Às vezes, tenho vontade de voltar ao passado
Foi-me pedido que escrevesse um texto subordinado ao tema «Eu, visto pelo meu olhar!». Nem
sei
bem
por
onde
começar. Apesar dos 16 anos, já tenho muito para contar, mas sempre ouvi dizer que se começa pelo início. Chamo-me
António
Seabra;
nasci a 29 de junho de 2004; filho de António Seabra (um nome pouco original por sinal) e Marisa Ribeiro, administrador judicial e advogada, respetivamente; não sou filho único, tenho uma irmã mais velha chamada Paula. Dos
3
meses
aos
5
anos
frequentei a Fundação Couto, na Avenida
da
República
e,
mesmo
sendo em frente ao escritório do meu pai, ele conseguia por vezes chegar atrasado para me ir buscar (chegar atrasado faz parte de nós, portanto). Em 2009, fomos de férias para Moçambique e acabamos por ficar lá a viver quatro anos e meio, justificando, assim, o facto de ter 16 anos e frequentar o 12º ano. A Willow
Internacional School foi a minha casa do 1º ao 4º anos. Colégio com sede na Turquia e com um rigor e disciplina como nunca vi. Todos os dias de manhã, antes de entrar, tínhamos de fazer filas por turmas e cantar o hino do país, só isso diz PORTUGUÊS – 2020/2021
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