ANTOLOGIA Era uma Vez um Anjo lançamento no Salão du Livre de Genèvedo 28/outubro ao 01/novembro 2020
de Melhor Tela, promovida pela TV Verdes Mares em 2018: Coqueiros do Doro, capa do livro: Historietas de Bitupitá - 80 X 70 cm, técnica, óleo sobre tela. Participou da exposição “Imagem Poética 2019” organizado pela Cultive no Consulado Geral do Brasil em Genebra.
3 ° lugar - prosa no 4° Concurso Cultive de Literatura O Anjo Que Veio Do Mar Amigo, a gente encontra, o mundo não é só aqui. Cinco amigos, o nosso mar, uma canoa, uma tempestade, um naufrágio e dois sobreviventes. Quando se pensa nessa história, a gente logo percebe um sentimento de solidariedade de alto nível que existia entre eles. MANOEL OSDEMI DA SILVA é funcionário público federal da Empresa de Correios e Telégrafos, graduando em Ciências Contábeis. escritor, pintor, músico e arte cênica. É membro da Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras - ACCAL; Coordenador de Carteiros, Inspetor e Diretor de Esportes da ARCO Associação Recreativa dos Correios. Autor de 11 livros sendo um deles (Pancada de Vento, 2012) premia- do pela Secretaria de Cultura do Município de Fortaleza – SECULTFOR - Prêmio manoel Oliveira Paiva; Historietas de Bitupitá (no prelo). É membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará - ALMECE; prêmio Destaque do ano de 2018, concedido pela Associação de Agropecuária Comércio Indústria Serviços e Turismo – AACIST pelo seu desempenho cultural no estado do Ceará; recebeu o Selo de Reconhecimento da Academia de Letras Juvenal Galeno. Participou de dois Documentários e nove filmes, entre eles: “Dizem que os Cães Veem Coisas”, “Visita ao Filho” e “As Corujas” pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema Cearense e Tiradentes, do Estado de Minas Gerais,”, baseados nas obras do respeitado e lendário professor e contista cearense, José Maria Moreira Campos. Ele compôs e registrou 10 músicas gospel e musicou o poema de Valquiria Imperiano Lágrimas Negras. Artes Plásticas – produção de mais de 100 telas (técnica óleo sobre tela) nos últimos cinco anos, com várias exposições. Destaque 98
Revue Cultive - Genève
As ondas ainda hoje parecem vibrar. As mensagens de otimismo trocadas por eles durante as 24 horas de aflição, ecoam. A aventura iniciou num caminho imaginário em Bitupitá, na praia do Arrombado, onde se deu o naufrágio, e terminou numa praia da cidade de Barra Grande, no estado do Piauí. A maioria tinha idade avançada. Apenas Kêza destoava dos demais. Era con- siderado o caçula da turma. Todos os dias, fazendo chuva ou sol, eles saíam para pescar. Na madrugada de terça-feira, saíram quando ainda estava escuro. Não havia outras pessoas na praia. De vez em quando, soprava uma rajada de vento, descolorin- do a calmaria do horizonte. Nesse dia, o vento apresentava-se diferente. Estava muito forte, ao ponto de chamar a atenção de Damázio, o mais experiente da turma. Teve um momento, que ele pensou em desistir, mas achou melhor compartilhar com o grupo sua apreensão: de que poderia surgir a qualquer momento um aguaceiro (chuva mis- turada com vento). Embora apreensivos, a maioria resolveu seguir em frente. A canoa que iam navegar estava na beira da praia, presa por um fio de corda à uma fatecha, um tipo de âncora artesanal que ficava no fundo do mar. A canoa era feita de madeira, tamanho médio. Damázio correu os olhos por toda sua extremidade. A preocupação, com o tempo chuvoso, o fez redobrar as atenções com a segurança da tripulação. Após