LiteraLivre Vl. 5 - nº 29 – Set./Out. de 2021
Lucílio Ferreira Gonsalves Sobral/CE
Pátria Satírica (...) O que mais a embeleza neste instante? Na sombra a resvalar mole, alvejante, Entre aromas, vestido roçagante, Preso a um corpo franzino de mulher: Quem pudera segui-la de mansinho, Ser-lhe guia cuidoso em seu caminho, Fosse embora bem longe fenecer! (Poema Vulto, de Franklin Dória, do seu livro de poemas Enlevos)
ÉDIPO – Era uma vez um rei da China, chamado Arthur, que ficou célebre por ter feito o seguinte discurso antes de vir a falecer: “Ó Brazileiros, quais são as tuas cores?” “As minhas cores verde e amarelo são! Pelos incêndios que destroem nossa Amazônia, Pela febre amarela que adoenta a nação!” Tivemos infortúnios na História, No Novo Quartel será a vez da Desonra. Que o amado Deus tenha misericórdia desta pátria vil: Ave ó tedioso e ó explorado Brazil! Que o amado Deus tenha misericórdia desta pátria vil: Ave ó tedioso e ó explorado Brazil! Brazil com Z mesmo – por se achar sempre submisso aos yankees Para tentar com arrogância se mostrar aos povos estanques A todo o momento nos fátuos e toscos palanques! O CORO – Após tais palavras proferir, o Rei Arthur da China fechou os seus olhos para sempre e seu corpo passou a estar em pleno silêncio vegetal. E por conta da sua morte foi que os súditos, a realeza e os cidadãos do seu reino – que eram cegos dos ouvidos e entendidos como mudos – não viveram felizes para sempre…
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