Afonsos, e o da Região Norte, em Natal; a mudança da ECEMAR para o Galeão, e da Escola de Especialistas de Aeronáutica para Guaratinguetá (SP); e a designação de pessoal para as Unidades Aéreas e não para as Bases (isso vinha causando grandes problemas). Além destas iniciativas, outras foram realizadas, dentre as quais destacamos: – o Decreto que “regulou as substituições nas Unidades e Bases Aéreas” (Decreto nº 29.845, de 4 de agosto de 1951); – o Decreto que autorizou o vôo por instrumentos em aeronaves monomotores, além das medidas que permitiram aos Comandos de Unidades Aéreas e à Divisão de Instrução de Vôo da Escola de Aeronáutica emitir certificado de vôo por instrumento (Cartões Verde, Branco e Branco Restrito); – a solicitação ao EMAER de estudo sobre a viabilidade de construção de aeronaves Friendship pela Focker S/A, na Fábrica do Galeão. Em agosto de 1954, grave crise política se acentuou no cenário nacional. O foco desta crise envolvia a Aeronáutica, em conseqüência do chamado atentado da Rua Toneleros, no qual perdeu a vida o Major Aviador Rubens Vaz. Em conseqüência foi instalado o inquérito do Galeão para apurar o crime. Este inquérito acabou por constatar o envolvimento da guarda pessoal do Presidente da República nos acontecimentos, cujo objetivo era eliminar o líder civil Carlos Lacerda, ferrenho opositor do Presidente. Tudo isto acelerou o agravamento da crise política. O Ministro Nero Moura solicitou exoneração no dia 16 daquele mês. Sugeriu ao amigo, o Presidente Vargas, que o substituto devia ser alguém que são fosse ligado ao Governo e com trânsito na ala discordante do Governo, de preferência da confiança de Eduardo Gomes. Sugeriu o nome do Brigadeiro Henrique Dyott Fontenelle, muito considerado entre o pessoal da Aeronáutica. O Presidente concordou com a indicação, desde que Fontenelle mantivesse o Gabinete de Nero Moura, o que foi aceito pelo indicado. Na manhã do dia 18, surpreendentemente, o Ministro demissionário foi informado pelo Chefe do Gabinete da Presidência de que o seu substituto seria o Brigadeiro Epaminondas Gomes dos Santos. Nero Moura sempre atribuiu essa mudança do Presidente a pressões de elementos do Governo contrários a entendimentos com a oposição, o que se confirma pelo fato de o escolhido discordar radicalmente de Eduardo Gomes. Depois, Nero Moura dedicou-se à Agricultura, até 1965, em fazenda adquirida em Goio-Erê, no Paraná. Desde 1955 até 1982, foi Assessor da Diretoria da Refinaria de Petróleo Ipiranga S/A. – Epaminondas Gomes dos Santos (18 de agosto de 1954 a 24 de agosto de 1954) Nasceu a 4 de novembro de 1891, no Rio de Janeiro, filho de Domingos dos Santos e Maria Paulina Pereira. Ingressou na Escola Naval em 1908, de onde saiu 75
Pacote 02.p65
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