5-12 setembro sescsp.org.br/bienaldedanca
espetáculos
capa/Foto: marcos bruvic
2
3
espetáculos
Why a dialogue between the body and the city? Dance encourages us to contemplate the body, a familiar place we inhabit every day, but only mechanically and for ordinary functions. When we accept the invite, we have access to an understanding based on other logic and we see, in the body discourse, what couldn’t be said in any other way. The same happens to the city, another huge body that is inhabited. When travelled by in a day-to-day practical manner, its abstract shapes remain asleep, waiting for a more inquisitive look, occasionally open for other grasping of these spaces standardized by the day-to-day life. In this eighth edition, Sesc Dance Biennial keeps latent the possibility of a new appropriation of body languages, but takes back its original impulse to explore the possibilities to connect with the city of Santos through an encounter of creators, performers, promoters and connoisseurs – be whoever it may: beginner, occasional or a public more devoted to this artistic language. The unusual occupation of urban spaces opens up for a reflection about the discourses in contemporary dance and the way they present themselves socially, echoing a broad discussion about this medium. Besides the already consolidated national participation, the shows, performances, installations, workshops and lectures will receive contributions from Belgium, France, Chile and Uruguay. For Sesc, this panel of dance demonstrations that are inspired by the relationship with the city is a timely opportunity to envision new cultural dialogues through art, a component of the citizenship training process that allows to renew perspectives. Danilo Santos de Miranda Regional Director at Sesc São Paulo
Por que um diálogo entre o corpo e a cidade? A dança nos estimula a contemplar o corpo, lugar conhecido que habitamos todos os dias, porém mecanicamente e em funções ordinárias. Ao aceitarmos o convite, temos acesso a uma compreensão erigida em outra lógica e vemos, no discurso do corpo, aquilo que não poderia ser dito de outra forma. Assim acontece também à cidade, outro grande corpo habitado. Quando percorrido no feitio utilitário do cotidiano, suas formas abstratas permanecem adormecidas, à disposição para um olhar mais indagador, ocasionalmente aberto por outras apreensões daqueles espaços normatizados pelo dia a dia. Nesta 8ª edição, a Bienal Sesc de Dança mantém latente a possibilidade de uma nova apropriação das linguagens do corpo, mas retoma o impulso original ao explorar as possibilidades de conexão com a cidade de Santos por meio do encontro entre criadores, intérpretes, fomentadores e fruidores – seja público iniciante, eventual ou mais devotado desta linguagem cênica. A ocupação inusitada dos espaços urbanos abre espaço para uma reflexão sobre os discursos da dança na contemporaneidade e sua forma de se colocar socialmente, ecoando uma discussão ampla deste meio. Além da participação nacional já consolidada, os espetáculos, as performances, as instalações, as oficinas e as palestras contam com as contribuições advindas da Bélgica, da França, do Chile e do Uruguai. Para o Sesc, este painel de manifestações da dança que se inspira na relação com a cidade é uma chance oportuna de vislumbrar os novos diálogos da cultura por meio da arte, um componente do processo formativo de cidadania que permite renovar perspectivas. Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc São Paulo
What we insist on talking about
Sesc Dance Biennial reaches its eighth edition with the challenge to design a context based on the selected works and to make them produce a meaning altogether. The selection of these works seeks to represent recent production in dance, whether in Brazil or in South American countries without, however, forgetting the importance of time-honored pieces. The presence of artistic works that talk about themselves draws attention and suggests an emerging context of self-referential speech. Some examples are O Homem Vermelho, by Marcelo Braga, O Confete da Índia, by André Masseno, A Projetista, by Dudude, Hot 100, by Cristian Duarte and Sobre Expectativas e Promessas, by Alejandro Ahmed. This context leads to a kind of performative curatorship, since the selection of shows turns its whole into a speech, an affirmative talk about dance and what it insists on saying. Although performativity has already become a theoretical cliché, thinking about a curatorship that can present a speech is not supposed to be something new, but an inflection point of the curatorial exercise. Performativity is also the way in which other works presented herein speak of their modes of production, and their titles indicate them this way – Exhibition, by Claudia Müller, De Repente Fica Tudo Preto de Gente, by Marcelo Evelin, Aventura entre Pássaros, by João Saldanha, Baderna, by Luis Ferron and Enquanto estamos aqui, by Márcia Rubin. They are ways to produce places, poetry and dialogues.
Big Bang Boom, by Michelle Moura, reinforces the intertwining of dance with visual arts, or its visuality. The works of Federica Folco and Javiera Peón, on the other hand, reveal dance thoughts from other South American countries. The curatorial frame of this Biennial is reinvented, proposing internationally recognized works as the revival of one of the most important works of the Última Vez Company, directed by Wim Vandekeybus, and Sagração da Primavera, celebrated in Xavier Le Roy’s version. The shows for children are part of a revisited concern that, for them, colors are not enough; you need to present and revive with them how to see dance, as proposed by Pequena Coleção de Todas as Coisas, by Dani Lima Co., Álbum das Figurinhas of Balangandança Co., Poemas Cinéticos by the Lagartixa na Janela group, and Têtes à Têtes, by Maria Clara Villa Lobos. Sesc Dance Biennial affirms itself, in loud and present voice, in the circuits of domestic festivals. Its public speaks and participates in a fertile scenario of shows from several regions in the country and from other parts of the world, which complexifies its initial vocation: strengthening art creation and occupying the public space. Dialogue. Occupy. Be part of it! Curatorial Staff Sesc Dance Biennial 2013
Do que insistimos falar
A Bienal Sesc de Dança chega a sua oitava edição com o desafio de desenhar um contexto a partir das obras selecionadas e fazer com que elas, juntas, produzam sentido. A escolha desses trabalhos pretende representar a produção recente em dança, seja do Brasil ou dos países da América do Sul sem, no entanto, esquecer da importância de peças consagradas pelo tempo. A presença de obras artísticas que discursam sobre si mesmas chama a atenção e sugere um contexto emergente de fala autorreferencial. São exemplos disso O Homem Vermelho, de Marcelo Braga; O Confete da Índia, de André Masseno; A Projetista, de Dudude; Hot 100, de Cristian Duarte; e Sobre Expectativas e Promessas; de Alejandro Ahmed. Assim, esse contexto induz a uma espécie de curadoria performativa, pois a seleção dos espetáculos faz de seu conjunto um discurso, uma fala afirmativa sobre a dança e sobre o que ela insiste em dizer. Muito embora a performatividade já tenha se tornado um clichê teórico, pensar numa curadoria que possa dar conta de apresentar um discurso não pretende ser uma novidade, mas um ponto de inflexão do exercício curatorial. Performativa é também a forma pela qual outras obras aqui presentes falam de seus modos de produção, e seus títulos assim o indicam: Exhibition, de Cláudia Müller; De Repente Fica Tudo Preto de Gente, de Marcelo Evelin; Aventura entre Pássaros, de João Saldanha; Baderna, de Luis Ferron; e Enquanto Estamos Aqui, de Márcia Rubin. São modos de produzir lugares, poesia e diálogos.
Big Bang Boom, de Michelle Moura, reforça o entrelaçamento da dança com as artes visuais, ou sua visualidade. Já os trabalhos de Federica Folco e Javiera Peón revelam pensamentos em dança de outros países da América do Sul. A moldura curatorial desta Bienal se refaz ao propor trabalhos internacionalmente consagrados, como a remontagem de uma das obras mais importantes da companhia Ultima Vez, dirigida por Wim Vandekeybus, A Sagração da Primavera, celebrada em versão de Xavier Le Roy. Os espetáculos para crianças fazem parte de uma preocupação revisitada de que, para elas, não basta o colorido, é preciso apresentar e reviver com elas o modo de ver dança, como propõem Pequena Coleção de Todas as Coisas, da Cia. Dani Lima; Álbum das Figurinhas, da Cia. Balangandança; Poemas Cinéticos, do grupo Lagartixa na Janela; e Têtes à Têtes, de Maria Clara Villa Lobos. A Bienal Sesc de Dança se afirma, em voz viva e presente, no circuito de festivais em território nacional. Seu público fala e participa de um cenário fértil de espetáculos vindos de diversas regiões do país e de outras partes do mundo, o que complexifica sua vocação inicial: o fortalecimento da criação artística e da ocupação do espaço público. Dialogue. Ocupe. Aproprie-se. Equipe Curatorial Bienal Sesc de Dança 2013
sumário CONTENT 05 Por que um diálogo entre o corpo e a cidade? 07 Do que insistimos falar ESPETÁCULOS SHOWS 12 ÁLBUM DAS FIGURINHAS BALANGANDANÇA CIA. (BRASIL - SP) 14 AVENTURA ENTRE PÁSSAROS CIA. ATELIER DE COREOGRAFIA (BRASIL - RJ) 16 BADERNA NÚCLEO LUIS FERRON (BRASIL - SP) 18 BIG BANG BOOM MICHELLE MOURA (BRASIL - PR) 20 O CONFETE DA ÍNDIA ANDRÉ MASSENO (BRASIL - RJ) 22 DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE MARCELO EVELIN/DEMOLITION INC. (BRASIL - PI) 24 ENQUANTO ESTAMOS AQUI MARCIA RUBIN (BRASIL - RJ) 26 EXHIBITION CLÁUDIA MÜLLER (BRASIL - RJ) 28 CARTA DE AMOR AO INIMIGO 30 SIM - AÇÕES INTEGRADAS DE CONSENTIMENTO PARa OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA 32 SOBRE EXPECTATIVAS E PROMESSAS GRUPO CENA 11 CIA. DE DANÇA (BRASIL - SC) 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54
O HOMEM VERMELHO MARCELO BRAGA (BRASIL - RJ) HOT 100 – THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS CRISTIAN DUARTE (BRASIL - SP) nosotres JAVIERA PEÓN-VEIGA (CHILE) PEQUENA COLEÇÃO DE TODAS AS COISAS CIA. DANI LIMA (BRASIL - RJ) POEMAS CINÉTICOS GRUPO LAGARTIXA NA JANELA (BRASIL - SP) A PROJETISTA DUDUDE (BRASIL - MG) O QUE O CORPO NÃO LEMBRA (WHAT THE BODY DOES NOT REMEMBER) ULTIMA VEZ (BÉLGICA) A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA (LE SACRE DU PRIMTEMPS) XAVIER LE ROY (FRANÇA) TÊTES À TÊTES MARIA CLARA VILLA LOBOS (BÉLGICA) VÁCUO – I, Impostor KEY ZETTA E CIA. (BRASIL - SP) VAZIO (VACÍO) COMPAÑIA DE DANZA PERIFÉRICO (URUGUAI)
intervenções INTERVENTIONS 58 METÁFORA DO CONFRONTO CIA. GENTE (BRASIL - RJ) 60 MONO-BLOCOS VANILTON LAKKA E COLABORADORES (BRASIL - MG) 62 PAISAGENS INTER-URBANAS COLETIVO LÍQUIDA AÇÃO (BRASIL - RJ) 64 SEM TÍTULO CLARISSA SACCHELLI (BRASIL - SP) 66 SOLO DE RUA ...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO (BRASIL - SP) 68 TRÍADE TOUR SANTOS NÚCLEO TRÍADE (BRASIL - SP) atividades complementares ADDITIONAL ACTIVITIES VIDEOINSTALAÇÃO VIDEO INSTALLATION 72 #PRIMAVERA#INVERNO ASPÁSIA MARIANA (BRASIL - CE) INSTALAÇÃO INSTALLATION 74 BALÕES VERMELHOS CIA. ETRA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA (BRASIL - SP) EXPOSIÇÕES EXHIBITS 76 STILL_MÓVIL - Performance, Fotografia, Colaboração Manuel Vason e Rede Sul-Americana de Dança 78 DISPOSITIVO MÓVEL OHNO ARTISTAS INTERLOCUTORES SPEAKER ARTISTS 80 7x7 82 84 86 86 86
lançamentos de livros book releases sesctv na bienal sesc de dança SESCTV at SESC Dance Biennial rede de intercâmbio interchange network Ponto de encontro meeting point turismo social social tourism
88 ATIVIDADES FORMATIVAS EDUCATIONAL ACTIVITIES 94 locais venues 102 programação program
espetÁCULOS shows
espetáculos
12 ÁLBUM DAS FIGURINHAS BALANGANDANÇA CIA. (BRASIL - SP) 14 AVENTURA ENTRE PÁSSAROS CIA. ATELIER DE COREOGRAFIA (BRASIL - RJ) 16 BADERNA NÚCLEO LUIS FERRON (BRASIL - SP) 18 BIG BANG BOOM MICHELLE MOURA (BRASIL - PR) 20 O CONFETE DA ÍNDIA ANDRÉ MASSENO (BRASIL - RJ) 22 DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE MARCELO EVELIN/DEMOLITION INC. (BRASIL - PI) 24 ENQUANTO ESTAMOS AQUI MARCIA RUBIN (BRASIL - RJ) 26 EXHIBITION CLÁUDIA MÜLLER (BRASIL - RJ) 28 CARTA DE AMOR AO INIMIGO 30 SIM - AÇÕES INTEGRADAS DE CONSENTIMENTO PARA OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA 32 SOBRE EXPECTATIVAS E PROMESSAS GRUPO CENA 11 CIA. DE DANÇA (BRASIL - SC) 34 O HOMEM VERMELHO MARCELO BRAGA (BRASIL - RJ) 36 HOT 100 – THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS CRISTIAN DUARTE (BRASIL - SP) 38 n o s o t r e s JAVIERA PEÓN-VEIGA (CHILE) 40 PEQUENA COLEÇÃO DE TODAS AS COISAS CIA. DANI LIMA (BRASIL - RJ) 42 POEMAS CINÉTICOS GRUPO LAGARTIXA NA JANELA (BRASIL - SP) 44 A PROJETISTA DUDUDE (BRASIL - MG) 46 O QUE O CORPO NÃO LEMBRA (WHAT THE BODY DOES NOT REMEMBER) ULTIMA VEZ (BÉLGICA) 48 A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA (LE SACRE DU PRIMTEMPS) XAVIER LE ROY (FRANÇA) 50 TÊTES À TÊTES MARIA CLARA VILLA LOBOS (BÉLGICA) 52 VÁCUO – I, Impostor KEY ZETTA E CIA. (BRASIL - SP) 54 VAZIO (VACÍO) COMPAÑIA DE DANZA PERIFÉRICO (URUGUAI)
Foto: marcos bruvic
10
11
espetáculos
12
espetáculos
bienal para
crianças biennial for kids
ÁLBUM DAS FIGURINHAS Ao invés de serem coladas no papel, as figurinhas que compõem este álbum-espetáculo estão grudadas aos ossos, à pele e aos cabelos dos seis criadores-intérpretes da Balangandança Cia. O grupo reuniu, ao longo de três anos, uma grande coleção de movimentos, brincadeiras e danças que agora são trocadas, coladas e repetidas em cena. Em Álbum das Figurinhas, o público infantil é convidado a jogar junto, com seus corpos, sua memória e sua sensibilidade, numa brincadeira que incita a imaginação de crianças e adultos. O “Buraco”, o “Crescer”, o “Coração” e a “Lua” são as figurinhas prediletas. Através delas, vão sendo abordados, de forma sensível e delicada, assuntos como as dores e delícias do crescimento, o medo e o amor. No espetáculo, os bailarinos se revezam entre danças, brincadeiras e canções executadas ao vivo e abertas à improvisação. Dirigida por Georgia Lengos, a Balangandança Cia. é reconhecida por desenvolver, há 16 anos, um trabalho sólido e pioneiro na criação e pesquisa em dança contemporânea para o público infantil. O grupo também compartilha seu trabalho em fóruns, seminários, publicações e oficinas para crianças e educadores. A companhia já foi duas vezes premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Instead of being stick on a piece of paper, the stickers that make up this album-show are stick to the bones, skin and hair of six creators/performers of the Balangandança Co. The group has gathered, over a period of three years, a large collection of movements, games and dances that is now exchanged, stick and repeated in scenes. In Álbum das Figurinhas, the child audience is invited to play together, using their bodies, memory and sensitivity, in a game that encourages the imagination of children and adults. “Buraco” (“Hole”), “Crescer” (“Grow up”), “Coração” (“Heart”) and “Lua” (“Moon”) are the favorite stickers. Through them, issues such as growing pains and pleasures, fear and love, are addressed in a sensitive and delicate way. In the show, dancers alternate dances, games and songs in live performances, open to improvisation.
Balangandança Cia. BRASIL – SP balangandanca@gmail.com balangandanca.com.br Direção Direction: Georgia Lengos Criadores-intérpretes Creators/ performers: Alan Sherk, Alexandre Medeiros, Clara Gouvêa, Coré Valente, Dafne Michellepis, Maristela Estrela Coreografia Choreography: Balangandança Cia. Figurinos Costumes: Maíra Mesquita Cenografia Stage Design: Balangandança Cia., Cristina Souto, Luciano Bussab Iluminação Lighting: Joyce Drummond Operação de luz Light Operation: Melissa Guimarães Edição de trilha sonora Soundtrack Edition: Kito Siqueira – Satélite Áudio Músicas compostas Composed Songs: Balangandança Cia., Coré Valente, Kito Siqueira Material gráfico Graphic Material: Fê (ilustrações), Celso Linck (designer gráfico) Fotos Photos: Gil Grossi Produção Production: Anderson do Lago Leite Assessoria de comunicação Communication: Arte Plural Apoio Supported by: Curso de Dança da Universidade Anhembi Morumbi Duração duration: 60 MIN classificação indicativa: 3 anos parental rating: 3
Directed by Georgia Lengos, the Balangandança Co. is recognized for developing, for 16 years, a solid and pioneer work in the creation and research of contemporary dance for children. The group also shares its work in forums, seminars, publications and workshops for children and educators. The company has been awarded twice by the São Paulo Association of Art Critics (APCA).
espetáculos
Foto: Gil Grossi
13
Uma cascata de referências envolve Aventura entre Pássaros, criação de João Saldanha para a Cia. Atelier de Coreografia, que estreou em 2012. Uma assumida fonte de inspiração do espetáculo é A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, obra em que Charles Darwin demonstra que bichos também experimentam sentimentos como raiva, medo e ciúme. E os movimentos de macacos, galinhas, porcos e aranhas? Parecem-se com os de humanos? Essa interrogação permeia o espetáculo. Fica clara a intenção dos oito bailarinos: deixar com que esses animais habitem momentaneamente seus corpos. O pensamento do dramaturgo e encenador suíço Valère Novarina, a arquitetura modernista do brasileiro Affonso Eduardo Reidy e o visual das chanchadas são algumas das demais influências da obra. Em cena, os braços dos oito bailarinos por vezes remetem a asas, e nesse ponto é impossível não pensar nos cisnes do célebre balé russo. A trilha sonora composta pelo carioca Sacha Amback pontua a dança, desenvolvida num processo de criação de quase um ano. Desde 1986 à frente da Atelier de Coreografia, João Saldanha vem realizando em média um novo espetáculo por ano. Em 2012, recebeu o prêmio de melhor coreógrafo pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
A cascade of references involves Aventura entre Pássaros, created by João Saldanha for Atelier de Coreografia Co., which debuted in 2012. An assumed source of inspiration for the show is The Expression of the Emotions in Man and Animals, Charles Darwin’s work that shows animals also experience feelings like anger, fear and jealousy. What about the movements of monkeys, chickens, pigs and spiders? Do they resemble human movements? This question permeates the show. The intention of the eight dancers is clear: let these animals inhabit their bodies momentarily.
espetáculos
The thought of playwright and director Franc Valere Novarina, the modernist architecture of Brazilian Affonso Eduardo Reidy and the look of chanchadas are some of the other influences in the work. On stage, the arms of the eight dancers sometimes remind us of wings, and then it is impossible not to think about the swans of the famous Russian ballet. The soundtrack composed by Sacha Amback, from Rio de Janeiro, marks the dance, developed in a creation process of almost one year.
14
Since 1986 leading the Atelier de Coreografia, João Saldanha has produced an average of one new show per year. In 2012, he received the award for best choreographer by the São Paulo Association of Art Critics (APCA). foto: Renato Mangolin
aventura entre pássaros
Cia. Atelier de Coreografia BRASIL – RJ atelierdecoreografia@gmail.com atelierdecoreografia.com.br Coreógrafo e Diretor Choreographer and Director: João Saldanha Produtor Producer: Bruna Saldanha Dançarinos Dancers: Ana Paula Marques, Celina Portella, Fernando Blauth Klipel, Lucas Rodrigues, Olivia Secchin, Renata Versiani, Samuel Frare, Thiago Sancho Iluminador Lighting: Jr. Cenotécnico Stage Technician: Beto
espetáculos
Duração duration: 65 MIN classificação indicativa: LIVRE parental rating: all ages
15
baderna
Núcleo Luis Ferron BRASIL – SP nucleoferron@radarcultural.com.br solangeborelli@radarcultural.com.br
espetáculos
Concepção e direção Conception and direction: Luis Ferron Concepção e pesquisa Conception and research: Luis Ferron Criação e interpretação Creation and interpreting: Alysson Santos, Daniela Dini, Luis Ferron, Maurici Brasil, Mauricio Bade, Teo Ponciano Pesquisa e ambientação sonora Research and sound ambiance: Luis Ferron, Teo Ponciano Projeto de luz Lighting project: Ju Pedreira Figurinos Costumes: Núcleo Luis Ferron Registro fotográfico Photographic Register: Gil Grossi Produção Production: Solange Borelli – Radar Cultural Gestão e Projetos
16
Duração duration: 90 MIN classificação indicativa: LIVRE parental rating: all ages
Baderna não é um espetáculo convencional – o Núcleo Luis Ferron o chama de “instalação coreosonora”. Sua principal fonte de inspiração são os rituais afro-brasileiros regidos pela presença de tambores. Essa tradição é atualizada pelos intérpretes, que a integram a um diálogo múltiplo e contemporâneo.
Baderna is not a conventional show – Núcleo Luis Ferron calls it “a choreo sound installation”. Its main source of inspiration is Afro-Brazilian rituals led by drum sounds. This tradition is updated by the performers, who integrate it in a multiple and contemporary dialogue.
A cena é ocupada por uma série de instrumentos de origem africana, entre os quais uma família de tambores – chamados de ngoma pelos povos bantos da África Central. Em Baderna, a criação artística surge do encontro entre tocadores, dançarinos e espectadores. Estes últimos transformam-se, na verdade, em convivas de uma festa.
The scene is occupied by a number of instruments of African origin, among which there is a set of drums – called ngoma by the Bantu people in Central America. In Baderna, the artistic creation arises from the encounter of players, dancers and the audience. The latter actually becomes guest at a party.
Vencedor do Rumos Itaú Cultural Dança (2006-2007) e do prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2009, Luis Ferron desprende-se da pesquisa sobre as tradições do Carnaval paulista, que motivara seu trabalho anterior, Sapatos Brancos (2009), para construir uma nova narrativa, mais ligada, desta vez, ao universo dos orixás femininos e à relação entre centro e periferia, espaços pelos quais o Núcleo Luis Ferron tem transitado, inclusive por conta da mudança física de sua sede. Coerente com esse contexto, a trilha sonora do espetáculo mistura a percussão tradicional ao sampleado produzido por DJs, enquanto movimentos do candomblé se combinam ao hip-hop e ao free steps, dança em que os pés deslizam pelo chão, originada do charleston e adaptada para o contexto das raves e da música eletrônica.
Winner of the Rumos do Itaú Cultural dance awards (2006/2007) and of the APCA (2009), Luis Ferron distances from the research about the tradition of São Paulo carnival, which motivated his previous work - Sapatos Brancos (2009), to build a new narrative, this time more linked to the universe of female orishas and the relation between city center and the outskirts, places where Núcleo Luis Ferron has been, especially because of the move of its physical headquarters. Consistent with this context, the soundtrack of the show mixes traditional percussion to the sound produced by DJs, while Candomblé movements are combined with hip hop and free steps, a dance in which feet slide on the floor, originated from Charleston and adapted to the context of raves and electronic music.
espetáculos
Fotos: Gil Grossi
17
big bang boom Michelle Moura BRASIL – PR mmmimoura@gmail.com Criação Creation: Michelle Moura Performance Performance: Ana Beatriz Figueiredo, Bruna Spoladore, Karenina de los Santos Colaboradores na criação Creation assistants: Elisabete Finger, Emilie Combet, Karenina de los Santos, Meri Otoshi Produção Production: Cândida Monte, Wellington Guitti Som Sound: Vadeco Roupa Costumes: Isabella Fonseca Coprodução Co-production: Festival Panorama 2012 no âmbito da Convocatória Festival Panorama 2012/Escola de Artes Visuais do Parque Lage Patrocínio Sponsor: Funarte/ Secretaria Estadual de Cultura/Funarj Apoio à criação Support for creation: Fórum Dança e Rumo do Fumo, residência no Edifício, Lisboa. Parte do processo desta criação foi realizado no Essais, Centre National de Danse Contemporaine d’Angers, França, durante a direção artística de Emmanuelle Huynh Agradecimentos Acknowledgement: Agnieszka Ryszkiewicz, Jennifer Lacey, Lina Lagaîté, Marcela Santander, Nicolas Diaz, Nuno Bizarro, Raissa Kim
espetáculos
Duração duration: 40 MIN classificação indicativa: LIVRE parental rating: all ages
18
Por entre camadas de papel sobrepostas, três intérpretes se movem criando relevos, texturas e figuras abstratas. A relação com esse material é tão complexa que não se sabe ao certo quem é o gerador do movimento. Em Big Bang Boom, o espectador aprecia bem de perto a contínua transformação das folhas de papel e do corpo, que ganha volume e constrói inúmeras formas durante a performance, num percurso revelador. A coreógrafa Michelle Moura vê a criação como um processo contínuo de destruição e transformação: de um corpo em outro, das árvores à celulose. Em cena, o processo de destruição e criação é evidenciado de forma lenta, e a intensidade da ação é capaz de abalar a percepção que se tem do tempo e do espaço. O início da criação de Big Bang Boom se deu durante o programa Residências no Edifício, em Lisboa, Portugal, quando Michelle Moura procurava por um chão movediço. Lá se deparou com um amontoado de papel descartado por uma fábrica de jornal. A performance foi finalizada no programa Essais, do Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers, na França, e estreou no Festival Panorama, no Rio de Janeiro, em 2012. Uma das fundadoras do Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial, de Curitiba, Michelle Moura é bailarina e coreógrafa. In between layers of overlapping paper, three performers move, creating reliefs, textures and abstract figures. The relationship with this material is so complex that no one knows for sure who the originator of the movement is. In Big Bang Boom, the audience appreciates closely the ongoing transformation of the paper and the body, which increases in volume and builds numerous forms during the performance, in a revealing journey. Choreographer Michelle Moura sees creation as an ongoing process of destruction and transformation: from one body to another, from trees to pulp. On stage, the process of destruction and creation is evidenced slowly, and the intensity of the action is able to shake the perception one has of time and space. The beginning of the creation of Big Bang Boom was during the program Residências no Edifício, in Lisbon, Portugal, when Michelle Moura was searching for a shifting ground. Then she came across a pile of paper discarded by a paper plant. The performance ended in the Essais program, at the National Center of Contemporary Dance in Angers, France, and premiered in the Panorama Festival, in Rio de Janeiro, in 2012. One of the founders of the Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial, from Curitiba, Michelle Moura is a ballet dancer and choreographer. Foto: delphine perrin
19
espetáculos
20
espetáculos
o confete da índia André Masseno BRASIL – RJ veronica.prates@terra.com.br planob_masseno@yahoo.com.br quintalproducoes.com.br Concepção, direção, dramaturgia e performance Conception, Direction, Dramaturgy and Performance: André Masseno Colaboração dramatúrgica e assistência de direção Dramaturgical Collaboration and Direction Assistance: Tuca Pinheiro Desenho de luz Light Design: Renato Machado Direção de arte Art Direction: Fábio Carvalho Figurinos e seleção da trilha sonora Costumes and Soundtrack Selection: André Masseno Direção de produção Production Direction: Verônica Prates Consultoria teórica Theoretical Consulting: Leonardo Davino Programação visual Visual Programming: Karin Palhano Fotos de divulgação e ensaio fotográfico Promoting Photos and Photographic Essay: Nilmar Lage Realização Produced by: Quintal Produções Agradecimentos Acknowledgement: Adriana Banana, Ana Cristina Chiara, Antônio Neto e Família, Caixa Cultural RJ, Claudia Lobo, Espaço Meia Ponta Ambiente, José Martins, Krassen Krastev, Marcelo Castilho Avellar (in memorian), Marisa Godoy, Marisa Monadjemi, Raul Correia, Tanzhaus Zürich, Valéria Martins, Valério Lima, Wagner Ferraz
De um lado, a figura de Gal Costa no álbum Índia, de 1973 (a cantora aparecia de tanga e com adereços indígenas na capa; nos shows, de paetê e rosa no cabelo). De outro, a série fotográfica Antropologia da Face Gloriosa (1973-1996), registros de transe no Carnaval brasileiro feitos por Arthur Omar. Finalmente, a androginia e o humor do grupo Dzi Croquettes, sucesso na década de 1970. É com base na postura corporal do desbunde, dos quais esses três universos criativos compartilham, que André Masseno constrói O Confete da Índia, espetáculo contemplado pelo prêmio Funarte Petrobras de Dança Klauss Vianna (2011). Dialogando com a contracultura e com o espírito antropofágico da Semana de Arte Moderna, em 1922, o solo de Masseno não teme o absurdo. É como se ele buscasse o mesmo êxtase dos rostos fotografados por Arthur Omar, e sua estratégia para encontrá-lo fosse o desbunde de Gal Costa. Seu solo questiona as fronteiras que separam o masculino do feminino, o passado do presente. Com 22 anos de carreira, André Masseno tem combinado elementos do teatro, da literatura, da dança e da performance, apresentando-se em diversos estados brasileiros (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo) e no exterior (Inglaterra, Alemanha, Croácia). On one side, the figure of Gal Costa in the album Índia, from 1973 (the singer appeared wearing a thong and indigenous decorations on the cover; in the shows, she used to wear sequins and a flower in her hair). On the other side, the photographic series entitled Antropologia da Face Gloriosa (1973-1996), trance records of the Brazilian carnival by Arthur Omar. At last, the androgyny and humor of the Dzi Croquettes group, a success during the 70s. It is based on the body posture of furor, which these three creative worlds share, that André Masseno builds O Confete da Índia, a show that received Funarte Petrobras de Dança Klauss Vianna awards in 2011. Dialoguing with the counterculture and with the anthropophagic spirit of the Semana da Arte Moderna of 1922, Masseno’s solo does not fear the absurd. It’s as if he sought the same ecstatic faces photographed by Arthur Omar, and his strategy to find it was Gal Costa’s furor. His solo questions boundaries between male and female, past and present. With 22 years of career, André Masseno has combined elements of the theater, dance and performance, presenting them in several Brazilian states (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo) and abroad (England, Germany and Croatia). Foto: nilmar lage
espetáculos
Duração duration: 60 MIN classificação indicativa: 18 ANOS parental rating: 18
21
de repente fica tudo preto de gente Cinco performers de diferentes partes do mundo se juntam para o espetáculo De Repente Fica Tudo Preto de Gente. Vindos de Teresina, Kyoto, São Paulo, Ipatinga e Amsterdã, eles investigam a ideia de “massa” a partir do livro Massa e Poder (1960), de Elias Canetti. A massa é, segundo Canetti, um fenômeno enigmático e universal. No espetáculo, os corpos que a compõem ficam camuflados, num ambiente escuro, espécie de “buraco negro” onde se encontram performers e público. Corpos pressionados uns nos outros parecem se fundir. Como estão imersos na escuridão, é impossível observá-los em sua individualidade. Sempre muito próximo da ação do grupo, o espectador sente, mais do que vê, essa massa em movimento. O espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna em 2011 e é fruto de uma coprodução entre Brasil, Bélgica e Japão. Marcelo Evelin é bailarino, coreógrafo e diretor. Ele atua como criador residente do Hetveem Theater, em Amsterdã, com sua companhia Demolition Inc. Também é gestor e coordenador do Núcleo do Dirceu, coletivo formado por artistas independentes ligados às artes performáticas em Teresina, Piauí. Five performers from different parts of the world come together for the De Repente Fica Tudo Preto show. Coming from Teresina, Kyoto, São Paulo, Ipatinga and Amsterdam, they investigate the idea of “mass” based on the book Massa e Poder (1960), by Elias Canetti. The mass, according to Canetti, is an enigmatic and universal phenomenon. In the show, the bodies that compose the mass are camouflaged, in a dark environment, a kind of “black pit”, where the performers and the audience are. Bodies pressed against one another seem to merge. As they’re immersed in darkness, it’s impossible to observe their individuality. Always very close to the group action, the audience feels, more than sees, this moving mass. The show was contemplated by the Funarte de Dança Klauss Vianna Awards in 2011 and is the result of a co-production between Brazil, Belgium and Japan. Marcelo Evelin is a ballet dancer, choreographer and director. He works as a resident creator at the Hetveem Theater, in Amsterdam, with his Demolition Inc. Company. He is also the manager and coordinator at Núcleo do Dirceu, a collective composed by independent artists linked to performing arts in Teresina, Piauí.
espetáculos
Foto: sérgio caddah
22
marcelo evelin/ demolition inc. BRASIL – PI reginaveloso@hotmail.com com with: Andrez Lean Ghizze, Daniel Barra, Elielson Pacheco, Hitomi Nagasu, Jell Carone, Loes Van der Pligt, Marcelo Evelin, Marcio Nonato, Regina Veloso, Sérgio Caddah, Show Takigushi, Tamar Blom, Wilfred Loopstra Duração duration: 56 MIN classificação indicativa: 16 ANOS parental rating: 16
23
espetáculos
Marcia Rubin BRASIL – RJ marciarubin@terra.com.br veronica.prates@terra.com.br quintalproducoes.com.br Criação Creation: Marcia Rubin, Marcio Abreu, Pedro Kosovski Coreografia e intérprete Choreography and performance: Marcia Rubin Direção Direction: Marcio Abreu Dramaturgia Dramaturgy: Marcio Abreu, Pedro Kosovski Assistente de Direção Direction Assistant: Verônica Prates Produção musical Musical production: Rodrigo Marçal Iluminação Lighting: Renato Machado Cenário Scenario: André Sanchez Figurino Costumes: Ticiana Passos Preparação de balé clássico Classic ballet preparation: Luciana Ponso Programação visual Visual Programming: Roberto Unterladstaetter Fotos Photos: João Julio Mello Administração e produção Management and production: Quintal Produções / Verônica Prates Idealização Idealization: Marcia Rubin, Pedro Kosovski
espetáculos
Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: 16 ANOS parental rating: 16
24
enquanto estamos aqui Da parceria da coreógrafa e bailarina Marcia Rubin com o diretor de teatro Marcio Abreu (da premiada Companhia Brasileira de Teatro, de Curitiba) e com o dramaturgo Pedro Kosovski (do grupo carioca Aquela Companhia de Teatro) surge o solo Enquanto Estamos Aqui. Criado a partir da investigação sobre o universo onírico e suas analogias com o processo de criação artística, o espetáculo brinca com o jogo fluido dos sonhos em que situações, pessoas, tempo e espaço são intercambiáveis. Em cena, uma grande mesa é transformada em palco. Ao redor dela estão dispostas cadeiras em que os espectadores se acomodam. O público acompanha bem de perto o desenrolar da ação, como se fizesse parte de um ritual. Imagens e devaneios vão transformando o espaço segundo uma lógica própria dos sonhos. É possível captar fragmentos de um discurso poético. Coreógrafa e bailarina formada pela Escola Angel Vianna, especialista em arte e filosofia pela PUC/RJ, Marcia Rubin trafega entre a dança e o teatro. Já foi ganhadora do Prêmio Shell na categoria especial “direção de movimento”, exercendo essa função em espetáculos teatrais como A Lua Vem da Ásia, O Filho Eterno, Escola de Escândalo e Outside. A partnership between choreographer and ballet dancer Marcia Rubin with theater director Marcio Abreu (from the awarded Companhia Brasileira de Teatro, from Curitiba) and with playwright Pedro Kosovski (from the Rio de Janeiro group Aquela Companhia de Teatro) The solo entitled Enquanto Estamos Aqui results from the investigation into the dreamlike world and its analogies with the process of artistic creation. The show plays with the fluid game of dreams in which situations, people, time and space are interchangeable. In scene, a large table is turned into a stage. Around it, there are chairs where spectators sit. The audience closely follows the progress of the action, as if they were part of the ritual. Images and daydreams transform the space according to its own logic of dreams. It’s possible to capture fragments of a poetic discourse. A choreographer and ballet dancer graduated from Escola Angel Vianna, specialized in art and philosophy from PUC in Rio de Janeiro, Marcia Rubin moves from dance to theater. She has already received the Shell award in the special category of “movement direction” of theater plays such as A Lua Vem da Ásia, O Filho Eterno, Escola de Escândalo and Outside.
espetáculos
Foto: joão julio mello
25
espetáculos
exhibition
26
Cláudia Müller BRASIL – RJ contato@claudiamuller.com claudiamuller.com Concepção e criação Conception and direction: Cláudia Müller Colaboração Collaboration: André Masseno, Tuca Pinheiro Colaboração dramatúrgica Dramaturgical collaboration: Micheline Torres Assistência Assistance: Ana Paula Emerich, André Masseno Vídeos e programação visual Videos and visual programming: Theo Dubeux Edição de vídeo (2ª versão) Video edition (2nd version): Osmar Zampieri Música Soundtrack: Ehma, Ogg Vorbis Fotos Photos: Nelson Falcão Consultoria de marketing Marketing consulting: Adriana Godinho, Flavio Cotrim Produção executiva Executive Production: Cais Produção Cultural Direção de produção Production Direction: José Renato Fonseca de Almeida Assistente de produção Production Assistance: Petterson Costa Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: LIVRE parental rating: all ages
Exhibition é uma invenção em que o espetáculo restringe-se ao papel de coadjuvante. O vernissage, o coquetel, a crítica e a notícia tomam a cena como elementos de um universo de aparências. O espectador é levado a questionar aspectos geralmente ocultos nos trabalhos de dança, tais como: o que legitima uma obra de arte? O que se espera quando se vai a um espetáculo de dança? Como as forças da mídia transformam uma obra em produto vendável? Afinal, qual é o papel do artista, do crítico, do curador, do público, da mídia e do espaço destinado à arte (instituição, museu, teatro, galeria)? Exhibition pretende dar visibilidade aos agentes desse sistema. Cláudia Müller é uma artista envolvida em projetos de dança, performance, vídeo e instalação. Mestra em artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde trabalha como professora do Instituto de Artes, ela se interessa pelas relações entre arte e cotidiano. Já atuou como intérprete-criadora em companhias de São Paulo e do Rio de Janeiro. Desde 2000, desenvolve seus próprios trabalhos, apresentados em festivais no Brasil e no exterior. Exhibition is an invention in which the show is restricted to the supporting role. The vernissage, the cocktail, the critics and the news take over the scene as elements of a universe of appearances. The audience is taken to question aspects that are generally hidden in dance works: What legitimates a work of art? What do people expect when they go see a dance show? How can media forces turn a work into a saleable product? After all, what is the role of the artist, critic, curator, public, media and space dedicated to art (institution, museum, theater, gallery)? Exhibition intends to give visibility to the participants of this system. Claudia Müller is an artist involved in dance projects, performance, video and installation. Master in Arts from the Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), where she works as a professor at the Art Institute, she is interested in the relations between art and everyday life. She has already worked as performer-creator in companies in São Paulo e Rio de Janeiro. Since 2000, she’s been developing her own projects, which are presented in festivals in Brazil and abroad.
espetáculos
Fotos: nelson falcão
27
grupo cena 11 cia. de dança
BRASIL – SC
espetáculos
carta de amor ao inimigo
28
Esta edição da Bienal celebra os 20 anos do Grupo Cena 11 Cia. de Dança apresentando ao público suas três criações mais recentes
Duração duration: 70 MIN classificação indicativa: 14 ANOS parental rating: 14
Em Carta de Amor ao Inimigo, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança se move amparado em perguntas e entendimentos sobre o que é estar junto. A insistência nos encontros de opostos gera uma unidade instável e por vezes descontrolada. Na negociação entre os corpos dos bailarinos, o colapso se apresenta como resposta-limite. Mantendo-se atentos e com prontidão de percepção, os intérpretescriadores respondem com sinceridade às situações de risco e de interdependência que se apresentam constantemente. Evidenciase, assim, a disponibilidade para o outro e para o acaso. Uma multiplicidade de encontros que revelam a força, a fragilidade e a falibilidade tanto do corpo quanto das relações. O espetáculo surge das condições que vão se estabelecendo entre os bailarinos e no confronto deles com o espaço, a luz, o som e o ambiente, que atuam como cúmplices do movimento. A célebre frase de Nietzsche, segundo a qual “ter fé é dançar na beira do abismo”, funciona como premissa para o Cena 11. O grupo se move nesse limiar, como se acreditasse que uma outra dança é possível no devir das coisas. Sediado em Florianópolis, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança completa 20 anos em 2013. Com Carta de Amor ao Inimigo, dirigido por Alejandro Ahmed, o grupo recebeu o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) por sua trajetória na dança. A companhia já se apresentou em diversas cidades do Brasil e do exterior, sendo reconhecido por sua contundente pesquisa em dança. In Carta de Amor ao Inimigo, Grupo Cena 11 Cia. de Dança moves supported by questions and understandings about what it means to be together. The insistence on encounters of opposites generate an unstable and, sometimes, uncontrolled unit. In the negotiation between the bodies of the dancers, the collapse presents itself as a limit response. Staying alert and with prompt perception, the performers-creators respond sincerely to risk and interdependence situations that constantly arise. Thus, the openness to others and to chance is evident. Multiple encounters that reveal strength, fragility and fallibility of both the body and the relations. The show emerges from the conditions that are established between the dancers and in their confrontation with the space, light, sound and atmosphere, which act as accomplices of the movement. The famous quote from Nietzsche, according to which ““faith is dancing on the edge of the abyss”, works as a premise for Scene 11. The group moves in this threshold, as if they believed that another dance is possible in the become of things. Based in Florianópolis, Grupo Cena 11 Cia. de Dança completes 20 years in 2013. With Carta de Amor ao Inimigo, directed by Alejandro Ahmed, the group received an award from the São Paulo Association of Art Critics (APCA) for its path in dance. The company has performed in several cities in Brazil and abroad, being recognized for its decisive research in dance. Foto: cristiano prim
APOIO SUPPORTED BY:
espetáculos
Direção artística e coreografia Art direction and choreography: Alejandro Ahmed Elenco e coreografia Cast and choreography: Adilso Machado, Aline Blasius, Anderson do Carmo, Jussara Belchior, Karin Serafin, Marcos Klann, Mariana Romagnani Assistência de criação Creation assistance: Mariana Romagnani Assistente de ensaio Rehearsal assistant: Malu Rabelo Iluminação e ambiência sonora Light and soundtrack: Hedra Rockenbach Figurino Costumes: Felipe Caprestano, Karin Serafin Vídeo e Projeção Video and Projection: Alejandro Ahmed Fotos Photos: Cláudia Shimura, Cristiano Prim Imagens Images: Cristiano Prim, Mariana Romagnani Coordenação de montagem e operação de som e luz Assembly coordination and sound & light operation: Hedra Rockenbach Interlocução teorico-prática para o projeto “SIM” (2010) Theoretical and practical dialogue for the “SIM” project (2010): Fabiana Dultra Britto Cabelos Hair: Robson Vieira Sede e preparação técnica Headquarters and technical preparation: Jurerê Sports Center
29
grupo cena 11 cia. de dança
BRASIL – SC
SIM - AÇÕES INTEGRADAS DE CONSENTIMENTO PARA OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA
espetáculos
Direção artística e coreografia Art direction and choreography: Alejandro Ahmed Elenco e coreografia Cast and choreography: Adilso Machado, Aline Blasius, Anderson do Carmo, Jussara Belchior, Karin Serafin, Marcos Klann, Mariana Romagnani Ambientação cênica e sonora Scenic and sound ambiance: Hedra Rockenbach Figurinos Costumes: Karin Serafin Criação e operação de vídeo Creation and video operation: Alejandro Ahmed Material gráfico Graphic Material: Pedro Franz Fotos e operação de câmera Photos and camera operation: Cristiano Prim Interlocução teórico-prática Theoretical and practical dialogue: Fabiana Dultra Britto Cabelos Hair: Robson Vieira Sede e preparação técnica Headquarters and technical preparation: Jurerê Sports Center Coprodução Co-production: Sesc São Paulo
30
Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: 14 ANOS parental rating: 14
Resistir à solenidade do espetáculo, ao conforto do entendimento óbvio. Esse é o norte de SIM – Ações Integradas de Consentimento para Ocupação e Resistência. Com esse trabalho, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança rompe com a tradicional divisão entre palco e plateia, levando bailarinos e espectadores a compartilharem o mesmo espaço cênico. Assim, o público passa a ocupar um papel ativo nas situações coreográficas. Torna-se, ao mesmo tempo, cúmplice dos bailarinos e objeto das ações por eles propostas. Todos precisam se adaptar a um espaço cênico instável e aos novos parâmetros que a apresentação instaura. Retirado de seu lugar confortável e passivo, o espectador transforma-se em agente, tomando parte das intricadas relações da obra. Ele interfere e sofre interferência dos estados emocionais dos demais participantes, de seus comportamentos e ações. A relação do público com os métodos de criação da companhia é responsável pela construção da dramaturgia. Espaço cênico, dança, criação e espetáculo ganham novas possibilidades de entendimento. SIM surgiu de um intercâmbio com a Impure Company, dirigida por Hooman Sharifi, em 2008. Resisting to the solemnity of the spectacle, to the comfort of the obvious understanding. This is the direction of SIM - Ações Integradas de Consentimento para Ocupação e Resistência. With this work, Grupo Cena 11 Cia. de Dança breaks the traditional division between stage and audience, making dancers and spectators share the same stage space. This way, the audience starts to have an active role in the choreographic situations. At the same time, they become both accomplices of dancers and subject to actions proposed by them. Everybody needs to adapt to an unstable scenic space and to new patterns established by the performance. Deprived from their comfortable and passive place, the spectators turn into participants, taking part in the intricate relations of the show. They interfere and suffer interference of emotional states of other participants, their behaviors and actions. The relationship of the public with the creation methods of the company is responsible for building the drama. The scenic area, dance, creation and show gain new understanding possibilities. SIM was created from an exchange with the Impure Company, directed by Hooman Sharifi in 2008. Foto: cristiano prim
espetáculos
Esta edição da Bienal celebra os 20 anos do Grupo Cena 11 Cia. de Dança apresentando ao público suas três criações mais recentes
31
grupo cena 11 cia. de dança
BRASIL – SC
sobre expectativas e promessas O bailarino e coreógrafo Alejandro Ahmed tinha 22 anos quando participou da fundação do grupo Cena 11 Cia. de Dança, que dirige até hoje. No solo Sobre Expectativas e Promessas, ele busca reconhecer em seu próprio corpo as marcas dos processos de criação da companhia, e ao mesmo tempo se deixa influenciar pelos corpos dos bailarinos que a integram. Questiona, dessa maneira, as ideias de identidade e de aparência. Com trajetória consolidada na direção e criação em dança e afastado dos palcos desde 2009, Ahmed cria Sobre Expectativas e Promessas em busca do apagamento de uma identidade rígida, na tentativa de transformar-se em vestígio, de tornar-se potência. Ainda que se trate de um solo, novas possibilidades de existência parecem emergir como num diálogo: o coreógrafo relaciona-se com o tempo, o ambiente e o movimento como se encontrasse outra maneira de exercitar sua relação com o Cena 11. No espetáculo, ele divide o palco com Hedra Rockenbach, também integrante do grupo, que executa e compõe a trilha sonora ao vivo, a partir dos sons e ruídos da performance. “Promessas” e “expectativas” apontam na direção de um futuro, por vezes incerto, em que a crença no porvir se faz necessária e o encontro com o passado impulsiona, a cada instante, novas possibilidades. O projeto teve o apoio do Rumos Itaú Cultural Dança de desenvolvimento de pesquisa para criação (2012-2014).
Ballet dancer and choreographer Alejandro Ahmed was 22 years old when he participated in the foundation of group Cena 11 Cia. de Dança, which he directs until today. In the solo Sobre Expectativas e Promessas, he seeks to recognize in his own body scars of the company’s creative process and, at the same time, he allows to be influenced by the bodies of dancers that compose this creation. Thus, he questions identity and appearance ideas. With a career consolidated on dance direction and creation and out of stage since 2009, Ahmed creates Sobre Expectativas e Promessas in search of the end of a strict identity, trying to turn himself into traces, potential. Although it is a solo, new possibilities of existence seem to emerge as a dialogue: the choreographer relates to the time, atmosphere and movement, as if he found another way to exercise his relation with the Cena 11 group. In the show, he shares the stage with Hedra Rockenbach, another component of Cena 11, who executes and composes the soundtrack live, from the sounds and noises of the performance. “Promises” and “expectations” point toward a future, sometimes uncertain, where belief in things to come is necessary and the encounter with the past drives, at every moment, new possibilities. The project was supported by Rumos Itaú Cultural Dança for the development and research of creation (2012-2014).
espetáculos
Foto: karin seraf
32
Esta edição da Bienal celebra os 20 anos do Grupo Cena 11 Cia. de Dança apresentando ao público suas três criações mais recentes
Criação, direção e performance Creation, direction and performance: Alejandro Ahmed Assistência de direção, criação e ensaios Direction, creation and rehearsal assistance: Mariana Romagnani Iluminação, trilha sonora e direção de cena Lighting, soundtrack and scene direction: Hedra Rockenbach Máscaras Masks: Maurício Magagnin Pesquisa compartilhada Shared research: Grupo Cena 11 Cia. de Dança Preparação técnica e ensaios technical preparation and rehearsals: Grupo Cena 11 Cia. de Dança, Jurerê Sports Center Essa pesquisa coreográfica foi desenvolvida com subsídio do Programa Rumos Dança 2012/2014 do Itaú Cultural This choreographic research was developed with financial support of the Rumos Dança Program 2012/2014 of Itaú Cultural
cena11@cena11.com.br
espetáculos
Duração duration: 40 MIN classificação indicativa: livre parental rating: 14
33
o homem vermelho Depois de 22 anos trabalhando como bailarino, figurinista, cenógrafo e assistente nas criações do coreógrafo João Saldanha para a Atelier de Coreografia, Marcelo Braga descobriu um linfoma raro e precisou afastar-se das atividades do grupo. O solo O Homem Vermelho é resultado do processo do tratamento, uma experiência de isolamento e solidão. Enquanto esteve doente, o artista, impossibilitado de se mover, passou a observar o mundo a partir de seu apartamento, em Copacabana. Durante o espetáculo, é exibido o vídeo O Homem Vermelho, criado para Braga pelo cineasta Walter Carvalho, mostrando o bailarino em sua última sessão de radioterapia. O espetáculo conta com a colaboração da atriz Simone Spoladore na dramaturgia, do músico Domenico Lancellotti na trilha sonora e da bailarina Laura Samy, que fez a assistência de direção. Na narrativa do solo, momentos marcantes da trajetória do bailarino são revisitados com humor. O palco é povoado por máscaras com rostos de artistas importantes para Braga, que se transforma em alguns deles em cena, ao mesmo tempo em que sua pele, filmada em extremo close, funciona como pano de fundo. O Homem Vermelho foi vencedor dos prêmios Fada (2011) e Klauss Vianna (2012). After 22 years working as a ballet dancer, costume designer, set designer and assistant to the creations of choreographer João Saldanha for Atelier de Coreografia, Marcelo Braga discovered a rare lymphoma and had to quit his participation in the group’s activities. The solo O Homem Vermelho is a result of his treatment process, an experience of isolation and solitude. While he was sick, the artist, unable to move, began to observe the world from his apartment in Copacabana.
espetáculos
During the show, the video O Homem Vermelho is displayed, created for Braga by cinematographer Walter Carvalho, showing the dancer in his last radiotherapy session. O Homem Vermelho has the collaboration of actress Simone Spoladore in dramaturgy, musician Domenico Lancellotti in the soundtrack, and dancer Laura Samy, who was the direction assistant.
34
In the solo narrative, memorable moments of the dancer’s career are remembered with humor. The stage is populated by masks with the faces of artists that were important to Braga, which turns into a few of them on the scene, while his skin, filmed in extreme close, serves as a backdrop. O Homem Vermelho is the winner of Fada (2011) and Klauss Vianna (2012) awards. Foto: renato mangolim
Marcelo Braga BRASIL – RJ magobraga@hotmail.com Criação, movimento, texto, luz, figurino, espaço cênico Creation, movement, text, light, costume, scenic space: Marcelo Braga Assistente de criação e movimento Creation & movement assistant: Laura Samy Colaboração dramatúrgica Dramaturgical collaboration: Simone Spoladore Filme Movie O Homem Vermelho: Walter Carvalho Imagem Image: Ding Musa Edição Edition: Leonardo Gudel Trilha original Original soundtrack: Domenico Lancellotti Baixo acústico e elétrico Acoustic and electric bass: Alberto Continentino Guitarras Guitars: Pedro Sá Bateria, voz, percussão Drums, voice, percussion: Domenico Lancellotti Gravação e mixagem Recording and mixing: Igor Ferreira/Estúdio Jimo/RJ Objeto sonoro Sound object: Michel Groisman Máscaras Masks: Marina Vergara Designer gráfico Graphic designer: Roberto Unterladstaetter Fotos e imagem pele Photos and images of the skin: Renato Mangolin Poesia do leite Milk poetry: Christophe Tarkos Sonoplastia Sound effects: Thiago Tafuri Operação de luz Light Operation: renato ramos Confecção figurino Costumes: Lúcia Lima Cenotécnico Stage Technician: Custódio Vieira Realização Produced by: Casulo Produções Duração duration: 55 MIN classificação indicativa: 14 ANOS parental rating: 14
35
espetáculos
espetáculos
HOT 100 THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS 36
Cristian Duarte BRASIL – SP crisduarte.brasil@gmail.com andreolli.rodrigo@gmail.com cristianduarte.net
Produzido originalmente para o 15º Cultura Inglesa Festival Originally produced for the 15th Festival of Cultura Inglesa Para conhecer a lista dos 100 coreógrafos-obras: lote24hs.net/hot100 To access the list of 100 choreographer works: lote24hs.net/hot100 Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Em Hot 100 – The Hot One Hundred Choreographers Cristian Duarte vivencia corporalmente os cem coreógrafos que influenciaram sua história na dança: da alemã Pina Bausch à cantora e dançarina norteamericana Beyoncé, do bailarino Mikhail Baryshnikov à criadora brasileira Marta Soares. O espetáculo se inspirou em The Hot One Hundred, painel colorido criado pelo artista escocês Peter Davies, elencando artistas e obras fundamentais para ele. Como procedimento de criação, Cristian fez seu próprio ranking. “Devorou” vários ícones da dança. Em cena, ele negocia com seu corpo em movimento a fim de compor com as tendências que influenciaram sua formação. O público é levado a jogar junto, lançando mão de seu próprio repertório. Guiado pelo pensamento de Umberto Eco no livro Vertigem das Listas, o solo põe em cena a lista de Cristian Duarte, em que os itens aparecem de forma fragmentada e vertiginosa, ganhando congruência no corpo do performer. O espetáculo recebeu prêmio de melhor criação em dança pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2011. In Hot 100 - The Hot One Hundred Choreographers Christian Duarte embodies the 100 choreographers who have influenced his work as a dancer: from the German choreographer, Pina Bausch, to the North American singer and dancer, Beyoncé - from the ballet dancer, Mikhail Baryshnikov, to the Brazilian artist, Marta Soares. The show was inspired by the Hot One Hundred, a colorful piece created by Scottish artist Peter Davies, listing artists and works which were essential to his development. As part of his creative process, Christian prepared his own ranking. He “devoured” several dance icons. On stage, his bodily motions incorporate the work which has influenced his development. And the audience is taken along for the ride, giving up on their own repertoire. Guided by Umberto Eco’s perspective in the book, The Infinity of Lists, this solo piece places Christian Duarte’s own list on stage, in which list items appear in a fragmented and offsetting manner, achieving congruence in the performer’s body. The show received the Best Dance Piece Award from the São Paulo Association of Art Critics (APCA) in 2011. Foto: carol mendonça
espetáculos
Proposição, criação e performance Proposition, creation and performance: Cristian Duarte Colaboração e criação Collaboration and creation: Rodrigo Andreolli Iluminação Lighting: André Boll Edição da trilha Soundtrack edition: Tom Monteiro Design e conceito do site Website design and concept: Cristian Duarte, Rodrigo Andreolli Webdesign e programação Webdesign and program: Roberto Winter Hot contribuições Hot contributions: Bruno Freire, Júlia Rocha, Tarina Quelho Figurino Costumes: Cristian Duarte Fotografia Photography: Carolina Mendonça Produção artística Art production: Cristian Duarte, Rodrigo Andreolli Apoios/Agradecimentos Support/ Acknowledgements: Artist Faculty program at School of Dance – Herberger Institute at Arizona State University/ USA, Simon Dove, Universidade Anhembi Morumbi, Valéria Cano Bravi, PUC-SP – Artes do Corpo, Rosa Hércoles, Peter Davies e mais de cem coreógrafos
37
nosotres Não por acaso, a bailarina e coreógrafa chilena Javiera Peón-Veiga decide formar um trio de bailarinos para interrogar conceitos de gênero e sexo. O resultado é n o s o t r e s, trabalho colaborativo cuja proposta é desarticular oposições binárias, como masculino e feminino, ativo e passivo, heterossexual e homossexual, entendidas como construções socioculturais, pondo ênfase no papel do “e”, do que está entre as categorias, do que foge às dicotomias. Através do movimento da pelve e de suas repercussões no corpo, os dançarinos trabalham noções como repetição, transformação, identidade sexual e gênero unívoco. Futurista e andrógino, o figurino ajuda a neutralizar as diferenças entre os gêneros, mas não apaga as diferenças entre os corpos dos bailarinos em cena. A intenção do grupo é celebrar o corpo como potencialidade, em permanente reinvenção. Por outro lado, o palco também pode ser visto como um corpo cênico. Formada pela London Contemporary Dance School, no Reino Unido, Javiera Peón-Veiga estudou coreografia no Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers, na França, e fez uma residência na Cité Internationale des Arts, em Paris. Criação de 2012, n o s o t r e s tem o financiamento do Fondart, conselho chileno para a cultura e as artes, e já foi apresentado em festivais em Valparaíso, Santiago, Montevidéu e Berlim.
espetáculos
Foto: sebastián vial
38
Not coincidentally, the Chilean dancer and choreographer, Javiera Peón-Veiga, decided to form a dance trio to explore concepts of gender and sex. The result is n o s o t r e s, a collaborative work which aims to disrupt binary opositions, such as male and female, top and bottom, heterosexual and homosexual, understood as being socio-cultural constructions, placing emphasis on the role of the “and”, what falls between categories, and what departs from dichotomies. Through pelvic movements and their repercussions throughout the body, the dancers work through the ideas of repetition, transformation, and sexual and gender identity. Futuristic and androgynous, the costumes help to neutralize differences between genders; however they do not erase differences between the dancers’ bodies onstage. The group’s intention is to celebrate the body as a possibility for permanent reinvention. On the other hand, the stage as well can be seen as a scenic body. Trained at the London Contemporary Dance School, in the United Kingdom, Javiera Peón-Veiga studied choreography at the Angers National Center for Contemporary Dance in France, and was artist in residence at the Cité Internationale des Arts, in Paris. Created in 2012, n o s o t r e s is supported financially by Fondart, a Chilean council for culture and arts, and was performed in festivals in Valparaiso, Santiago, Montevideo and Berlin.
Javiera Peón-Veiga chile nosotres@nosotres.cl nosotres.cl Concepção e direção Conception and direction: Javiera Peón-Veiga Pesquisa e criação Research and Creation: Aische Schwarz, Johnatan Inostroza, Macarena Campbell Interpretação Performance: Javiera Peón-Veiga, Johnatan Inostroza, Macarena Campbell Desenho integral Integral design: Antonia Peón-Veiga, Claudia Yolín Criação sonora Sound creation: Angélica Vial Documentação e acompanhamento teórico Theoretical documentation and monitoring: Natalia Ramírez Püschel Fotografia Photography: Fabián Cambero, Sebastián Vial Webdesigner e vídeo promocional Web designer and promotional video: Andy Dockett Registro audiovisual e vídeo promocional Audiovisual recording and promotional video: Paulo Fernández Direção geral de produção Production Direction: Anne Reungoat Comunicação e imprensa Communication and Media Relations: VC Comunicaciones Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: 18 anos parental rating: 18
39
espetáculos
Cia. Dani Lima BRASIL – RJ ciadanilima.com.br Direção Direction: Dani Lima Intérpretes-criadores Performers/ creators: Carla Stank, Laura Samy, Lindon Shimizu, Renato Linhares Assistência de direção Direction Assistance: Keli Freitas Ambientação Setting: Erika Schwarz, João Modé Direção musical Musical Direction: Rafael Rocha, Rodrigo Marçal Figurinos Costumes: Valéria Martins Iluminação Lighting: Renato Machado Direção de produção Production Direction: Bárbara Fontana Operadora de luz Light Operator: Tamara Torres Operador de som Sound Operator: David Cole Programação visual Visual Programming: João Modé Fotos Photos: Renato Mangolin Realização Produced by: Cia. Dani Lima
espetáculos
Duração duration: 60 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
40
bienal para
pequena coleção de todas as coisas
crianças biennial for kids
Primeiro espetáculo infantil da Cia. Dani Lima, Pequena Coleção de Todas as Coisas une duas atitudes fundamentais no percurso o grupo carioca, criado em 1997. De um lado, uma investigação permanente de gestos cotidianos, que já constitui um vocabulário próprio. De outro, a tendência de organizá-los na forma de listas, o que remete ao ensaio do italiano Umberto Eco, A Vertigem das Listas, uma interrogação sobre a obsessão humana por classificar e os critérios que norteiam os inventários. O trabalho, que estreou em maio de 2013 no Espaço Sesc, no Rio de Janeiro, é uma adaptação para as crianças de Pequeno Inventário de Lugares-Comuns (2009) que, junto com Coreografia para Prédios, Pedestres e Pombos (2010) e 100 Gestos (2012), integram o projeto que a companhia tem de construir uma “poética cotidiana do corpo”. Na versão infantil, quatro bailarinos inventam categorias para ordenar diversos objetos espalhados pelo palco – do bule de café à fita métrica, do capacete de ciclista ao pacote de bolacha. É um desafio à percepção da plateia, um convite para enxergar de maneira diferente utensílios banais do dia a dia, prestando atenção nas cores, formas, texturas e potencialidades. Pequena Coleção de Todas as Coisas tem direção da coreógrafa e bailarina Dani Lima, fundadora e exintegrante do coletivo de atores-acrobatas Intrépida Trupe. Dani Lima Co.’s first children’s show, Pequena Coleção de Todas as Coisas unites two attitudes characteristic of this Rio de Janeiro group, created in 1997. On one hand, it is a permanent investigation into day to day, routine gestures, which in and of themselves, constitutes a unique vocabulary. On the other hand, it’s an attempt to organize these gestures into lists, recalling the work of Italian artist Umberto Eco in his The Infinity of Lists, an exploration into the human obsession with classification.
Pequena Coleção de Todas as Coisas is directed by the choregrapher and dancer, Dani Lima, founder and former member of the actoracrobat collective Intrépida Trupe. Foto: renato mangolin
espetáculos
The piece, which premiered in May of 2013 at the Espaço Sesc in Rio de Janeiro, is an adaptation for children of the Pequeno Inventário de Lugares-Comuns (2009) which, together with Coreografia para Prédios, Pedestres e Pombos (2010) and 100 Gestos (2012), became part of the company’s project aimed at creating a “quotidian poetry for the body”. In the children’s version, four dancers invent categories for sorting a variety of objects spread out across the stage - from a coffee pot to a tape measure; a bicycle helmet to a pack of cookies. It is a challenge from the audience’s standpoint: an invitiation for viewing the banaities of daily life in a different way, paying attention to colors, forms, textures and possibilities.
41
bienal para
crianças
biennial for kids
poemAS CINéticos Grupo Lagartixa na Janela BRASIL – SP lagartixanajanela@gmail.com Coordenação Artística Art Coordination: Uxa Xavier Interpretação e criação Performance and creation: Andrea Fraga, Barbara Schil, Suzana Bayona, tatiana cotrim, Thais Ushirobira Fotos Photos: Silvia Machado Produção Production: Talita Bretas Duração duration: 40 MIN classificação indicativa: LIVRE parental rating: all ages
Destinada ao público infantil, a performance Poemas Cinéticos ocorre em parques, praças ou outros espaços públicos. Tanto as ações das bailarinas quanto a simples cenografia montada baseiam-se fundamentalmente no diálogo com as dimensões arquitetônica e simbólica dos lugares em que se apresentam, de forma que a intervenção é em grande parte determinada pelas especificidades de cada local. A intenção é estimular a imaginação do público com base na contemplação do espaço, na memória que ele encerra e nos sentidos que ele desperta. Em atividade desde 2010, Lagartixa na Janela tem, dentro do universo dança contemporânea, um duplo foco: educação e criação. As performances em site specific, cujo pilar é a interface entre dança e arquitetura, logo se revelaram o eixo principal do grupo. Sempre voltadas para as crianças, as intervenções criadas pelo coletivo já ocuparam parques da capital paulista, como o Villa-Lobos e o da Aclimação, além de espaços públicos de cidades como Santos, Guarulhos, Caconde, São José do Rio Preto e Barra Bonita
espetáculos
Geared towards children, Poemas Cinéticos performances take place in parks, squares and other public places. Both the dancer’s actions as well as the simple sets are fundamentally based on the dialogue with the arquitetonic and symbolic dimensions of the places in which the show is performed, in a manner in which the intervention is shaped and determined by the specifications of each locale. The intention is to stimulate the audience’s imagination, based on the contemplation of space, the memories which it contains and the feelings which it awakens.
42
Active since 2010, Lagartixa na Janela has, within the world of contemporary dance, a double focus: education and creation. Performances are site-specific, and based on the interface between dance and architecture, which has come to be one of the group’s defining characteristcs. Always focused on the children, interventions created by the collective already occupy parks in the capital of São Paulo, such as the Villa Lobos and Aclimação Parks, in addition to public spaces in cities like Santos, Guarulhos, Caconde, São José do Rio Preto and Barra Bonita. Foto: silvia machado
43
espetáculos
a projetista
Dudude BRASIL – MG jackiecastro@uol.com.br
espetáculos
Concepção, intérprete Conception/ Performance: Dudude Direção Direction: Cristiane Paoli Quito Assistência de direção Direction Assistant: Lydia Del Picchia Figurino Costumes: Marco Paulo Rolla Trilha sonora Soundtrack: Danilo Penteado, Natalia Mallo Desenho de luz Light Design: Bruno Cerezoli Vídeos Videos: Frederico Herrmann, Joacélio Batista Cenotécnica Stage Technician: Helvécio Izabel Costureira Tailor: Mércia Louzeiro Desenho gráfico Graphic Design: Alexandre Abrahão [Chei] Foto Photos: Guto Muniz Assessoria de comunicação Communications Assistance: Joyce Athié Produção executiva Executive Production: Ludmilla Ramalho Direção de produção Production Direction: Jacqueline de Castro
44
Duração duration: 60 MIN classificação indicativa: 12 ANOS parental rating: 12
Dancer, choreagrapher and performer, Dudude, began her dance studies in the 70s. In 1992, she created the Benvinda Cia. de Dança Company in the city of Belo Horizonte, which performed until 2007. Former Ministry of Culture grant recipient for her project entitled Virtuose 2000, she has renounced her surname and goes only by the name Dudude in her show, A Projetista, a solo piece. This piece is her first work following the closing of activity at her dance studio and of her company. If examining its Latin roots, the verb “projetar” means “to throw out, to throw far from oneself”. But in its current usage, it can signify both the exhibition of a film on a movie screen or a theatre actor making his/her voice heard in the back of a theatre, conveying as well the ideas of formulating, plannning and calculating something. The ambiguous charcter of the word is put into play in A Projetista. In it, Dudude’s theme is the condition of the current-day dancer: beyond dancing, projects must be realized; to have ideas, put them down on paper, fund them, make them concrete. In this solo, Dudude appears onstage as a mature artist who projects herself into the future and tries to fulfill her desires while confronting current standards through notices, incentive laws, forms, etc. Foto: guto muniz
Bailarina, coreógrafa e performer, Dudude iniciou seus estudos de dança nos anos 1970. Em 1992, criou na capital mineira a Benvinda Cia. de Dança, que funcionou até 2007. Ex-bolsista do Ministério da Cultura com o projeto Virtuose 2000, ela agora abdica do sobrenome e apresenta-se apenas como Dudude no solo A Projetista. Trata-se de seu primeiro trabalho depois de encerrar as atividades de seu estúdio de dança e de sua companhia. Se em sua origem latina o verbo projetar significa “jogar para fora, atirar para longe”, em seu uso atual ele vale tanto para a ação de exibir um filme sobre uma tela de cinema quanto para o ator de teatro que deve lançar sua voz em direção à plateia, contendo ainda os significados de idealizar, planejar, calcular. O caráter polissêmico da palavra é posto em evidência em A Projetista. Nele, Dudude tematiza a condição do bailarino hoje em dia: além de dançar, é preciso fazer projetos, ter ideias, colocá-las no papel, financiá-las, executá-las.
espetáculos
Neste solo-monólogo, Dudude coloca-se em cena como uma artista em sua maturidade, que se projeta para o futuro e tenta realizar seus desejos diante das normas vigentes, em meio à logica de editais, leis de incentivo, formulários etc.
45
espetáculos
o que o corpo não lembra 46
WHAT THE BODY DOES NOT REMEMBER
Primeiro trabalho de Wim Vandekeybus à frente de sua companhia, o espetáculo O que o Corpo Não Lembra estreou em 1987 e recebeu o renomado prêmio Bessie Awards, em Nova York, no ano seguinte. Mais de duas décadas depois, o grupo remonta o trabalho com um novo elenco e viaja o mundo em uma turnê internacional.
ultima vez
Então aos 23 anos, o jovem coreógrafo inspirou-se em situações que fogem ao controle, como os segundos que antecedem um acidente e uma paixão súbita, para sua criação. A vontade de usar experiências únicas como base de um trabalho de dança é por si um paradoxo, já que o evento teatral é, de certa forma, reprodutível e controlado. De todo modo, durante a peça, são mantidos o frescor da decisão, a atenção e a intensidade da vida real. Pode-se perceber a força dos confrontos entre os bailarinos e a ousadia na relação que eles nutrem com a música e a coreografia, como se não houvesse distinção entre o que se dá no presente e o que foi programado.
Direção, coreografia e cenografia Direction, choreography and setting: Wim Vandekeybus Apresentado por Presented by: Aymara Parola, Damien Chapelle, Eddie Oroyan, Livia Balazova, Maria Kolegova, Pavel Masek, Ricardo Ambrozio, Tanja Marín Friðjónsdóttir, Zebastián Méndez Marín Música original Original music: Peter Vermeersch, Thierry De Mey Diretor de ensaio Rehearsal Director: Eduardo Torroja Figurino Costumes: Isabelle Lhoas Assistente ASSISTANT: Frédérick Denis Iluminação na turnê Tour lighting: Davy Deschepper Som na turnê Tour sound: Bram Moriau Produção Production: Ultima Vez Coprodução Co-production: KVS Apoio Supported by: Charleroi Danses Agradecimentos Acknowledgement: Louise De Neef Apoio Supported by: The Flemish Authorities, The Flemish Community Commission of the Brussels Capital Region (BE) Produção no Brasil Production in Brazil: Cena Cult Produção executiva Executive Production: Julia Gomes
Wim Vandekeybus’ first work, O Que O Corpo Não Lembra, premeired in 1987, and received the pretigious Bessie Award in New York the following year. More than two decades later, the group performed the show again with a new cast, and travelled the world on an international tour. At 23 years of age, the young choreographer found creative inspiration in situations which were completely out of his control, such as in the seconds before an accident or a sudden passionate affair. The willingness to use unique experiences as the basis for a dance piece is itself a paradox, being that the theatrical event is, in a way, reproducible and controlled. During the piece, the spontaneity of decision making, attention and the intensity of real life are all maintained. Conflict between dancers is apparent as well as the boldness in which they create relationships between the music and choreography, as if there were no distinction between what is happening in the present and what was planned in advance. Risk, agression and emotion are all alive and transgress the years to make O que O Corpo Não Lembra a living, breathing work which is still relevant today. The Ultima Vez Company is directed by the choreographer Wim Vandekeybus, known for his work in film and for welcoming references from other artistic areas. Foto: danny willems
ultimavez.com
CRÉDITOS ORIGINAIS (1987) ORIGINAL CREDITS (1987) Direção Directed by: Wim Vandekeybus Apresentado por Presented by: Charo Calvo, Marian Del Valle, Yves Delattre, Patrick Dieleman, Maria Icaza, Dorothée Morel, Caroline Rottier, Simone Sandroni, Eduardo Torroja, Wim Vandekeybus Também apresentado por Also presented by: Muriel Hérault, Nicolas Crow Música Music by: Peter Vermeersch, Thierry De Mey Executada por Executed by: Maximalist ! Assistente de direção Direction assistance by: Eduardo Torroja Assistente geral General Assistance by: Octavio Iturbe Direção de palco Stage Direction by: Pascal Joris Produção Ultima Vez Ultima Vez Production: Louise De Neef, Nadia Cornelis Coprodução Co-production by: Centro di Produzione Inteatro Polverigi; Festival de Saint-Denis; Festival d’Eté de Seine-Maritime; Toneelschuur Produkties Haarlem Apoio Supported by: Vlaams Theater Circuit Duração duration: 1h20 classificação indicativa: 12 anos parental rating: 12
espetáculos
O risco, a agressividade e a emoção viva atravessam os anos e fazem de O que o Corpo Não Lembra uma obra atual e pulsante. A companhia Ultima Vez é dirigida pelo coreógrafo Wim Vandekeybus, reconhecido por sua produção no cinema e por acolher referências de outras áreas artísticas.
bélgica
47
a sagração da primavera
LE SACRE DU PRIMTEMPS
Em A Sagração da Primavera, o corpo de Xavier Le Roy parece traduzir cada nota do balé composto por Igor Stravinsky, que estreou em Paris em 1913, com a companhia Les Ballets Russes, comandada por Sergei Diaghilev. No solo que Le Roy criou em 2007, as dissonâncias da partitura de Stravinsky foram seguidas à risca, mas o bailarino se despregou da coreografia de Vaslav Nijinsky. Sua fonte foi a performance de um maestro, vista pelo bailarino durante um ensaio da Orquestra Filarmônica de Berlim. Le Roy estudou os gestos do regente, que formam uma coreografia em si, reproduzida em cena. Os movimentos do bailarino parecem gerar a música e, ao mesmo tempo, serem gerados por ela, situação que interroga a noção de causalidade. O contraste entre performance ao vivo e trilha sonora gravada, assim como a curiosa relação de distância e proximidade entre dança e música confundem o espectador. A crítica do espetáculo e da história da arte fazem parte da visão de dança contemporânea proposta pelo francês Xavier Le Roy, que estudou biologia molecular antes de tornar-se bailarino e é dono de uma notável capacidade conceitual. Ele já foi artista residente do Centro Podewil de Arte Contemporânea, em Berlim, Alemanha, artista associado do Centro Coreográfico Nacional, em Montpellier, França, e artista residente no programa de Arte, Cultura e Tecnologia do MIT, em Cambridge, nos Estados Unidos.
Xavier Le Roy frança
espetáculos
vcavaroc@illusion-macadam.fr xavierleroy.com
48
Concepção e performance Conception and performance: Xavier Le Roy Música Soundtrack: Igor Stravinsky Design de som Sound Design: Peter Boehm Gravação Recording: Berliner Philharmoniker, conduzida por Sir Simon Rattle Colaboradores Assistants: Berno Polzer, Bojana Cvejic Gerenciamento/organização Management/Organization: Vincent Cavaroc, Fanny Herserant Produção Production: Le Kwatt (F) e ilusão et macadam (F) Coprodução Co-production: Centre Chorégraphique National de Montpellier Languedoc-Roussillon (Xavier Le Roy Associated Artist 2007/08); Les Subsistances/ Residence, Lyon; Tanz im August – Internationales Tanzfest 2007 – Berlin; PACT Zollverein Choreographisches Zentrum NRW, Essen Apoio Sponsored by: The National Performance Network, com apoio financeiro da German Federal Cultural Foundation como parte do projeto Dance Plan Germany Produção no Brasil Production in Brazil: Cena Cult Produção Executiva Executive Production: Julia Gomes Duração duration: 42 MIN classificação indicativa: 14 anos parental rating: 14
In A Sagração da Primavera, Xavier Le Roy’s body seems to interpret every note of the ballet composed by Igor Stravisky, which premiered in Paris in 1913, with the Les Ballets Russes company, led by Sergei Diadhilev. In this solo piece which Le Roy created in 2007, the dissonances in Stravinsky’s score were followed to the letter, but the dancer distanced himself from Vaslav Nikinksy’s choreaography. His source was, above all, the performance of a certain maestro, who the dancer had seen during a rehearsal of the Berlin Philharmonic Orchestra. Le Roy studied the conductor’s gestures, itself choreography, and reproduced them onstage. The dancer’s movements seemed to create the music and, at the same time, to be created by the music, a situation challenging the notion of causality. The contrast between live performance and recorded soundtrack, as well as the curious relationship of distance and proximity between dance and music, intrigue the audience. Criticism of the show and of the history of art are part of the contemporary dance vision put forth by the French artist Xavier Le Roy, who studied microbiology before becoming a dancer. He possesses a remarkable capacity for concept creation. He was artist in residence at the Podwell Center for Contemporary Art, in Berlin, Germany, an artist associated with the National Choreographic Center in Montpellier, France, and an artist in residence for the Art, Culture and Technology Program at MIT in Cambridge, in the United States. Foto: vincent cavaroc
APOIO SUPPORTED BY:
49
espetáculos
bienal para
crianças
espetáculos
biennial for kids
50
têtes à têtes
MARIA CLARA VILLA LOBOS bélgica platobrasil@gmail.com xlproduction@hotmail.com
Têtes à Têtes é um espetáculo para crianças a partir de 3 anos. Nele, acompanha-se a história de um estranho personagem de cabeça enorme desde o seu nascimento até o primeiro encontro amoroso, na idade adulta. Diversos ciclos são abordados: da vida à morte, do dia à noite, do sono ao despertar. Num palco todo branco, projeções de vídeos criam os mais diversos ambientes por onde o solitário personagem passa. Os desenhos projetados ganham vida na interação entre dança e vídeo, como em um mergulho no universo do desenho animado. Ao longo da narrativa, o personagem descobre o espaço, as cores e o próprio corpo, até que, finalmente, depara-se com o outro. A coreógrafa e bailarina Maria Clara Villa Lobos nasceu no Brasil, mas, filha de diplomata, viajou pelo mundo desde muito jovem. Estudou na P.A.R.T.S., dirigida por Anne Teresa De Keersmaeker, na Bélgica, e trabalhou com diversos coreógrafos e companhias da Europa, como Les Ballets C. de la B., Sasha Waltz, Thomas Lehmen e Tino Sehgal. Atualmente, Maria Clara realiza seus próprios trabalhos artísticos na cidade de Bruxelas, na Bélgica. Têtes à Têtes is a show for children ages 3 and up. The show follows the story of a strange character with an enormous head, from the character’s birth up to a romantic encounter in adulthood. Several cycles are covered: from life to death, day to night, sleeping to waking. On an all white stage, video projections construct the most diverse of environments through which this solitary character passes. The projected drawings come alive during the interaction of the dance with the video, as if entering into the universe of animation. Over the course of the story, the character discovers space, colors, its own body, until finally, it finds itself in the presence of another character.
Direção e coreografia Direction and choreography: Maria Clara Villa Lobos Elenco Casting: Barthélémy Manias Valmont, Maria Clara Villa Lobos Criação sonora Sound creation: Gaetan Bulourde Músicas adicionais Additional songs: Mum, Pascal Ayerbe, Raymond Scott Criação de luzes e técnica Light creation and technique: Hajer Iblisdir Criação visual Visual creation: Jérémy Dupuydt Técnico de vídeo Video technician: Pierre Delcourt Produção Production: XLProduction, Cie Félicette Chazerand, com o patrocínio da Fédération Wallonie - Bruxelles e WBI para o apoio de viagens internacionais Duração duration: 45 MIN classificação indicativa: 3 anos parental rating: 3 APOIO SUPPORTED BY:
Choreographer and dancer Maria Clara Villa Lobos was born in Brazil, but, being the daughter of a diplomat, travelled the world as a child. She studied at P.A.R.T.S (directed by Anne Teresa De Keersmaeker) in Belgium and worked for a variety of choreographers and companies in Europe, like Les Ballets C. de la B., Sasha Waltz, Thomas Lehmen and Tino Sehgal. Currently Maria Clara creates and performs her own work in the city of Brussels in Belgium.
espetáculos
Foto: Charlotte sampermans
51
espetáculos
vácuo – i, impostor
52
Brasil – SP keysawao@hotmail.com keyzettaecia.com.br Concepção Conception: Hideki Matsuka, Key Sawao, Ricardo Iazzetta Direção Direction: Key Sawao, Ricardo Iazzetta Criação e dança Creation and Dance: Beatriz Sano, Key Sawao, Ricardo Iazzetta participação participants: julia rocha, marina massoli Coordenação de arte, espaço cênico e luz Art Coordination, Setting and Lighting: Hideki Matsuka Trilha sonora Soundtrack: André Menezes Montagem e operação de luz Assembling and light operation: Sergio Pupo Montagem e operação de som Assembling and sound operation: André Meneses Fotos Photos: Cris Lyra, Inês Corrêa Registro em vídeo Video recording: Doctela, Osmar Zampieri Produção executiva Executive Production: Key Sawao Duração duration: 45 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Vácuo – I, Impostor surge do diálogo que os coreógrafos Key Sawao e Ricardo Iazzetta e o arquiteto Hideki Matsuka estabelecem com a obra do artista plástico inglês Mike Nelson. Em seus trabalhos, Nelson mistura ficção e realidade, construindo instalações e ambientes através da reorganização de objetos e materiais impregnados de história. Se nas apresentações anteriores do espetáculo eram usadas toneladas de papel, na construção do ambiente de Vácuo – I para a Bienal Sesc de Dança a companhia movimentou um volume imenso de areia. A opção por trabalhar com elementos encontrados na praia gera uma nova experiência de percepção desse espaço, tão marcante para a cidade de Santos. Inspirada pelos conceitos da land art, a nova paisagem é feita da mistura de elementos fabricados e reais. Junto da ambientação proposta, a dança dos intérpretes desenvolve uma construção livre da lógica narrativa, capaz de redimensionar os campos de significados. A Key Zetta e Cia. é dirigida por Key Sawao e Ricardo Iazzetta, parceiros artísticos desde 1996. Os dois trabalharam com o coreógrafo Takao Kasuno, introdutor do butô no Brasil. O grupo, que atualmente conta com o apoio do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, agrega artistas colaboradores em torno de suas propostas de criação. Vácuo – I, Impostor arises from the dialogue which choreographers Key Sawao and Ricardo Iazzetta, plus the architect Hideki Matsuka, establish utilizing the work of English artist Mike Nelson. In his works, Nelson mixes fiction and reality, building installations and environments through the reorganization of objects and materials impregnated with history. In previous versions of the show, large amounts of paper were utilized, but in the construction of the environment for the Sesc Dance Biennial space, the company used sand. The choice to work with elements found on the beach gave birth to a new experience in the perception of this space, quite remarkable for the city of Santos. Inspired by the concepts of Land Art, this new landscape is made from a mixture of fabricated and natural elements. Along with the proposed ambiance, the dancers develop a free construct of narrative logic, able to reimagine fields of meaning. Key Zetta and Co. is directed by Key Sawao and Ricardo Iazetta, artistic partners since 1996. The two worked with the choreographer Takao Kasuno, who introduced Butoh in Brazil. The group, which is currently supported by the Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, utilizes collaborating artists for its proposals. Foto: inês correa
espetáculos
Key Zetta e Cia.
53
VAZIO vacío Em Vazio, a Compañía de Danza Periférico vale-se da experiência do tango para propor uma coreografia de encontros. Os movimentos e o trabalho corporal da dança surgida em Buenos Aires e em Montevidéu, cidade onde se localiza a sede da companhia, são revisitados no espetáculo. A sensualidade e a agressividade características do tango estão presentes, mas busca-se, sobretudo, uma comunicação dinâmica entre corpos e uma fina percepção da presença do outro.
COMPAÑIA DE DANZA PERIFÉRICO uruguai z.gabrielafarias@gmail.com perifericotango.com federicafolco.com Direção e criação Direction and creation: Federica Folco Interpretação e criação Performance and creation: Anibal Domíguez, Eduardo Ferrer, Gabriela Farías, Guillermo Fleitas, Leonardo Anselmi, Sebastián Niz, Sofía Lans Concepção e música original Conception and original music: Fernando Goicoechea Desenho de iluminação Lighting Design: Gonzalo Cordova Desenho gráfico Graphic Design: Fernanda Piñeirua Fotografia Photography: Chenkuo Che, Gabriela Farias Registro audiovisual Audiovisual recording: Álvaro Moreno, Diego Galarza, Patricia Moreno Edição Edition: Patricia Moreno Produção Brasil Production in Brazil Coordenação Coordination: Marisa Riccitelli Sant´Ana Tradução e stage manager Translation and Stage Manager: Paula Lopez Assistência Assistance: Paula Malfatti
A direção de Vazio é da coreógrafa, bailarina e professora Federica Folco, uma das fundadoras da Compañía de Danza Periférico. Ela já apresentou suas criações em países como Argentina, Brasil, Cuba, Bolívia, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru, México, Equador, Venezuela, Espanha, França e Alemanha. Desde sua fundação, em 2009, na capital uruguaia, a Periférico vem pesquisando o tango e Vazio é seu segundo espetáculo. O primeiro, Periférico/Proyecto Tango, também dirigido por Federica Folco, foi apresentado em uma dezena de cidades da América do Sul, e no Brasil esteve nos palcos de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. In Vazio, Compañía de Danza Periférico drew from their experience with tango to create choreography of encounters. The dance’s movements and the body work coming from Buenos Aires and Montevideo, the city where the company’s headquarters is located, are revisited in the show. The sensuality and agressiveness characteristic of tango are present, but what the piece seeks, above all, is a dynamic communication between bodies and a refined perception of the presence of the other. Vazio is directed by dancer, choreographer and professor Federica Folco, one of the founders of Compañía de Danza Periférico. She has shown her work in countries such as Argentina, Brazil, Cuba, Bolivia, Columbia, Chile, Paraguay, Peru, Mexico, Equador, Venezuela, Spain, France and Germany. Since its founding in 2009, in the capital of Uruguay, Periférico has studied and researched the tango. Vazio is its second show. The first, Periférico/Proyecto Tango, also directed by Federica Folco, was performed in a dozen cities in South America and in Brazil; it appeared on stages in Salvador, São Paulo and Rio de Janeiro.
espetáculos
Foto: patricia moreno
54
Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
55
espetáculos
espetáculos
Foto: marcos bruvic
56
INTERVENÇÕES interventions
espetáculos
58 METÁFORA DO CONFRONTO CIA. GENTE (BRASIL - RJ) 60 MONO-BLOCOS VANILTON LAKKA E COLABORADORES (BRASIL - MG) 62 PAISAGENS INTER-URBANAS COLETIVO LÍQUIDA AÇÃO (BRASIL - RJ) 64 SEM TÍTULO CLARISSA SACCHELLI (BRASIL - SP) 66 SOLO DE RUA ...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO (BRASIL - SP) 68 TRÍADE TOUR SANTOS NÚCLEO TRÍADE (BRASIL - SP)
57
58
intervenções
metáfora do confronto Brasil – RJ jackiecastro@uol.com.br ciagente.com.br Argumento e direção Argument and direction: Paulo Emílio Azevedo Direção (assistente e técnica) Direction (assistant and technical): Filipe Itagiba Intérpretes criadores Performers/ creators: Aline Corrêa, João C. Silva Produção Production: Jaqueline de Castro Música Soundtrack: Many Fingers (No opera) Duração duration: 15-25 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Na performance Metáfora do Confronto, criada por Paulo Emílio Azevedo, os intérpretes questionam a falta de afeto nas relações e a pouca sensibilidade dos corpos urbanos, frequentemente desatentos ao toque e ao gesto. O foco é o encontro entre o corpo em movimento e a cidade, gerador de tensões. A intervenção convida o espectador a participar da ação, construindo, junto com os intérpretes-criadores, outra percepção do seu corpo e do que o rodeia. Criado em 2011, o espetáculo integrou a programação do Festival Europalia, realizado na Bélgica, naquele ano. Dirigida pelo educador e coreógrafo Paulo Emílio Azevedo, a Cia. Gente é formada por artistas, gestores e educadores interessados na relação entre arte, sociedade e espaço urbano. Doutorando em ciências sociais, Azevedo dirigiu a Companhia Membros e é fundador e coordenador do coletivo Le Fucoh, que une poesia e performance. Ele atua, ainda, como um grande articulador do slam no Rio de Janeiro. In the performance of Metáfora do Confronto, created by Paulo Emílio Azevedo, performers João C. Silva and Aline Corrêa question the lack of affection in relationships and the lack of sensitivity in relation to urban bodies, often oblivious to touch and gesture. The focus is an encounter between the body in movement and the city, an apparent tensiongenerator. The intervention invites the audience to participate in the action, constructing, together with the performers-creators, a different perception of their body and surroundings. Created in 2011, the show Metáfora do Confronto was part of the Festival Europalia, which took place in Belgium that year. Directed by the teacher and choreographer Paulo Emílio Azevedo, the group consists of artists, managers and educators, interested in the relationship between art, society and urban space. Holding a Phd in Social Sciences, Azevedo directed the Companhia Membros and is the founder and coordinator of the Le Fucoch collective, which fuses poetry and performance. He is an active participant in slam in Rio de Janeiro. Foto: felipe itagiba
intervenções
Cia. Gente
59
mono-blocos
VANILTON LAKKA E COLABORADORES Brasil – MG vaniltonlakka@hotmail.com Concepção geral General conception: Vanilton Lakka Intérpretes Performers: Chiquinho Costa, Karyne Bittencourt, Lucas Borges, Lucas Dilan, Nádia Yoshi, Nina Tannús, Samuel Giacomelli, Vanilton Lakka Música e internet Music and internet: Fernando Prado Material gráfico e internet Graphic Material and Internet: Eduardo Bernard Produção Production: Marcelo Santos Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
intervenções
APOIO SUPPORTED BY:
60
Mono-Blocos é consequência de um processo de ocupação itinerante de praças públicas que Vanilton Lakka vem desenvolvendo desde 2012. Juntamente com um grupo de artistas com diferentes formações (dança contemporânea, teatro, jazz, artes visuais e danças urbanas), Lakka intervém em praças, parques e ambientes de passagem em prédios. O objetivo é verificar as interferências do ambiente no corpo dos intérpretes. Como a técnica de cada um deles reage aos diferentes espaços? E ao trabalho dos demais integrantes do grupo?
Mono-Blocos is the result of a process of occupation of public squares which Vanilton Lakka has been developing since 2012. In a company consisting of a group of artists from different backgrounds (contemporary dance, theater, jazz, visual arts and urban dance), Lakka moves into squares, parks and transient environments in buildings, aiming to explore environmental interference on the bodies of performers. How does each performer’s technique react to the different spaces? And to the work of other group members?
Mestre em artes pela Universidade Federal de Uberlândia, Vanilton Lakka trabalha com produção cultural, criação e pesquisa em dança desde 1991. Seu percurso alia a experiência da dança de rua à prática da dança contemporânea. Ele é autor dos solos Dúbbio (2003) e De… va...gar (2004), e de intervenções em conjunto com outros bailarinos, como O Corpo É a Mídia da Dança? (2005) e sua continuação, Outras Partes, projeto premiado pelo programa Rumos Dança Itaú Cultural (2006-2007). Lakka já se apresentou e realizou oficinas em países como Alemanha, Venezuela, Uruguai, Equador, Peru, Bolívia, Espanha, Suécia, Costa Rica, Suíça, Holanda, França, Cabo Verde, Portugal, Argentina e Cuba.
Holding a Master of Arts from the Universidade Federal de Uberlândia, Vanilton Lakka has worked in cultural production, creation and dance research since 1991. His career work combines street dance and contemporary dance. He is the creator of such shows as the solo piece, Dúbbio (2003), and De...va...gar...(2004), and of interventions in conjunction with other dancers, such as in O Corpo é a Mídia da Dança? (2005) and its continuation, Outras Partes, a project awarded by the Rumos Dança Itaú Cultural program (2006/2007). Lakka has performed and conducted workshops in Germany, Venezuela, Uruguay, Ecuador, Peru, Bolivia, Spain, Sweden, Costa Rica, Switzerland, Holland, France, Cape Verde, Portugal, Argentina and Cuba. Foto: fernando prado
61
intervenções
paisagens inter-urbanas O transporte coletivo de 80 baldes de água entre dois pontos de Santos é a ação principal desta intervenção. Numa ação de evidente dimensão simbólica, aberta à participação dos espectadores e transeuntes, os bailarinos realizam banhos e gestos de purificação em locais significativos da memória urbana da cidade portuária, lavando a si mesmos e também marcos do espaço urbano. Com o intuito de entender o contexto no qual a obra se insere, o grupo realizou um workshop com moradores e artistas locais para preparar a performance.
intervenções
Trabalhando a água como material ético e estético, os integrantes do Coletivo Líquida Ação desenvolvem uma pesquisa em espaços públicos urbanos desde 2007. As simbologias da água e a sua importância para o homem e para as cidades estão entre os interesses do grupo. O coletivo contou com o apoio do Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua, em 2009, para realizar intervenções cênicas em chafarizes desativados do Rio de Janeiro. Graças à visibilidade conquistada pelo trabalho, algumas das fontes foram revitalizadas.
62
The public transport of eighty buckets of water between two points in the city of Santos is the main action of this intervention. In an action of obvious symbolic dimension, open to the participation of spectators and passers-by, dancers perform acts of baths and purification in significant sites in the urban memory of the port city, washing themselves and also landmarks of the urban space. In order to understand the context in which the work takes place, the group held a workshop with local artists and residents to prepare for the performance. Working on water as an ethical and aesthetic material, the members of Coletivo Líquida Ação have developed a survey in urban public spaces since 2007. The symbols of water and its importance for man and the cities are among the group’s interests. The collective was supported by Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua in 2009 to perform interventions in disabled fountains in Rio de Janeiro. Thanks to the visibility gained by the work, some fountains were remodeled. Foto: Jérôme Souty
Coletivo Líquida Ação Brasil – RJ coletivoliquidaacao@gmail.com elobrantes@gmail.com coletivoliquidaacao.blogspot.com
Duração duration: 50 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
intervenções
Direção Direction: Eloísa Brantes Performers Performers: Julia Ariani, Julia Lotufo, Mauricio Lima, Thais Chilinque, convidados locais Programação visual Visual Programming: Evee Ávila Fotografia Photography: Paula Motta
63
sem título CLARISSA SACCHELLI Brasil – SP clasacchelli@hotmail.com clarissasacchelli.wordpress.com Concepção e direção Conception and direction: Clarissa Sacchelli Assistência de direção Direction Assistant: Paula Pi Com With Carolina Callegaro, Clarissa Sacchelli, Júlia Rocha, Marina Massoli, Paula Pi Agradecimentos Acknowledgement: Lucie Bailly, Margarita Zafrilla, Maria Sideri, Sarah Alexander Duração duration: 40-120 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Do happening, surgido no final da década de 1950 em um contexto semelhante ao da performance, pode-se dizer que, de um modo geral, ele não existe sem a participação do público. Em Sem Título esse dado se torna uma experiência-limite. Movendo-se ao redor das artistas, o espectador recebe a tarefa de tentar grudá-las a uma janela, com a ajuda de fitas adesivas. Trata-se, na verdade, de um pedido das próprias performers: elas querem ser imobilizadas. Seria isso algo possível? Os gestos do público vão deixando marcas, tanto no espaço quanto nos corpos das bailarinas. Presas, elas parecem estar expostas em uma vitrine. Sem Título estreou em Londres, em 2011, e foi apresentada na cidade portuguesa do Porto e em São Paulo, dentro da programação do Laboratório Curatorial da SP-Arte, em 2013. Formada em rádio e televisão pela Faap, Clarissa Sacchelli fez pós-graduação em semiótica psicanalítica pela PUC/SP e mestrado em artes pelo Laban Conservatoire of Music and Dance, em Londres. Integrou diversas companhias de dança contemporânea e atualmente cria seus próprios trabalhos, transitando entre a dança e as artes visuais. Clarissa foi contemplada pelo Rumos Itaú Cultural Dança (2012-2014), realizando uma residência artística com a coreógrafa Cláudia Müller.
intervenções
About the happening, emerged in the end of the 50s in a context similar to the performance, one can say that, in general, it doesn’t exist without the public participation. In Sem Título, this data becomes an extreme experience. Moving around the artists, the spectator is given the task of trying to stick them to a window, with the help of adhesive tapes. This is actually a request from the performers themselves: they want to be immobilized. Would it be possible? The gestures of the audience will leave traces, both on the space and on the bodies of the dancers. Stuck, they seem to be exposed in a showcase.
64
Sem Título premiered in London, in 2011, and was presented in the Portuguese city of Porto and in São Paulo, within the program of Laboratório Curatorial da SP-Arte, in 2013. Undergraduated in Radio and Television from Faap, Clarissa Sacchelli graduated in Psychoanalytic Semiotics at PUC/SP and mastered in Arts at Laban Conservatoire of Music and Dance in London. She was part of several contemporary dance companies and nowadays creates her own works, moving back and forth from dance to visual arts. Clarissa was contemplated by Rumos Itaú Cultural Dança (2012-2014), performing an artistic residency with choreographer Claudia Müller. Foto: monika kita
65
intervenções
66
intervenções
solo de rua Inspirado no trabalho do polonês Tadeusz Kantor (1915-1990), artista plástico e diretor de teatro, Solo de Rua explora a coisificação do ser humano. Sua referência mais direta é o manifesto As Embalagens, escrito por Kantor em 1962. A bailarina Luciana Bortoletto se movimenta envolta em um saco plástico preto, remetendo à condição dos moradores de rua. Criada em 2012 para espaços públicos, a intervenção faz parte de um projeto mais amplo de interrogação sobre a relação da dança com a cidade que o ...AVOA! Núcleo Artístico vem desenvolvendo em atividades como o Grupo de Estudos de Dança e Poesia na Rua e as Jam Sessions de Dança, oficinas de criação coletiva ligadas à região da Estação da Luz, em São Paulo, onde se localiza a sede da companhia. Fundado em 2006 como fruto do trabalho que Luciana Bortoletto e Gil Grossi mantinham em conjunto desde 2001, o grupo alia improvisação, dança contemporânea, artes visuais, poesia e performance. Diversas parcerias têm alimentado o processo criativo do ...AVOA!, como com a coreógrafa Letícia Sekito, os músicos Maurício Verderame e Jorge Peña, a artista visual Lilian Amaral e a professora Valéria Cano Bravi. De 2007, o espetáculo As Formas Eram Já Mera Ilusão da Vista recebeu o prêmio Sesi Dança de Circulação.
Brasil – SP contato@nucleoavoa.com corpodancacidade.wordpress.com lucianabortoletto.wordpress.com nucleoavoa.com Concepção e pesquisa Conception and research: ...AVOA!Núcleo Artístico Criação e interpretação Creation and interpretation: Luciana Bortoletto Pesquisa e ambientação sonora Research and soundtrack: Mauricio Verderame Figurinos Costumes: …AVOA! Núcleo Artístico Registro Fotográfico Photography: Gil Grossi Produção Production: Penha Silva Duração duration: 40 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Inspired by the work of Polish Tadeuz Kantor (1915-1990), who was a plastic artist and theater director, Solo de Rua explores de objectivation of human beings. His most direct reference is the manifesto entitled As Embalagens, written by Kantor in 1962. Ballet dancer Luciana Bortoletto moves around wrapped in a black plastic bag, which makes reference to the people living on the street. Created in 2012 for public spaces, the intervention is part of a broader questioning of the relation between dance with the city, which the ...AVOA! Núcleo Artístico is developing, in activities such as the Grupo de Estudos de Dança e Poesia na Rua and the Jam Sessions de Dança, collective creative workshops related to area surrounding the Estação da Luz, in São Paulo, where the company’s headquarters is. Founded in 2006 as a result of a work Luciana Bortoletto and Gil Grossi did together since 2001, the group fuses improvisation, contemporary dance, visual arts, poetry and performance. Several partnerships have fueled the creative process of …AVOA!, such as the one with choreographer Letícia Sekito, musicians Maurício Verderame and Jorge Peña, visual artist Lilian Amaral and teacher Valéria Cano Bravi. In 2007, As Formas Eram Já Mera Ilusão da Vista received an award from Sesi Dança de Circulação. Foto: gil grossi intervenções
...AVOA! Núcleo Artístico
67
intervenções
68
tríade tour santos
NÚCLEO TRÍADE Brasil – SP nucleotriade@gmail.com triadetour.com.br triademobile.com.br Coordenação geral Overall Coordination: Adriana Macul, Mariana Vaz Criação roteiro Script creation: Adriana Macul, Mariana Vaz colaboração collaboration: laura bruno Criação do formato “tour coreográfico” (2011) Creation of the “choreographic tour” format (2011): Adriana Macul, Flávia Mellman, Larissa Salgado, Mariana Vaz, Natalia Mallo Duração duration: 60 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Tríade Tour Santos é um áudio-tour coreográfico especialmente desenvolvido para Santos. Munidos de aparelhos de MP3, os espectadores passeiam em grupo por pontos importantes do centro histórico. Em fones, ouvem-se informações históricas e geográficas sobre a cidade, acompanhadas de algumas pitadas de ficção. Convidado a perceber o potencial performático da rua e dos transeuntes, o público guiado torna-se protagonista de uma coreografia coletiva. Para elaborar a obra, o Núcleo Tríade, em conjunto com artistas locais, coletou diversas impressões sobre Santos, desde seus aspectos arquitetônicos e urbanísticos até as relações da cidade com o corpo de seus habitantes. Na performance, pode-se observar o reflexo do encontro das criadoras paulistanas com um espaço diferente. Formado por Adriana Macul, Laura Bruno e Mariana Vaz, o Tríade desenvolve uma pesquisa em dança interativa para site specific através de uma metodologia própria que inclui três fases: coletar, fiar e tecer. O grupo já realizou outros dois áudio-tours coreográficos em São Paulo: Tríade Tour São Bento (2011-2012), na região central; e Tríade Tour Ouvirundum (2013), na região do Ipiranga. Esta é a primeira vez que as paulistanas se aventuram por uma cidade desconhecida. Tríade Tour Santos is a choreographic audio tour, specially developed for the city of Santos. Using MP3 players, the spectators walk in groups by the most important sights of the Historical Center. Through the headphones, they can hear historical and geographical information about the city, covered with some fiction. Invited to realize the performative potential of the street and its passers-by, the guided audience turns into characters of a collective choreography.
Composed by Adriana Macul, Laura Bruno and Mariana Vaz, the Tríade develops a research on interactive dance for site specific through their own methodology, which includes three phases: collect, spin and weave. The group has already performed other two choreographic audio tours in São Paulo: Tríade Tour São Bento (2011/2012) in the central area and Tríade Tour Ouvirundum (2013) in the Ipiranga area. This is the first time the São Paulo artists explore an unknown city. Foto: mariana vaz
intervenções
To create this work, Núcleo Tríade, together with local artists, collected several impressions on Santos, from its architecture and urban aspects, to the relations of the city with the body of its inhabitants. In the performance, one can observe the reflex of the encounter of the São Paulo creators with a different space.
69
atividades complementares ADDITIONAL ACTIVITIES
atividades complementares
VIDEOINSTALAÇÃO video instalation 72 #PRIMAVERA#INVERNO ASPÁSIA MARIANA (BRASIL - CE) INSTALAÇÃO instalation 74 BALÕES VERMELHOS CIA. ETRA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA (BRASIL - SP) EXPOSIÇÕES exhibits 76 STILL_MÓVIL - Performance, Fotografia, Colaboração Manuel Vason e Rede Sul-Americana de Dança 78 DISPOSITIVO MÓVEL OHNO ARTISTAS INTERLOCUTORES speaker artists 80 7x7
70
82 84 86 86 86
Foto: marcos bruvic
lançamentos de livros book releases sesctv na bienal sesc de dança SESCTV at SESC dance biennial rede de intercâmbio exchange network Ponto de encontro meeting point turismo social social tourism
71
atividades complementares
videoinstalação VIDEO INSTALLATION
#primavera #inverno Depois de fazer o curso técnico de dança (Senac/Secretaria da Cultura do Ceará/Instituto de Arte e Cultura do Ceará), a dançarina e performer Aspásia Mariana participou de uma residência artística na escola de artes EMA – Fructidor, em Chalon-sur-Saône, interior da França, viabilizada pelo Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do Ministério do Trabalho. Os sentimentos nascidos no confronto da cearense com temperaturas próximas de zero, com o ritmo das estações e com a vida de uma cidade muito menor que a sua (Chalonsur-Saône tem 25 mil habitantes, cerca de 100 vezes menos do que Fortaleza) inspiraram as videoperformances #inverno e #primavera. Nelas, Aspásia Mariana se filma em momentos daquele cotidiano provisório: no quarto, nas ruas e em áreas verdes, mostrando todas as camadas de roupa que precisa acumular para enfrentar o frio, dando pulos debaixo da chuva ou alongando-se no gramado quando o sol finalmente sai. No trabalho, combinam-se estranhamento, humor, solidão e nostalgia do presente.
atividades complementares
Em Fortaleza, a artista integra, em parceria com o dançarino Márcio Medeiros, o coletivo Os Dois, fundado em 2010 com a performance Cachorro Machucado. Aspásia Mariana é autora do solo Ma Vie, baseado na vida da bailarina norte-americana Loïe Fuller e na pesquisa que desenvolve sobre técnica e tecnologia. Ela teve apoio do Centre National de la Danse (CND), de Paris, e foi contemplada pelo Edital Funarte de Dança Klauss Viana na categoria novos talentos.
72
Aspásia Mariana Brasil – CE aspasiamariana@gmail.com osdois.org Realização e edição Production and edition: Aspásia Mariana Captação de imagens Images: Aspásia Mariana, Nadia Bonneau Orientação Guidance: Armele Portelli, Jacques Vannet Apoio Supported by: École Média Art – EMAFructidor; Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2011, Categoria Novos Talentos; Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural – MinC; Secultfor na linguagem Pesquisa em Dança e Mídias Digitais, 2010 Eletricista Electrician responsible for installations on the streets: Fábio Oliveira Produtor Producer: osdois.org Assistente Assistant: Diogo Braga Duração duration: 45 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
After taking the Dance Vocational Training (Senac/Department of Culture of Ceará/Institute of Art and Culture of Ceará), dancer and performer Aspásia Mariana had an artistic training in EMA – Fructidor school of arts, in Chalon-sur-Saône, France, enabled by the Exchange and Cultural Diffusion Program of the Ministry of Labor. The video performances #inverno and #primavera were inspired by the feelings aroused in the artist and her confrontation with temperatures close to 0°C, the rhythm of the seasons and the life in a town a lot smaller than her own (Chalon-sur-Saône has 25,000 inhabitants, about 100 times less than Fortaleza). In these video performances, Aspásia Mariana films herself in moments of that temporary routine: in her bedroom, in the streets and in open green areas, showing all the layers of clothes that she needs to face the cold, jumping in the rain or stretching in the lawn when the sun finally comes out. At work, she connects estrangement, humor, loneliness and nostalgia of the present. In Fortaleza, the artist integrates, in partnership with dancer Márcio Medeiros, the collective Os Dois, founded in 2010 with the performance Cachorro Machucado. Aspásia Mariana is the author of the solo Ma Vie, based on the life of American ballet dancer Loïe Fuller and on the research that Aspásia Mariana develops on technique and technology. She was supported by the Centre National de la Danse (CND), from Paris, and was awarded by the Edital Funarte de Dança Klauss Viana in the category new talents. Foto: ASPÁSIA MARIANA
73
atividades complementares
instalação iNSTALLATION
balões vermelhos
Cia. Etra de Dança Contemporânea Brasil – SP ciaetradedanca@yahoo.com.br ciaetradedanca@gmail.com ciaetradedancacontemporanea.wordpress.com/ Direção, concepção e coreografia Direction, conception and choreography: Edvan Monteiro Intérpretes Performers: Alejandra Hernandez, Ariadne Filipe, Carolina Rainho, Edvan Monteiro, Marcela Loureiro, Mauricio Marin Trilha sonora original Original soundtrack: Tarso Ramos Cenografia Stage Design: Edvan Monteiro Iluminação Lighting: Cia. Etra de Dança Contemporânea Figurino Costumes: Ana Carol Fotografia Photography: Alex Hermes, Márcia Mendes, Maurice Pirotte Videomaker Videomaker: Alex Hermes Montagem de cenário Stage assembling: Bruno Patto, Denise Manix, Mauricio Marin Operador de som e luz Sound Operator: Flávia Sá Produção Production: Marcela Loureiro Assistente de produção Production assistant: Ana Carol
atividades complementares
Duração DURATION: 40 MIN classificação indicativa: livre parental rating: all ages
74
Imagine um jardim geométrico em que, em vez de flores, brotassem balões vermelhos. Na intervenção da Cia. Etra de Dança Contemporânea dezenas de bexigas flutuam pouco acima do solo, suspensas pelo gás hélio e dispostas com precisão em linhas e colunas, formando um tabuleiro. Em meio a elas, os movimentos dos sete bailarinos se deixam ver aos poucos, ora lentos, ora rápidos, ora divertidos, ora introspectivos. As formas que os corpos desenham são influenciadas pelos balões que, ao mesmo tempo, mantêm-se indiferentes ao que se passa ao redor. Composta por Tarso Ramos, a trilha sonora costura com delicadeza as imagens a que a instalação remete: o vermelho do sangue e da morte, as bexigas das festas de criança, a geometria da cena, a arquitetura ao redor...
Imagine a geometrical garden where, instead of flowers, red balloons sprouted. In the intervention of Cia. Etra de Dança Contemporânea, dozens of helium-inflated balloons float a little above the ground, precisely arranged in lines and columns, making a chessboard. Among them, the moves of the seven dancers are seen gradually, sometimes slow, sometimes fast, sometimes fun, sometimes introspective. The shapes drawn by the bodies are influenced by the balloons, which, in turn, remain indifferent to what happens around them. Composed by Tarso Ramos, the soundtrack gently stitches together the images to what the setup refers to: the blood and death red, the balloons of children’s parties, the geometry of the scene, the architecture around…
A intervenção é fruto da Ocupação #32, convocatória do Sesc Santos que, em 2012, selecionou a Etra para um projeto de cinco meses. O resultado do processo primeiro teve a forma de um espetáculo que depois foi adaptado para espaços alternativos.
The intervention results from Ocupação #32, a call of Sesc Santos that in 2012 selected Etra for a five-month project. The result of the process was first featured as a show, and then adapted to alternative spaces.
Fundada em 2001 pelo coreógrafo Edvan Monteiro e pela bailarina Ariadne Filipe, egressos do Colégio de Dança do Ceará, a Etra tem 21 espetáculos e 14 performances no currículo e já participou de diversas residências artísticas – a mais recente, em 2011, foi com a companhia belga Les Ballets C de la B, de Alain Platel.
Founded in 2001 by choreographer Edvan Monteiro and dancer Ariadne Filipe, graduates of the School of Dance of Ceará, Etra has 21 shows and 14 performances in the curriculum, and has participated in a number of artistic trainings – the latest, in 2011, was with the Alain Platel’s company Les Ballets C de la B, from Belgium. Foto: NEURILAN RIBEIRO
75
atividades complementares
exposição EXHIBITion
atividades complementares
still_móvil 76
performance, fotografia, colaboração
MANUEL VASON E REDE SUL-AMERICANA DE DANÇA uruguai stillmovil.com manuelvason.com movimiento.org email@manuelvason.com nmelo@movimiento.org Cocriadores Co-creators: Alejandra Jara (Paraguai), Ana Cecilia Chung Oré (Peru), Ana Cecilia Moreno (Bolívia), Ana Chin-A-Loy (Venezuela), Angela Bello (Colômbia), Carla Coronado (Peru), Carolina Besuievsky (Uruguai), Carolina Herman (Argentina), Claudia Vicuña (Chile), Cristian Duarte (Brasil), Diana Szeinblum (Argentina), Edith Correa (Paraguai), Esteban Donoso (Equador), Félix Oropeza (Venezuela), Flor Varela (Uruguai), Giselle Rodrigues (Brasil), Inés Coronado (Peru), Isabel Story (Venezuela), Iván Sánchez (Chile), Javiera Peón-Veiga (Chile), José Alvarez (Paraguai), Josie Cáceres (Equador), Juliana Moraes (Brasil), Klever Viera (Equador), Lorna Ortiz (Peru), Lucía Russo (Argentina), Luciana Acuña (Argentina), Marcelo Evelin (Brasil), María José Rivera (Bolívia), Mariana Marchesano (Uruguai), Miguel Jaime (Uruguai), Mirella Carbone (Peru), Morella Petrozzi (Peru), Natalia Aldana (Paraguai), Natalia Orozco (Colômbia), Nuri Gutés (Chile), Patricia Mallarini (Uruguai), Pepe Santana (Peru), Ricardo Marinelli (Brasil), Rocío Rivera Marchevsky (Chile), Rommel Nieves (Venezuela), Santiago Turenne (Uruguai), Sergio Valenzuela (Chile), Sofía Mejia (Colômbia), Sylvia Fernández (Bolívia), Tamia Guayasamin (Equador), Tino Fernández (Colômbia), Valeria Andrade (Equador), Vanilton Lakka (Brasil), Vera Sala (Brasil) Outros artistas em exibição em STILL_MÓVIL Other artists displayed in STILL_MÓVIL: Alexandra Cuesta (Estados Unidos/Equador), Alice Ripoll (Brasil), Andre Masseno (Brasil), Cristina Maura (Brasil), Federica Folco (Uruguai), Fernando Goicoechea (Uruguai), Fernando Klipel (Brasil), Florencia Vecino (Argentina), Helena Vieira (Brasil), Ketty Noël (Mali) Laura Sami (Brasil), Luis Garay (Argentina), Luiz de Abreu (Brasil), Marcela Levi (Brasil), Nelisiwe Xaba (África do Sul), Paula Giuria (Uruguai) Concepção do projeto Project conception: Manuel Vason e Rede Sul-Americana de Dança, com a colaboração do Festival Panorama Concepção artística Artistic conception: Manuel Vason Coordenação de gestão e produção Coordination and production: María Agiomyrgiannaki, Natacha Melo Colaboração na produção Production assistance: Mariana Soares Produção local Local production: sócios da RSD Seleção de participantes da mostra Selection of show participants: Manuel Vason, Natacha Melo, Sonia Sobral classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Entre 2010 e 2011, o artista italiano radicado em Londres Manuel Vason viajou por dez países da América do Sul registrando em fotografias o trabalho de mais de 50 criadores, entre coreógrafos e bailarinos, em residências colaborativas. Fruto de uma parceria entre Vason e a Rede Sul-Americana de Dança, a iniciativa resultou numa instigante mostra, que reúne em imagens fixas o movimento da dança, presentes também no site stillmovil.com. “Já faz anos que trato de criar uma ponte entre a fotografia e a performance. Convivo diariamente com a ilusão de ter cumprido essa missão”, declara Vason, que explora a relação entre essas duas práticas artísticas que podem ser consideradas antagônicas no que diz respeito ao movimento e à noção de “ao vivo”. É nesse lugar paradoxal que o artista se coloca, afirmando, contraditoriamente, que a superfície é seu material e, ao mesmo tempo, seu maior inimigo. Iniciativa de integração e colaboração entre atores da dança e da cultura pertencentes aos países da América do Sul, a Rede SulAmericana de Dança conta com 3.500 membros. Ao favorecer capacitações, mobilidade e espaços associativos de trabalho, a Rede vincula formas inovadoras de organização social ao desenvolvimento artístico, além de apoiar uma dança que pesquisa, em um contexto mais amplo, novos sentidos na cultura. Between 2010 and 2011, the Italian artist based in London, Manuel Vason traveled to ten South American countries, photographing the work of more than fifty creators, choreographers and dancers, in collaborative trainings. Fruit of partnership between Vason and the South American Dance Network, the initiative results in an intriguing exhibit, which puts together in still images the movement of the dance, also present in the stillmovil.com website. “It’s been ten years since I’ve created a bridge between photography and performance. I live every day with the illusion of having accomplished this mission”, states Vason, who explores the relationship between these two artistic practices that can be considered antagonistic in terms of movement and the “live” notion. The artist places himself in this paradoxical place, contradictorily affirming that the surface is its material and, at the same time, its greatest enemy.
Foto: DIVULGAÇÃO
APOIO SUPPORTED BY:
atividades complementares
An integration initiative and collaboration between the dance agents and culture of South American countries, the South American Dance Network has 3,500 members. By offering trainings, mobility and associative work places, the Network connects innovative forms of social organization to the artistic development, as well as supporting a dance that research, in a broader context, new meanings in the culture.
77
exposição EXHIBITion
dispositivo móvel ohno JAPão / Brasil ricamuni@uol.com.br prod.art.br Arquivo Ohno Ohno Archive: Studio Ohno Kazuo (Yokohama, Japão) Curadores Curators: Toshio Mizohata (Tóquio), Christine Greiner (Brasil), Ricardo Muniz Fernandes (Brasil) Arquitetura Architecture: Hideki Matsuka Programação visual Visual programming: Erico Peretta Produção executiva Executive production: Prod. Art.Br classificação indicativa: livre parental rating: all ages
Colaborador de Tatsumi Hijikata, o bailarino e coreógrafo japonês Kazuo Ohno (1906-2010) está intimamente ligado à fundação do butô, dança surgida no Japão do pós-guerra. O artista figura no centro do Dispositivo Móvel Ohno. Uma estrutura metálica que lembra carroças funciona como espaço de documentação, proposições e provocações. Nela são exibidos pôsteres, fotografias e vídeos ligados ao trabalho de Kazuo Ohno. O dispositivo contém livros, jornais, documentos e outros materiais sobre o bailarino. A intenção é promover encontros e gerar discussões em torno da obra do artista, para que o arquivo não seja encarado como morto e inerte, mas, ao contrário, como dinâmico e permeável às influências e às contribuições do público. Segundo a proposta do Dispositivo Móvel Ohno, “propor e provocar são formas de não ‘deificar’ e de reforçar a ideia de arquivo e da história como algo já dado e finito. O Dispositivo Móvel, em sua arquitetura, estará construído para dispor de todos os itens daquele acervo como proposições abertas e convites a sua leitura, invenção e reinvenção”. A collaborator of Tatsumi Hijikata, the Japanese dancer and choreographer Kazuo Ohno (1906-2010) is intimately connected to the foundation of butoh, a dance that appeared in post-war Japan. The artist acts in the center of the Dispositivo Móvel Ohno. A metal structure that reminds of wagons works as a space of documentation, propositions and provocations. In it are displayed posters, photos and videos linked to Kazuo Ohno’s work. The device contains books, newspapers, a number of documents and other materials about the dancer. This way, it aims to promote encounters and generate discussions around the artist’s work, so that the archive is not seen as dead and inert, rather, as dynamic and permeable to the public’s influences and contributions. According to the proposal of the Dispositivo Móvel Ohno, “proposing and provoking are ways not to ‘deify’ and to reinforce the idea of the archive and the history as something already accomplished and finite. The Mobile Device, in its architecture, will be built to have all of its items as open propositions and as an invite to its reading, invention and reinvention”.
atividades complementares
Foto: BOB FUJISAKI, CHIAKI NAGANO
78
79
atividades complementares
artistas SPEAKER interlocutores PERFORMERS
atividades complementares
7x7
80
Na Bienal Sesc de Dança 2013, a presença de seis membros do 7x7 pretende estimular o debate artístico sobre os trabalhos de forma plural e informal. Eles convidam, assim, os artistas presentes em Santos para que os procurem, caso a paixão por escrever sobre algum trabalho da Bienal aconteça, através do e-mail 7x7-bienaldedanca@seteporsete.net. As colaborações serão publicadas no site do 7x7 e no site da Bienal.
In his iconic text The Essay as Form, German philosopher Theodor W. Adorno exalts the possibilities of the essay, a genre in between literature and science. The formal liberty of this writing mode, as well as the heavy load of subjectivity, features that distance the Adornian essay from the Cartesian rationality, are to some extent found in the 7X7 project, created in 2009 by Sheila Ribeiro, which is a collective of “speaker artists” that propose a single platform for dance critic. Its members, mostly dance performers, publish poetic texts about dance works they see, in addition to texts from other artists.
Brasil – SP 7x7-bienaldedanca@seteporsete.net contato@seteporsete.net seteporsete.net sheilaribeiro.net Criação, direção artística e conceitual Creation, artistic and conceptual direction: Sheila Ribeiro Interlocutores Speakers: Arthur Moreau, Bruno Freire, Caroline Moraes, LAURA BRUNO, Rodrigo Monteiro, Wagner Schwartz (ARTISTA CONVIDADO) Direção de produção Production direction: Naiada Dubard Assistente de produção Production assistance: Camila Casseano Realização Produced by: Sheila Ribeiro | Dona Orpheline sescsp.org.br/bienaldedança
In Sesc Dance Biennial 2013, the presence of six members of 7x7 intends to encourage an artistic discussion on works, in a plural and informal way. The group invites the artists who will be in Santos to write them at 7x7-bienaldedanca@ seteporsete.net, in case you have passion for writing on any piece of the Biennial. All contributions will be published on both the 7x7 website and the Biennial website. Foto: JONIA GUIMARÃES
atividades complementares
Em seu emblemático texto O Ensaio como Forma, o filósofo alemão Theodor W. Adorno exalta as possibilidades do ensaio, gênero bastardo entre a literatura e a ciência. A liberdade formal dessa escrita, assim como a alta carga de subjetividade, características que distanciam o ensaio adorniano da racionalidade cartesiana, encontram-se presentes, em certa medida, no projeto 7x7. Criado em 2009 por Sheila Ribeiro – um conectivo de “artistasinterlocutores” que propõe uma plataforma singular para a crítica de dança. Seus integrantes, artistas da dança em sua maioria, publicam textos de visada poética sobre os trabalhos de dança que veem, além de textos de outros artistas.
81
lançamento de livros book releases
DANÇA CONTEMPORÂNEA EM DOMICÍLIO Cláudia Müller (org.) Concebido por Cláudia Müller há nove anos, o projeto Dança Contemporânea em Domicílio propõe-se a “entregar” dança contemporânea em lugares onde ela não é esperada. Durante esse tempo, entregas foram feitas nos mais diferentes lugares, do Brasil e do exterior. O livro que Cláudia Müller lança agora, com o mesmo título, em edição limitada (100 exemplares), reúne imagens e textos documentando o projeto, além de artigos pensando sua potência, seu significado e seus desdobramentos, escritos da própria artista, que é a organizadora do volume, e de outros autores, como Isabel Naverán, Carlinhos Santos, Airton Tomazzoni, Christianne Galdino, Christine Greiner e Ivana Menna Barreto.
atividades complementares
Created by Cláudia Müller nine years ago, the Dança Contemporânea em Domicílio project intends to “deliver” contemporary dance in places where it is not expected. Over these years, delivers have been made in the most varied places, in Brazil and abroad. The book Cláudia Müller launches now, under the same title, in a limited edition (100 copies), brings together images and texts documenting the project, as well as articles reflecting on its potential, its meaning and unfolding, the performer’s own writings, who is the organizer of the book, and of other authors, such as Isabel Naverán, Carlinhos Santos, Airton Tomazzoni, Christianne Galdino, Christine Greiner and Ivana Menna Barreto.
82
GESTO: PRÁTICAS E DISCURSOS Dani Lima, Silvia Soter e Mariana Aurélio (orgs.), Christophe Wavelet (colaboração nas entrevistas). Editora Cobogó A investigação de gestos que marcaram o século XX tem servido de norte à companhia dirigida por Dani Lima, originando diversos espetáculos, como Pequeno Inventário de Lugares-Comuns (2009), 100 Gestos (2012) e Pequena Coleção de Todas as Coisas (2013). Parte dessa pesquisa agora toma corpo no livro Gesto: Práticas e Discursos, que reúne textos escritos durante o processo de criação de 100 Gestos e um ensaio fotográfico feito especialmente para a publicação. Lançado pela Editora Cobogó com patrocínio do Fundo de Apoio à Dança da Prefeitura do Rio de Janeiro, o volume apresenta ainda dez entrevistas com especialistas de diversos domínios. O livro compreende conversas com Isabelle Launay (história e teoria da dança), Benilton Bezerra (psiquiatria e psicanálise), Charles Feitosa (filosofia), Luis Camillo Osório (artes visuais), Silvia Soter (educação somática e dança), Tatiana Rocque (filosofia da matemática), Massimo Canivacci (antropologia), Antonio Nóbrega (cultura popular, dança e música), Denilson Lopes (comunicação e cinema) e Christine Greiner (comunicação, semiótica e dança).
Launched by Editora Cobogó sponsored by The Fund for Dance Support of the City of Rio de Janeiro, the volume also presents ten interviews with experts from various fields. The book includes discussions with Isabelle Launay (dance history and theory), Benilton Bezerra (psychiatry and psychoanalysis), Charles Feitosa (philosophy), Luis Camillo Osório (visual arts), Silvia Soter (somatic education and dance), Tatiana Rocque (math philosophy), Massimo Canivacci (anthropology), Antonio Nóbrega (popular culture, dance and music), Denilson Lopes (communications and cinema) and Christine Greiner (communications, semiotics and dance).
atividades complementares
Research on gestures that marked the twentieth century has directed the company led by Dani Lima, originating many performances, such as Pequeno Inventário de Lugares-Comuns (2009), 100 Gestos (2012) and Pequena Coleção de Todas as Coisas (2013). Part of this research now is turned into a book entitled Gesto: Práticas e Discursos, which collects texts written during the creation process of 100 Gestos and a photo essay made especially for the publication.
83
SescTV na Bienal Sesc de Dança SESCTV at SESC Dance Biennial
atividades complementares
Tão Próximo – Quasar Cia. de Dança
84
DANÇA CONTEMPORÂNEA
Cabanagem
Exibição de seleção de programas da série Dança Contemporânea, do SescTV. A proposta é destacar o trabalho de grandes companhias de Norte a Sul do Brasil e coreografias que marcaram o cenário de dança contemporânea recente, com espetáculos registrados por um dos mais relevantes acervos dessa linguagem na televisão brasileira.
2011. Livre
Display of programs selected from the Contemporary Dance series of SescTV. The intention is to highlight the work of great companies all over Brazil and choreographies that have marked the recent scenario of contemporary dance, with shows recorded by one of the most relevant collections of this language in the Brazilian media.
2010. Livre
Produção Production: Pipoca Cine Vídeo Direção Directed by: Antônio Carlos Rebesco Curadoria Curatorship: Ana Teixeira, Cássia Navas Local Venue: Conversatório / Sesc Santos
Corpo de Dança do Amazonas
Naturalmente Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira Antonio Nóbrega
A Ponte Luis Arrieta 2012. Livre
Ewá & Tão Studio 3 Cia. de Dança & Cia. Sociedade Masculina 2011. Livre
Objeto Gritante Cia. Mauricio de Oliveira e Siameses 2011. 12 anos
foto: roberto assem
foto: lu barcelos
Objeto Gritante – Cia. Mauricio de Oliveira e Siameses
Ismael Ivo 2012. 12 anos
Pororoca Lia Rodrigues Cia. de Danças 2010. 16 anos
Kuarup ou a Questão do Índio Ballet Stagium 2009. 16 anos
Calunga / Elgar Cisne Negro Cia. de Dança 2011. 14 anos
Tão Próximo Quasar Cia. de Dança 2010. 12 anos
Pequenas Frestas de Ficção Sobre Realidade Insistente Grupo Cena 11 Cia. de Dança 2009. 16 anos
Kafka in Off Cia. Borelli de Dança (2009). 18 anos
Conceição Grupo Experimental (2010). 14 anos
Paraíso Perdido Balé da Cidade de São Paulo (2011). 14 anos
atividades complementares
Biblioteca Del Corpo
85
rede de intercâmbio EXCHANGE NETWORK
TURISMO SOCIAL social tourism
A Bienal Sesc de Dança 2013 oferece aos artistas, produtores, programadores e agentes culturais participantes a oportunidade de fazer contato com parceiros de trabalho em potencial. Em um ambiente informal, serão estimulados encontros para a troca de informações e o desenvolvimento de projetos conjuntos.
O Programa de Turismo Social do Sesc São Paulo busca ampliar o conceito do viajar. Por meio de palestras, expedições virtuais, oficinas e vários outros tipos de vivências os participantes são estimulados a encontrar um novo mundo: dialogar com outras culturas, interagir com os habitantes dos locais visitados, conhecer seu patrimônio natural e respeitar suas tradições, sempre de forma responsável e consciente. Todas as excursões e passeios de um dia incluem acompanhamento de guia credenciado pelo Ministério do Turismo, transporte em ônibus e cobertura de seguro de acidentes pessoais.
Sesc Dance Biennial 2013 offers artists, producers, programmers and cultural participants the opportunity to meet potential business partners. In an informal setting, meetings will be encouraged to exchange information and develop joint projects.
ponto de encontro MEETING POINT Bar e restaurante para encontrar espectadores, artistas e convidados da Bienal. Shows e DJs criarão uma atmosfera ideal para a celebração e a troca de impressões sobre o evento. Bar and restaurant to meet Biennial spectators, artists and guests. Shows and DJs will create an ideal atmosphere for the celebration and exchange of views on the event.
Em 2013, uma programação especial foi elaborada para que os viajantes conhecessem a cidade de Santos e acompanhassem os espetáculos oferecidos pela Bienal. Três roteiros com enfoque na história, arte, cultura e natureza fizeram parte desta programação disponível nas unidades: Carmo, Consolação, Ipiranga, Osasco, Pinheiros, Santana, Santo André, São Caetano, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté. The Social Tourism Program of Sesc São Paulo seeks to broaden the concept of travel. Through lectures, virtual expeditions, workshops and many other types of experiences, participants are encouraged to find a new world: dialogue with other cultures, interact with the inhabitants of the places visited, know their natural heritage and
Dia 5/9. Scandurra e LES PROVOCATEURS Dia 6/9. DJ Tutu Moraes Dia 7/9. André Frateschi e Miranda Kassin Dia 8/9. DJ Tudo Dia 9/9. DJ Evelyn Cristina Dia 10/9. Banda Del Rey Dia 11/9. DJ Dolores
atividades complementares
Dia 12/9. DJ Wagner Parra - Vitrolada
86
museu do café
Benedito Calixto nasceu em Itanhaém, porém mudou-se para Santos, onde sobreviveu pintando muros e placas, totalizando quase 700 obras. Para apresentar um pouco de sua vida e obra, convidamos a todos para um passeio pela cidade de Santos, visitando o Museu de Arte Sacra, a Museu do Café e a Pinacoteca Benedito Calixto. Benedito Calixto was born in Itanhaém, but moved to Santos, where he made a living painting walls and plates, totaling nearly 700 works. To show a bit of his life and work, we invite you for a tour in the city of Santos, visiting the Museum of Sacred Art, Coffee Museum and Pinacoteca Benedito Calixto.
Santos... Porque navegar é preciso... Visita ao Porto de Santos, para conhecer o Museu do Porto, o Terminal Turístico e o Mercado Municipal. Percurso de catraia,
Visit to the Port of Santos to get to know the Port Museum, the Tour Terminal and the Municipal Market. A catraia ride, departing from the Port headed to Vicente de Carvalho, in Guarujá, where the group will walk through the neighborhood that concentrates the business that economically maintains the city. You will return by boat, with a final stop in front of the Customs.
Santos nos Tempos do Café O café foi a mola propulsora da economia santista a partir do século XIX. A estrutura portuária e o desenvolvimento do comércio se deram pela pujança cafeeira. Para apresentar as reminiscências do período do café na cidade, haverá uma caminhada pelo centro histórico, um passeio de bonde e visitas a uma torrefação de café, ao Museu do Café, e à antiga estação do Valongo, entre outros atrativos. Coffee was the driving force of Santos’ economy from the nineteenth century on. The port infrastructure and trade development were due to the coffee strength. To show what remains from the coffee age in the city, there will be a walk through the Historical Center, a streetcar tour and visits to a coffee roasting facility, the Coffee Museum, and to the old station of Valongo, among other attractions.
pinacoteca benedito calixto
atividades complementares
Santos de Benedito Calixto
partindo do Porto em direção à Vicente de Carvalho, no Guarujá, onde o grupo fará caminhada pelo bairro que concentra o comércio e sustenta economicamente o município. O retorno será feito por barca, desembarcando em frente à Alfândega.
fotos: camila nicoletti
respect their traditions, always responsibly and consciously. All tours and day trips include a guide accredited by the Brazilian Department of Tourism, bus transportation and insurance coverage for personal injury. In 2013, a special program was designed for travelers to get to know the city of Santos and see the performances offered by the Biennial. Four tours focusing on history, art, culture and nature were part of this program available at the following units: Carmo, Consolação, Ipiranga, Osasco, Pinheiros, Santana, Santo André, São Caetano, São José dos Campos, Sorocaba and Taubaté.
87
atividades formativas
88
Foto: marcos bruvic
atividades formativas EDUCATIONAL ACTIVITIES
atividades formativas
90 WORKSHOPS 92 OFICINAS PARA CRIANÇAS Workshop for children 93 ENCONTROS E DEBATES MEETINGS AND DISCUSSIONS
89
WORKSHOPS
FORMAÇÃO COMPARTILHADA EM ARTES PRESENCIAIS Com Alejandro Ahmed, Roberto Freitas, Sheila Ribeiro O workshop tem o objetivo de desenvolver dispositivos no corpo e para o corpo que viabilizem práticas de ações realizadas em tempo real. A ideia de formação compartilhada implica em uma troca de informações artísticas, técnicas e teóricas entre pessoas com interesses correlatos. Assim, os encontros entre os participantes criam uma rede de informações, base para que a produção de conhecimento se dê de forma interdependente. No workshop, cada indivíduo transforma e é transformado pela informação que disponibiliza e acessa, num percurso de constante reformulação. SHARED TRAINING IN PERFORMING ARTS The workshop aims to develop devices in and for the body that enable practices of actions carried out in real time. The idea of shared training implies in an exchange of artistic, technical and theoretical information among people with similar interests. Therefore, the encounters among the participants generate a network of information – a basis on which knowledge production happens interdependently. In the workshop, each individual transforms and is transformed by the information that they make available and access, in a constant course of reformulation.
EXHIBITION com Cláudia Müller A oficina teórico-prática aborda as relações entre a dança contemporânea, a performance, a intervenção e o processo de criação de Exhibition. Temas da arte conceitual, da arte relacional e da crítica institucional são abordados através de alguns artistas que influenciaram a dança contemporânea, especialmente na última década. Depois de passarem pelo workshop, de doze a vinte artistas locais integrarão as apresentações de Exhibition.
atividades formativas
Cláudia Müller é artista envolvida em projetos de dança, performance, vídeo e instalação. É mestra em artes pela UERJ e professora do Instituto de Artes da mesma universidade. Já atuou como intérpretecriadora em companhias de dança em São Paulo e no Rio de Janeiro. Desde 2000, desenvolve seus próprios trabalhos, que já foram apresentados em festivais no Brasil e no exterior.
90
The theoretical-practical workshop approaches the relations between contemporary dance, performance, intervention and the Exhibition creation process. Themes of conceptual art, relational art and institutional review are discussed through some artists that influenced the contemporary dance, especially in the last decade. After the workshop, twelve to twenty local artists will integrate Exhibition’s performances.
Claudia Müller is an artist involved in dance, performance, video and installation projects. She has a master’s degree in Arts from UERJ and is a teacher of the Institute of Arts in the same university. She has already worked as performer-creator in dance companies in São Paulo e Rio de Janeiro. Since 2000, she’s been developing her own projects, which have already been presented in festivals in Brazil and abroad.
PAISAGENS INTER-URBANAS com Coletivo Líquida Ação Memória urbana, improvisação coletiva e composição de movimentos em tempo real são suportes das ações-intervenções em espaços públicos propostas no workshop. As imagens sensoriais criadas pelos participantes através da relação entre o corpo, a água e o espaço formam as “paisagens inter-urbanas”, que deslocam as memórias e os sentidos da cidade. Os participantes da oficina poderão atuar nas intervenções. Interessados na água como material ético e estético, o Coletivo Líquida Ação desenvolve pesquisa nos espaços públicos das cidades desde 2007. As simbologias da água e a sua importância para o homem e para a cidade são interesses do grupo. O coletivo contou com o apoio do Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua, em 2009, para realizar intervenções cênicas que levavam água para chafarizes desativados da cidade do Rio de Janeiro. INTER-URBAN LANDSCAPES Urban memory, collective improvisation and movement composition in real time are supports of the actions-interventions in public spaces proposed in the workshop. The sensory images created by the participants through the relationship between body, water and space compose the “inter-urban sights”, which dislocate the memories and senses of the city. The participants of the workshop will be able to act in the interventions. Interested in water as an ethical and aesthetical material, Collective Líquida Ação develops research in cities’ public spaces since 2007. The symbologies of water and its importance for men and the city are interests of the group. The collective was supported by Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua in 2009 to perform interventions that took water to disabled fountains in Rio de Janeiro.
SUGESTÕES PARA UMA CIDADE HABITAR UM CORPO Com Vanilton Lakka A oficina parte do histórico do criador-intérprete Vanilton Lakka nos universos da dança de rua, da dança contemporânea e do parkour. A partir da seleção de princípios técnicos corporais presentes nessas danças, o workshop propõe a organização do trabalho de solo, técnicas de suspensão e lançamentos. Os mecanismos técnicos
Lakka é criador-intérprete premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 2005. É mestre em artes no PPGArtes da Universidade Federal de Uberlândia e bacharel em ciências sociais. Trabalha com produção cultural, criação e pesquisa em dança desde 1991. SUGGESTIONS FOR A CITY TO INHABIT A BODY The workshop is based on the history of creator-performer Vanilton Lakka in the universes of street dance, contemporary dance and parkour. From the selection of body technical principles present in these dances, the workshop proposes the arrangement of ground work, suspension techniques and throws. The technical mechanisms will be explored in different spaces, such as someone else’s body and the textures of the city. Result of the Mono-Blocos: Ocupação, Interação e Ação na Praça and Lakka’s master’s thesis on the relationships of the body in the urban space, the workshop aims to share the performer’s knowledge. Lakka is a creator-performer awarded by the Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) in 2005. He has a master degree in Arts from the Universidade Federal de Uberlândia’s PPGArtes and a bachelor degree in Social Sciences. He has worked with cultural production, creation and research on dance since 1991.
PARA MOVER(-SE)
Choreographer and dancer Cristian Duarte was a collaborator of Cia. Nova Dança. In 2002 he graduated from P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios), directed by the choreographer Acce Teresa de Keersmaeker, in Belgium. He coordinated the artistic training program LOTE#1 and LOTE#2, subsidized by the Municipal Program of Dance Promotion for the city of São Paulo.
B WITH PEOPLE Com Marcelo Evelin Um encontro com o coreógrafo Marcelo Evelin em torno das questões prático-teóricas que alavancaram sua última criação, De Repente Fica Tudo Preto de Gente. O workshop aborda as ideias de Elias Canetti presentes no livro Massa e Poder, além de considerações sobre a formação de uma massa disforme de singularidades. Marcelo Evelin nasceu no Piauí, é coreógrafo, pesquisador e intérprete. Atualmente trabalha entre Teresina e Amsterdã, atuando como artista independente com sua cia Demolition Inc. e como professor de Escola de Mímica de Amsterdã. An encounter with choreographer Marcelo Evelin around practical-theoretical issues that leveraged his latest creation, De Repente Fica Tudo Preto de Gente. The workshop addresses Elias Canetti’s ideas present in the book Massa e Poder, as well as considerations on the formation of a shapeless mass of singularities.
Com Cristian Duarte
Marcelo Evelin was born in Piauí, is a choreographer, performer and researcher. Currently working in Teresina and Amsterdam, as an independent artist with his Demolition Inc. Company and as a professor at Mime School in Amsterdam.
A oficina pretende promover uma vivência dos movimentos e de seus desdobramentos: “Mover-se sem interrupção. Mover-se a partir do que você já conhece no seu corpo. Mover-se como se fosse uma experiência inaugural. Mover-se a partir da atenção em diferentes tonalidades do corpo. Mover-se a partir de sensações. Mover-se para se concentrar no mover-se”.
MASTERCLASS
O coreógrafo e bailarino Cristian Duarte foi colaborador da Cia. Nova Dança. Em 2002, graduou-se na P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios), dirigida pela coreógrafa Anne Teresa de Keersmaeker, na Bélgica. Coordenou o projeto de residência artística LOTE#1 e LOTE#2, subsidiados pelo Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.
Na masterclass ministrada por Eduardo Torroja, assistente de Wim Vandekeybus, os participantes podem explorar o vocabulário energético do coreógrafo através de floorwork, parcerias e contato. Esses elementos corporais são abordados como um “ato teatral” e não simplesmente como uma “técnica”. Além disso, a oficina trabalha com alguns elementos do repertório da Companhia Ultima Vez.
TO MOVE [YOURSELF] The workshop aims to promote an experience of movements and what they unfold: “Moving uninterruptedly. Moving from what you already know of your body. Moving as if it were an inaugural experience. Moving from the attention in different tonalities of the body. Moving from sensations. Moving to concentrate on moving.”
Com Eduardo Torroja (Ultima Vez)
A Ultima Vez é dirigida por Wim Vandekeybus e sediada na Bélgica. O grupo já foi premiado diversas vezes e excursiona pelo mundo com a remontagem de seu primeiro espetáculo O que o Corpo Não Lembra, de 1987. In the masterclass given by Eduardo Torroja, Wim Vandekeybus’ assistant, the participants will be able to explore the choreographer’s energetic vocabulary, through floorwork, partnerships and contact.
atividades formativas
serão explorados em diferentes espaços, como o corpo do outro e as texturas da cidade. Resultado da montagem do projeto Mono-Blocos: Ocupação, Interação e Ação na Praça e da dissertação de mestrado de Lakka, sobre as relações do corpo no espaço urbano, a oficina pretende compartilhar os conhecimentos do performer.
91
These body elements are addressed as a “theatrical art” and not only as a “technique”. Additionally, the workshop deals with some elements of the repertoire of Companhia Ultima Vez. Ultima Vez is directed by Wim Vandekeybus and is headquartered in Belgium. The group has received different awards and tours around the world with the rearrangement of its first spectacle What the Body Does Not Remember, released in 1987.
AULÃO MOVIMENTO/CRIAÇÃO/IMPROVISAÇÃO Com Dudude Partindo do ambiente proposto por Dudude, o “aulão” aborda uma mistura de trabalhos na ação do dançar, bem como as questões advindas desta prática. A criação é aguçada a partir da ativação dos sentidos e da percepção do entorno. O encontro tem a intenção de descobrir a fonte por onde possam jorrar ideias e vontades que desvelam estados de dança. São compartilhados alguns modos operantes do trabalho de Dudude, como a necessidade de se reinventar para perceber a fala, o desenho e o volume do movimento que se imprime no campo da expressão. Bailarina, coreógrafa e performer, Dudude iniciou seus estudos de dança nos anos 1970. Em 1992, criou na capital mineira a Benvinda Cia. de Dança, que funcionou até 2007. Ex-bolsista do Ministério da Cultura, ela agora abdica do sobrenome e apresenta-se apenas como Dudude. SUPER CLASS | MOVIMENT/CREATION/IMPROVISATION In an environment proposed by Dudude, the “aulão” (super class) addresses a mix of works in the dancing action, as well as issues coming from this practice. The creation is sharpened by the activation of the senses and the perception of the surroundings. The encounter aims to discover the source from where gush ideas and wills that unveil dance states. Some of the operating modes of Dudude’s work are shared, such as the need to reinvent oneself to perceive the speech, design and volume of the movement impressed in the expression field. Dancer, choreographer and performer, Dudude initiated her dance studies in the 70’s. In 1992, she created in the city of Belo Horizonte the Benvinda Cia. de Dança, which worked until 2007. Former scholarship student of the Ministry of Culture, now she relinquishes her last name and introduces herself only as Dudude.
OficinaS para crianças Workshop for children
POÉTICA COTIDIANA DO CORPO Com Cia. Dani Lima e convidados Na oficina, a Cia. Dani Lima compartilha alguns exercícios e experiências do processo de criação de seu espetáculo infantil Pequena Coleção de Todas as Coisas. Elementos de consciência corporal, contato-improvisação e dança contemporânea são abordados nas aulas, sempre de forma lúdica. Também são trabalhadas algumas noções de espaço e tempo, a capacidade de escuta e de concentração e a prática coletiva, a fim de estimular o gosto pela criação de movimentos. A dança será o resultado do agrupamento de frases e partituras de gestos do dia a dia. Os objetos cotidianos são parte das composições visando estimular novas formas de percebê-los e de usá-los poeticamente. Criado em 1997, o grupo carioca é dirigido pela coreógrafa e bailarina Dani Lima, fundadora e ex-integrante do coletivo de atores-acrobatas Intrépida Trupe. DAILY POETRY OF THE BODY In this workshop, the Cia. Dani Lima shares some exercises and experiences of the creation process of its children spectacle, Pequena Coleção de Todas as Coisas. Elements of body conscience, contactimprovisation and contemporary dance are addressed in the classes, always in a playful way. Some notions of space and time are also approached, as well as the hearing and concentration abilities and the collective practice, aiming to stimulate the taste for creation of movements. The dance will be the result of grouping sentences and scores of everyday gestures. Daily life objects are part of the compositions, aiming to stimulate new ways to perceive and use them poetically. Created in 1997, in Rio de Janeiro, the group is directed by the choreographer and dancer Dani Lima, founder and former member of the actors-acrobats collective Intrépida Trupe.
DANÇANDO COM O ESPAÇO Com Uxa Xavier A intenção do encontro com as crianças é acessar a percepção espacial e a experiência de sentir o movimento em relação ao espaço. Para que isso aconteça, são vivenciadas sensações relativas à pele, àquilo que nos protege, e ao sistema articular, que faz dobrar e esticar o corpo no espaço de dentro e de fora.
atividades formativas
DANCING WITH THE SPACE
92
The encounter with children aims to access spatial perception and the experience of feeling movement in relation to space. To make this happen, they experience sensations related to the skin, to what protects them, and in relation to the articulate system, which makes the body fold and stretch inside and out.
CURADORIA, PROCESSO CRIATIVO Com Cecília Salles Esta mesa enxerga a curadoria sob outra perspectiva. O intuito é entendê-la não apenas como fruto de escolhas, mas como um processo criativo. Qual espaço é inaugurado quando um novo olhar relaciona obras, artistas, tempos e recria um novo discurso? Como criar a partir do que está dado na obra? Qual é o desafio do curador em tempos contemporâneos, em que convivem tantos níveis de percepção sobre o percurso de um artista? CURATORSHIP, A CREATIVE PROCESS This roundtable sees curatorship from another perspective. The intention is to understand it not only as a choice, but as a creative process. What space is opened when a new view relates works, artists, times and recreates a new discourse? How to create from what is given in the work? What is the challenge of the curator in contemporary times in which so many levels of perception about an artist’s journey live together?
CURADORIA EDUCATIVA, CERCADA DE NOVOS OLHARES Com Alexandra Itacarambi, Juliano Azevedo, Stela Barbieri e mediação de Nirvana Marinho Vários campos artísticos mostram como seus recortes curatoriais enxergam o público. Um caminho é pensar que a curadoria no cinema, nas artes, na música e na dança tem uma finalidade maior: a educativa. A curadoria educativa vem sendo uma maneira cada vez mais pertinente para conhecer novas estratégias de diálogo, tanto a partir da formação como do estabelecimento de troca entre vários níveis de conhecimento. EDUCATIONAL CURATORSHIP, SURROUNDED OF NEW LOOKS With Stela Barbieri, Alexandra Itacarambi, Juliano Azevedo mediated by Nirvana Marinho Many artistic fields show how their curatorial clippings see the public. One way to see it is thinking that curatorship in cinema, arts, music and dance have a higher purpose: educational. Educational curatorship has been increasingly relevant to know new dialogue strategies, both from the formation and the establishment of exchanges between many levels of knowledge.
PRODUÇÃO E PESQUISA EM DANÇA PARA CRIANÇAS Com Dani Lima, Geórgia Lengos, Sérgio Luís V. Oliveira, Uxa Xavier e mediação de Marcos Villas Boas A proposta do encontro é proporcionar a troca de informações entre profissionais de diferentes áreas de atuação, tendo como foco o interesse por novas produções de dança contemporânea para crianças. São abordados os processos de criação que dialogam com a cultura da infância e o universo infantil. PRODUCTION AND RESEARCH IN DANCE FOR CHILDREN The purpose of the meeting is to provide exchange of information between professionals of different areas, focusing the interest for new productions of contemporary dance for children. It covers the creation processes that dialogue with childhood culture and the children’s universe.
CELEBRAÇÃO DA SAGRAÇÃO Com Ana Francisca Ponzio, Xavier Le Roy e mediação de Valéria Cano Bravi A Sagração da Primavera teve sua polêmica estreia em 29 de maio de 1913. O balé foi composto por Igor Stravinsky e coreografado por Vaslav Nijinsky para os Balés Russos de Diaghilev, com cenografia e figurino de Nicholas Roerich. Nesses cem anos, diversos coreógrafos do mundo conceberam sua própria versão da obra, como é caso de Martha Graham, em 1984; Maurice Béjart, em 1959; Pina Bausch, em 1975; Mats Ek, em 1984; Luis Arrieta, em 1985; Marie Chouinard, em 1998; e Angelin Preljocaj, em 2001. De que maneira colocá-las em relação? Esta mesa de discussão é um convite para se pensar o corpo cênico da dança através da complexidade das suas dinâmicas históricas: desde a noção de corpo como laboratório da percepção que se abre para outros corpos poéticos até sua pluralidade de pensar e reapresentar o mundo esteticamente. CELEBRATION OF THE CONSECRATION Sagração da Primavera had a controversial debut on May 29 1913. The ballet was composed by Igor Stravinsky and choreographed by Vaslav Nijinsky for the Russian Ballet of Diaghilev, with sets and costumes by Nicholas Roerich. Over these 100 years, many choreographers worldwide have conceived their own version of the work, as is the case of Martha Graham in 1984, Maurice Béjart in 1959, Pina Bausch in 1975, Mats Ek, in 1984, Luis Arrieta, in 1985, Marie Chouinard in 1998, and Angelin Preljocaj in 2001. How to relate them? This roundtable discussion is an invitation to think about the dance scenic body through the complexity of its historical dynamics: from the notion of the body as a laboratory of perception that opens to other poetic bodies to its plurality of thoughts and way to represent the world aesthetically.
atividades formativas
ENCONTROS E DEBATES MEETINGS AND DISCUSSIONS
93
espetáculos
Foto: marcos bruvic
94
espetáculos
locais venues
95
Sesc Santos Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida
foto: PEDRO VANNUCCHI
O Sesc Santos, situado na Rua Conselheiro Ribas, 136, no bairro Aparecida, foi inaugurado em 22 de novembro de 1986. Assinaram o projeto da obra os arquitetos Marc Rubin e Alberto Botti (Rubin & Botti Arquitetos Associados). O prédio é destinado ao lazer, ao esporte, à saúde e à cultura. Possui área de convivência, auditório, fosso do teatro, ginásio, piscina e teatro. Sesc Santos, located on Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida, was opened on November 22 1986. Its project was signed by architects Marc Rubin and Alberto Botti (Rubin & Botti Arquitetos Associados). The building is intended for leisure, sport, health and culture. It has a living area, auditorium, theater pit, gymnasium, pool and theater.
Boulevard da Rua XV de Novembro Rua XV de Novembro – Centro
foto: ED FIGUEIREDO
Com quase 120 anos, a via é considerada uma das mais tradicionais da cidade, tendo o seu maior destaque na década de 1920, época áurea do café. O local abriga o Museu do Café, onde se regularizavam as operações dos grãos de todo o mundo. Em 2002, a reurbanização da rua resgatou a temática do café e o clima daquele tempo. A via ganhou calçadas, cerca de 1.700 m² de paralelepípedos tomaram o lugar do asfalto, além dos postes de iluminação que foram substituídos por modelos do início do século XX. Almost 120 years old, the route is considered one of the most traditional in the city, high great highlight in the 20s, the golden age of coffee. The site is home to the Coffee Museum, where world grain operations were regulated. In 2002, the redevelopment of the street rescued the coffee theme and the atmosphere of that time. The street gained sidewalks, about 1,700 sq.m. of cobblestones turned the site in tarmac, and streetlights were replaced by models of the early twentieth century.
museu do Café
locais
foto: CAMILA NICOLETTI
Rua XV de Novembro, 95 – Centro
96
A criação da Bolsa Oficial de Café teve início em 1914, através de lei aprovada pelo Congresso Legislativo de São Paulo, cujas funções visavam, sobretudo, a um maior controle do comércio cafeeiro no estado. Entre diversas medidas adotadas para evitar prejuízos financeiros aos produtores, estava prevista a eliminação de agentes intermediários nos negócios futuros. A partir da restauração do edifício-sede da Bolsa Oficial de Café em Santos, a Associação dos Amigos do Museu dos Cafés do Brasil tem como objetivo primordial instalar, manter, administrar e tornar nacionalmente conhecido o Museu do Café. A primeira iniciativa implementada foi a Cafeteria, que se tornou a principal atração turística do centro histórico santista. The creation of Bolsa Oficial de Café started in 1914, with the law passed by the Legislative Congress of São Paulo, whose functions envisaged, primarily, a better control of coffee trade in the state. Among various measures adopted to prevent financial losses to producers, it provided the elimination of intermediaries in future trades. From the restoration of the headquarters of Bolsa Oficial de Café in Santos to the creation of Associação dos Amigos do Museu dos Cafés do Brasil with the main purpose to install, maintain, manage and make the Coffee Museum nationally known, a process of musealization was created. From this approval, the first initiative implemented was the Cafeteria, which became the main tour attraction in the historical center of Santos.
C.A.I.S. (Centro de Atividades Integradas de Santos) Vila Mathias
foto: ED FIGUEIREDO
Avenida Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias Inaugurada em 27 de outubro de 2010, este local é um moderno espaço para a prática de atividade física. Com 11.028 m² de área construída, possui uma quadra poliesportiva e arquibancadas com capacidade para 5.000 espectadores. No local, há cinco rampas de acesso, sendo quatro para a quadra. A arena conta, ainda, com proteção térmica e acústica. O local possui também seis elevadores, oito alojamentos, lavanderia, refeitório com capacidade para aproximadamente 60 pessoas, dez vestiários, cinco cabines de imprensa, quatro camarotes e arquibancadas retráteis para instalação de dois palcos, além de 118 vagas de estacionamento e 186 refletores com 400 watts cada. Inaugurated on October 27, 2010, this site is a modern space for the practice of physical activity, with 11,028 sq. m. of built area, it has a sports court and bleachers with seating capacity of 5,000 spectators. In the site there are five access ramps, four for each court. The arena also has thermal and acoustic protection. The site also has six lifts, eight lodgings, laundry room, a cafeteria with seating capacity for approximately 60 people, ten locker rooms, five press booths, four box seats and retractable bleachers for the installation of two stages, as well as 118 parking spaces and 186 reflectors of 400 watts each.
Teatro Guarany
foto: ED FIGUEIREDO
Praça dos Andradas, 100 – Centro Primeiro edifício construído para fins teatrais em Santos, foi inaugurado em 1882 e destruído por um incêndio em 1981, que poupou apenas as paredes externas. Após duas décadas de abandono, o prédio foi totalmente reconstruído pela prefeitura e entregue em 2008. Além da beleza da construção, destacam-se duas pinturas de Paulo Von Poser – a do teto retrata cena do romance O Guarany, de José de Alencar, e a do foyer do segundo piso é uma releitura do quadro de Benedicto Calixto, que mostra Santos vista do alto do Monte Serrat. O teatro funciona como sala de espetáculos e escola municipal de artes cênicas. The first building constructed for theater purposes in Santos was inaugurated in 1882 and destroyed by a fire in 1981, which spared only the external walls. After being neglected for two decades, the building was completely rebuilt by the City Hall and delivered in 2008. In spite of its construction beauty, two paintings of Paulo Von Poser are highlighted – the one on the ceiling depicts the romance O Guarany, by José de Alencar, and the one in the foyer of the second floor is a revised version of the painting Benedicto Calixto, which shows Santos view from Monte Serrat. The theater serves a concert hall and municipal school of performing arts.
Casa da Frontaria Azulejada Uma das mais significativas obras arquitetônicas de Santos, construída em 1865, como residência e armazém do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Netto, um bem sucedido comerciante de café. O prédio, com dois pavimentos, ficou conhecido pela sua fachada de influência neoclássica, decorada com azulejos em alto-relevo importados de Portugal. Com os anos, o sobrado passou a ser utilizado como escritório, hotel, armazém de cargas e, por fim, como depósito de adubos químicos. Em 1986, quando foi desapropriada pela prefeitura, a casa estava semidestruída, sem o teto e sem o
locais
foto: ED FIGUEIREDO
Rua do Comércio, 96 – Centro
97
piso superior. A recuperação da fachada aconteceu em 1992, com a devolução da estrutura original da porta principal e dos azulejos, restaurados ou reproduzidos. Realizado pelo artista plástico Luís Sarasá, o trabalho constituiu tarefa artesanal, e seu resultado traz sete mil peças novas. Ali funciona, desde 2006, o maior espaço cultural do centro histórico. It was one of the most significant architecture works in Santos, built in 1865 as residence and warehouse of the Portuguese commander Manoel Joaquim Ferreira Netto, a successful coffee merchant. The two-floor building became famous for its neoclassical façade, decorated by embossed tiles imported from Portugal. Over the years, the two-story started to be used as office, hotel, cargo warehouse and, lastly, as a warehouse of chemical fertilizers. In 1986, when it was expropriated by the city hall, the house was kind of destroyed, without roof and the upper floor. The restoration of the façade was in 1992, with the return of the original structure of the main entrance and restored or reproduced tiles. Conducted by plastic artist Luís Sarasá, the work involved handicraft, whose result was about seven thousand new pieces. That’s where, since 2006, the largest cultural space of the Historical Center is.
Teatro Municipal Brás Cubas
foto: ED FIGUEIREDO
Avenida Senador Pinheiro Machado, 48 – Vila Mathias Ele foi oficialmente inaugurado em 10 de março de 1979, ganhando o nome do fundador da Vila de Santos, Brás Cubas, na gestão do prefeito Antônio Manoel de Carvalho. Sua estrutura é composta de 5.130 m² de área construída, com uma plateia de 544 poltronas com visão perfeita dos 543 m² de palco. Este último é equipado por iluminação cênica e cenários eletricamente móveis e ciclorama (que projeta efeitos especiais). O teatro foi projetado para abrigar espetáculos de balé, canto lírico, peças teatrais e até algumas óperas. O projeto de cenotécnica é de Aldo Calvo e o de acústica do arquiteto polonês Ivo Sresnewsky. It was officially opened on March 10 1979, named after the founder of the town of Santos, Brás Cubas, under the administration of Mayor Antônio Manoel de Carvalho. Its structure consists of 5,130 square meters of built area, with an audience of 544 seats, which provides a perfect view of the 543 square meters of stage. The latter is equipped with stage lighting and electrically movable stage and cyclorama (which projects special effects). The theater was projected to host ballet performances, lyrical singing, theater plays and even some operas. The ceno technical project was developed by Aldo Calvo and the acoustic project, by Polish architect Ivo Sresnewsky.
Praça das Bandeiras Avenida Vicente de Carvalho, s/nº – Gonzaga
locais
foto: ED FIGUEIREDO
Local de início do passeio “Conheça Santos”, nela encontramos um bonde antigo que funciona como Posto de Informações Turísticas, a Fonte Nove de Julho e as bandeiras dos estados brasileiros, permanentemente hasteadas.
98
A praça situa-se no Gonzaga, importante região para turistas, em função das atrações que nele se concentram, como hotéis, restaurantes, cinemas, clubes, bares e shopping centers. O bairro deve seu nome a Antonio Luiz Gonzaga, nascido em 21 de junho de 1854, que abriu um botequim em 1885 na esquina da atual Rua Marcílio Dias. Aos poucos o lugar foi ficando conhecido e desenvolvendo sua vocação para o lazer e o turismo. A praça foi inaugurada em 1936 em homenagem aos feitos de Santos durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Nela, encontram-se esguichos que chegam a 12 metros de altura.
Starting location of the “Conheça Santos” tour, this is the place where we find an old tram that serves as a Tourist Information Center, Fonte Nove de Julho e the flags of the Brazilian states, always up. The square is located in Gonzaga, an important area for tourists due to its attractions, such as hotels, restaurants, movie theaters, bars and shopping centers. The neighborhood is named after Antonio Luiz Gonzaga, born on June 21 1854, who opened a bar in 1885 on the corner of current Rua Marcílio Dias. The place gradually became well known and developed its vocation for leisure and tourism. The square was inaugurated in 1936 to honor the deeds of Santos during the Constitutionalist Revolution of 1932. In it, there are spouts that reach 12 meters high.
Praça Dr. Caio Ribeiro de Moraes e Silva
foto: ED FIGUEIREDO
Praça em frente ao Sesc Localizada em frente ao Sesc, no bairro Aparecida, a praça recebeu o nome do advogado e ex-presidente da Associação Comercial de Santos, entre 1971-1974. Aos domingos, entre às 14h e 22h, o local abriga as barracas ambulantes da Feirart Santos, uma feira de artesanato que comercializa comidas, vestuário, acessórios e conchas, entre diversos outros produtos. Além da feira, existe um espaço reservado a jogos de tabuleiro e uma pista de corrida, tudo cercado por árvores que garantem a sombra para quem quiser aproveitar a tranquilidade da praça. Located in the Aparecida neighborhood, near channel 5, square Caio Ribeiro de Moraes e Silva is in front of Sesc. It’s named after the lawyer and former president of the Commercial Association of Santos from 1971 to 1974. On Sundays, from 2pm to 10pm, the place hosts street vendors of Feirart Santos, an arts & crafts fair that sells food, clothes, accessories, shells and many other products. Besides the exhibition, there’s a space reserved for board games and a jogging track, all surrounded by trees that provides shadow for those that want to enjoy the square’s peace.
Praça Mauá A Praça Visconde de Mauá surgiu em 1801 como Largo da Misericórdia, e é o centro nervoso da cidade. Recebeu o nome que hoje ostenta em 6 de outubro de 1887, numa homenagem ao Visconde de Mauá, empresário gaúcho considerado “o pai dos empreendedores brasileiros”. O logradouro abriga o Palácio José Bonifácio, construído em linhas clássicas e inaugurado em janeiro de 1939 como parte das comemorações do aniversário da cidade. Hoje, a edificação é terceira sede do poder, abrigando a Prefeitura Municipal. Praça Visconde de Mauá emerged in 1801 as Largo da Misericórdia and is the nerve center of the city. It received the name it has today on October 6 1887 to honor Visconde de Mauá, a businessman from Rio Grande do Sul considered “the father of Brazilian businessmen”. The street houses the Palácio José Bonifácio, built on classic lines and inaugurated in January of 1939 as part of the anniversary celebrations of the city. Today the building is the third power office, housing the City Hall.
locais
foto: ED FIGUEIREDO
Rua General Câmara, s/nº – Centro
99
Praça da Paz Universal
foto: ED FIGUEIREDO
Rua Waldemar Noschese, s/nº – Zona Noroeste A maior praça da Zona Noroeste, com 22 mil m², recebeu recentemente uma reforma em duas de suas quadras poliesportivas. A praça conta ainda com mais uma quadra e um minicampo de areia. Localizada num bairro que vem crescendo ao longo dos anos, já foi palco de diversas apresentações musicais e do programa Rádio-Rap-Móvel, uma emissora de rádio instalada num veículo que percorre vários bairros da cidade. The largest square in the Northwest area, with 22 thousand square meters has recently had two of its sports court remodeled. The square also has another court and a mini sand field. Located in a neighborhood that has been growing over the years, it has already hosted several musical performances and the program Rádio Rap-Móvel, a radio station installed in a vehicle that runs many city districts.
Rodoviária Praça dos Andradas, 45 – Centro
foto: ED FIGUEIREDO
A Estação Rodoviária de Santos Jaime Rodrigues Estrela Jr. foi inaugurada em 29 de dezembro de 1969 pelo então interventor federal em Santos, o General Clóvis Bandeira Brasil. O terminal foi construído e administrado pela Prodesan e, em 1993, passou para a Secretaria Municipal de Transportes. Desde 1995, a CET – Santos administra o equipamento. Santos’ Buss Station Jaime Rodrigues Estrela Jr. was inaugurated on December 29 1969 by the then federal interventor in Santos, general Clóvis Bandeira Brasil. The Bus Station was built and run by Prodesan and in 1993 was passed to the City Department of Transportation. Since 1995, CET-Santos manages the equipment.
Parque Municipal Roberto Mário Santini – Emissário Submarino
foto: NILTON SILVA
Avenida Presidente Wilson, s/nº – José Menino O Parque do Emissário, como é conhecido, tem área de 42.766,10 m² e foi construído sobre a plataforma terrestre do emissário submarino de Santos. Inaugurado para comemorar o 463º aniversário da cidade, o projeto é assinado pelo arquiteto Ruy Ohtake. No local estão instalados playground, pista profissional de skate, ciclovia, mesas ao ar livre para jogos, arquibancada junto ao quebra-mar, torre de observação para jurados em competições de surf e áreas de convivência. Há também heliponto, pistas para corrida e caminhada, uma estátua em homenagem à imigração japonesa e também o monumento da artista plástica Tomie Ohtake.
locais
Parque do Emissário, as it is known, has an area of 42,766.10 square meters and was built over the submarine outfall of Santos. Inaugurated to celebrate the 463rd anniversary of Santos, the project is signed by architect Ruy Ohtake. On the site, there is a playground, professional skating rink, bicycle path, outdoor tables for games, stands next to the breakwater, an observation tower for the members of the jury in surf competitions and living areas. There’s also an helipad, walking and running trails, an statue in honor of the Japanese immigration and also a monument of plastic artist Tomie Ohtake.
100
Instituto Arte no Dique
O Instituto Arte no Dique, organização não governamental, sem fins lucrativos, desenvolve trabalho sociocultural com a população do Dique da Vila Gilda, na Zona Noroeste de Santos, uma das regiões com maiores índices de vulnerabilidade social. A proposta é realizar ações, oficinas e cursos profissionalizantes regidos pelos princípios da inclusão social, pesquisa e valorização da cultura local. Além de aquisição de conhecimentos específicos do mundo da arte e cultura que possibilitem a ampliação do universo cultural, busca-se a descoberta de talentos, saberes e habilidades pessoais que podem ser direcionadas à formação profissional com qualidade. Instituto Arte no Dique, a non-governmental, non-profit organization, develops socio-cultural work with the population of Dique Vila Gilda in Northwestern Santos, one of the areas with the highest rates of social vulnerability in the city. The proposal is to take actions, elaborate workshops and training courses, governed by the principles of social inclusion, research and appreciation of local culture, acquisition of specific knowledge of the world of art and culture that enable the expansion of the cultural universe, as well as the discovery of talents, knowledge and personal skills that can be directed to quality professional training.
locais
foto: ED FIGUEIREDO
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.349 – Jardim Rádio Clube – Zona Noroeste
101
ESPETÁCULOS E INTERVENÇÕES SHOWS AND INTERVENTIONS
SESC SANTOS
TEATRO
05 QUI THU O QUE O CORPO NÃO LEMBRA (BEL) 21H30
AUDITÓRIO
06 SEX FRI
07 SÁB SAT
O QUE O CORPO NÃO LEMBRA (BEL) 21H30
SIM - AÇÕES INTEGRADAS DE CONSENTIMENTO PARA OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA (BRA-SC) 19H30 E 21H30
O HOMEM VERMELHO (BRA-RJ) 20H
O HOMEM VERMELHO (BRA-RJ) 20H
GINÁSIO BALÕES VERMELHOS (BRA-SP) 17H30
CONVIVÊNCIA
SEM TÍTULO (BRA-SP) 14H
PORTARIA SOCIAL E PORTARIA TEATRO TEATRO MUNICIPAL BRÁS CUBAS TEATRO GUARANY
AVENTURA ENTRE PÁSSAROS (BRA-RJ) 21H30
AVENTURA ENTRE PÁSSAROS (BRA-RJ) 21H30
ÁLBUM DAS FIGURINHAS (BRA-SP) 15H
ÁLBUM DAS FIGURINHAS (BRA-SP) 11H A PROJETISTA (BRA-MG) 20H
NOSOTRES (CHI) 18H
NOSOTRES (CHI) 18H
CASA DA FRONTARIA AZULEJADA C.A.I.S. VILA MATHIAS CLUBE VASCO DA GAMA MONO-BLOCOS (BRA-MG) 13H TRÍADE TOUR SANTOS (BRA-SP) 12H E 14H*
RUA XV DE NOVEMBRO
MONO-BLOCOS (BRA-MG) 15H SOLO DE RUA (BRA-SP) 15H #PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
EMISSÁRIO SUBMARINO PRAÇA ABÍLIO RODRIGUES PAZ (BNH) PRAÇA DAS BANDEIRAS
METÁFORA DO CONFRONTO (BRA-RJ) 15H PAISAGENS INTER-URBANAS (BRA-RJ) 15H
PRAÇA DA PAZ - ZONA NOROESTE PRAÇA EM FRENTE AO SESC SANTOS PRAÇA MAUÁ
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
POEMAS CINÉTICOS (BRA-SP) 16H30
MONO-BLOCOS (BRA-MG) 12H30
METÁFORA DO CONFRONTO (BRA-RJ) 12H30
BALÕES VERMELHOS (BRA-SP) 12H30
PAISAGENS INTER-URBANAS (BRA-RJ) 17H
RODOVIÁRIA
102
SESC SANTOS
programação
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ADDITIONAL ACTIVITIES CONVERSATÓRIO CONVIVÊNCIA
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
CURADORIA, PROCESSO CRIATIVO 15H ÀS 17H SESSÃO SESCTV 11H E 12H
CURADORIA EDUCATIVA, CERCADA DE NOVOS OLHARES 11H ÀS 13H SESSÃO SESCTV 15H E 16H
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO DANÇANDO COM O ESPAÇO 15H ÀS 16H. SALA 32 LANÇAMENTO DE LIVRO 19H. SALA 1
SALAS C.A.I.S. VILA MATHIAS
MASTERCLASS 11H ÀS 14H. SALA 13
SUGESTÕES PARA UMA CIDADE HABITAR UM CORPO 10H ÀS 14H. SALA 13
08 DOM SUN
09 SEG MON
CARTA DE AMOR AO INIMIGO (BRA-SC) 21H30 EXHIBITION (BRA-RJ) 20H
EXHIBITION (BRA-RJ) 20H
VAZIO (URU) 18H
VAZIO (URU) 18H
10 TER TUE
11 QUA WED
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA (FRA) 21H30
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA (FRA) 21H30 DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE (BRA-PI) 20H
12 QUI THU DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE (BRA-PI) 20H
BALÕES VERMELHOS (BRA-SP) 17H30 SEM TÍTULO (BRA-SP) 14H
SEM TÍTULO (BRA-SP) 14H
SEM TÍTULO (BRA-SP) 14H TÊTES À TÊTES (BEL) 15H
TÊTES À TÊTES (BEL) 15H SOBRE EXPECTATIVAS E PROMESSAS (BRA-SC) 20H
A PROJETISTA (BRA-MG) 20H
HOT 100 - THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS (BRA-SP) 20H
HOT 100 - THE HOT ONE HUNDRED CHOREOGRAPHERS (BRA-SP) 20H
SOBRE EXPECTATIVAS E PROMESSAS (BRA-SC) 20H
O CONFETE DA ÍNDIA (BRA-RJ) 18H
O CONFETE DA ÍNDIA (BRA-RJ) 18H
BADERNA (BRA-SP) 18H
BADERNA (BRA-SP) 18H
PEQUENA COLEÇÃO DE TODAS AS COISAS (BRA-RJ) 15H
PEQUENA COLEÇÃO DE TODAS AS COISAS (BRA-RJ) 15H
ENQUANTO ESTAMOS AQUI (BRA-RJ) 20H
ENQUANTO ESTAMOS AQUI (BRA-RJ) 20H
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
TRÍADE TOUR SANTOS (BRA-SP) 12H E 14H* BALÕES VERMELHOS (BRA-SP) 13H
TRÍADE TOUR SANTOS (BRA-SP) 12H E 14H* METÁFORA DO CONFRONTO (BRA-RJ) 13H
TRÍADE TOUR SANTOS (BRA-SP) 12H E 14H*
PAISAGENS INTER-URBANAS (BRA-RJ) 13H
BIG BANG BOOM (BRA-PR) 17H**
TRÍADE TOUR SANTOS (BRA-SP) 12H E 14H* BIG BANG BOOM (BRA-PR) 17H**
METÁFORA DO CONFRONTO (BRA-RJ) 15H PAISAGENS INTER-URBANAS (BRA-RJ) 15H #PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
POEMAS CINÉTICOS (BRA-SP) 16H30 VÁCUO – I, IMPOSTOR (BRA-SP) 18H
VÁCUO – I, IMPOSTOR (BRA-SP) 18H
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
#PRIMAVERA#INVERNO (BRA-CE) 19H
BALÕES VERMELHOS (BRA-SP) 15H SOLO DE RUA (BRA-SP) 15H
SOLO DE RUA (BRA-SP) 12H30
PAISAGENS INTER-URBANAS (BRA-RJ) 12H30
SESSÃO SESCTV 11H E 12H
SESSÃO SESCTV 15H E 16H
PRODUÇÃO E PESQUISA EM DANÇA PARA CRIANÇAS 15H ÀS 17H SESSÃO SESCTV 11H E 12H
CELEBRAÇÃO DA SAGRAÇÃO 11H ÀS 13H SESSÃO SESCTV 15H E 16H
SESSÃO SESCTV 15H E 16H
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
BALÕES VERMELHOS STILL_MÓVIL DISPOSITIVO MÓVEL OHNO
DANÇANDO COM O ESPAÇO 15H ÀS 16H. SALA 32 AULÃO 11H ÀS 13H. SALA 41
AULÃO 11H ÀS 13H. SALA 41
LANÇAMENTO DE LIVRO 18H. SALA 1
B WITH PEOPLE 10H ÀS 13H . SALA 41
B WITH PEOPLE 10H ÀS 13H . SALA 41
POÉTICA COTIDIANA DO CORPO 10H ÀS 11H. SALA 14
POÉTICA COTIDIANA DO CORPO 10H ÀS 11H. SALA 14 PARA MOVER(-SE)15H ÀS 18H. SALA 14
PARA MOVER(-SE) 15H ÀS 18H. SALA 14
programação
SOLO DE RUA (BRA-SP) 17H
103
Sesc – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO SESC – THE SOCIAL SERVICE OF COMMERCE Administração Regional no Estado de São Paulo Regional Administration in São Paulo State Presidente do Conselho Regional President of Regional Council Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Regional Department Director Danilo Santos de Miranda Superintendentes Superintendents Técnico Social Social Technician Joel Naimayer Padula Comunicação Social Social Communication Ivan Paulo Giannini Administração Administration Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Technical and Planning Consultancy Sérgio José Battistelli Gerentes Managers Ação Cultural Cultural Action Rosana Paulo da Cunha Adjunta Deputy manager Flávia Carvalho Estudos e Desenvolvimento Studies and Development Marta Colabone Adjunta Deputy manager Andréa de Araújo Nogueira Saúde e Alimentação Health and nutrition Maria Odete F. M. Salles Adjunta Deputy manager Maria Fabiana Ferro Guerra Programas Socioeducativos socioeducational programs Maria Alice Oieno de Oliveira Nassif Adjunta Deputy manager Flávia Roberta Costa Artes Gráficas Graphic Design Hélcio Magalhães Adjunta Deputy manager Karina Musumeci Centro de Produção Audiovisual Audiovisual Production Centre Silvana Morales Nunes Difusão e Promoção Publicity and Promotion Marcos Ribeiro de Carvalho Adjunto Deputy manager Fernando Fialho Desenvolvimento de Produtos Product Development Marcos Lepiscopo Adjunta Deputy manager Evelim Lúcia de Moraes Relações com o Público Public Relations Paulo Ricardo Martin Adjunto Deputy manager Carlos Rodolpho T. Cabral SescTV Valter Vicente Sales Filho Adjunta Deputy manager Regina Salete Gambini Contratações e Logística Hiring and Logistics Jackson Andrade de Matos Adjunto Deputy manager William Moraes Patrimônio e Serviços assets and services Hosep Tchalian Adjunto Deputy manager Gilberto de Almeida ENGENHARIA E INFRAESTRUTURA ENGINEERING AND INFRASTRUCTURE Amilcar João Gay Filho ADJUNTO Deputy manager Carlos Humberto Bigaton licitações bids Jair Moreira ADJUNTO Deputy manager Paulo César dos Santos Tecnologia e Informática Technology Juvenal Francisco Pires Adjunto Deputy manager Flávio Balerine Sesc Santos Luiz Ernesto Figueiredo Adjunto Deputy manager Sergio Pinto Bienal Sesc de Dança 2013 Sesc Dance Biennial 2013 Coordenação coordination Luiz Fernando S. Silva, Juliano B. C. Azevedo, Liliane Soares de Oliveira Curadoria curatorial team Juliano B. C. Azevedo, Liliane Soares de Oliveira, Djaine Damiati, Nirvana Marinho, Valéria Cano Bravi ação educativa educational action Marcos Villas Boas Produção de programação PROGRAM production Heloisa Pisani PRODUÇÃO DE ESPAÇOS PRODUCTION of venues Marco Antônio M. Porto Coordenação de Espaços coordination of venues Alexandra Linda H. Matos, Claudia Vieira Garcia, Devanilson José Furlan, José Aparecido Temoteo Andrade, José Osvaldo Teixeira Júnior, Leonardo Douglas Nicoletti, Lilian Ronchi Oliveira, Maria Denise Ferreira Leite, Maria Lúcia Pereira Leal, Mauro César Raposo Júnior, Paulo Henrique A. Ferreira, Sarah Caramaschi Degelo, Silvio Luiz da Silva, Solange Alboreda, Vanessa Moura Afonso, Wanner Mussato Rodrigues Administrativo administration Reinaldo Teruel e equipe, Eduardo Ribeiro Hospedagem hosting Marise Teixeira Cabral Transportes transport Waldemar Marques Júnior e equipe Compras purchase Jacqueline Freitas e equipe Contratos contract Ana Carolina E. Fragoso, Eliana Pires Patrimônio assets Eliene Alves Sole Secretaria secretaries Maria Aparecida B. Justo, Camilla De Carli da Fonseca, Simone Ziszerman Alimentação nutrition Carmen Lúcia Lelli, Fabíola Freire, Débora Resende do Amaral Infraestrutura infrastructure Eduardo A. da Silva, Cássio Murilo Fialho e equipe Serviços services Edvaldo Paulino, Renata Brammer e equipe Comunicação communication Aline Ribenboim, Aguinaldo Soares da Costa, Angelita Celina M. B. Corrêa, Carla de Souza, Carlos Edgard Fumo Junior, Corina de Assis Maria, Matheus José Maria DESIGN GRÁFICO graphic design Rogério Ianelli, Thais Franco, Juliana Barretti PROPAGANDA e comunicação visual ADVERTISING and visual communication Daniel Tonus, Luciano Domingos, Roberta Perroni INTERNET E MÍDIAS SOCIAIS internet and social media Malu Maia, Carol Araujo, Paco Sampaio, Rafael Munduruca Ambientação ambiance G4 Produções Artísticas e Culturais / Márcio Medina filme promocional promotional film (F) Produtora de Conteúdo Audiovisual Ltda / Vinicius Terra e Marina Guzzo FOTOGRAFIA photography Marcos Bruvic Cenografia e Projeto Expográfico Scenography and expographic design Hideki Matsuka, Vinicius Cardoso Ferreira Catálogo e Guia de Programação Catalogue and Programming Guide Produção Textual texts Lucia Ramos Monteiro, Isabel Monteiro REVISÃO proofreading Samantha Arana VERSÃO INGLÊS english version Sintagma Traduções/Interpretações ASSESSORIA DE IMPRENSA press office Nossa Senhora da Pauta Assessoria de Comunicação / Frederico Paula