CONVITE À LEITURA
LOURO, G. L. (org.) et al. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.
Esse livro foi organizado com reflexões sobre seis temas: pedagogia da sexualidade; o corpo e a sexualidade; curiosidade, sexualidade e currículo; Eros, erotismo e processo pedagógico; cultura, economia, política e construção social da sexualidade; e corpos que pesam: os limites discursivos do sexo. Os autores refletem sobre as desigualdades e as diferenças históricas e socialmente atribuídas aos corpos.
BARBOSA, M. R.; MATOS, P. M.; COSTA, M. E. Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje. Psicologia & Sociedade, v. 23, n. 1, p. 24-34, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/psoc/ v23n1/a04v23n1. Acesso em: 1º dez. 2020. Neste ensaio em torno do tema do corpo, os autores propõem pensar alguns aspectos sociais e culturais que contribuíram para a construção do corpo na nossa sociedade, a forma como ele tem sido e pode ser olhado e representado.
ATIVIDADE: A BONECA CRESCEU, E AGORA? (O PADRÃO DE BELEZA E SUAS CONSEQUÊNCIAS) Agora, vamos trazer algo que também pode abrir uma discussão sobre como a indústria nos influencia desde criança a seguirmos um padrão de beleza. Essa atividade pode ser planejada junto com seus colegas professores.
1. Montando a boneca A partir de um levantamento prévio do tipo de boneca com o qual seus colegas mais gostavam de brincar quando crianças, peça-lhes para se pesar e medir sua altura, cintura, comprimento das pernas, busto, comprimento dos braços, quadril e ombro. Calculando as devidas proporções, planeje com seus colegas professores uma atividade para a construção de uma boneca com um tamanho real de 1,60 cm. Após a construção da boneca, discuta com seus colegas as facilidades e as dificuldades que essa boneca teria para viver, caso fosse humanizada.
2. Roda de conversa: olhares transdisciplinares sobre o corpo Depois da construção da boneca, é importante que ocorra a organização de uma roda de conversa, para que possam ser apresentados e discutidos os estudos sobre a possibilidade de humanização da boneca em tamanho real. Os professores poderão enriquecer a discussão com os olhares das diferentes áreas. Para instigar mais as discussões, sugerimos a leitura inicial do trecho a seguir, com a apresentação das imagens dos diferentes padrões de beleza em diferentes culturas. Sant’Anna (2000) nos lembra que cada corpo, longe de ser apenas constituído por leis fisiológicas, supostamente imutáveis, não escapa à história. E se o corpo não escapa à história, faz sentido dizer […] que cada cultura tem seu corpo assim como ela possuiu sua língua. Além de ser um processo histórico, o corpo funciona como um processador da história, por meio do qual são veiculados e modificados os legados culturais e biológicos. (SANT’ANNA, 2000, p. 50). Rosilene Siray Bicalho & Lúcia Maria Pôrto de Paula
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