e facilitavam, embora precariamente, o transporte, principalmente para o interior, trazendo o desinteresse pelo vôo, cada vez mais dispendioso pelo avanço da inflação. E não foram poucas as empresas que suprimiram Linhas ou cujo controle foi passado a outras, que acabaram por as absorver. Contudo, apesar da extinção de várias empresas, não houve um enfraquecimento da Aviação Comercial brasileira. As poucas que permaneceram em atividade progrediram e alcançaram sucesso. Amenizaram a grave competição de tarifas, expandiram-se em rotas, aumentaram suas frotas e equipagens e se organizaram para enfrentar as exigências da evolução vertiginosa do transporte aéreo. Para comprovar o progresso da Aviação Comercial, basta dizer-se que se em fevereiro de 1947 apenas 124 localidades brasileiras eram servidas por transporte aéreo regular de passageiros, em janeiro de 1956 esse número crescera para 308. Da mesma forma, a frota de aviões de transporte regular quase triplicou, passando de 97 em janeiro de 1946, para 272 no fim de janeiro de 1956. Segundo as estatísticas disponíveis, a comparação do número de quilômetros e horas voadas e de passageiros transportados durante o período de abrangência deste volume é outra evidência de seu grande desenvolvimento:
Ano
Quilômetros
Horas
Passageiros
19 4 6
3 2 . 14 0 . 2 2 9
126.528
514.108
19 4 7
46.191.075
182.795
770.634
19 5 1
85.234.006
343.578
2.131.348
19 5 2
86.230.911
309.657
2.110.085
19 5 3
95.058.452
392.489
2.510.071
19 5 4
10 3 . 6 6 5 . 2 2 8
419.955
2.733.414
19 5 5
110.947.705
430.091
2.773.680
2 – A Proliferação e Extinção de Empresas Aéreas
Para efeito de registro, procura-se aqui fazer referência a todas as empresas brasileiras, de transporte aéreo regular e táxi aéreo, criadas até 31 de janeiro de 1956, mesmo àquelas cuja existência foi apenas efêmera, e das quais poucos dados de maior significância restam. 343
Pacote 08.p65
343 Preto
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