sobre a possibilidade de alegação de paternidade: como ler e entender, se não souber a base da composição e da função da molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA)?
Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.
É importante ouvir nossos estudantes, bem como quais são seus interesses e questionamentos. Por que não começar por aí? Outro ponto importante é que, considerando a perspectiva histórica dos indivíduos, perceberemos a evolução de alguns conceitos, técnicas e comportamentos sociais, como foram modificados ao longo do tempo e como essas mudanças interferiram no objeto de estudo. É importante resgatar a história como uma subsunção (uma âncora), para amparar o que hoje se sabe da realidade. Além disso, a história, conforme Morin (2011), não constitui uma evolução linear. Trata-se da sobreposição de devires, que se entrechocam com imprevistos, incertezas, que comportam evoluções, involuções, progressões, regressões e rupturas. É preciso que estejam certos que o mundo é da incerteza e que nós temos que preparar nossos estudantes para enfrentar as incertezas do momento. A perspectiva histórica a todo momento nos lembra dessa incerteza. O conhecimento pertinente é aquele que pede exames, verificações e convergência de indícios. (MORIN, 2011, p. 75).
DIMENSÃO III – ÁREA DE CONHECIMENTO EM FOCO (PROBLEMATIZAÇÃO DA INTERDISCIPLINARIDADE) • Como estabelecer relações entre os objetos do campo de saber com os demais objetos da área de conhecimento da biologia? • Como dialogar sobre as diferentes maneiras de representar, formular e expor esses objetos que foram correlacionados, de modo a tornar o conjunto compreensível para os estudantes? • Como identificar diferentes estratégias de ensino e atividades adequadas a esse conjunto de objetos? • Como estruturar o conjunto de objetos em uma progressão adequada à realidade local? • Como mapear o que torna, para os estudantes, a relação entre ensino e aprendizagem mais fácil ou mais difícil nesse novo contexto integrado por área?
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Com viver com ciência
• Como trabalhar as habilidades propostas na BNCC se são interfaces entre duas ou mais disciplinas? Vamos ler, primeiramente, este pequeno texto de Hugo Assmann, que assim escreveu em seu livro Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente: Interdisciplinaridade. O enfoque científico e pedagógico que se caracteriza por buscar algo mais que do que mera justaposição das contribuições de diversas disciplinas sobre um mesmo assunto, e se esforça por estabelecer um diálogo enriquecedor entre especialistas de diversas áreas científicas sobre uma determinada temática. Aplica-se a problemas, atividades e projetos que ultrapassam a capacidade de uma só área disciplinar. O conceito expressa a consciência dessa limitação das disciplinas específicas, mas não transforma isso necessariamente num questionamento epistemológico mais radical, como o faz a transdisciplinaridade. (ASSMANN, 2001, p. 162).