M A RC OS C OSTA F IL HO (ORG.)
POETA AMARGO Faço versos por prazer, no anonimato, são como um auto retrato que acaba por se meter no álbum das recordações. De quando em vez, mostram-se a um amigo, só para que ele veja um sonho antigo ornado de ilusões. Se ele boceja, sinal evidente do tédio que o domina, põe-se uma folha por cima e guardam-se, novamente. Mas eu não desisto e, não sei bem porquê, ainda persisto em fazer versos que ninguém lê.
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