III. Sohanne~Kepler: a passagem do c ~ r c d o para " a elipse" N
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sistema copernicano
Johannes Kepler (1571-1630), discipulo em Tubinga de Michael Maestlin - 0 qua1 o convenceu da validade do sistema copernicano -, foi assistente e sucessor de Tycho Brahe em Praga. Eis os titulos de suas obras de maior peso: Prodromus ou Mysterium cosmographicum (1596); A d Vitellionem paraliKeplec pomena (1604); Astronomia nova (1609); Nova stereometria copernicano doliorum vinariorium (1613); entre 1618 e 1621, aparece em Linz, e neoplat6nico em sete livros, o tratado de astronomia Epitome astronomiae -+§ 1 copernicanae; em 1619 aparece a obra Harmonices mundi libri V; de 1627 sao as Tabuas rodolfinas. Copernicano e neoplat6nic0, Kepler acreditava que a natureza fosse ordenada por regras matematicas que o cientista tem a tarefa de descobrir. No Mysterium cosmographicum a fe no sistema copernicano se liga com a fe neoplat8nica de que uma Raz%omatematica divina presidiu a criaqao do mundo. Deus e matematico. E o trabalho de Kepler consistiu justamente na busca das harmonias matematicas e geometricas do mundo, como as que ele proprio conseguiu captar e expor nas famosas tr& "leis de Kepler". Por dez anos Kepler estuda com grande empenho o irregular "movimento de Marte", e no fim chega a conclusao de que o problema era insoluvel com quaisquer combinaqbes de circulos, enquanto teoria e observaqbes estavam de acordo quando se concebia o movimento dos planetas em orbitas eliptiA grande cas. Eis, entso, as tr@sleis de Kepler: passagem - primeira lei: as orbitas dos planetas sdo elipses das quais o do "circulo" so1 ocupa um dos focos; a "elipse" - segunda lei: a velocidade orbital de cada planeta varia de +§3 mod0 tal que a linha que liga o sol com o planeta cobre, em iguais intervalos de tempo, iguais porg6es de superficies de elipse; - terceira lei: os quadrados dos periodos de revolugdo dos planetas estdo na mesma relaPo dos cubos das respectivas dist5ncias do sol. Misticismo, matematica, astronomia e fisica estao indissoluvelmente ligados no pensamento de Kepler. E e nas Harmonias do mundo que Kepler deixa transparecer mais do que em outro lugar sua fe nas harmonias, na ordem matematica da natureza: e nesta harmonia do universo o sol desempenha um papel fundamental. No pensamento de Kepler estamos na presenqa de verdadeira e propria metafisica do sol. 0 s planetas se movem em elipses; e s%o Uma metafisica movidos por uma forga motriz como a magnetica, f o r ~ a que emana do sol do sol. Logo, os planetas percorrem suas orbitas impulsionados +§4 pelos raios de uma anima motrix que brotam do sol. Kepler esboqa uma especie de teoria magnetica do universo. Discute sobre a forqa com que a terra atrai um corpo, e na introduqao a Astronomia nova fala tambem de reciproca atraqao. Nas notas ao seu Somnium (escrito entre 1620 e 1630) ele atribui as mares "aos corpos do sol e da lua que atraem as aguas do mar com uma forqa semelhante a magnetica". Alguem quis ver nestas ideias a antecipaq%oda teoria gravitational de Newton. Talvez as coisas n%osejam assim, mas e certo que Newton, reunindo os resultados obtidos por Kepler e por Galileu, deve ter-se consolidado com os problemas que eles deixaram em aberto, dando assim a fisica a configura@o conhecida com o nome de "fisica classics".