Formei o meu próprio “eu”
O ciclo da vida é como o ciclo das plantas. Nascemos todos de uma semente, semente esta que é equivalente à semente que se planta no útero da nossa mãe, para um dia nascermos, e formamos todos as nossas raízes, e crescemos para um dia formarmos o nosso próprio ser. Como todos, passei por este processo e formei o meu próprio “eu”. A pergunta “quem fui?” é muito fácil de responder. Fui sempre o Yankee. Quando era mais novo, era o Yankee, o gordinho, por causa da fase onde passei por uma obesidade infantil; ou era o Yankee, o “mulatinho” com caracóis, que é o que melhor me descreve, pela forma invulgar como o meu cabelo se destaca no meio de qualquer grupo de pessoas; ou até por Yankee, o com os dentes separados, algo que nunca gostei em mim e me impediu muitas vezes de mostrar o meu sorriso devido à minha insegurança em mostrar os meus dentes. Fui mudando de estilo ao longo do meu crescimento. Comecei a andar com o cabelo preso, porque tornava a minha preparação para a escola mais fácil e cómoda. No entanto, hoje em dia são poucos os que já me viram com o cabelo amarrado. Tive uma infância preenchida com todo tipo de vivências, desde aprender da dor e sofrimento dos outros, que me fez ser grato e humilde pelo que tenho e dou, a momentos de felicidade com os que me eram e são mais próximos, o que impulsionou a minha energia e boa disposição. Devo dizer algo que me perturba bastante até hoje - o sofrimento dos outros. Sinto-me perturbado por ver pessoas tristes, sinto-me perturbado ao ver pessoas aleijadas ou pessoas a passar por qualquer tipo de dor, seja esta física ou psicológica. Isto influenciou bastante a minha personalidade, pois tenho uma necessidade de ajudar quem mais precisa, uma vez que preciso de boa disposição e boas energias ao meu redor para ser feliz.
PORTUGUÊS – 2020/2021
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