MARIA ISLAIR DUARTE LAGES
O MISTÉRIO DO VENTO Quando veste o céu de luto, O vento é um inimigo astuto Soprando o clarim de guerra, Aliado ao raio e ao trovão, Trazendo a destruição, Com violência, invadem a terra. Seus lamentos nos telhados, Num desabafo magoado, Quanta agonia nos traz, Parecendo almas penadas, Assombrando as madrugadas Procurando a paz. Seu proceder esquisito Ora ele é bravo, agressivo, Açoitando sem motivo, Ora é sereno e doce Agindo como se fosse Um mensageiro do infinito. Acho até que é bipolar, Pois muda a todo o momento. E certa vez, inclusive, Brinquei de ser detetive, Mas não consegui desvendar O mistério que tem o vento.
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