Povoar e defender: as fortalezas do Grão-Pará
o governador Manuel Rolim de Moura criticava a cidade por não ter um local adequado para guardar a pólvora, além de umas casas sem nenhuma estrutura e segurança. Reclamava que as munições estragavam pela umidade. Em 1703, mandara construir a obra para o armazenamento do material de guerra. Consta que a construção foi realizada fora da cidade “meio quarto de légua da cidade”, edificando-se “as paredes da casa interior de taipa de pilão e as do exterior metade de pedra e cal para maior segurança”.444 Pela descrição e notação do documento foi possível encontrar a planta do armazém que trata o documento, embora como é o caso de muitos desenhos, não há referência de autoria. Todavia, é uma planta do período de atuação de Velho de Azevedo. Dos dados presentes na planta lê-se a seguinte legenda A: casa principal da pólvora; B: corredores que a defendem e servem para o que for necessário; C: estâncias para as guardas e sentinelas; D: portas; e E: janelas, conforme se verifica na planta a seguir. Imagem 15. Planta do Armazém da Pólvora.445
444 Carta do governador ao rei. Belém do Pará, 8 de julho de 1703. AHU, Avulsos do Pará, Cx. 5; D. 391.
445 “Planta do armazém para pólvora”. Coleção Cartográfica e Iconográfica Manuscrita do Arquivo Histórico Ultramarino. (17?). D.0816/0817.
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