Te c n o l o g i a
METAVERSO: A TRIDIMENSÃO DO ABSURDO Uma nova camada do universo que integra os mundos real e virtual. Chega para revolucionar conexões humanas, gerar negócios milionários e iniciar polêmica sobre o sentido da nossa existência
Por Pedro Ângelo Cantanhêde
O que difere a vida real do mundo dos sonhos? Não é difícil encontrar pessoas que se consideram mais felizes quando dormem, quando vivem as criações fantásticas da fértil mente humana. O sonho é a liberdade, mas uma liberdade restrita. Por quê? Pois, diferentemente da nossa vida com os olhos abertos, não controlamos nossas ações no sonho, apenas aceitamos – ou acordamos. O metaverso chega com vislumbres oníricos, mas que vão além do sonho. Promete ser real e, acima disso, livre em escolhas. Não gosta do seu nome?, crie agora mesmo um nickname; cansado da sua aparência?, aqui você pode ter o corpo que você quiser. Entretanto, antes de entrar nesse mérito, é preciso entender do que se trata realmente o metaverso. O sufixo “meta” vem do grego e significa “mudança”, assim como em “metamorfose”, a mudança da forma. Aqui, tal mudança é maior: é de universo. Contudo, o crescimento e a valorização dessa ideia são ainda muito novos, não sendo possível uma definição concreta do que é o metaverso, mas as principais concepções se centram na união de tecnologias que fazem da realidade aumentada um ambiente digital no qual será possível a vivência completa e conjunta com a “vida real”, ou até mesmo independente. “Tentar definir o metaverso seria como tentar explicar, em 1989, o que era a internet e como ela impactaria a vida da humanidade”, afirma o chefe de alianças estratégicas para inovação e novos aparelhos da Positivo Tecnologia, Roger Finger. 124