CAPÍTULO 4 O VOLOVELISMO
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o Brasil, o vôo com planadores não acompanhou o desenvolvimento que essa atividade apresentou em todo o mundo no pós-guerra. Por imposições bélicas estratégicas, alguns campos de pouso haviam sido requisitados pelas autoridades militares, impedindo os vôos de instrução e de lazer dos clubes que neles operavam, como foi o caso do Clube Politécnico de Planadores, que teve de ceder suas instalações em Cumbica para o Corpo de Base Aérea de São Paulo. Também a falta de instrutores, em sua maioria de origem estrangeira e, por isso mesmo, proibidos de voar, fora outra causa que entravou o progresso do Volovelismo. A par dessas dificuldades, não havia uma política de amparo aos clubes, faltavam diretrizes que orientassem a atividade do vôo sem motor e os auxílios governamentais eram insuficientes. Dessa forma, o Vôo a Vela no pós-guerra só subsistia pela dedicação e esforço de uns poucos entusiastas desse esporte aéreo. Nessa época, o Volovelismo estava praticamente restrito a três entidades: o Clube Politécnico de Planadores (CPP), de São Paulo; a Seção de Vôo a Vela do Aeroclube de Bauru, no interior paulista; e o Clube de Planadores Duque de Caxias, o mesmo Clube de Planadores do Rio de Janeiro, com nova denominação. As atividades aéreas do CPP passaram a ser praticadas somente aos domingos e fora da cidade de São Paulo (em Santos ou São José dos Campos), o que dificultava a eficiência da instrução de vôo. No Aeroclube de Bauru, que possuía a mais bem organizada escola de planadores do país, o Volovelismo também só era praticado nos fins de semana, o mesmo acontecendo com o Clube de Planadores Duque de Caxias, cujos vôos, realizados no aeródromo militar do Campo dos 335
Pacote 07.p65
335 Preto
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