Cemitério dos Aflitos: contos de vidas
Os
últimos a saberem... Teus olhos cheios de ardores Aninham rosas nas faces... Que seria dessas flores, Responde, se não chorasse? Boêmias, Auta de Souza
—J
á não posso escutar essa modinha novamente! Nego Firmino, tu não sabes lá tocar outra coisa que Madalena Theresa? – disse uns dos estudantes da Academia de Direito que frequentava a taberna Afogamágoa. Abraçado ao seu violão, Nego Firmino desatava a chorar quando alguém pedia para ele não tocar a tal música. — Vassuncê num sabe como dói um coração partido!!! – reclamava. Firmino era escravizado de José Rodrigues de Souza, um português imigrante, mais conhecido como Zé Batista. Proprietário de uma animada taberna frequentada por estudantes e soldados na Rua da Esperança.4 Funcionava na frente de uma casa térrea, com três portas de madeira. Dois barris decoravam a entrada dando às boas-vindas etílicas aos prezados fregueses. 4
Hoje desaparecida, ficava na região da Sé. 88