos na escola em todos os ambientes;

Proporcionar melhor inclusão dos alunos no Espectro.

Metodologia:

Palestras com a professora do Atendimento Educacional

Especializado para esclarecimentos sobre o TEA e os trabalhos realizados na sala do AEE;

Palestra com a mãe de um aluno autista do 1º ano da escola sobre como ela percebeu o atraso no desenvolvimento do filho e como foi o processo para conseguir o e as terapias das quais o filho participa; Leitura e interpretação de texto bibliográfico de José Otávio Pompeu;

Pesquisas na internet sobre TEA; Pesquisa sobre o índice de casos de portadores de TEA nas famílias dos alunos; Montagem de gráfico com os dados da pesquisa nas famílias.

Apresentação da pesquisa científica.

Conclusão: O TEA está presente em nossa sociedade, mas não apenas como algo subjetivo e distante. Passamos de um aluno com TEA em 2020 para três em 2022 em um universo de 77 alunos.

Por isso o estudo do tema é necessário para que se conheçam as características, sinais e sintomas do TEA, como os portadores se comportam e o porquê se comportam de tal forma. Assim todos estarão preparados para reconhecer os sintomas, buscar o diagnóstico e as terapias necessárias para o bom desenvolvimento do indivíduo, mas acima de tudo estarão preparados para aceitar as diferenças e incluir as pessoas.

Sucessão familiar EMEB Waldemar A. Von Dentz. São Miguel Do Oeste/SC 5 Região de São Miguel do Oeste - SC Mostruário de sementes integrantes do programa bolsa de sementes EMEB Padre José de Anchieta. São Miguel Do Oeste/SC 5 Dengue: melhor prevenir do que remediar EMEF Arlindo Back. Arroio do Meio/RS 5 Compostagem caseira na escola EMEF Marino da Silva Gravina. Boqueirão do Leão/RS 5 Poços artesianos: de onde vem a água? EMEF Dom Pedro II. Venâncio Aires/RS 5 Água: importância e cuidado com as nascentes para a sustentabilidade EMEF Santo Antônio de Pádua. Mato Leitão/RS 5 Estufa sementeira: eu sou a sementinha que você plantou EEEF Adolfo Mânica. Boqueirão do Leão/RS 5 Região de Venâncio Aires - RS Sucessão rural EMEF Jacob Rech II. Arroio do Tigre/RS 5 Fertilizantes naturais EMEF Dr. Adolpho Sebastiany. Sobradinho/RS 5 Pó de rocha EMEB Seomar Mainardi. Sobradinho/RS 5 Sementes crioulas EMEF Henrique Francisquet. Tunas/RS 5 Alecrim: propriedade, benefícios e malefícios EMEF Jacob Dickel. Arroio do Tigre/RS 5 Plantas naturais, alternativa como repelente de insetos EMEF Balduino Thomaz Brixner. Arroio do Tigre/RS 5 Região
Eco cultivo:
de Sobradinho e Arroio do Tigre - RS
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BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS DO PASSADO

EEEM Prof. Fábio Nackpar dos Santos. Candelária/RS

Pesquisadoras: Ágatha Paola Lara e Nayara Pfaff

Orientadora: Josiane Pereira Paranhos

O Projeto tem como objetivos: Resgatar brinquedos e brincadeiras que nossos pais e avós brincavam quando eram crianças e que ficaram esquecidos com o tempo; Oportunizar a integração entre as gerações para aprender que objetos simples também podem ser muito divertidos; Desenvolver a criatividade na confecção de brinquedos e releitura de obras de arte;

Temos como justificativa as seguintes considerações: os alunos não se interessavam em brincar nas aulas de Educação Física caso não tivessem a bola de futebol ou fossem na pracinha. As crianças em geral não se importam com brinquedos e brincadeiras infantis preferindo jogos eletrônicos e celulares. Procuramos introduzir nas aulas a confecção de brinquedos antigos usando materiais alternativos e a realização de brincadeiras com materiais diversos para que se movimentam e tenham divertidos momentos de recreação. Podemos aproveitar o conhecimento dos pais e avós para que ensinem brincadeiras do passado ou confeccionam algum brinquedo que utilizavam quando crianças já que em tempos passados não tinham tanta variedade de brinquedos para comprar ou a dificuldade financeira em adquiri-los. Proporcionar a integração entre as gerações. Questionário cos

alunos da turma sobre o conhecimento de brincadeiras citadas pela professora e brinquedos que não fossem os comprados e também se brincavam com os pais e de quais brincadeiras; A professora ensinou algumas brincadeiras que os alunos não conheciam; Os alunos entrevistaram pessoas mais velhas (pais, avós, vizinhos) para saber do que eles brincavam quando criança e se confeccionavam seus próprios brinquedos; Com ajuda de um familiar cada um teve que confeccionar brinquedos antigos em casa, e no outro dia apresentar na aula explicando como foi feito, materiais utilizados e como se brinca; A turma ensinou os alunos da pré-escola da tarde como se brinca e proporcionar para os pequenos momentos de alegria e descontração; Realizaram pesquisa sobre o pintor IVAN CRUZ que em suas obras retrata crianças brincando e muitas brincadeiras de crianças quase esquecidas nos dias de hoje; Os alunos fizeram releitura de algumas obras de Ivan Cruz utilizando desenho e pintura; A turma com a profª foram visitar os avós da aluna Ágatha, o avô, senhor Hilário Gewehr mostrou uma grande quantidade de brinquedos que ele tinha, como brincar e também fez mágicas, todos adoraram; Relato oral e escrito.

ACOLHIMENTO, INTEGRAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO ENTRE AS TURMAS DA E.M.E.F. SÃO PAULO

EMEF São Paulo. Candelária/RS

Pesquisadoras: Andriele Luana Schwantes e Débora Iasmin Emmel

Orientadora: Marione Michel Schwantes

O projeto Acolhimento, Integração e Socialização entre as turmas da E.M.E.F. São Paulo, teve como objetivo fazer a integração entre as turmas, a fim de estabelecer ou restabelecer os laços afetivos, após retorno das aulas presenciais devido ao afastamento por causa da pandemia Covid-19, visto que comportamentos e atitudes consideradas naturais, tais como: cumprimento com um aperto de mão, o toque, o acolhimento com um abraço e/ou um beijo no rosto, haviam dado lugar ao distanciamento físico necessário e regulamentado em protocolos de saúde.

Por esse motivo a socialização entre os estudantes foi pensada de uma forma diferente, com atividades de integração e acolhimento; uma escuta respeitosa, e até mesmo, uma expressão fisionômica que pode ultrapassar o distanciamento e as máscaras. Primeiramente foi confeccionada uma caixinha de mensagens, onde os alunos do 6º ao 9º ano tiveram oportunidade de escrever palavras acolhedoras, mensagens de carinho, agradecimentos à equipe diretiva, professores, funcionários e/ou a alguém especial. Puderam também deixar sugestões, mimos, entre outros. Cada aluno poderia escolher a quem queria enviar sua mensagem.

As integrantes do projeto recolhiam as mensagens e as entregavam aos destinatários. Os alunos também tiveram a oportunidade de escrever mensagens, textos e/ou poesias ao grande grupo e com as mesmas foi confeccionada a árvore da sabedoria.

Essa árvore foi exposta nos corredores da escola e na Mostra Pedagógica escolar. Para dar sequência nas atividades de integração, foram também realizadas gincanas cooperativas entre as turmas, quiz de conhecimentos gerais, dança da cadeira, tarefas de agilidade (abrir sementes), entre outras.

Como o projeto teve uma repercussão muito positiva, o mesmo foi estendido à turma da Educação Infantil, do turno da tarde, onde as alunas pesquisadoras do projeto confeccionaram brinquedos com material de sucata e doaram-os para a Educação Infantil, bem como desenvolveram atividades recreativas com os pequenos. As atividades desenvolvidas pelas alunas pesquisadoras do projeto foram todas bem recebidas, onde pode-se perceber muito envolvimento, cooperação, interesse, criação de vínculos afetivos socialização e motivação entre os alunos da E.M.E.F. São Paulo.

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AQUECIMENTO DE ÁGUA ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE PLACAS SOLARES COM MATERIAIS RECICLÁVEIS

EMEF Carlos Altermann. Paraíso do Sul/RS

Pesquisadores: Nicole Achterberg e Mathias Reips - Orientadora: Carla Hulda Pfeifer Drescher

A pesquisa constituiu-se na construção e instalação de uma placa solar com materiais recicláveis, cuja finalidade era aquecer a água utilizada na pia da cozinha da escola. No primeiro momento foi realizada uma pesquisa científica sobre o tema proposto, identificando conceitos e métodos de construção de um sistema de aquecimento de água utilizando a energia termossolar.

Os alunos pesquisaram em diferentes meios alternativas para a construção e o funcionamento de uma placa solar que aquecesse a água utilizando para isso materiais recicláveis e de baixo custo. No segundo momento foi feita a coleta de materiais que seriam utilizados para a construção do sistema. Foram coletadas caixas de leite, garrafas pet transparentes de 2 litros e um galão de 30 litros para armazenar água.

Foram adquiridas mangueiras pretas, cantoneiras, conexões internas triplas, torneiras, joelhos internos, fitas de alta fusão e tinta preta. No terceiro momento foram cortadas e medidas as caixas, realizada a pintura das caixas com tinta preta, cortados as garrafas pet. Após as caixas estarem secas, estas foram colocadas dentro dos pets juntamente com a mangueira e encaixados um pet no

ENERGIA SOLAR NO MEIO RURAL

EMEF Alfredo Jacobsen. Camaquã/RS

outro até formar o sistema.

Este sistema foi unido por uma mangueira externa interligada por conectores e instalado com o auxílio de um pai da escola que construiu uma estrutura suspensa no pátio para verificar seu funcionamento. No quarto momento, foi realizado o acompanhamento do funcionamento do sistema, através da medição da temperatura da água durante o dia. As medições eram feitas nos horários das 14h e 16h observando-se a variação da temperatura da água e da estufa.

Com as medidas, os alunos construíram uma tabela de dados para observar a variação da temperatura da água e da estufa, analisando a perca de calor que ocorria em relação ao sistema e a água. No quinto momento, o trabalho foi apresentado à comunidade escolar dentro de um evento da escola que busca incentivar a pesquisa, o Seminário Científico Pedagógico- SEPEC, com o objetivo de divulgar o conhecimento produzido pelos alunos. Foram feitas demonstrações de como o sistema funciona apresentado a dinâmica da ação das correntes de convecção que aquecem o sistema da placa.

Pesquisadoras: Lílian Bierhals Ebel e Nicolly Duarte Holz

Orientadora: Cleni Santos Ribeiro

A utilização de energias limpas está cada dia mais ressaltada entre as pessoas que buscam alternativas para preservar o meio ambiente, então justifica –se com esta pesquisa o interesse pelas pessoas na utilização de energia solar e formas de obter a mesma com baixo custo, verificando desta forma sua rentabilidade. A energia solar está em constante aumento pois as tecnologias evoluíram muito, ela é uma fonte renovável e sustentável de energia, e reconhecida mundialmente.

O aumento do dólar e dos componentes de energia solar, faz com que as placas que geram energia fiquem com um preço elevado, dificultando muitas vezes a aquisição das mesmas por famílias de baixa renda, surge desta forma o interesse por novas alternativas. Desta forma, iniciou -se a pesquisa com a pergunta de partida:

É necessário um alto investimento financeiro para instalar placas solares, e há maneiras de utilizar energia solar com baixo custo”? Acredita-se que a energia solar é uma forma benéfica de energia limpa, pois ao mesmo tempo que colabora com a sustentabilidade do planeta acaba beneficiando as famílias do meio rural financeiramente, sendo à longo ou curto prazo, pois há várias formas que

podemos utilizar a energia solar, e também acreditasse que há maneiras de financiamento para instalação das mesmas.

A finalidade deste projeto de pesquisa foi: Verificar o custo benefício da utilização de placas solares; conhecer novas opções de obter energia solar de forma viável à renda da comunidade; testar a aplicabilidade de energia solar, através de experimento; e, divulgar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa. Inicialmente realizou – se a pesquisa bibliográfica, através de sites de busca, informativos, redes sociais, logo após a coleta de dados se deu através de pesquisa etnográfica, com entrevistas e questionários.

A realização da prática será através de experimentos de baixo custo e com utilização de energia solar. Nosso projeto de pesquisa "Energia solar no meio rural" encontra-se em andamento, inacabado, ainda há algumas ações a serem realizadas, porém de todos os dados coletados até o momento está sendo interessante realizar esta pesquisa, pois verificou-se que somente 12% dos participantes que responderam o questionário não veem vantagem em utilizar placas solares e que a grande maioria tem noção do custo e benefício da utilização das mesmas.

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ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

EMEF Padre Constantino. Dom Feliciano/RS

Pesquisadoras: Eren Nicoly Pereira da Silva da Gama e Cláudia Kucharski Fiszer

Orientadora: Joice

Devido ao fato de ser uma fonte energética renovável, limpa e menos agressiva ao meio ambiente, a energia solar se mostra como uma alternativa viável para a geração de eletricidade. O sol irradia para a Terra um potencial energético abundante e permanente, seu aproveitamento possibilita a realização de diversas atividades, que de uma forma direta ou indireta, utilizam a energia solar.

E o desenvolvimento de novas tecnologias tem propiciado maior utilização da energia solar e de forma mais eficiente. As fontes de energia de origem solar apresentam processo de geração de eletricidade mais simples do que a obtenção de energia através de combustíveis fósseis ou nucleares.

A sua utilização de forma distribuída apresenta as vantagens de redução de gastos com os sistemas de transmissão e distribuição, além de permitir desenvolvimento social para localidades não que não são beneficiadas com energia elétrica.

A energia solar fotovoltaica é cada vez mais utilizada pelos vários benefícios como, a preservação do meio ambiente, pois é uma fonte de energia limpa e renovável, reduzindo o consumo de energia elétrica e protegendo as

SALVE OS POLINIZADORES

EMEF Santa Terezinha. Dom Feliciano/RS

Pesquisadora: Alana Maliszewski Dombrowski

Orientador: Renato Luiz Scislewski

As abelhas contribuem enormemente para a manutenção das florestas e se elas forem extintas a reprodução de plantas silvestres ficará comprometida. Cerca de 90% das espécies de árvores da mata Atlântica dependem das abelhas nativas sem ferrão (ASF) para que possam manter sua espécie.

Isso porque são elas que realizam a polinização de uma flor para outra, permitindo a fecundação delas e produção de sementes. Além desse trabalho as abelhas sem ferrão podem apresentar um papel estratégico na reconstituição de florestas tropicais, florestas primárias e na conservação de remanescentes florestais.

A previsão para o Brasil é de que a população de abelhas e outros polinizadores diminua em 13% até 2050, esse dado é absolutamente negativo conforme nossa pesquisa. A falta de conhecimento da população sobre a importância das abelhas para o meio ambiente, é muito prejudicial. Grande parte dessas pessoas não tem noção da diversidade de abelhas nativas, muito menos do seu importante papel para todo o ecossistema.

E é muito comum casos de abelhas nativas que são mortas por serem confundidas com vespas,

gerações futuras, apresenta baixo índice de manutenção, geração imediatamente após instalação, fácil ampliação ou redução da quantidade de módulos, dentre outros fatores.

A energia solar fotovoltaica pode ser utilizada nos mais diversos setores, como geração de energia elétrica para as casas, otimização das atividades industriais e agrícolas, reduzindo o uso das fontes poluidoras à base de combustíveis fósseis, bem como ser usada para impulsionar a mobilidade elétrica, abastecendo os veículos com fonte energética limpa.

Outro ponto importante é que os avanços tecnológicos no mercado de energia solar têm tornado, inclusive, o processo de descarte das estruturas do sistema mais sustentável ao aderir à reciclagem dos componentes do sistema, evitando acúmulo de resíduos. Podemos considerar um grande avanço no desenvolvimento consciente e sustentável a nível global.

Em um mundo em que a energia limpa será predominante, é fundamental que a nova geração conheça mais sobre as tecnologias que já revolucionam a forma como consumimos energia. É válido desenvolver em crianças e adultos a consciência ambiental, pois ela é uma maneira de garantir a segurança das gerações futuras

marimbondos e até outras espécies como a Apis mellifera (espécie que possui capacidade de ferroar), casos de pessoas que pensam que aquela colônia oferece perigo e aplicar venenos em spray ou colocam fogo. Pelo fato de ser comum, algumas espécies nidificam em furos de bloco nas casas, nos muros, caixas de correio, caixa de poste padrão de luz e etc.

Portanto, sua preservação é de extrema importância para a manutenção e saúde de nossa cadeia biológica. As abelhas devem ter um ambiente apropriado para cumprir seu papel polinizador, e assim garantir a continuidade das espécies de flores e plantas.

Muitas das quais servem como fontes de alimento para outros animais, inclusive o homem. Uma hipótese muito provável em nosso município é de que a redução de espécies de abelhas esteja ligada ao aumento do cultivo de soja e a aplicação de agrotóxicos.

E dessa forma, abordamos um assunto de interesse mundial, agindo de forma local através da educação estando também em conformidade com o tema da Ação Conjunta de 2002, Agir Local e Pensar Globalmente.

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CONSERVAÇÃO DE SOLO

EMEF São João Batista. Dom Feliciano/RS

Pesquisadoras: Kainan dos Santos do Val e Gabriela Pedro Goldas

Orientador: Tiago Stelmaszczyk

O município de Dom Feliciano é formado basicamente por agricultura familiar, onde o tabaco é a principal cultura para aproximadamente 80% das 2.300 famílias. A comunidade onde está situada a Escola Municipal de ensino Fundamental São João Batista - Dom Feliciano está a cerca de 15 km da sede. É uma região rural do município de Dom Feliciano, em que a principal fonte de renda é o cultivo de fumo, também a pecuária se destaca. Nos últimos anos o cultivo de soja e silvicultura vem crescendo gradativamente.

O cultivo tradicional do tabaco na região não leva em consideração o manejo adequado do solo, gerando grandes perdas do mesmo, tanto de qualidade quanto de quantidade. Como o solo do município possui um grau elevado de erodibilidade a criação de um Grupo de Conservação do Solo, realizado pela EMATER/ASCAR em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente, e as fumageiras envolvidas, Souza Cruz e Universal Leaf Tabacos, vem ao encontro dessa problemática, buscando promover ganhos não só na produtividade da lavoura, mas na qualidade de vida da população e na

permanência no campo.

Diante do exposto, justifica-se a elaboração de um projeto com o tema da conservação de solo a ser desenvolvido no ambiente escolar, com a participação de alunos, professores, agricultores e comunidade da região onde está situada a escola, buscando suprir as lacunas no ensino de solos no nível fundamental e levar esse conhecimento aos agricultores de modo a contribuir na conservação do solo e permitir boas safras, e a sustentabilidade da propriedade ao longo dos anos, favorecendo a prosperidade e a sucessão familiar.

De acordo com Oliveira e Reis (2022), muitos estudos apontam uma grande lacuna no ensino de solos nos níveis fundamental e médio, uma vez que o conteúdo "solo" existente nos materiais didáticos, normalmente está em desacordo com os parâmetros curriculares nacionais e, frequentemente, encontra-se desatualizado, incorreto ou fora da realidade brasileira, mostrando a necessidade de se trabalhar o conhecimento em solos cada vez mais cedo no âmbito de ensino e aprendizagem.

A TECNOLOGIA E A PERMANÊNCIA NO CAMPO

CEM Frei Silvano. Água Doce/SC

Pesquisadoras: Salete Zarpelon Parenti e Fátima Bortolini Pontel

Orientadora: Elis Regina Bernardi

O presente trabalho tem por objetivo mostrar que as tecnologias empregadas na agricultura facilitam o trabalho e faz com que o jovem permaneça e se interesse pela atividade. Esse projeto tem a finalidade de mostrar aos alunos do Centro Educacional Municipal Frei Silvano, suas famílias e a comunidade escolar que as tecnologias são de vital importância e que entre na rotina dos pequenos produtores para que seja possível o avanço perante as necessidades do mercado.

Esse projeto justifica-se tendo em vista que muitos dos nossos alunos são da área rural e muitos pensam em concluir seus estudos e morar na cidade. A escola tem um papel fundamental e social de formar consciência crítica e reflexiva e com poder de decisão. O projeto tem por finalidade conhecer as diversas tecnologias empregadas nas diversas propriedades de nosso município, comparando a agricultura com técnicas mais rústicas com as novas tecnologias. E dessa formar desenvolver nas crianças o interesse pela permanência no campo.

Sabemos que na agricultura familiar, na qual nossas famílias se incluem, estamos andando a passos lentos em direção as tecnologias. Por isso é de vital

importância que a tecnologia entre na vida dos pequenos produtores para que seja possível o seu avanço perante as novas necessidades do mercado. Nas pequenas propriedades ainda o trabalho é feito de forma manual, tornando a atividade muito cansativa e muitas vezes inviável.

Em contrapartida os alunos podem observar nessas propriedades com algum tipo de tecnologia como facilita e viabiliza a produção com redução de gastos e maior produtividade. Os alunos podem identificar as tecnologias que podem ser usadas em vários estágios do processo de produção, reduzindo os gastos e dando maior celeridade e eficiência a todo o processo.

Ao concluir o projeto esperamos desenvolver nos nossos alunos a conscientização pela permanência no meio rural. E que eles vejam a agricultura com uma profissão que é de suma importância para a humanidade e que agrega valor econômico para a família e a sociedade.

A continuidade do projeto compreende nas visitas as instituições e propriedades do nosso município para analisar e comparar os processos nelas existentes.

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CONSERVAÇÃO DE SOLO

EMEF São João Batista. Dom Feliciano/RS

Pesquisadores: Kainan dos Santos do Val e Gabriela Pedro Goldas

Orientador: Tiago Stelmaszczyk

O município de Dom Feliciano é formado basicamente por agricultura familiar, onde o tabaco é a principal cultura para aproximadamente 80% das 2.300 famílias. A comunidade onde está situada a Escola Municipal de ensino Fundamental São João Batista - Dom Feliciano está a cerca de 15 km da sede. É uma região rural do município de Dom Feliciano, em que a principal fonte de renda é o cultivo de fumo, também a pecuária se destaca. Nos últimos anos o cultivo de soja e silvicultura vem crescendo gradativamente.

O cultivo tradicional do tabaco na região não leva em consideração o manejo adequado do solo, gerando grandes perdas do mesmo, tanto de qualidade quanto de quantidade. Como o solo do município possui um grau elevado de erodibilidade a criação de um Grupo de Conservação do Solo, realizado pela EMATER/ASCAR em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente, e as fumageiras envolvidas, Souza Cruz e Universal Leaf Tabacos, vem ao encontro dessa problemática, buscando promover ganhos não só na produtividade da lavoura, mas na qualidade de vida da população e na

permanência no campo.

Diante do exposto, justifica-se a elaboração de um projeto com o tema da conservação de solo a ser desenvolvido no ambiente escolar, com a participação de alunos, professores, agricultores e comunidade da região onde está situada a escola, buscando suprir as lacunas no ensino de solos no nível fundamental e levar esse conhecimento aos agricultores de modo a contribuir na conservação do solo e permitir boas safras, e a sustentabilidade da propriedade ao longo dos anos, favorecendo a prosperidade e a sucessão familiar.

De acordo com Oliveira e Reis (2022), muitos estudos apontam uma grande lacuna no ensino de solos nos níveis fundamental e médio, uma vez que o conteúdo "solo" existente nos materiais didáticos, normalmente está em desacordo com os parâmetros curriculares nacionais e, frequentemente, encontra-se desatualizado, incorreto ou fora da realidade brasileira, mostrando a necessidade de se trabalhar o conhecimento em solos cada vez mais cedo no âmbito de ensino e aprendizagem.

A TECNOLOGIA E A PERMANÊNCIA NO CAMPO

CEM Frei Silvano. Água Doce/SC

Pesquisadoras: Salete Zarpelon Parenti e Fátima Bortolini Pontel

Orientadora: Elis Regina Bernardi

O presente trabalho tem por objetivo mostrar que as tecnologias empregadas na agricultura facilitam o trabalho e faz com que o jovem permaneça e se interesse pela atividade. Esse projeto tem a finalidade de mostrar aos alunos do Centro Educacional Municipal Frei Silvano, suas famílias e a comunidade escolar que as tecnologias são de vital importância e que entre na rotina dos pequenos produtores para que seja possível o avanço perante as necessidades do mercado.

Esse projeto justifica-se tendo em vista que muitos dos nossos alunos são da área rural e muitos pensam em concluir seus estudos e morar na cidade. A escola tem um papel fundamental e social de formar consciência crítica e reflexiva e com poder de decisão. O projeto tem por finalidade conhecer as diversas tecnologias empregadas nas diversas propriedades de nosso município, comparando a agricultura com técnicas mais rústicas com as novas tecnologias. E dessa formar desenvolver nas crianças o interesse pela permanência no campo.

Sabemos que na agricultura familiar, na qual nossas famílias se incluem, estamos andando a passos lentos em direção as tecnologias. Por isso é de vital importância que

a tecnologia entre na vida dos pequenos produtores para que seja possível o seu avanço perante as novas necessidades do mercado. Nas pequenas propriedades ainda o trabalho é feito de forma manual, tornando a atividade muito cansativa e muitas vezes inviável.

Em contrapartida os alunos podem observar nessas propriedades com algum tipo de tecnologia como facilita e viabiliza a produção com redução de gastos e maior produtividade. Os alunos podem identificar as tecnologias que podem ser usadas em vários estágios do processo de produção, reduzindo os gastos e dando maior celeridade e eficiência a todo o processo.

Ao concluir o projeto esperamos desenvolver nos nossos alunos a conscientização pela permanência no meio rural. E que eles vejam a agricultura com uma profissão que é de suma importância para a humanidade e que agrega valor econômico para a família e a sociedade.

A continuidade do projeto compreende nas visitas as instituições e propriedades do nosso município para analisar e comparar os processos nelas existentes.

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ANGICO: GERMINANDO E CONSERVANDO HISTÓRIAS

DE SUSTENTABILIDADE NA NOSSA ESCOLA

EEB Ruth Lebarbechon. Água Doce/SC

Pesquisadores: Kael dos Santos Fracari e Gustavo Felipe dos Santos

Orientadora: Raquel Antunes da Silva Sagáz

O projeto desenvolvido pelos alunos do Grupo Ambiental COMVIDA da EEB Ruth Lebarbechon de Água Doce – SC durante o ano letivo foi baseado nos princípios da sustentabilidade ambiental, tendo por objetivo promover a germinação de sementes de Angico vermelhoParapiptadenia rigida, que é uma planta nativa de valor agronômico e biológico da flora desta região, que pode ser utilizada para arborização urbana, conservação e restauração de áreas degradadas, em sistemas agroflorestais, servindo de quebra-ventos e para sombreamento das pastagens, pode ser empregado também para diversos fins como: construção civil, produção de carvão, carpintaria, e até mesmo pode ser aproveitada em curtumes, por ser rica em tanino.

De acordo com a medicina alternativa (fitoterapia), praticada pelos nossos antepassados, o angico é uma planta que pode ser utilizada para tratamento de problemas respiratórios (bronquite) e sua casca pode ser utilizada, no tratamento de disenterias, raquitismo, falta de apetite, cólica menstrual e hemorragias. Essas informações foram coletadas durante o desenvolvimento do projeto, onde os alunos

aprenderam os passos para realizar uma pesquisa científica e acompanharam diariamente todas as etapas do processo, desde a coleta e seleção de sementes, germinação (com condições adequadas de umidade, luz, temperatura e substrato) e transplante (em embalagens biodegradáveis) até a distribuição das mudas à algumas autoridades e entidades municipais/regionais no dia 21 de setembro, em homenagem ao dia da árvore.

As mudas produzidas que não foram distribuídas, foram plantadas no bosque da Escola com a intenção de repor as árvores mais antigas ou danificadas por processo de erosão após o tornado ocorrido no município em 2020. Dessa forma foi possível compreender a importância e a necessidade de preservação de espaços e espécies dentro da Escola e na comunidade seguindo os preceitos de sustentabilidade ambiental. O êxito alcançado na realização do experimento de germinação das sementes de angico vermelho nos encoraja a continuar acreditando que a união ainda é a força motriz da Educação para a construção de um mundo melhor com mais respeito aos recursos naturais e vivendo de forma mais sustentável!

ESTUDO DA FITOTERAPIA EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR DE CAPINZAL/SC

EM Ernesto Hachmann. Capinzal/SC

Pesquisadores: Brayam Felipe Vancin e Geovana Gyertyas

Orientador: Carmem Maletzke Markus

A fitoterapia é uma das mais antigas práticas terapêuticas da humanidade. As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças e foi a partir do reconhecimento destas propriedades terapêuticas que se deu o surgimento da medicina alopática moderna. O estudo das plantas medicinais, em especial dos chás consumidos pela comunidade escolar, é uma forma de enriquecer o conhecimento e divulgá-lo acerca dos benefícios e riscos do consumo e uso consciente e, ao mesmo tempo, valorizar o conhecimento popular, passado de geração em geração.

O objetivo foi avaliar a visão que a comunidade escolar possui em relação às plantas medicinais, bem como averiguar a frequência de consumo e incentivar a sua utilização de forma consciente de acordo com seu princípio ativo. O trabalho foi desenvolvido com a comunidade escolar na Escola Municipal Ernesto Hachmann, zona rural do Município de Capinzal, SC. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário semiestruturado. Participaram da pesquisa 48 pessoas .

Constatou-se que a maioria das famílias (89,6%) possuem algum tipo de chá plantado em sua casa ou propriedade e as plantas mais recorrentes foram: boldo,

malva, erva-cidreira, manjerona, hortelã, guaco, endro, pulmonária, funcho, poejo, macela e outros. Em relação à frequência de consumo a maioria (45,8%) afirma que consome chás quando sente vontade, 37,5% afirma consumir chás todos os dias e 6,7% toma chás somente quando estão doentes. A maioria (93,8%) afirma conhecer a finalidade dos chás que consome e a camomila teve destaque (64,6%), seguida da hortelã (52,1%) e do gengibre (43,8%) como mais consumidos.

Para finalizar o questionário, foi questionado se a comunidade escolar costuma ler livros ou assistir vídeos sobre plantas medicinais. A maioria (54,2%) afirma que às vezes, 29,2% costuma ler ou assistir e 16,7% não possui esse hábito. Algo que se evidenciou durante a pesquisa foi que 37,5% dos entrevistados consomem chás todos os dias e isso pode ser preocupante, pois conhecer a finalidade de cada planta é essencial para que muitas situações sejam evitadas como um aborto, bem como evitar interações entre planta/planta e planta/medicação. Todo consumo de planta medicinal precisa ser cauteloso e equilibrado, pois uma mesma planta pode servir de remédio ou de veneno, vai depender da dose, informação e consciência. A horta dos chás terá continuidade.

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SUCULENTAS, A EXPRESSÃO DA PERSPICÁCIA

E RESISTÊNCIA DA NATUREZA

EM São Francisco. Luzerna/SC

Pesquisadoras: Priscila Schlindwein e Thais Pauli

Orientador: Allan Mott

A história conta que a primeira ilustração de uma suculenta, "Kalanchoe citrina", foi descoberta em 1989 nas paredes do grande templo de Thutmosis III (1501 - 1447 a.C.) em Karnak, Egito. Logo, podemos dizer que a origem das suculentas é africana. As suculentas só foram reconhecidas como um grupo à parte no século XVII. As suculentas são plantas que acumulam água, por isso apresentam folhas, troncos ou caule "gordinhos", cheios de água, daí o nome "suculenta". Os Grupos Ambientais da escola realizaram um trabalho de plantação de suculentas. Perceberam que existem muitas espécies e formatos de suculentas.

Cada espécie é particular e mesmo sendo do mesmo tipo os alunos perceberam que cada vaso se torna único e não repetível. Ao realizar a pesquisa bibliográfica foram encontrados alguns benefícios que o cultivo de suculentas podem trazer. Destacamos que o cultivo de suculentas é tão popular devido à sua resistência e capacidade de crescer em uma grande variedade de climas. Na natureza, é possível encontrar essas plantas crescendo em praticamente qualquer clima. Segundo pesquisas, é tarefa das suculentas purificar o ar.

As plantas suculentas podem remover muitos compostos orgânicos voláteis do ar. As plantas emitem vapor de água e

GIRASSOL

ERM Tijuco Preto. Prudentópolis/PR

isso gera uma ação de bombeamento que puxa o ar contaminado para as raízes da planta, purificando o ar do ambiente. Também, como essas plantas liberam água, elas podem aumentar a umidade do ambiente. Esse aumento, por sua vez, reduz as queixas comuns de saúde, incluindo, principalmente, os problemas respiratórios. São as suculentas que adicionam também ao ambiente oxigênio fresco. Ainda, o contato com qualquer planta pode melhorar o foco.

Essa atividade pode ajudar os alunos a se concentrarem melhor. De acordo com pesquisas, a retenção de memória mostrou melhora de até 20% depois que os sujeitos passaram uma hora na natureza. A retenção aprimorada de memória leva a um melhor desempenho no trabalho e na escola, por isso é uma ótima ideia colocar suculentas nos espaços de convivência e estudo. Os pesquisadores, com ajuda dos colegas do grupo ambiental, têm cuidado de todo o espaço de jardim da escola, bem como da decoração feita com suculentas.

Os alunos buscam sempre conhecer e trazer para a escola diferentes tipos de suculentas, bem como aprimorar seus conhecimentos sobre essa variedade de plantas que tem se tornado cada vez mais popular.

Pesquisadores: Alex Kauâ Siqueira da Silva e Thalissa Geremias da Fonseca

Orientadora: Marina Gelinski Chulek

Além de sua beleza, o girassol possui diversas utilidades que podem ser exploradas. Quem nunca ouviu falar do girassol? Com o nome científico de Helianthus annuus (flor do sol), a planta é originária da América do Norte e muito conhecida hoje em dia. Ela possui uma habilidade bem característica, que fez a sua fama e a batizou: o heliotropismo, que é a habilidade de um organismo vivo de se movimentar seguindo a direção do sol. Conforme citado acima a planta girassol pode ser explorada de diversas maneiras, visto isso buscaremos explanar o tema com os alunos e buscar um estudo sobre suas possibilidades de uso. Principalmente como alimentação dos animais, visto que o mesmo pode ser uma alternativa para os moradores faxinalenses que possuem criação de gado, podendo utilizar como silagem (ração animal).

O nosso projeto com a colaboração dos professores, alunos e a comunidade pretende viabilizar uma nova alternativa de alimentação para os animais.

O trabalho tem como objetivo, fazer um estudo sobre as diversas formas de utilizar o girassol, ter a planta como mais uma alternativa de alimentação para

os animais, principalmente, no período mais quente e seco, como o da estiagem.

O presente trabalho será realizado pelos alunos da Escola Municipal do Campo de Tijuco Preto, do pré ao quinto ano. Como metodologia, irá envolver todas as disciplinas, como, língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia seguindo alguns itens como:

Leitura de textos e imagens; Interpretação de textos; Assistir vários vídeos sobre utilidades de girassol e seu cultivo;

Caso venha ocorrer uma pesquisa de campo será feita uma visita em uma propriedade que já tenha aderido o cultivo de girassol.

O trabalho terá duração por tempo indeterminado e sua avaliação será feita de forma contínua, observando o desenvolvimento das atividades enviadas pelos alunos e a participação de todas as pessoas envolvidas no projeto.

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PLANTAR BEM PARA COMER BEM

EMEF Vila Gropp. Atalanta/SC

Pesquisadores: Matheus Vitor Luchtenberg e Isadora Correa da Silva

Orientadora: Scheila Daniele Henning

O presente projeto está sendo desenvolvido na escola

E.M.E.F. Vila Gropp, Atalanta (SC), sendo que estão participando 150 alunos, as suas famílias e a comunidade, porém a pesquisa está sendo desenvolvida por nós alunos dos quartos anos. Logo no início do ano contamos com a ajuda de alguns dos nossos pais para fazer a revirada da terra, e também a adubação dela através do composto que produzimos na composteira da escola.

Em um segundo momento fomos plantar algumas mudas de verduras juntamente com a professora, foi nesta hora que surgiram todas as nossas dúvidas e também a nossa pesquisa. Esta primeira aula na horta nos gerou muitas curiosidades. As nossas primeiras pesquisas foram realizadas na cartilha Horta do projeto Verde é Vida. Além disso levamos como tarefa realizar mais pesquisas.

Aprendemos quais as hortaliças que podíamos cultivar na nossa horta e qual era a época certa de cada espécie para a nossa região. Mas ainda era necessário verificar qual a distância entre as plantas e qual a profundidade, que segundo as nossas pesquisas elas variam de acordo com a espécie e a forma de plantio.

PROJETO GERMINAR

Rio do Sul/SC

Escola Modelo Ella Kurth

Através da organização dos canteiros trabalhamos em matemática o cálculo da área e as formas geométricas (o que gerou mais uma pesquisa). Para o plantio usamos três técnicas durante o ano. O plantio de mudas, as quais em parte foram fornecidas pelos pais e a outra parte a escola adquiriu, sendo que a escola recolhe papelão, e a cada fardo a escola têm um bônus de dez reais para trocar por mudas.

A segunda técnica foi o plantio de sementes, de beterraba e cenoura. A terceira foi de muda por galho, através desta técnica plantamos couve folha, algumas variedades de chás e temperos. As regas da nossa horta são feitas com a água da cisterna da nossa escola.

Para complementar o nosso projeto e contemplar o objetivo principal, fomos além da pesquisa das técnicas corretas para o cultivo dos alimentos. Durante o ano todas as turmas realizaram colheita na horta e ajudaram a produzir algum alimento que consumimos na escola. Teve saladas, sucos, sopas e feijão que foram servidos na hora do lanche. Através desta pesquisa aprendemos a importância de conhecer a horta mais afundo, que para comer bem é necessário saber cultivar da forma correta.

Relatores: José Marcolino Kreusch e Fernanda Stringari

O Projeto Germinar nasceu da reflexão a respeito do momento ambiental em que se encontra a Biosfera Terrestre. Todas as formas de agressão, como desmatamento e fragmentação florestais, utilização intensiva de produtos químicos, poluição industrial em escala global, falta de saneamento básico, entre muitas outras, tem contribuído com um nível de destruição promovido por ação antrópica em patamares sem precedentes. Tendo em mente a máxima do “pensar globalmente, e agir localmente” nasceu um pequeno broto que agora cresce e lança suas raízes sobre os estudantes da Escola Modelo Ella Kurth, com o intuito de instigar nesta geração a consciência e a necessidade

Araucaria angustifolia - (Pinheiro-do-paraná)

100 sementes plantadas em saquinhos: 48 plântulas. Total: 48 plântulas

Calliandra brevipes (Sarandi)

Germinador 1: 200 células – 139 plântulas

Germinador 2: 200 células – 87 plântulas

Total: 226 plântulas

de práticas ambientais efetivas, em caráter de urgência. Assim sendo, tem-se desenvolvido procedimentos de coleta, plantio e produção de mudas de espécies características do Bioma Mata Atlântica, propiciando o contato destes estudantes com técnicas adequadas que primam pela simplicidade, mostrando que cada cidadão é capaz de se tornar em pequena escala um produtor de mudas, um estimulador ativo na reconstituição de nossos biomas. Mais do que isso, uma forma de aproximar e integrar os entes comunitários em torno de um objetivo comum de necessidade inquestionável. Em levantamento realizado dia 15/03/2022, verificou-se:

Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna)

76 sementes plantadas em saquinhos: 44 plântulas. Total: 44 plântulas

Campomanesia xanthocarpa (Gabiroba)

Germinador 1: 50 células – 50 plântulas

Total: 143 plântulas

Eugenia involucrata (Cereja do Rio Grande)

Germinador 1: 200 células – 117 plântulas

Germinador 2: 200 células – 164 plântulas

Germinador 3: 200 células – 100 plântulas

Total: 381 plântulas

Plinia trunciflora (Jabuticaba)

Germinador 1: 50 células – 50 plântulas

Germinador 2: 50 células

Germinador 3: 50 células – 33 plântulas

Germinador 4: 50 células – 38 plântulas

Germinador 5: 50 células – 46 plântulas

Germinador 6: 50 células – 44 plântulas

Germinador 7: 50 células – 40 plântulas.

Total: 381 plântulas

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AGROFLORESTA

Escola Municipal Professor Rodolfo Fink. Vidal Ramos/SC

Pesquisadores: Emília Costa e Giancarlo Capistrano

Orientadora: Pricila Buss

Durante o Ano Letivo, os alunos da A Escola de Educação

Fundamental Professor Rodolfo Finck, tiveram a oportunidade de iniciar um importante projeto nos fundos do Prédio da Escola. Com o incentivo da Afubra a Escola foi motivada retomar o projeto Verde é Vida, que teve início nos anos noventa, onde já relatado que na época houve plantio de mudas de árvores nos fundos da escola e hoje essas mesmas mudas se tornaram árvores fortes e bonitas que fornecem sombra, servem de local para estudo além de embelezarem todo o espaço.

Neste sentido, surgiu a possibilidade de transformar o espaço do plantio em um lugar conhecido como Agrofloresta, que tem como função imitar o que a natureza já faz normalmente, onde existe a criação de animais, o solo é sempre coberto pela vegetação, muitos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras, sem problemas com “pragas” ou “doenças”, dispensando o uso de venenos. Foram iniciadas atividades sobre o significado da palavra sustentabilidade e a conservação do solo e como ela faz parte do nosso dia a dia e melhora nossa qualidade de vida.

Em forma de roda de conversa os alunos foram questionados sobre o porquê o solo é importante para nós e para o meio ambiente. Também puderam falar e assistir

vídeos sobre os desastres acontecidos em Mariana e Brumadinho, que tirou a vida de muitas pessoas e causou danos ambientais irreparáveis.

Depois de realizarem um trabalho mais aprofundado sobre o solo, os alunos receberam a visita do Técnico Agrícola do Município de Vidal Ramos para conhecerem um pouco mais sobre como funciona um minhocário, para que pudessem conhecer o processo realizado pelas minhocas na decomposição de matéria orgânica, e como está se transforma em importante ferramenta para conservar e proteger o solo, sendo aliada na produção de alimentos, o que também pode ser introduzido, uma campanha uma campanha de coleta seletiva na escola, na qual o lixo orgânico seja direcionado para este fim.

E assim se deu início a Agrofloresta da Rodolfo Fink. Para o ano de 2022 a escola pretende continuar a elaborar atividades para que o projeto possa ser estendido, uma vez que o início aconteceu pela pesquisa, conscientização e construção dos canteiros, e a partir deste ano pretende-se dar continuidade a este maravilhoso sistema produtivo que concilia a produção de diversos alimentos, promovendo benefícios econômicos e ecológicos.

QUEM DISSE QUE COISA BOA NÃO CAI DO CÉU?

EM Marciano de Carvalho. Piên/PR

Pesquisadores: Ana Luiza Lesniovski e Jhony Taylor Amorim Araújo

Orientadora: Cleonice Aparecida Stal Kobsczinski

Ao lado da biodiversidade e do aquecimento global, a disponibilidade de água está se tornando uma das principais questões socioambientais do mundo atual, é um recurso finito e não tão abundante quanto pode parecer.

Os PCNs citam a importância de um projeto educacional para a preservação dos recursos naturais vindo de encontro com a proposta de trabalho do projeto Verde é Vida. O projeto intensificou-se a partir do trabalho com os textos de apoio ao professor no site do Verde é Vida. Os educandos levantaram hipóteses de como reaproveitar a água da chuva. Então uma aluna relatou que já ouviu histórias contadas pela mãe de que sua bisavó realizava esse processo de uma maneira bem simples, numa época em que não se tinha tantos conhecimentos e necessidades sobre o uso consciente da água.

Sempre que chovia a bisavó colocava baldes para encher com água da chuva e essa água era utilizada para a limpeza do dia a dia. Levantou-se a questão de como podemos fazer isso hoje em dia além da maneira citada, então os alunos levaram esse questionamento para casa, na aula seguinte, chegaram com o propósito de construir uma mini cisterna. Com o apoio da professora realizaram pesquisas

e estudos de como realizar a construção. As alunas juntamente com a família construíram uma mini cisterna na residência com o intuito de coletar e armazenar a água da chuva. A mesma foi construída com o uso de uma bombona, canos de pvc, tela para fazer o filtro, torneira para acoplar ao reservatório.

Que então, foi acoplada diretamente nas calhas para a captação da água. A água da chuva é levada diretamente para a cisterna que tem uma torneira em sua parte inferior para facilitar a utilização, na torneira foi ligada uma mangueira onde a família utiliza a água armazenada nos afazeres do dia a dia. Na escola, a mini cisterna foi construída e instalada nos fundos, onde há uma horta onde os alunos estão cultivando hortaliças e trabalhando com a composteira, tivemos o auxílio do pai de uma aluna para a montagem, alunos do grupo ambiental participaram da construção. Nessa parceria com a família percebemos a importância da pesquisa científica sobre o tema. Vemos que aproveitar água da chuva é uma possibilidade que carrega consigo inúmeros benefícios e pode auxiliar na resolução e minimização de diversos problemas. Como a iniciativa teve um resultado positivo a pesquisa terá continuidade no ano seguinte. 79

A IMPORTÂNCIA DA POLINIZAÇÃO

EMEF José de Lima. Rio Negro/PR

Pesquisadoras: Luana Teixeira Lopata e Sarah Ribeiro Alves

Orientador: Crislaine Scheron Moreira

O trabalho demonstra a importância da polinização, onde no contexto atual vivenciamos as questões ambientais, que são crescentes, sejam elas de preservação ou destruição. E com a certeza de que a escola é um local indispensável e favorável para conscientizar, abordar e atualizar as crianças sobre as respectivas questões, devemos oportunizar as mesmas para que adquiriram conhecimento, a curto e longo prazo que eles são os agentes transformadores de seu próprio ambiente, tendo assim o objetivo de construir uma postura como pequenos cidadãos comprometidos com a preservação ambiental.

A implementação do projeto: A IMPORTÂNCIA DA POLINIZAÇÃO foi desenvolvida com alunos do 1° ano –series iniciais, e iniciou-se através de uma aula de português, onde estávamos realizando uma pesquisa de gênero textual, e através de conversa investigativa, e da atividade em questão surgiu uma reportagem que um aluno trouxe para ser discutido, assim o assunto foi direcionado para a interação entre as abelhas e as flores, os alunos mostraram-se bastante interessados, devido as informações sobre a reportagem aqui do nosso

PAPA PILHAS E TAMPA TRI

EMEF Olavo Bilac. Rio Pardo/RS

Pesquisadora: Larissa da Rosa Silva

Orientadora: Marília de Barros Marques

O nosso trabalho este ano foi desenvolver na escola, EMEF Olavo Bilac, o projeto de coleta de tampinhas ( Tampa TRi) e coleta de pilhas e baterias usadas ( Papa pilhas). Este projeto surgiu com a necessidade de primeiramente, informar a comunidade escolar da necessidade de um descarte correto tanto das pilhas e baterias quanto do plástico das tampinhas.

Resolvemos então, orientar através de pesquisa a importância de um descarte correto de pilhas e baterias usadas, esclarecendo a população dos malefícios que pode originar com o descarte incorreto, tanto como problemas de saúde que podem ser originados por cauda dos resíduos tóxicos que possuem esses materiais quando em contato com a pele, solo e água.

No caso das tampinhas, a necessidade surgiu pela observação de falta de conhecimento do tempo em que o plástico leva para ser degradado no ambiente e por se perceber que a comunidade local não sabe descartar de forma correta. Com isso, resolvemos desenvolver este projeto para que além de um descarte correto, tanto os alunos, quanto pais, professores e funcionários tivessem essa informação e pudessem contribuir

município de Rio Negro, onde um projeto foi aprovado na câmara de vereadores, sobre a preservação das abelhas sem ferrão, onde visa a instalação de meliponários (coleção de colmeias de abelhas sem ferrões), nas escolas, parques, e áreas públicas.

Então através do interesse deles surgiu o nosso projeto, que começou em uma aula de alfabetização e tem como maior objetivo dar continuidade com a construção e a implementação dos “Jardins do mel” em nossa escola, para que a conscientização que começou com nossos alunos se expanda em nossa comunidade local, sendo uma ampliação essencial para que o meio rural e da agricultura cresça de forma significativa, onde irá proporcionar tudo aquilo que precisamos para sobreviver.

com a coleta. Fomos então, atrás de instituições de nosso município que aceitam as tampas e convertem em algo necessário para seus pacientes ou necessitados. Em conversa com o Asilo de nossa cidade, percebemos a necessidade ainda maior de coleta das tampas, pois eles recolherem, vendem e com o dinheiro é comprado alimentos para os seus abrigados.

Sabendo disso, ficamos muito motivados em poder contribuir tanto com o meio ambiente de forma geral, quanto ajudar a manter a alimentação que é algo tão necessário. As tampinhas estão sendo coletadas na escola e quando conseguimos uma certa quantidade, é enviado para o Asilo, pois nossa escola é longe e fica inviável irmos até lá. Mas uma das ações é irmos até lá e entregarmos.

Nossa ideia é permanecer com este projeto para continuarmos desenvolvendo essas ações importantes para o meio ambiente e para a população de nossa cidade.

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ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DA PITANGA

EMEF Cardeal Leme. Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadoras:

Orientadora:

A pitanga (Eugenia uniflora) é um dos frutos amplamente distribuídos no país. Esta planta pertence à Família Myrtaceae e, atualmente, existem quatro variedades na natureza: Pitanga Nude, Preta, Gigante Amarela e Anã do Cerrado. Apesar de sua vasta distribuição, percebe-se pouco conhecimento e uso da fruta na alimentação. Tendo como base essa problemática, o trabalho objetivou estudar alguns aspectos desconhecidos sobre o fruto e entender o porquê de seu baixo consumo na mesa dos brasileiros. Para responder às questões levantadas no projeto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em sites e um questionário com os alunos da EMEF Cardeal Leme. A pitangueira apresenta duas épocas de frutificação, entre agosto/setembro e março/abril. É um cultivar de difícil manejo pois o produtor encontra dificuldade de encontrar mudas. A fruta apresenta valor nutricional interessante, com altos índices de vitamina A, C e alguns minerais.

O valor da fruta encontrado nas pesquisas variou de 80 a 100 reais o kg, na região de São Paulo. O questionário feito com 46 famílias indicou que aproximadamente 54% dos entrevistados não possuem pés de pitangas e aqueles que as possuem contabilizam 35%. Quando questionados sobre o interesse em ter mais pés plantados, 41% não têm interesse e

CULTIVANDO E CONHECENDO A NÓZ PECAN

EMEF Emanuel. Santa Cruz do Sul/RS

32% não têm espaço ou não sabem onde encontrar mudas. Entretanto, se houvesse incentivo, 47% dos entrevistados consideram investir no cultivo de pitangas e 32% afirmam que investiriam neste cultivar. Em relação ao consumo da fruta, dos entrevistados, 40% consomem pitangas e 60% não consomem ou muito pouco. Entre os que consomem, a maioria consome in natura e poucos na forma de doces, geléia ou chimia.

Após analisar os resultados, foi possível relacionar o moderado consumo da pitanga com características de cultivo. Foi verificado que alguns aspectos da produção interferem diretamente no cultivo em escala comercial, como por exemplo, a dificuldade de obtenção de muda e ausência de sistema de produção definido. Ademais, a fruta quando usada, é basicamente consumida fresca e muito pouco consumida na forma de produto com valor agregado (sobremesa, geleia, chimia, etc).

Conclui-se que, apesar de amplamente distribuída no território nacional, seu cultivo não é preferencial entre os produtores devido às dificuldades de produção e manejo. Tal fato torna a fruta cara e, consequentemente, não é usada na alimentação

Pesquisadoras: Isabel Cristina Konzen e Madalena Kruger

Orientador: Alex Luis Finkler

Sabendo que a noz pecã tem um alto valor nutricional e medicinal, é usada para prevenção de doenças e para alimentação em geral e também por termos produção da mesma em nossa escola, justifica-se a escolha da pesquisa para o projeto. A noz pecã tem um mercado altamente promissor, por seu alto valor de mercado, e, também pode ser produzida juntamente com a pecuária em geral e com culturas anuais ou perenes.

Cerca de 70% da noz pecã consumida no Brasil vem de outros países, tendo os três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) com condições climáticas favoráveis para produzir noz pecã. Isso porque ela se desenvolve em clima Mediterrâneo, Subtropical ou Temperado, com luminosidade de sol pleno, obtendo um ciclo de vida perene.

A nogueira pecã também pode ser usada para o reflorestamento. Efetivamente, as perspectivas de mercado para este produto são amplamente favoráveis, tanto visando atender o consumo interno, onde as indústrias operam com ociosidade pela falta de matéria-prima, quanto para exportação, o que, no médio prazo, ainda é praticamente impossível, em função da sua baixa oferta.

Além disto, é cultura que se adapta muito bem a diferentes situações, sendo excelente opção para sombreamento de pastagens para ovinocultura ou bovinocultura de corte ou de leite.

Outra utilização muito importante é para sombreamento de instalações, como aviários ou de pocilgas. A influência positiva da sombra é comprovada e imprescindível para a obtenção de bons resultados na criação.

Além disto, se constitui em mais uma excelente alternativa de renda no mesmo espaço ocupado pela outra atividade. Pode também ser implantada em consorciação com culturas anuais, como soja, feijão, fumo, mandioca e outras, e perenes, como a erva-mate, cultura que tem sua qualidade e valor no mercado altamente favorecidos quando cultivada à meia-sombra.

Outra vantagem significativa desta cultura é o seu baixo custo de implantação e manutenção, além da baixa necessidade de mão-de-obra. Em consequência dos baixos custos envolvidos e dos excelentes preços que alcança no mercado, apresenta uma rentabilidade bastante elevada, sendo opção tanto para pequenas, médias ou grandes propriedades.

Ketlyn Janielli Fischer e Daniele Thaís Mueller Angela Regina Piovesan
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PRESERVAR UMA NASCENTE É PRESERVAR VIDAS

EMEF Felipe Becker. Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadoras: Yasmin Maffei Grasel e Julia Eduarda Rodrigues da Silva

Orientadora: Delani Catarina Grasel

Nossa escola como todos os anos têm uma grande preocupação em preservar o Meio Ambiente, pois esse envolvimento já faz parte da nossa vida. Em nossa comunidade, as famílias são abastecidas através de uma rede hídrica, com poço artesiano e alguns poços ou cacimbas, com o passar dos anos, é possível perceber que esses poços já não comportam água suficiente. As nascentes são fontes de água muito valiosas para a população e por isso devem ser preservadas ou recuperadas para garantir a sua manutenção. É de fundamental importância o envolvimento entre escola, famílias e parcerias onde todos são responsáveis por essa ação.

O Grupo Ambiental SOS Araucária, da EMF Felipe Becker de Alto Paredão está pesquisando com as famílias, onde existem nascentes com possibilidade de reflorestar para que nesse sentido, seja possível contribuir para que a comunidade não fique sem água. Através da pesquisa com as famílias, o grupo está identificando os proprietários que tenham interesse em recuperar nascentes degradadas em suas propriedades, os quais receberão nossa visita para esclarecimentos sobre o projeto, também formalizar parcerias e comprometimentos em preservar essa fonte, como: eliminar

O UNIVERSO DAS PLANTAS SUCULENTAS

EMEF Rio Branco. Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadores: Jeferson Goettems e Bernardo Muller

Orientadora: Marinês Schünke

Os alunos participantes do Grupo ambiental "Amigos da Natureza" da escola reuniram-se para decidir sobre o tema do projeto científico que seria desenvolvido e chegaram em consenso de explorar o universo das plantas suculentas por ser uma bela planta ornamental com inúmeras espécies a serem exploradas. Para aproveitar-se da expansão do mercado de plantas suculentas, que cria opção de renda e também demonstrar esse cenário e a facilidade se se produzir uma planta apreciada pelas pessoas foi implantado projeto “Plantas suculentas” com diversas ações como: criação de ambiente para produção de mudas de suculentas; formação de banco de espécies; propagação; ensaios experimentais em forma de oficina

O objetivo do trabalho será apresentar as atividades referentes a essa última ação desenvolvida no projeto. A oficina para a produção de suculentas trata-se de ferramenta de ensino/aprendizagem mesclado com atividade de socialização, gerando formação de conhecimento, oportunidade de alternativa de renda e agregação de valor as plantas suculentas que através da internet foi pesquisado o preço de acordo com o tamanho e feitio do vaso.

Pesquisada a propagação vegetativa, observamos que

fatores de degradação (animais, formiga, fogo, resíduos) orientando-as e sensibilizando-as sobre a importância da preservação através do plantio de árvores e de cobertura vegetal para produção de água e assim também evitar as erosões. Após é feito uma visita técnica na nascente a ser manejada, com o apoio da AFUBRA parceira do projeto. Segundo Mauro Armelin. “A floresta tem função na regulação. No caso do reflorestamento nas margens, além da função física, de construção civil, de segurar a barranca com suas raízes, as espécies plantadas nas margens também protegem a vegetação lateral do rio, que é a chamada mata ciliar.

Além de não perder solo, que pode assorear o rio”. A restauração destas áreas busca proporcionar o equilíbrio do ecossistema e a conservação dos recursos hídricos quantitativamente e qualitativamente, beneficiando diretamente as famílias ao terem nascentes em suas propriedades recuperadas sem custos.

O GA, junto com os proprietários farão o plantio das mudas, visitas de acompanhamento do seu desenvolvimento, estudo das espécies, coleta de sementes e a produção de novas mudas.

por reter água em suas folhas, pode ser utilizado o processo de estaquia para reproduzir a espécie. Após escolhidas as mudas foram plantadas em vasos decorados pelos alunos que serão utilizados para enfeitar diversos ambientes da escola e também para comercialização.

Para iniciar a criação de mudas, cada aluno trouxe de sua casa a espécie que possuía e em seguida elas foram multiplicadas em vasos também adquiridos por doação. Semanalmente o grupo se dirigia ao criatório para acompanhar o crescimento, controlar o surgimento de pragas, para verificar a necessidade de adubação, afofar a terra e irrigar quando fosse necessário.

Outro fator levado em consideração foi a luminosidade e o tempo que cada planta precisa de sol durante o dia e se alguma espécie se adaptaria dentro de casa sem iluminação direta. Concluímos que o projeto teve boa aceitação na comunidade escolar, e que a produção de mudas e reprodução das suculentas é bastante simples, podendo ser plantada em vasos e direto no solo com umidade e claridade suficientes para seu desenvolvimento. Também a procura por mudas diferentes é grande tanto para decoração como para comercialização.

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CUSTOMIZAÇÃO, A ARTE DE REINVENTAR

EMEF Guilherme Simonis. Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadoras: Emanuele Tais Fischer e Manuela Hilbig

Orientadora: Tamara Angélica Dettenborn

Justificativa: Pensando em como ampliar as possibilidades de sustentabilidade em nossa escola, o “Projeto Customização, a arte de reinventar”, vem para somar ao projeto principal de nossa instituição que é o “Projeto Escola

Sustentável: Pensa-se nessa ação como mais uma oportunidade de sustentabilidade para os alunos. As pessoas querem mudar muito de roupa, mudar a imagem para se sentirem seguras, ao mesmo tempo em que sentem necessidade de se identificarem com um grupo. Notamos isso principalmente entre os adolescentes e crianças, disputando espaços, e atenções. A moda da customização possibilita criar e reinventar, e, através de uma forma econômica, permitir novas possibilidades de aquisição. Peças customizadas naturalmente já se destacam das demais, firmando características diferenciadas, são produzidas artesanalmente, possuem um estilo próprio, sendo quase impossível confeccionar peças iguais, o que traz autenticidade para os objetos trabalhados. Além disso, pensamos que identificar-se e inserir-se num grupo para compartilhar novos hábitos e experiências, se torna gratificante, pois pensa-se nesse projeto através de oficinas, em turno oposto ao da aula que além de possibilitar oficinas

de customização, desenvolve trabalho em grupo, responsabilidades, momentos de lazer, trocas de experiências, entre outros. É uma nova forma de comunicação que acontece por meio de roupas, acessórios, música, cabelos e tudo o mais que forma a imagem pessoal de cada indivíduo.

Metodologia: O referido projeto traz como metodologia de trabalho didáticas simples e acessíveis, desenvolvendo a sustentabilidade de forma natural, tornando este um processo lúdico, e que, através das práticas constrói peças customizadas, tornando-as únicas e personalizadas. Em primeiro momento, os alunos terão contato com o conhecimento do mundo da customização, receberão informações teóricas que servirão de suporte para que as práticas futuras possam acontecer. Em sequência a este, os encontros terão início em turno oposto ao da aula, primeiramente com técnicas simples de tingimento, cortes e aplicação, para posterior aprofundamento das demais técnicas e possibilidades que a customização desenvolve, bem como com as ideias e propostas que surgirão pelos alunos. As peças utilizadas nesse processo serão trazidas de casa pelos alunos, peças que á estão em desuso ou que necessitem de novos designes.

ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA ESCOLA: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

EMEF Felipe dos Santos. Vale do Sol/RS

Pesquisadoras: Katieli Isabel Muller e Jaqueline da Silva

Orientadora: Cíntia Marisa Kern

A saúde mental é importantíssima para se ter uma vida saudável, porém com a pandemia muitas pessoas começaram a sofrer com o mal da ansiedade e da depressão. Muitas pessoas sofrem com essas doenças que podem apresentar sintomas tanto na adolescência quanto na vida adulta. Hoje em dia vemos muitas pessoas sofrerem por causa da ansiedade e da depressão felizmente a medicina já possui vários métodos para que as pessoas possam conviver com esse mal.

São cada vez mais comuns os casos de depressão, automutilação e até suicídio entre adolescentes, decorrentes da ansiedade e principalmente da depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão, mas menos da metade dos afetados pelo transtorno recebem o tratamento adequado. Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio e entre jovens de 15 a 29 anos, já representa a segunda principal causa de morte no mundo.

Em nossa escola muitas crianças e adolescentes vem apresentando esses problemas o que nos deixou muito preocupados. Por este motivo a saúde mental foi o objeto de

pesquisa do presente trabalho. Nosso objetivo com esta pesquisa é alertar a comunidade escolar sobre os problemas causados pela ansiedade e depressão.

Esta vem se apresentando cada vez mais presente em nossa comunidade escolar, por muitas crianças e adolescentes. Porém mesmo com tantos casos, algumas pessoas ainda tratam essas doenças como “frescura”, por causa de pouca informação.

O presente projeto foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Felipe dos Santos, localizada em Rio Pardense, Vale do Sol. O Público alvo foi a comunidade escolar, em especial os alunos. A coleta de dados foi realizada através de pesquisas feitas com os alunos, professores e demais funcionários da escola, foram realizadas leituras em sites confiáveis, bem como bibliográficas, além de obter conhecimentos através de palestra realizada profissional habilitada.

Diante disso, o presente projeto busca conscientizar a comunidade escolar sobre os problemas causados pela ansiedade e depressão, e também oferecer informações úteis e verdadeiras para a comunidade.

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PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTÊNSIAS

Pesquisadora:

Orientador:

O objetivo desse projeto foi promover conhecimentos sobre a reprodução das hortênsias. A partir de estudos sobre a reprodução assexuada das plantas e com a finalidade de embelezar a região, proporcionando bem estar aos moradores e visitantes do local, pensou-se em produzir mudas de hortênsias, pois no pátio da escola já havia algumas dessas flores e elas se adaptam bem ao solo e ao clima da região, além de serem resistentes a pragas e doenças, e ainda, são de fácil manejo, pois necessitam de poucos tratos culturais.

Na primeira fase, os estudantes fizeram a produção de mudas utilizando estacas cortadas das hortênsias, já plantadas no pátio da escola, em garrafas pets reutilizadas e replantadas em seguida na beira de estradas em locais da região. Os trabalhos de produção de mudas de hortênsias, permitiu ampliar o conhecimento sobre o manejo de mudas, assim como o acesso as informações sobre a reprodução de plantas assexuadas, dando ênfase as hortênsias.

Também teve como finalidade ajudar os estudantes a criar o hábito de produzir mudas de hortênsias para plantar na propriedade familiar e contribuir para o embelezamento da região e aprenderam a acompanhar todos os passos

ESTUFAS AGRÍCOLAS

EMEF São João Batista. Vale do Sol/RS

Pesquisadoras: Andriéli Taís Pitrovsky e Bruna Goulart

Orientador: Mauro Martin Quoos

O projeto sobre Estufas Agrícolas para produção de mudas de flores, árvores nativas e hortaliças, promoveu maiores conhecimentos sobre a germinação das plantas, e também, como se dá a produção numa estufa, tendo como principal vantagem a produção mais segura e minuciosa, pois permitiu um melhor controle das condições de temperatura, umidade, circulação do ar e luminosidade. Também forneceu a proteção das plantas, pois diminuiu a entrada de pragas no ambiente da produção.

A finalidade do projeto foi incentivar os alunos e seus familiares a produzirem suas próprias mudas de flores e hortaliças, ensinando-os o passo a passo para a produção e assim, terem autonomia e não dependerem da comercialização. Foram produzidas as árvores nativas como Ipê, por ser a árvore símbolo do município de Vale dos Sol, o Pau-brasil, árvore símbolo do país e a Jaca, por ser uma árvore exótica que não é comum na região. A estufa foi feita com a ajuda da comunidade e de todos os estudantes da escola, principalmente com o Grupo Ambiental.

A estufa foi utilizada durante todo o ano e promoveu diversas experiências e aprendizagens para todos os estudantes. Buscou incentivar e promover o

necessários para a produção de mudas. Isso favoreceu tanto as atividades coletivas na escola quanto as atividades no grupo familiar dos estudantes que fizeram parte do projeto. Portanto o envolvimento da escola nesse trabalho auxiliou na promoção da valorização e sensibilização ambiental, pois a produção de mudas de hortênsias, tornou-se um laboratório que possibilitou o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental, unindo teoria à prática de forma contextualizada, auxiliando no processo de ensino aprendizagem e promovendo o trabalho coletivo.

Esse trabalho foi muito gratificante pois os alunos além de aprenderem como produzir mudas de hortênsias, puderam repassar para seus familiares o que aprenderam e assim, melhorar o ambiente em que vivem e melhorar a qualidade de vida.

conhecimento sobre como é realizada a produção de mudas e as técnicas que melhor se adaptaram na realidade da escola, como também, qual a maneira correta de fazer a semeadura para garantir uma boa germinação, além de acompanhar o desenvolvimento das plantas até o momento do replante.

Depois do replante ficaram responsáveis pela irrigação, adubação e limpeza. Além disso, aconteceram trabalhos em equipe, houve a colaboração e a paciência para acompanhar todo o processo. Ainda, foi realizada uma entrevista com os estudantes, entre o sexto e nono ano, sobre questões que envolveram o projeto como: se a estufa foi uma boa ideia, se havia interesse em fazer uma estufa em casa, sobre o que tinham achado sobre o processo de construção da estufa, sobre a inclusão da comunidade e dos estudantes no projeto e o que plantariam caso tivessem uma estufa em casa.

Por fim, as hortaliças foram replantadas na horta da escola, as mudas de flores foram replantadas para embelezar o pátio da escola, algumas das mudas das árvores nativas foram plantadas no pátio da escola e o restante será distribuído no final do ano para os estudantes.

EMEF Willibaldo Michel. Vale do Sol/RS
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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, ENTENDER PARA EVITAR!!

EMEF José Bonifácio. Vera Cruz/RS

Pesquisadoras: Luisa dos Santos Bolduan e Bruna Eduarda Mueller

Orientadora: Mônica Maria Weiland

Durante as aulas de ciências, na turma do oitavo ano, da EMEF José Bonifácio, foram abordados conteúdos relacionados ao sistema reprodutor e doenças que possam afetá-lo. A professora dividiu a turma em duplas e solicitou que pesquisassem sobre as principais doenças/infecções sexualmente transmissíveis (DSTs). Após realizarem pesquisa sobre como é transmitida, quem é o causador, quais os sintomas, índices de infectados e prevenção, os alunos elaboraram folders e cartazes que foram distribuídos em atividades e também espalhados pelos corredores da escola, como forma de conscientização.

Visto que isso é um problema que afeta todas as idades, em especial os jovens entre 15 e 24 anos, a professora escolheu uma dupla para apresentar os resultados da pesquisa para os demais alunos de 6º a 9º ano, onde foi solicitado a apresentação em slides, utilizando gráficos e imagens. As doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas pela sigla DSTs, são doenças transmitidas, principalmente, através de relações sexuais com uma pessoa infectada - e sem o uso de métodos de barreira, como a camisinha e o preservativo feminino.

O contágio por DSTs também pode ocorrer de mãe para filho, durante a gravidez ou parto, através do compartilhamento de seringas ou devido a uma transfusão de sangue infectado.

Os sintomas das DSTs são variados, assim como seus agentes causadores, que podem ser vírus, fungos ou bactérias. Algumas são de tratamento fácil e rápido, como, por exemplo, a gonorreia, enquanto outras, como a Aids, ainda não possuem uma cura definitiva e podem levar à morte.

Como forma de prevenção a essas infecções, observou-se que o uso de preservativo (camisinha), tanto masculina como feminina, é a melhor maneira de evitar o contágio, além de estar evitando uma gravidez não desejada. É de suma importância abordar o assunto nas escolas, já que muitas vezes não é um assunto a ser tratado em casa, devido a falta de entendimento de muitas família e os "tabus" que ainda existem com relação ao assunto.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA ESCOLA MUNICIPAL HEITOR SOARES RIBEIRO

EMEF Heitor Soares Ribeiro. Canguçu/RS

Pesquisadora: Débora Treichel

Orientadora: Soila Peres Idiarte

A nossa escola municipal de ensino fundamental Heitor Soares Ribeiro está localizada no segundo distrito de Canguçu, tendo como distância 32 km da cidade, somos escola polo de turno integral, totalizando 237 alunos.

Os alunos são filhos de agricultores e pecuaristas e na escola temos o diferencial de trabalhar projetos ao homem do campo, buscamos parcerias, chamamos as famílias para participar junto das atividades escolares.

Temos alegria de ter as famílias junto com as escolas, temos grupo de dança alemã dos pais na escola, grupo de alunos, temos essa presença das famílias bem forte na escola. Nesse ano estamos desenvolvendo o projeto de Eficiência Energética na Escola que vamos desenvolver esse projeto com turmas do terceiro ao nono ano do ensino fundamental, trabalhando de forma conjunta escola e família.

O trabalho tem como objetivo instigar professores e alunos para a consciência ambiental através da diminuição no consumo de energia.

Promover a conscientização da comunidade local sobre o consumo consciente da energia elétrica. Apresentar novas possibilidades de geração de energia sustentável, visando sua importância para a vida do planeta terra.

O Projeto Verde é vida em parceria com o departamento Afubra Verde oportunizou as escolas parceiras a participarem deste rico projeto. Além de fornecer excelente material de apoio, estão sempre a disposição de ajudar, uma parceria que está dando certo, que as escolas têm de colocar os projetos em pratica contando com apoio da empresa. Neste ano retornamos o presencial com os alunos e junto vamos realizar um trabalho de alternância com atividades também para executar em casa com as famílias com atividades extraclasse. Aqui algumas atividades realizadas: Trabalho com a conta de luz; trouxeram para a sala de aula a realidade deles, analisaram essas contas, realizaram gráficos, discutiram e a partir daí criaram estratégias para a diminuição dessas contas, comparando antes e o depois; Conscientização da economia elétrica; Estudo dos tipos de energia, comparando com aparelhos eletrônicos em casa; Bandeira tarifárias; selo do inmetro (eletrodomésticos); Banho (tempo); Pesquisa: Quais residências da localidade que possuem placas solares; Comparação dos gastos elétricos da zona rural e urbana; Comparação dos tipos de lâmpadas; Palestra sobre o assunto; Foi um trabalho enriquecedor e contemplamos os alunos e família.

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - UMA FONTE INESGOTÁVEL

Pesquisadoras: Nathana Wendler Venzke e Estefani Resner Sell

Orientador: Gerson Scherdien Altenburg

É fato que a energia elétrica se tornou essencial nos lares e em todos os meios produtivos, para melhoria da qualidade de vida, enfim, para sobrevivermos e também para o desenvolvimento socioeconômico. Analisando esse contexto de modernização, é importante o estudo de propostas para conscientização do consumo de energia de forma controlada e correta. Portanto foram decididas medidas a serem tomadas com o propósito da redução da conta de energia elétrica. Em função das aulas remotas, não foi adotada a escola como unidade de consumo e sim uma avaliação nas unidades de consumo de cada aluno do então 8º Ano/2021. Como objetivos, visa-se um conjunto de medidas estratégicas para a redução de custos sem perder a qualidade de vida, analisando o consumo mês a mês comparando os resultados em quilowats e assim elencar os resultados e a partir destes debater novas estratégias a partir da análise dos resultados encontrados. Então sem perder qualidade, mas utilizando uma menor quantidade de energia, este projeto surge de uma necessidade ambiental, poupar hoje para ter por mais tempo a fim de evitar uma possível crise futura. Chegamos então em uma questão comportamental de economizar. A nossa metodologia de

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

EMEF Germano Hübner. São Lourenço do Sul/RS

projeto de eficiência energética não atinge indústrias e ou grandes propriedades rurais, pelo contrário, abrange famílias da agricultura familiar que com muito trabalho garantem o seu sustento.

Implantou-se o projeto que visava redução de quilowats nas unidades consumidoras: conscientização de realizar atividades ao longo do dia para não haver necessidade de uso de eletricidade, desligar aparelhos que permaneciam com o stand by ligado, não haver ligado dois freezers quando o conteúdo de ambos se aloca em um. Permanecer com as lâmpadas ligadas que realmente forem necessárias e reduzir o tempo do banho. Poupar água quando se tem água acionada com bomba d’água, ferver água e até mesmo ter água quente para lavar a louça em fogão à lenha reduzindo assim a utilização da torneira elétrica, desligar a lâmpada ao sair dos ambientes. Ligar a canjiqueira durante o dia quando teoricamente a luz não está com sobrecarga. Com o ensino híbrido na escola, que teve início em 13/09/2021, foram adotadas também por todos a missão de poupar energia elétrica. Chegamos a conclusão de que foi e juntos fizeram a redução no consumo de energia elétrica e assim, houve economia financeira.

Pesquisadoras: Marthina Witória Conrad Bergmann e Náthali Hübner Conrad

Orientador: Mônica S. da Silva

Assim como o aluno aprende na escola os conhecimentos científicos e os hábitos sociais que lhe permitirão enfrentar os problemas da vida na comunidade, também deve aprender a adquirir os conhecimentos e os hábitos saudáveis de saúde, sendo assim poderá melhorar sua saúde física, mental e social. A escola exerce grande influência sobre as crianças e os adolescentes, contribuindo para a formação de seus valores. No espaço escolar estamos sempre participando na construção do conhecimento do indivíduo estimulando-o a assumir atitudes mais saudáveis para viver hoje e no futuro.

Outro fator importante do projeto é a interação entre as crianças, que será fundamental na construção de aprendizagens. Interação que irá proporcionar troca de conhecimentos, que irá desafiá-los nas suas ações, aprender com as relações além de, construírem valores de cooperação, solidariedade e respeito ao outro. Quando favorecemos situações de interação no ambiente escolar as crianças convivem respeitando e valorizando as diferenças, descobrindo novos sabores e saberes. O projeto Alimentação saudável busca também, uma maior proximidade do estudante com a natureza, valorizando os alimentos

naturais, plantando e colhendo o que é consumido e consequentemente, estabelecendo um contato maior com a terra.

Objetivo Geral:

Permitir que os alunos, juntamente com seus familiares, reflitam sobre seus hábitos alimentares, das consequências que esses hábitos têm na sua saúde e a prática de novos hábitos alimentares.

Objetivos Específicos: Definir o que é alimentação saudável. Diferenciar frutas, verduras e legumes, bem como a importância desses alimentos para nossa saúde. Incentivar o consumo de frutas, verduras e legumes. Valorizar o consumo das frutas típicas das propriedades rurais: laranja, ananá, bergamota, lima. Compreender as consequências de uma alimentação não saudável.

Aprender algumas receitas de alimentos saudáveis. Evitar o desperdício de alimentos. Respeitar as escolhas dos colegas (questão de gosto).

EMEF Francisco Fromming. São Lourenço do Sul/RS
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MOSTRUÁRIO DE SEMENTES INTEGRANTES

DO PROGRAMA BOLSA DE SEMENTES

EMEB Padre José de Anchieta. São Miguel Do Oeste/SC

Pesquisadoras: Eloísa Persch Voos e Eduarda Cecilia Brückmann

Orientadora: Zenir Luiza Hermann Scapin

A informação somente se transforma em conhecimento após a interpretação, assim o Mostruário de Sementes visa constituir e auxiliar em material didático prático para ser à base de referência para as turmas posteriores da escola. Partimos da necessidade de termos um mostruário de sementes para facilitar o conhecimento, podendo-se assim reconhecer com facilidade as sementes da região do Extremo Oeste Catarinense. Nossa escola, sempre está ligada a projetos que vem de encontro com a educação ambiental, pois acreditamos que isso é sinônimo de cidadania e caracteriza uma nova consciência para todos os cidadãos do planeta.

O uso da educação ambiental deve ser aplicado no dia a dia, seja nas escolas, nas ruas, no trabalho, dentro de casa, a educação ambiental pode cumprir a tarefa de garantir a todas as pessoas o direito de desfrutar de um ambiente saudável. Com este intuito, visando à garantia da manutenção do Projeto Bolsa de Sementes, sentimos a necessidade preservar o nosso patrimônio natural: as árvores, pois estamos localizados no interior do município, no meio rural e dependemos da manutenção das árvores nativas para o equilíbrio natural de todo planeta. A nossa escola em parceria

SUCESSÃO FAMILIAR

com o Projeto Verde é Vida, Bolsa de sementes já recolheu inúmeros quilos de sementes de árvores nativas de nossa região, que são integrantes do Programa Bolsa de Sementes. Este projeto é muito significativo e de uma relevância ambiental muito grande, pois sempre mobilizou direção, alunos e professores da escola, na recolha, limpeza, separação e envio das sementes. Nossa proposta de criar um mostruário de sementes pretende possibilitar uma melhor organização, análise e identificação das sementes.

A pesquisa foi desenvolvida com a coordenação da professora de ciências no contra turno Escolar e com a ajuda multidisciplinar do professor de Geografia e História. Primeiramente, foram elencadas as principais sementes de árvores nativas que são recolhidas, selecionadas e enviadas para o programa Bolsa de Sementes. Posteriormente, através de pesquisa bibliográfica, foram analisadas as melhores formas de organizar um pequeno mostruário de sementes e qual a melhor forma de armazená-lo. Concluindo, com a pesquisa conheceu-se melhor as principais sementes integrantes do Programa Bolsa de Sementes que são costumeiramente recolhidas, selecionadas e enviadas para o Projeto.

EMEB Waldemar A. Von Dentz. São Miguel Do Oeste/SC

Pesquisadoras: Lívia Casagranda e Isabela Teresa Seguetto Reginato

Orientadora: Roseli Gava Barp

Na abordagem da temática sucessão familiar do cultivo ao tabaco, a família entrevistada coloca, que houveram momentos desafiadores ao longo da vivência da família mais no sentido de seguir a diante quando algumas safras não davam o resultado esperado. Mas juntos encontraram formas de contornar a situação avaliando o que havia acontecido e procurando melhorar nas próximas safras.

Às vezes nem era questão de manejo, e sim, intercorrências causadas pelo clima; mas mesmo assim procuravam tirar algum proveito.

Despertar interesse e motivar os jovens a darem continuidade aos negócios da família são os maiores desafios que as propriedades encontram hoje em dia para passar por um processo de sucessão, segundo a entrevista. Para se manterem firmes no cultivo do tabaco a tanto tempo, a família foi melhorando o manejo, por exemplo, mudaram o cultivo depois de adotada a prática do plantio direto.

Foi acompanhando e aprendendo algumas práticas novas que facilitaram muito na questão da exigência de mão de obra, e também, adequou a quantidade de pés plantados de acordo com a capacidade da família, exigindo a contratação de diarista apenas em algumas épocas de

colheita, para que conseguissem dar conta da quantidade que se propuseram a produzir e que tivesse qualidade. Como dicas para outras propriedades que estão passando ou vão passar pelo processo de sucessão a família diz que “se tem filhos em casa pode ir mostrando desde cedo como se desenvolve as atividades e, na medida do possível, ir dando responsabilidades e remuneração também, pois muitos jovens saem da propriedade em busca de uma melhor renda”.

Percebeu-se através do estudo realizado que o diálogo e a sensibilidade entre a família é essencial para o bom andamento da mesma, bem como para o futuro da propriedade. Por parte dos pais constatou-se a importância de inserir os filhos no dia a dia da propriedade e ir percebendo o seu desempenho, assim como valorizar o interesse e o trabalho dos filhos. Por parte dos filhos evidenciou-se que é importante demonstrar para a família quando há interesse pelas atividades e agir de forma responsável, gerando uma relação de confiança. Agindo em equilíbrio e com transparência é possível produzir processo de sucessão familiar com sucesso, melhorando as condições da família e tendo uma boa qualidade de vida!!

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ECO CULTIVO: A HORTA COMO FUNDAMENTAL INCENTIVO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGRICULTURA FAMILIAR

Pesquisadoras:

Orientadora: Roseli

A horta é imprescindível na vida das pessoas, pois além do trabalho manual em contato com o solo nos traz inúmeros benefícios principalmente alimentares. Por todos possuírem horta em casa, visar expandir e conscientizar demais pessoas de nossa comunidade escolar é que as alunas Samilli, Larissa, Laís e Vitória, as quais também auxiliaram na presente pesquisa desenvolveram o presente trabalho.

A pesquisa científica tem como objetivo incentivar o cultivo de hortas familiares e escolares, demonstrando a importância dessa prática para a saúde alimentar das pessoas, reeducação alimentar, os cuidados que devemos ter com o solo, resgatar o plantio de hortaliças, apresentar formas de cultivo em pequenos espaços com grande aproveitamento, reforçar e enriquecer ainda mais nossa merenda escolar. Desenvolver a troca de experiências em cultivo familiar com nossos antepassados e apresentar novas formas de cultivo como, por exemplo, a hortas suspensas.

Reconhecer a importância do reaproveitamento e decomposição do lixo orgânico para posterior reutilização na horta, flores de nossas casas através de composteiras caseiras, sendo nosso destaque a composteiras de balde, que produz além de adubo orgânico o chorume que pode ser utilizado

SUCESSÃO RURAL

Pesquisadores:

Orientadora: Aline Raquel Speth Rothmund

Considerando a grande representatividade da agricultura familiar presentes no cotidiano das famílias de Eno Speth e Benno João Hermes (avós dos pesquisadores), localizadas nas comunidades de Linha Rocinha e Morro da Lentilha, respectivamente, interior da cidade de Arroio do Tigre, as quais possuem várias particularidades como, por exemplo, a pequena propriedade e a utilização de mão de obra familiar; esta pesquisa visa analisar as inovações das máquinas utilizadas no manejo da terra ao longo dos anos nessas propriedades, bem como as tecnologias que agregaram facilidade e produtividade na propriedade rural; técnicas culturais que são utilizadas nas diversificações de culturas e a força do homem e mulher no trabalho das propriedades rurais, garantindo a subsistência da família e transmitindo valores para a futura geração.

Esta pesquisa justifica-se por um acompanhamento familiar de sucessão na agricultura e no meio rural, em que os pesquisadores estão inseridos, onde visa compreender ao longo dos anos, a trajetória das famílias que trabalham em propriedades rurais, visando sua subsistência e fonte de renda através do trabalho com a terra. As inovações nas propriedades rurais vieram como aliados para

como fertilizante e pesticida natural, o qual foi complementado com a armadilha natural com base no suco de laranja. Após a etapa escolar fomos auxiliados pelos professores e direção a buscarmos parcerias com a Secretaria Municipal da Saúde, onde foi realizado o convite à nutricionista, a qual realizou uma palestra para todos os alunos dos anos finais destacando a importância de sabermos do que estamos nos alimentando e entender a pirâmide alimentar para uma alimentação saudável.

Também procuramos a EMATER-RS e auxiliadas pela extensionista aprendemos diversas receitas para o aproveitamento integral das hortaliças, como também algumas ervas que podem ser associadas à horta. Nesse sentido, o presente trabalho justifica-se por germinar reflexões e soluções alternativas para os problemas do dia a dia que possibilitam o desenvolvimento sustentável em pequena escala produtiva de alimentos a exemplo de hortas sustentáveis.

Muito já estudamos, pesquisamos e desenvolvemos ações com base no ecocultivo, porém percebemos que ainda há muito a ser feito, pois é um assunto de extrema importância e pertinente a comunidade escolar e vir a ser reconhecido.

ressignificar as gerações da qual fazem parte, e também, o campo, de modo que haja espaço de valorização das tradições familiares, bem como tecnologias que auxiliam no processo de plantio, cultivo e colheita, facilitando o trabalho e agregando produtividade.

A agricultura familiar destaca-se por ser uma prática sustentável, isto porque praticam a rotação de culturas, com diferentes produções ao longo do ano, respeitando os ciclos de plantio e colheita, é possível preservar a biodiversidade sem esgotar os nutrientes do solo. Isso assegura a produção de alimentos de qualidade para a família e a geração de fonte de renda. Além disso, a mão de obra é predominantemente de membros da família.

A inclusão de tecnologias foi importante para tornar o trabalho mais complexo em rotinas simplificadas, permitindo aos gestores das propriedades rurais uma visão amplificada, facilitando a tomada de decisão, fazendo o uso das inovações como seu aliado, enfrentando os desafios climáticos, aumento da eficiência com diminuição dos impactos, uso racional da água, uso inteligente dos insumos agrícolas, racionamento dos recursos ambientais e produtividade com qualidade.

EMEF Ervino A. G. Konrad. Arroio do Tigre/RS Samilli Cardoso Wagner e Larissa Pasa Jahn Leidemer EMEF Jacob Rech II. Arroio do Tigre/RS Franciny Vitória Pappis Hermes e Cristian Gabriel Hermes
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ALECRIM: PROPRIEDADE, BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS

Pesquisadores: Felipe Gabriel Huibner Schneider e Tainara Hermes

Orientadora: Eleani Puntel Schuh

A nossa pesquisa apresenta algumas das propriedades antimicrobianas do alecrim. Enfoca aspectos gerais, usos, atividade contra bactérias e fungos e as principais substâncias do óleo de alecrim de nome popular, R. officinalis apresenta diversos outros sinônimos: alecrim-de-cheiro, alecrim-das-hortas, alecrim-da-casa, alecrim-comum, alecrim-verdadeiro, rosmaninho. As ervas e condimentos são estudados há muito tempo em todo o mundo, a fim de conhecer seus efeitos fisiológicos e atividade contra microrganismos, também como estes efeitos são manifestados.

O presente trabalho teve por objetivo relatar as atividades fisiológica e antimicrobiana; malefícios e benefícios na população em geral; realizar o plantio de mudas para distribuir na comunidade para que possam aprender e conhecer mais sobre o uso do mesmo; Produção de sabonetes com alecrim pois o mesmo apresenta benefícios hidratantes e pode ser manuseado com segurança sem riscos à saúde.

Entre os diferentes usos, destaca-se na culinária, medicinal, farmacêutico e cosmético. Proporciona aromas refrescantes. Existem algumas lendas em relação a essa

planta, entre elas uma traz o relato que a planta só crescia no jardim dos justos e tinha fama de reforçar a memória, por isso transformou-se no símbolo da fidelidade, da amizade e da lembrança. Na falta de incenso nas igrejas, o alecrim era queimado. Os estudantes gregos usavam sempre que realizavam provas, pois acreditavam em seu poder de estimular o cérebro e a memória, pois o mesmo tem o poder de dilatação dos tecidos, aumentando sua irrigação e exercendo efeito estimulante.

Apresenta propriedades estomacais, estimulantes, antiespasmódica entre outras. Seus lindos ramos perfumam e evitam a traça nas roupas. É uma excelente planta melífera conferindo ao mel um delicioso sabor. A espécie e variedade dessa planta confere características bem específicas além das condições agronômicas, época de colheita e tipo de processamento.

As características ambientais e ecológicas são fundamentais para a manutenção de suas especificidades de cada região e também do crescimento e desenvolvimento dessa. Conclui-se assim que as atividades antimicrobiana e fisiológica do alecrim são em razão do efeito de diversas substâncias combinadas.

PLANTAS NATURAIS, ALTERNATIVA COMO REPELENTE DE INSETOS

EMEF Balduino Thomaz Brixner. Arroio do Tigre/RS

Pesquisadoras: Natalia Freese e Samily Luana Schmidt

Orientadora: Magda de Almeida

O trabalho busca alternativas com plantas naturais para o emprego como repelentes de moscas e mosquitos, substituindo assim os repelentes. As plantas aromáticas são consideradas de usos múltiplos por serem utilizadas para vários fins terapêuticos, além de serem utilizadas como inseticidas, repelentes e adubos verdes. Os óleos essências de plantas são usados como repelentes de insetos podendo ser extraídos ou usando a planta em sua forma in natura.

Devido ao cenário atual e o aumento dos casos de dengue o uso de repelentes naturais ou sintéticos se tornaram um aliado necessário contra a transmissão dessas doenças. O presente trabalho realizou pesquisa na literatura sobre as plantas que podem ser utilizadas como repelentes de insetos e como utilizá-las em nosso cotidiano, além de pesquisar, produzir e testar um repelente caseiro utilizando extrato de cravo-da-índia.

A pesquisa aponta a citronela como uma das plantas mais conhecidas e usadas como repelentes, sendo que seu óleo essencial tem efeito repelente expressivo sobre mosquitos hematófagos. É uma planta aromática que ficou conhecida por fornecer matéria prima para a fabricação de repelentes contra mosquitos, pois tem a propriedade de

afugentar os insetos sem exterminá-los, não provocando um desequilíbrio ambiental. Além do uso do óleo essencial e do extrato da citronela ela também pode ser plantada ao redor das casas ou em vasos ornamentais para repelir os mosquitos.

Outras plantas conhecidas para o uso como repelentes são a lavanda, o boldo, o alecrim, o manjericão e a losna. Para a produção do repelente caseiro foi utilizado essência de cravo-da-índia extraída em álcool e diluído em óleo de amêndoas, sendo armazenado em frascos com borrifador.

Os testes de aceitação foram realizados com 53 pessoas, sendo obtidos os seguintes resultados: 89% aprovam o cheiro do repelente, 83% usariam o repelente em seu dia a dia e nenhum dos testados apresentou alergia ou vermelhidão causadas pelo produto.

Deste modo, tanto as plantas aromáticas como o repelente caseiro a base de cravo-da-índia podem ser uma boa alternativa para repelir insetos, colaborando desta forma para a proteção de doenças transmitidas por picadas de mosquitos de forma simples, eficaz e com baixo custo.

EMEF Jacob Dickel. Arroio do Tigre/RS
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FERTILIZANTES NATURAIS

EMEF Dr. Adolpho Sebastiany. Sobradinho/RS

Pesquisadoras: Kalyane Dornelles e Gabriely Sofia Dalazen

Orientadora: Anilda Dorneles

Nos dias atuais fala-se muito em alimentação saudável ou orgânica por parte da comunidade científica em geral, pois há uma preocupação constante com a qualidade do alimento que é inserido diariamente em nossas refeições, uma vez que é através destes que os indivíduos adquirem nutrientes necessários para o seu pleno desenvolvimento.

Os fertilizantes naturais possuem benefícios como: a melhoria da textura do solo (deixando-o mais fértil e macio); enriquecimento; aumento da produtividade, porém, podem oferecer riscos ao meio ambiente tais como; eutrofização, que é o excesso de nutrientes no solo; desastres ambientais, tais como a liberação de óxido nitroso, um gás mais poderoso que os gases do efeito estufa. Sendo assim, a escolha correta do fertilizante poderá contribuir para que tenhamos um produto de qualidade e que não traga prejuízos ao Meio Ambiente.

Sobre o assunto realizou-se uma pesquisa bibliográfica com levantamento de dados sobre o tema com posterior aplicação do conhecimento na prática, através do plantio e monitoramento de uma espécie vegetal a fim de verificar o seu processo de desenvolvimento.

Para realizar a presente análise foram plantadas diversas mudas de alface, no mesmo dia e com o mesmo tipo de terra,

PÓ DE ROCHA

EMEB Seomar Mainardi . Sobradinho/RS

porém a adubação destas ocorreu de forma diferenciada, utilizando-se adubo químico, água de aquário, cama de aviário, terra de minhocário, cinzas de madeira, cascas de ovos e uma delas não recebeu nenhum tipo de aditivo de origem orgânica ou inorgânica.

As alfaces cuja adubação foi feita com água de aquário e adubo químico cresceram de forma mais rápida. Percebemos com a realização desta pesquisa que podemos utilizar meios alternativos para aumentar a produtividade do solo e das plantas inseridas nele, com recursos mais naturais, livres de aditivos químicos e que apresentam o mesmo resultado, trazendo com isto benefícios tanto para a saúde humana, que vai obter um produto mais saudável quanto para o produtor rural, que diminuirá os custos de sua produção, reaproveitando algo que seria descartado em locais onde não apresentariam resultados positivos.

A observação se dará por um tempo maior afim de verificar propriedades da água de aquário continuarão atuando da mesma forma que no início do processo de plantio e observação do crescimento da planta, para fins de explanar os resultados aos educandos de nossa Instituição de Ensino.

Pesquisadores: Stephany Waide e Gabriel Tuchtenhagen

Orientadora: Mariléia Ferraz Ceretta

“Pó de rocha”, é um remineralizador resultante da moagem fina de rochas. Adicionado ao solo ele aumenta a atividade biológica,repondo alguns macro e micronutrientes, portanto, matéria-prima mineral serve como condicionador, sendo capaz de promover o aumento da fertilidade e melhorar a estrutura do solo através da prática da rochagem. O composto é um produto natural, derivado de três rochas selecionadas, contendo mais de 20 nutrientes necessários para atender às exigências da vida microbiana no solo, deixando as plantas nutridas, saudáveis e mais resistentes às pragas e doenças.

A composição nutricional desse produto, vai depender do tipo de rocha que serve de matéria-prima. De forma geral, seu arranjo é composto por potássio, silício, cálcio e magnésio, podendo substituir o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Após a moagem, a rocha vira pó, que deve ser espalhado na superfície do solo, onde a presença de organismos como fungos e bactérias transformará os minerais brutos em nutrientes, os quais serão consumidos pelas plantas conforme sua demanda.

Dentre as vantagens do pó de rocha podemos citar: A alta sustentabilidade do produto, pois o uso não faz mal para o meio ambiente.

É capaz de potencializar a fixação do carbono no solo. Melhoramento da estrutura e da acidez do solo;

Reposição de nutrientes em solos fracos e empobrecidos; Aumento do poder de germinação das sementes; Melhoramento do desenvolvimento das raízes e aumento da absorção de nutrientes;

Fortalece a parte aérea das plantas e deixa o caule e a casca mais grossas;

O silício presente na composição do pó de rocha é r esponsável por criar uma película protetora nas folhas contra ataques de pragas e doenças;

Maior durabilidade dos frutos no pós-colheita, maior peso e sanidade;

Redução dos custos com fertilizantes químicos.

Apesar de ser um insumo que traz melhores benefícios que os de origem fóssil, o pó de rocha ainda é pouco utilizado no Brasil, pois suas limitações do uso desse produto estão relacionadas;

À grande quantidade de produtos para começar a aplicação nas lavouras, estimando-se ser necessário no mínimo três toneladas por hectare.

A disponibilidade: a logística ainda é um problema, já que o número de mineradoras é bastante restrito. Olhar para as rochas como minério e dar valor á elas é acreditar na sustentabilidade agrícola e na melhoria da qualidade de vida.

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SEMENTES CRIOULAS

EMEF Henrique Francisquet. Tunas/RS

Pesquisadores: Stéfani Hacke e João Lucas Casten de Matos

Orientadora: Gracieli Grasel Bertolin

O projeto Sementes Crioulas teve início após a discussão em sala de aula após ter sido implantada a ideia da Feira do Conhecimento em de 2022.

Na sequência a pesquisa foi através da internet sobre o significado do termo, que nada mais é do que uma cultivar antiga de uma planta usada na alimentação que é cultivada e mantida por agricultores e jardineiros, em especial minorias étnicas e comunidades isoladas do ocidente. Essas variedades não sofreram alterações genéticas.

Nos meses que se seguiram os alunos foram em busca dessas sementes, realizaram questionamentos do porquê plantam esse tipo de semente, se produz mais do que as sementes tradicionais, benefícios e desvantagem desse tipo de cultivo. Realizaram diálogos com várias famílias as quais utilizam o plantio de sementes crioulas em nosso município e municípios vizinhos.

O trabalho foi apresentado no dia 09 de agosto de 2022 e foi um dos dois trabalhos classificados para a fase municipal. O trabalho foi muito satisfatório, percebendo que não é apenas cultivar e colher, é saber como cultivar, em que lua se planta, como deve ser preparada a terra, como colher, e principalmente como armazenar as sementes para que estas

não se percam, para que se tenha no próximo ano sementes sadias para plantar novamente. Algumas famílias visitadas são aparentemente bem humildes, mas de um conhecimento incrível em muitos assuntos.

As entrevistas e diálogos realizados pela dupla foram muito importantes e esse conhecimento sobre a história das sementes, lendas, causos, foram interessantes para os dois. Perceberam que através da pesquisa aprendem a ouvir, a anotar, a contar para o outro já que as vezes foram em dupla, mas algumas visitas foram de forma individual. Aprenderam a importância do conhecimento passado de pai para filho, a valorização que essas pessoas receberam da parte da dupla, sentindo-se importantes. Ficaram imensamente gratos com as visitas e com os jovens querendo aprender com eles.

Este trabalho com sementes crioulas é realizado por algumas famílias no município de Tunas, RS e em municípios vizinhos. Tem o apoio da EMATER e isso é fundamental, pois há o incentivo de que essas sementes sejam cultivadas e repassadas para mais pessoas, para que continue essa produção, pois a diversidade é muito importante. Quanto maior a variedade de sementes existentes e resgatadas melhor será para o nosso planeta.

DENGUE: MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR

EMEF Arlindo Back. Arroio do Meio/RS

Pesquisadoras: Larissa Roberta Malmann e Manuela Backendorf

Orientadora: Cáren Rockenbach

Atualmente, há uma enorme diversidade de espécies de mosquitos transmissores de doenças, como por exemplo o Aedes Aegypti, responsável por propagar, além da dengue, outras doenças como o Zika vírus e a Chikungunya.

Os repelentes caseiros têm sido amplamente utilizados, especialmente para prevenir a picada do mosquito Aedes Aegypti. São produzidos a partir de plantas como a citronela, a lavanda, o manjericão, o crisântemo, a hortelã e o alecrim, sendo mais sustentáveis do que os repelentes químicos.

Estudos recentes destacam o óleo essencial da citronela como meio natural eficaz no combate ao mosquito transmissor da dengue, pois têm a propriedade de afugentar os insetos sem exterminá-los, não provocando um desequilíbrio ambiental. O extrato de citronela é um ativo natural, livre de solventes, conservantes e químicos sintéticos. Pode ser diretamente incorporado nos mais diversos produtos, não apresentando incompatibilidade, além de proporcionar fragrância agradável à fórmula.

Objetivos: Devido ao aumento dos casos e doenças provocadas por mosquitos, sobretudo o Aedes Aegypti, os estudantes do Grupo Ambiental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Arlindo Back, do município de

Arroio do Meio/RS, desenvolveram um repelente caseiro para prevenir a picada deste e de outros mosquitos, a partir do óleo extraído da citronela.

Parte Experimental: A produção do repelente ocorreu na escola, sob a orientação e supervisão da professora coordenadora Cáren Rockenbach. Em seguida, o Grupo Ambiental entregou aos estudantes, professores e funcionárias, frascos de repelente caseiro de citronela, folders explicativos sobre o seu funcionamento e mudas de citronela para serem cultivadas em casa.

Conclusão: A partir dessa experiência, os estudantes concluíram que a fabricação do repelente caseiro é uma alternativa simples e acessível (de baixo custo) para combater mosquitos como o Aedes Aegypti.

Além disso, a pesquisa promoveu o envolvimento comunitário durante seu desenvolvimento, pois as famílias de estudantes e da comunidade doaram mudas de citronela para o plantio; a EMATER-RS, representada pela extensionista Márcia Fonseca, deu apoio técnico; o CPM (Circulo de Pais e Mestres da escola), foi responsável pelo suporte financeiro da pesquisa; a equipe diretiva, professores e funcionárias da escola auxiliaram nas diversas etapas do projeto.

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ESTUFA SEMENTEIRA: EU SOU A SEMENTINHA QUE VOCÊ PLANTOU.

EEEF Adolfo Mânica. Boqueirão do Leão/RS

Pesquisadores: Joaquim Favaretto Fernandes e Bernardo Chemim Soares

Orientadora: Bianca Favaretto Fernandes

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Adolfo Mânica, desenvolve projetos voltados a questões ambientais e de sustentabilidade, sempre visando a preservação das nascentes, pois a falta de água é um problema grave na comunidade. A inquietação das famílias quanto à falta de água levou nossa escola a pensar em ações possíveis de serem realizadas na escola em parceria com a comunidade.

O projeto de reflorestamento de nascentes já vem sendo realizado e sentimos a necessidade de ampliar as ações e recuperar outras nascentes da comunidade. Este projeto tem também parceria com a Afubra, por meio da coleta de sementes de espécies nativas. A partir destes apontamentos, cogitou-se atitudes para amenizar o problema com a falta de água e a necessidade de trabalhar mais intensamente o reflorestamento de nascentes, assim surgiu o lampejo sobre a estufa sementeira.

O projeto Estufa Sementeira vem ao encontro daquilo que já está sendo desenvolvido, e ainda ampliar as ações em prol do meio ambiente. Com a estufa sementeira na escola, podemos trabalhar o desenvolvimento das plantas, desde a coleta de sementes, espécies mais comuns na região, plantio, irrigação, clima adequado, melhor desenvolvimento de

COMPOSTAGEM CASEIRA NA ESCOLA

EMEF Marino da Silva Gravina. Boqueirão do Leão/RS

espécies, entre outros. Com esse projeto, teremos as mudas que necessitamos para dar continuidade à preservação das nascentes e conscientizar as crianças desde cedo, da importância que as plantas têm para o meio ambiente.

Atualmente a escola não dispõe de um ambiente adequado para a prática da semeadura, sendo feita de uma forma rudimentar e sujeito às intempéries que prejudicam o desenvolvimento das plantas.

Com a estufa na escola estaremos dando continuidade ao projeto Bolsa de Sementes, e ainda, utilizaremos parte das sementes das árvores nativas coletadas na comunidade, para ensinarmos as crianças como realizar o plantio e acompanhar o desenvolvimento das plantas.

Quando as plantas estiverem prontas para serem plantadas no solo, faremos a distribuição das mudas entre os alunos e o plantio nas nascentes e arredores da escola e comunidade.

Pesquisadores: Matias Dias da Silva e Guilherme Furtado Rohsler

Orientadora: Magali A. Tozzetto Vedoy

A grande produção diária de resíduos sólidos é resultado do crescimento da população, obtendo um consumo exagerado de produtos, que mostra a necessidade e importância de adotar metodologias de reciclagem adequada dos resíduos e rejeitos. No entanto, a maior parte desses resíduos é composta por matéria orgânica, ocorrendo um desperdício de alimentos desde sua produção, passando pelo transporte até ser consumido pelas pessoas.

Tudo é um processo de degeneração que pode e deve ser reaproveitado. O Objetivo principal do projeto foi de promover a educação ambiental na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marino da Silva Gravina, por meio do destino correto dos resíduos orgânicos através da compostagem, transformando-os em composto natural, evitando o uso de adubo químico.

Além desse objetivo outros também foram trabalhados como: informar aos alunos à problemática que envolve o lixo gerado pelo ser humano, principalmente o lixo orgânico, incentivar os alunos a reciclar os resíduos produzidos na cozinha da escola e em suas próprias casas, apresentar aos alunos e a comunidade escolar o conceito de compostagem como uma forma de tratamento do lixo

orgânico, tornando-os cidadãos mais conscientes. Foi implantada uma composteira dentro da própria escola, sendo que o processo de compostagem dos resíduos orgânicos, foi acompanhado e registrado pelos alunos, onde foi reaproveitado o lixo orgânico produzido na escola.

Os húmus produzidos na composteira foram utilizados na produção de mudas produzidas na escola, para realização do ‘Pedágio Verde’. Este projeto aconteceu dentro da escola, tendo como instrumento para coleta de dados, entrevistas feitas com as famílias, formulários e questionários. Também foi fornecido aos alunos, sites e livros que falam sobre o tema.

Os materiais utilizados no experimento foram: resíduos orgânicos da cozinha da própria escola; serragem e folhas secas; terra para plantas; 3 baldes; uma furadeira; sacos plásticos na cor preta; minhocas californianas e uma câmera fotográfica.

O projeto de compostagem realizado na escola, teve o intuito de chamar a atenção dos alunos para o desperdício e a importância de encontrar maneiras viáveis, que amenizem os impactos ambientais, que a comunidade e as famílias tenham conhecimento do trabalho.

92

ÁGUA, IMPORTÂNCIA E CUIDADO COM AS

NASCENTES PARA A SUSTENTABILIDADE

EMEF Santo Antônio de Pádua. Mato Leitão/RS

Pesquisadora: Bianca Cristina da Rosa

Orientadora: Susana Isabel Bogorny

A pesquisa visa ampliar o conhecimento dos alunos referente à contribuição da água para o nosso meio de vida. Sabe-se que ela é essencial no dia a dia do ser humano, juntamente com a diversidade do meio ambiente, e ser manuseada ou exposta aos riscos de poluição pode ser um grande problema para a população em geral.

É importante também validar que a água é essencial para todas as funções orgânicas. Baseado nas informações gerais, a turma do 5º ano ,de forma curiosa, visa ampliar seu conhecimento sobre a importância da água de maneira com que possam ter cada vez mais atitudes positivas para a sua preservação.

Ela consiste na participação ativa dos alunos, desenvolvida durante o período do mês de maio ao início do mês de agosto de 2022, os alunos desenvolveram pesquisas na sala de informática, assistiram documentários e vídeos em sala de aula direcionados ao assunto sobre nascentes, tipos de poluições e atitudes positivas para contribuir com o bom uso da água, assim como visitaram um arroio da localidade, próximo à escola, com acompanhamento da professora.

Ao longo do período da pesquisa teórica, também foram

POÇOS ARTESIANOS: DE ONDE VEM A ÁGUA

aplicadas atividades relacionadas ao tema, como interpretações de textos, texto com identificação de poluição, assim como foi desenvolvida com as turmas do 8º ano no período da manhã e 7º A, no período da tarde, uma pesquisa quantitativa para analisar informações relacionadas ao cuidado e utilização da água, que seguirá com os resultados em gráfico neste trabalho.

Os alunos também visitaram a comunidade onde está localizado o poço artesiano, ouvindo relatos de como funcionava antigamente, e ainda, obtiveram informações com o representante da água da comunidade. Ao finalizar a pesquisa teórica os alunos de uma forma positiva compartilharam em pequenos grupos as informações coletadas individualmente e em duplas, além disso após o debate os alunos construíram uma maquete representando os pontos positivos e negativos do que aprenderam em relação ao sistema e ciclo da água, assim como também construíram uma casa sustentável onde há representação de atitudes positivas que podem ser feitas na casa relacionadas a água e os meios de preservação.

Nome da Escola: EMEF Dom Pedro II. Venâncio Aires/RS

Pesquisadores: Ana Maria da Silva e Danilo Assmann

Orientadora: Andréia Luisa Siebeneichler

O projeto surgiu no início do ano, quando os estudantes assistiram ao filme: “O menino que descobriu o vento”, ele aborda a história de um garoto que vivia em um lugar com poucos recursos, contudo, com pesquisa e estudo, ele conseguiu auxiliar sua família. Neste período, enfrentávamos um longo período de estiagem, com muita seca e falta de água, na cidade de Venâncio Aires, com racionamento de água. A professora, que mora na zona urbana, relatou para os estudantes como fazia para economizar água, porém, eles alegaram que possuem poços artesianos e em suas casas a água não faltava.

A partir daí, a turma passou a estudar sobre a água e realizar pesquisas para descobrir de onde vem a água que abastece os poços artesianos. Foram efetuadas diferentes pesquisas em livros e sites, estudo e exploração prática do ciclo hidrológico, atividades com o kit de robótica disponível na escola, como ocorre o tratamento da água na zona urbana da cidade, tratamento de esgoto da zona urbana e rural, análise da conta de água, estudaram sobre as medidas de comprimento para compreender a profundidade dos poços e as de capacidade para verificar a quantidade de água.

Participaram de palestra disponibilizada por intermédio

do jornal Folha do Mate, com o responsável da empresa RB Poços Artesianos, que explicou como é feita a escolha do local, como é perfurado o espaço necessário e as leis que regulamentam esse processo e, ainda, de onde vem a água que abastece os poços artesianos.

Posteriormente, aplicaram um questionário com estudantes da escola para coleta de dados sobre o tema e descobriram que existem 81 poços artesianos dentre os 91 estudantes que responderam, desses, seis responderam que possuem água de nascentes.

Com a conclusão da pesquisa sobre os poços, surgiu a curiosidade de onde estão localizadas essas nascentes. Foi contactado com um representante da Afubra, que orientou a entrar em contato com a Emater, para conhecer o Projeto Nascentes, desenvolvido por esse Instituto. Feito contato, ocorreu outra palestra, que foi muito importante para aprender como se dá a recuperação das nascentes. Organizamos nova coleta de dados para localizar onde tem nascentes em nossa região, entre os estudantes da escola. Como resultados parciais, identificamos o envolvimento da turma com a temática, principalmente por se tratar de um assunto ligado ao contexto familiar de todos.

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ASSOCIAÇÃO DOS FUMICULTORES DO

Diretoria

• Benício Albano Werner – Presidente

• Marco Antonio Dornelles– Vice-Presidente

• Romeu Schneider - Secretário

• Fabricio Murini - II Secretário

• Marcilio Laurindo Drescher - Tesoureiro

• Ornélio Sausen - II Tesoureiro

Conselho Deliberativo

• Enivalda Pereira Furbringer

• Geraldo Back

• Gilmar Damaso da Silveira

• Hilário Kuneski

• João Francisco Bortoli

• José Sirlei Dias de Araújo

• Mário Ilo Grützmacher

• Nilson Braz Loch

• Ozi Gouvea de Andrade

• Thadeu Wensing

• Valdir Storer

Suplente do Conselho Deliberativo

• Ibanês Roggia

Conselho Fiscal

• Alceu Romar Mergen

• Cláudio Fengler

• Heitor Álvaro Petry

Suplentes do Conselho Fiscal

• Agnaldo Soares Martins

• Idacir José da Rosa

• Ivo Alberto Bartzen

www.afubra.com.br

VERDE É VIDA

COORDENAÇÃO GERAL

Adalberto Sidnei Huve (Coordenador Geral), José Leon Macedo Fernandes (Coordenador Pedagógico), Márcio Castro Guimarães (Coordenador Operacional), Vivian Padilha Nardi (Assessora Administrativa).

COORDENAÇÃO REGIONAL

Araranguá: Alexandre Marchesine, Lédio Mota Bento

Arvorezinha: Juliano Landim

Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo: Carlos Alberto Loewe, Guilherme da Silva Cardoso, Juliano Carlos Rohers, Leandro Muniz Schafer, Márcio Vasconcelos da Rosa, Renato Arthur Ross

Camaquã: Claudiano Bender Schemechel, Maicon Konrad Colognese Francisco Beltrão: Atacir Nicolodi, Cássio Voese

Herval do Oeste: Alceu Hofmann, Mariza Lamperti Buffon

Imbituva e Irati: Carlos Roberto Stadller, Gerson Gomes da Silva, Lazaro Ramon Bock

Jaguari: Fábio Igor Fuchs, Nataniél Maria Sampaio

Rio do Sul e Ituporanga: Geison José Schmoeller, Patric Marciano Barp, Rafael da Silva, Zeli de Lurdes Mees

Rio Negro e Mafra: Andréia de Melo, Edemar Pedro Konkel, Henrique Felczak

São Lourenço do Sul e Canguçu: Daniel Holz Prestes, Emerson Luis Padilha Cardoso, Geber Conrad Ehler, Marcos Efrain Lessa Jung

Sobradinho e Arroio do Tigre: Dionis Ricardo Henker, Jonimar Moura de Oliveira, Rodrigo Eichelberger

São Miguel do Oeste: Cleuze Fachin Martins Pinto, Jandir Stock

Tubarão e Braço do Norte: Hilário Boing, Jayson Medeiros Mendes, Laércio Heidmann, Venicio Aguiar Ascari

Venâncio Aires: Luis Carlos da Silva, Tiago Dutra Maracci.

BRASIL - AFUBRA

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ÁGUA, IMPORTÂNCIA E CUIDADO COM AS

4min
pages 93-94

ESTUFA SEMENTEIRA: EU SOU A SEMENTINHA QUE VOCÊ PLANTOU.

2min
page 92

PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTÊNSIAS

24min
pages 84-91

CUSTOMIZAÇÃO, A ARTE DE REINVENTAR

3min
page 83

ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DA PITANGA

6min
pages 81-82

A IMPORTÂNCIA DA POLINIZAÇÃO

2min
page 80

SUCULENTAS, A EXPRESSÃO DA PERSPICÁCIA

9min
pages 77-79

ACOLHIMENTO, INTEGRAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO ENTRE AS TURMAS DA E.M.E.F. SÃO PAULO

17min
pages 71-76

CONECTE-SE! A SENHA É EDUCAÇÃO!

4min
pages 68, 70-71

ÉTICA, VALORES, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

11min
pages 64-67

DIVERSIFICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: COOPERATIVISMO ESCOLAR

15min
pages 59-63

ESCOLA E COMUNIDADES JUNTAS NA RECUPERAÇÃO

20min
pages 52-58

ESCOLA MUNICIPAL ERNESTO HACHMANN:

6min
pages 50-51

‘FIQUE BEM... RENOVE A ESPERANÇA NA EDUCAÇÃO’

3min
page 49

TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO CAMPO

2min
page 48

PROJETO EDUCAÇÃO PARA A VIDA

8min
pages 45-47

Resumos das escolas ÍNDICE

2min
page 44

VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO APÓS A PANDEMIA

6min
pages 40-41

ATIVIDADES DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS

4min
pages 38-39

Resumos coordenadores municipais

5min
pages 36-38

Números do Verde é Vida em 2022

1min
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RESULTADOS DO 31º ANO VERDE É VIDA

2min
page 34

Uma escola preocupada com o futuro

1min
page 32

Uma história de 20 anos de caminhada

1min
pages 31-32

Pioneirismo no Sul gaúcho

1min
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Mais comunidades amigas da natureza

1min
pages 29-30

Exemplo preservacionista em casa e na escola

2min
pages 28-29

Sementes jogadas, frutos colhidos

2min
pages 27-28

Uma parceria com bases sólidas

2min
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De mãos dadas com a natureza

2min
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Uma preocupação além do horizonte

2min
page 24

O futuro, sementinha por sementinha

2min
pages 23-24

Uma caminhada pela sustentabilidade

2min
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O que pensam os coordenadores regionais

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pages 21-22

De olhos abertos para a realidade local

2min
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Marcas sustentáveis nas escolas

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pages 20-21

Orgulho e realização ao longo do caminho

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Protagonismo que marca

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Trabalhos selecionados

1min
pages 17-18

transf mar Pesquisa Científica para instigar e

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pages 16-17

Reconhecimento e premiação aos parceiros

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Uma corrente de sustentabilidade

3min
pages 14-15

Programa consolidado e cheio de futuro

2min
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Tesouros pedagógico, ambiental e

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Bolsa de Sementes

1min
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JuarezIensenPedroso Filho,engenheiroagrofloresta

1min
page 10

Muitas razões para ser

1min
page 10

MaristelaMachado Araújo,professoradaUFSM

1min
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Duas décadas de histórias e

2min
pages 8-9

Ações para a preservação da natureza

1min
page 5
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