4 MAIS QUE MÉDICA, UMA LÍDER. Por Níobe Maria.
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asci em Fortaleza no ano de 1950. Sou a caçula de uma família de quatro filhos, sendo a única filha mulher. Tais circunstancias moldaram meu temperamento e atitudes diante de situações difíceis. Minha vida foi sempre voltada para os estudos e ingressei na Medicina aos 18 anos. Acredito que isso se deu, de certo modo, por influência da minha mãe, pois sentia em mim a vocação para a área do Direito. Na vida acadêmica, fui influenciada por grandes mestres, que souberam transmitir os verdadeiros valores éticos da profissão, ou seja, o bem do paciente como a única razão de nossas ações. Optei por fazer Clínica Médica e fiz Residência Médica no Hospital dos Servidores do Estado/RJ. Iniciei minha vida profissional no Serviço Social da Indústria, na Superintendência do extinto INAMPS e no Hospital Geral de Fortaleza – HGF após concurso público, onde estou há 38 anos com a mesma energia, mas com propósitos mais claros em relação à minha contribuição na saúde. Após poucos anos de atividade no HGF, descobri meu outro lado vocacional – a Gestão Hospitalar. Decidi fazer Mestrado e vários cursos de especialização nessa área, além de ler os principais clássicos da Administração. Aprendi, ao longo dos anos, que, na Gestão, o mais importante é a LIDERANÇA, conquistada e construída pela credibilidade para fazer o que deve ser feito. Compreendi que ser líder não significa ocupar cargo administrativo, embora toda pessoa que ocupe cargo de gestão deva ser um líder. Iniciei minha trajetória como gestora na Chefia do Serviço de Clínica Médica (única médica entre nove staffs homens) e, daí por diante, 47