ROZA MONCAYO (1954)
Poeta goiana é também artista plástica. Vive desde os 5 anos em São Paulo. Fez curso de história da arte no MASP, bacharelou-se em letras e ciências sociais pela USP e foi educadora em escolas públicas. Em 1988 foi para Bélgica, ficou um ano, e quando voltou decidiu abandonar o ensino e dedicar-se inteiramente à arte. Seus poemas já foram publicados pela revista CULT, em abril de 2010. Publicou seu primeiro livro de poemas - Labirintos da Alma, em 2014, pela editora Patuá.
TEIA O tempo tece por detrás da trama a tessitura invisível de um imponderável existir Dos fios que se enroscam se envolvem se torcem proliferam nós e pontas indecifráveis E dessa teia tântrica evoluem dançantes fluxos convexos na tentativa de burlar a impermanência de tudo ORIGEM Estourar os tímpanos e libertar a alma. Ouvir com o corpo inteiro o grito das entranhas. Misturar-se aos sons perfurantes do encontro absoluto da baqueta e do couro. Defrontar-se com o início de tudo, e sentir-se nascendo do berro e da luz que te joga no mundo. Ritual de iniciação, de resistência ---o som primordial. Resistir, resistir desde antes. 22
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA