O RÁDIO GOSTAVA DE ELEGER O REI MOMO
N
ada influenciou tanto a eleição e a deposição dos reis do Carnaval como o rádio, de onde saíram monarcas como Olívio Campanha, o “Cuiabano”, muito mais conhecido pelos seus programas matinais de música sertaneja do que propriamente pela sua aptidão pelo samba. O repórter Castro Barbosa – então trabalhando com Amaury Jr., que apresentava o programa Encontro Marcado na rádio Independência – chegou ao trono justamente na época em que tinha perdido a silhueta arredondada dos reis momos por conta de um de seus infalíveis regimes para emagrecer. Antes, a realeza foi ocupada pelo repórter esportivo Amílcar Prado, o Jacaré, que passou por praticamente todas as emissoras locais, inclusive a TV Rio Preto. Houve um ano em que a figura do rei momo foi ofuscada pelo brilho de um convidado ilustre. O jornalista Saulo Gomes, notabilizado pelas reportagens sobre invasões de discos voadores que apresentava na TV Tupi de São Paulo, veio para Rio Preto contratado pelo então Canal 8. Tornouse coordenador do Carnaval e trouxe para cá ninguém menos do que o sam-