Carro bate-bate e galinhas Paulo Socha | MA Para mais informações do autor, ver pp. 17 e 201.
Paulo Socha brincou muito de confeccionar brinquedos em sua infância, principalmente usando a matéria farta disponível na marcenaria de seu pai. Lembra que não havia plástico disponível, material amplamente usado pela indústria de brinquedos atual. No seu tempo de infância as matérias-primas para confeccionar brinquedos basicamente eram o couro, a madeira, o ferro e o chifre de boi, que quando esquentado pode ser moldado, semelhante ao plástico. A presença de materiais, ferramentas e adultos que pudessem servir de inspiração contribuiu para que este garoto crescesse inventando uma centena de engenhocas. Chegou até a construir no pátio de sua casa uma cidade inteira onde tudo funcionava, tinha energia elétrica, posto de gasolina e o mais interessante é que as engenhocas feitas com fio de luz davam vida à sua miniatura da imaginação gigante. Depois de adulto, Paulo encontrou-se na profissão de fotógrafo. Foi com o nascimento de seu filho que surgiu o pretexto para voltar a confeccionar brinquedos para presenteá-lo. E para que o filho pudesse seguir o caminho do avô e do pai que o ensinaram tanto sobre criação, um dos primeiros brinquedos que deu para o pequeno foi uma caixa de ferramentas de plástico. “Não dá para construir nada mas já vai se acostumando!” E claro, o filho cresceu sabido dos ensinamentos da arte de fazer brinquedos. Afinal, é cria de um pai que acredita no valor do brincar. Como diz: “Educar e brincar é uma coisa muito séria, tem que levar a sério!”
Engenhocas
162 — 163