LiteraLivre Vl. 5 - nº 29 – Set./Out. de 2021
Ricardo ryo goto São Paulo/SP
Presente “Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou 2 pequenas moedas, que valiam um quadrante. E, chamando os seus discípulos , disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza , deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.” - Marcos, 12-42,44 Ao dar um objeto, por mais que seja caro apenas satisfaço uma necessidade de tua carência,e que, mesmo avaro não hesito em dar-te com amabilidade. Não é de fato um presente,é trabalho morto (*) a mercadoria que tem preço e valor que te deixa feliz e que te traz conforto mesmo após te deixar só com tua dor. Mas se doo meu tempo, única propriedade exclusivamente minha, da qual sou único dono, capaz de empregar a meu bel prazer, entrego de fato um presente de verdade. Este momento existencialmente válido que permanece mesmo quando eu morrer.
(*)O capital é trabalho morto, o qual, como um vampiro vive apenas para sugar o trabalho vivo e quanto mais sobreviver mais trabalho sugará – K. Marx
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