LiteraLivre Vl. 5 - nº 29 – Set./Out. de 2021
Saul Cabral Gomes Júnior São Paulo/SP
É a Matinta que vem assombrar meus diass É a Matinta que vem assombrar meus dias... Quem és tu, Matinta? De onde vens? É a Matinta que vem assombrar meus dias... Vai-te embora, Matinta! Vai-te embora, árvore das trevas! Leva daqui teu silvo estridente, a quem teme a serpente. É a Matinta que vem assombrar meus dias... Deixa-me em paz, bruxa mimética! Deixa-me só com meus medos, Rainha de todos os medos. É a Matinta que vem assombrar meus dias... O que tu queres de mim, Matinta? Que eu me prostre a um temor ainda superior aos temores que transitam em meu rosto cotidiano? Que eu fique aprisionado no grito de Munch? Sai-te daqui, demônio arraigado no solo fértil da visão engenhosa. É a Matinta que vem assombrar meus dias... Vai-te embora, fonte de pavores inesgotáveis: os passos de Jack, os pássaros de Hitchcock;
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