possibilidades da fotografia contemporânea: mezanino e portfólio
depoimento de henrique idoeta soares1 espaço expositivo mezanino e portfólio
1 - Como se dava a concepção dos espaços expositivos das mostras dos projetos Mezanino e Portfólio, em geral? 2 - No Projeto Mezanino de Fotografia havia uma limitação de espaço: uma parede de 17, 18 metros lineares, mas que, mesmo assim, possibilitou propostas de montagens diversas. O que você teria a dizer sobre isso? 3 - Já no projeto Portfólio, as exposições eram montadas em um espaço de aproximadamente 120 metros quadrados. As possibilidades de montagens diversas foram ainda maiores. O que você teria a dizer sobre isso? 4 - A diversidade de montagens é uma característica das exposições de fotografia contemporânea? 5 - E com relação às itinerâncias? A configuração do espaço já ia preconcebida por você com base nas plantas do espaço expositivo do local? Que adaptações eram necessárias para que se mantivesse a configuração da exposição realizada na sede do Itaú Cultural, em São Paulo?
Vou falar inicialmente do Projeto Mezanino [de Fotografia], que foi uma criação do Núcleo de Artes Visuais. O projeto acontecia no corredor do piso mezanino, que estava ocioso. Esse corredor fazia a interligação entre o espaço da Arena, que é a cobertura do teatro, e o CDR [Centro de Documentação e Referência], que é a biblioteca. O Marcelo Monzani, na época [em 2003] gestor do Núcleo de Artes Visuais, teve a ideia. Era um projeto muito tímido e não tinha grandes possibilidades de trabalhar a expografia. Então, na verdade, o que fizemos foi criar um painel perpendicular logo na entrada [da exposição], para poder contemplar a parte de comunicação. Tinha o logotipo do projeto, o texto do curador, o texto institucional, a ficha técnica eu não me lembro se tinha, mas enfim. Ali você não deixava totalmente visível a exposição para quem passasse pela escada ou ia para o andar de cima ou descia. Mas se via que tinha um espaço expositivo, já, isolado. E essa parede, também, delimitava, deixava claro esse corredor, que deve ter próximo a uns 3 metros [de largura], sendo uma faixa de passagem para o CDR e para o espaço Arena, e a outra faixa já era
1 Nota da organizadora: depoimento de Henrique Idoeta Soares, gerente do Núcleo de Produção do Itaú Cultural, local onde o depoimento foi concedido a Daniela Maura Ribeiro, em 9 de abril de 2010. A revisão final da edição pelo entrevistado foi efetuada em 20 de agosto de 2010.
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