A saúde subindo e descendo do salto

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Trajetória feminina na saúde

A

s mulheres no Brasil não podiam estudar em nível superior até 1879 pelo decreto Leôncio de Carvalho, decreto 7.249 de 19 de Abril. Muitas jovens daquela época que optavam pelo estudo eram vistas como inadequadas ao casamento e as pressões eram grandes. Antes disso, uma jovem senhora viúva de militar, com filhos e parentes que lutavam na Guerra do Paraguai (1864-1870) se voluntariava no estado da Bahia para ser enfermeira. Ana Néri, com 50 anos, mandou uma carta para o então presidente da província da Bahia, em 1865, para ser aceita como enfermeira voluntária na guerra. Sua solicitação havia sido aceita e apesar das pesadas críticas da mesma estar “louca”, Ana Néri ficou cinco anos como enfermeira do front. Sua missão mais penosa foi encontrar seu filho em meio aos soldados feridos. Não teve tempo para chorar, precisava dar de comer aos órfãos e tratar dos soldados feridos. Em 1870, com o final da contenda, voltou ao Brasil com quatro crianças órfãs e foi honrada pelo governo com as medalhas: Humanitária de primeira classe e Geral de Campanha. Em 2009, recebeu uma justa homenagem ao ser a primeira mulher a entrar para o “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”. Uma história de garra também teve Maria Augusta Generosa Estrella. Filha de imigrantes portugueses, nascida no estado do Rio de Janeiro, essa menina estudou na adolescência no Funchal, onde foi reconhecida não só pela sua inteligência como sua perspicácia. Aqui chegando, leu no jornal que uma mulher fora aceita em uma universidade renomada dos Estados Unidos para o curso de medicina. Em 1875, com 15 anos, Maria Augusta partia com seu pai para fazer os exames admissionais. Encantou aos juízes e mesmo após a falência de sua família, seus 14


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CAP 4: SIMPLESMENTE MULHER, COMPLEXO ASSIM

19min
pages 182-198

CAP 3: TÁ DOENDO?

9min
pages 175-181

CAP 1: ALGUÉM PARA CHAMAR DE MEU

14min
pages 160-168

PARA SEMPRE?

8min
pages 169-174

ALÉM DE UM JALECO, UMA MULHER

0
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CAP 7: PINGUE-PONGUE: ENTREVISTA COM DRA. ANA EMÍLIA Ó DE ALMEIDA

5min
pages 153-158

CAP 6: A REALIDADE IMITANDO A FÁBULA

6min
pages 149-152

CAP 4: QUANDO O PODER É POTENCIALIZADO PELOS DESAFIOS

23min
pages 104-120

CAP 3: DESABAFAR OU NÃO NO TRABALHO? EIS A QUESTÃO

9min
pages 132-139

CAP 4: CONTO: SAÚDE DE UM É SAÚDE DE TODOS

7min
pages 140-144

CAP 1: TERAPIA DE MINUTO: TÁ VALENDO

6min
pages 122-125

CAP 3: MENOS SEDUÇÃO E MAIS SEGURANÇA

3min
pages 101-103

DE PROFISSIONAL PARA PROFISSIONAL

0
page 121

CAP 5: CONTO: RENOVANDO A AUTO-ESTIMA, A MULHER QUE EXISTE EM VOCÊ

5min
pages 145-148

GIRASSOL MUSICAL

9min
pages 126-131

O “PODER” DA MULHER PROFISSIONAL DE SAÚDE

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page 93

CAP 2: PODER É SABER O QUE NÃO POSSO

2min
pages 99-100

CAP 1: CONTO: A SEDUÇÃO Á CONTA-GOTAS

7min
pages 94-98

CAP 6: A HISTÓRIA DA MÉDICA BAILARINA

5min
pages 71-73

CAP 8: O QUE POSSO FAZER COM O QUE SOU AGORA?

9min
pages 78-83

CAP 7: TEM A SAÚDE E A SUA PRÓPRIA SAÚDE

5min
pages 74-77

CAP 9: O CUIDADO COM O AUTOCUIDADO

9min
pages 84-92

NOS CHAMANDO

5min
pages 67-70

CAP 2: COM INTERESSE, DÁ TEMPO

1min
pages 60-61

CAP 3: MINHA HISTÓRIA DE AMOR COM A MEDICINA

4min
pages 62-64

CAP 4: UM SONHO EM DOIS

3min
pages 65-66

CAP 1: CARREIRA E FAMÍLIA, DUAS MÃOS JUNTAS

5min
pages 56-59

CAP 4: MAIS QUE MÉDICA, UMA LÍDER

7min
pages 48-54

OS CONFLITOS DA PROFISSIONAL DE SAÚDE

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page 55

CAP 3: MEU JALECO É ROSA, E DAÍ?

14min
pages 39-47

FOI EMBORA

13min
pages 31-38

APRESENTAÇÃO

1min
pages 13-14

TRAJETÓRIA FEMININA NA SAÚDE

3min
pages 15-18

CAP 1: EU SEMPRE QUIS SER MÉDICA

19min
pages 20-30

PREFÁCIO

2min
pages 11-12
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