AH, MAS SE CHOVER...
M
ário Moraes formou com o locutor Pedro Luiz a maior dupla da história do rádio esportivo brasileiro. Inclusive, foi da junção dos dois nomes que nasceu o pseudônimo pelo qual o radialista e jornalista Vislei Bossan tornou-se um dos mais conhecidos e respeitados homens do rádio rio-pretense: Mário Luiz, o comentarista que sabe o que diz. Mário talvez ainda nem estivesse por aqui quando o futebol e o rádio produziram um episódio exemplar da esquisita coreografia do idioma e da bola. Aconteceu com o Rio Preto Esporte Clube nos anos 1960, tempo em que todas as despesas do time visitante, como hospedagem e alimentação, eram por conta do time da casa. A tabela da Segunda Divisão marcava o jogo – provavelmente contra o Garça FC – para um sábado à tarde no velho Estádio Victor Brito Bastos, mas choveu e a partida foi adiada para domingo de manhã. Choveu de novo e a transferiram para domingo à tarde. Continuou chovendo e resolveram adiar para o dia seguinte, e as despesas correndo soltas.