MARCIA MARANHÃO DE CONTI (1957)
Poeta maranhense, mudou-se para Goiânia aos 7 anos, morou em São Paulo, retornando a Goiânia onde mora. Estudou piano, é formada em Nutrição e Direito e aposentou-se como nutricionista. Tem poemas publicados em vários blogues, revistas e antologias. Roteirizou e participou, com seus poemas, do show Palavra e Canto com o grupo Fé Menina e o poeta Rubens Jardim. Publicou Luar nos Porões em 2011 e em 2013 ganhou o prêmio de poesia Hugo de Carvalho Ramos com Fissura do Vestido. Entre os prêmios em poesia estão: Prêmio Nacional de Poesia Cidade Ipatinga (2º lugar em 2007 e 2013); Poemas no Ônibus e no Trem 2007/2009/2011; Prêmio TOC 140 da Fliporto/2013.
A NINHADA A ninhada de palavras Não me deixa dormir. Ser poeta é suportar os peitos Inflamados E deixar a linguagem sugar Até sangrarem os bicos. COLHEITA apanho à noite palavras maduras e guardo para o poema que vem com fome espreitar o que sinto colho palavras simples como se eu fosse camponesa colhendo frutas nativas que se come na bacia pego cada uma e aprecio encho a boca de saliva e dou uma mordida só pra sentir o ponto vou alegre e trêmula como se eu fosse música sentindo o ar, a estrela, a lua a noite eu em um alarido de sintonias afiando o faro, os poros, a língua PLUMA poesia é pluma do azul que restou relíquia. rastro de fé ou ausência tempo que vem de não sei onde éden na língua. naco de amor.
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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