ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
A PANDEMIA Janela aberta, estático, me quedo, Envolve-me o silêncio, mas tão triste, Parece até que o mundo não existe E, então, de olhos fechados, tenho medo. É vírus que engendrou um tal enredo, Que teima em avançar, e que persiste, Que derruba barreiras e que insiste, Pra todo o mundo, oculta o seu segredo. E o povo, pra suster esta gangrena, Ficou dentro de casa, em quarentena, Enquanto uma vacina não resolve. Sem ouvir uma voz, por mais singela, Assim, me quedo, triste, na janela, Por todo este silêncio que me envolve.
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