História da Filosofia V3 Giovanni Reale

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II. Reuchlim e a

tradic~ocabalistica.

Johann Reuchlin (1455-1522), professor de grego em Tubinga, e autor de um De arte cabalistica. Reuchlin aproximouse da cabala (que quer dizer tradi@o) talvez sob a influencia de Pico della Mirandola. Na cabala Reuchlin v@a revelaq$odivina imediata: a cabala e ciencia da divindade; e o cabalista - escreve Reuchlin - e um taumaturgo que, se tem fe intensa, pode fazer milagres em nome de Jesus. Reuchlin e a cabala +§I

Medico, astrologo, filosofo e alquimista foi Cornelio Agripa de Nettesheim (1486-1535), segundo o qua1 as partes do universo estao em rela~aoentre si por meio do espirito que anima o mundo inteiro. E justamente a magia que torna o homem senhor das po-+§2 t@nciasescondidas que agem no universo: a magia natural 4 conhecimento e controle das forsas que animam os corpos materiais; a magia celeste e conhecimento e controle das influsncias exercidas pelos astros; a magia religiosa ou cerimonial e a que vigia e expulsa as for~asdemoniacas. A magia natural e a magia celeste constituem a que e chamada de magia branca; a magia religiosa ou cerimonial adquiriu o nome de magia negra ou magia negromdntica. Agripa entre magia branca e magia negra

A cabala esta ligada a primeira figura de mago de certo interesse, ou seja, o alem50 Johann Reuchlin (1455-1522). A cabala (que significa "tradiq50n) t a mistica hebraica que, atravks de articulada e complexa simbologia, vZ os fen6menos humanos como reflex0 dos divinos. Pois bem, Reuchlin (ou Capnion, nome grego que adotou) conheceu Pico della Mirandola na Italia. E talvez tenha sido Pico quem o introduziu nos estudos cabalisticos. Professor de grego em Tubinga, Reuchlin foi autor de um De arte cabalistica. Ele via a imediata revelaq5o divina na cabala, que seria entio a cihcia da divindade. Afirma Reuchlin: "A cabala C uma teologia simbolica, na qual n5o somente as letras e os nomes, mas as proprias coisas, S ~ sinais O das coisas." E o conhecimento desses simbolos C obtido mediante a arte cabalistica, que, elevando quem a pratica ao mundo supra-

sensivel do qual dependem as coisas sensiveis, coloca-o em condig6es de operar coisas milagrosas. Como escreve Reuchlin no Capnion sive de verbo divino, o cabalista C um taumaturgo que, tendo fC intensa, pode fazer milagres em nome de Jesus.

fig 4 pa e a magia Para o mCdico, astrologo, filosofo e alquimista CornClio Agripa de Nettesheim (nascido em Col6nia em 1486 e morto em Grenoble em 1535), as partes do universo est5o em rela@o entre si atraves do espirito que anima o mundo inteiro. Escreve Agripa em seu De occulta philosophia que, assim como uma corda estendida vibra sempre que C tocada em algum ponto, da mesma forma o universo, sendo tocado em um dos seus extremos, vibra no extremo oposto. 0 homem esta situado no centro daqueles tres


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