CIDA PEDROSA (1963)
Poeta pernambucana, foi uma das militantes do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco na década de 80 e daí vem seu gosto e experiência com a oralização e a leitura pública de poemas. . Cidadã recifense (título recebido no ano passado), tem dez livros de poesia publicados, entre eles As filhas de Lilith (2009), Miúdos, (2011), Claranã (2015) e a coletânea Gris (2018).. Tem participação em antologias de poemas e contos no Brasil e Exterior .É feminista, candidata a vereadora pelo PCdoB em 2020 e finalista do premio Jabuti nesse mesmo ano.
Bicicletas voam Na cidade que não vê. Dor no app. URBE hoje na minha boca não cabem girassóis cabe um poemapodre cheiro de mangue capibaribe um poemaponte galeria esgoto chuvas de abril um poemacidade fumaça ferrugem fuligem hoje na minha boca cabe apenas o poema o poema hóspede da agonia TEREZA mãos enormes as de Geraldo tào grandes que náo cabem no corpo magro de tereza quando se casaram tinham planos de comprar uma casa de varanda e passar uma semana em bariloche neste tempo os peitos de tereza cabiam inteiros nas mãos de geraldo mãos enormes as de geraldo tão grandes que se espremem nas algemas e não podem mais acenar para tereza que nesta hora é conduzida no carro do IML para exame de corpo de delito AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA sob suspeita de estrangulamento
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