A vida é uma história interminável
Realizar uma reflexão sobre nós próprios pode ser algo desagradável, principalmente quando não queremos atrever-nos a perscrutar as nossas profundezas. Contudo, penso que um breve momento de introspeção (que, na realidade, acaba de se alastrar por duas tardes) não precisa, necessariamente, de constituir uma experiência enfadonha. Vejamos,
por
onde
começar?
Talvez pelo caminho que já percorri, uma estrada repleta de acontecimentos que acabei por classificar de “bons” ou “maus” dependendo da minha vontade na altura. Não posso negar que muitas vezes me deparei com situações que me provocaram grandes aborrecimentos e me fizeram pensar que o mundo era uma miséria. No entanto, ao longo do meu curto período de vida, fui entendendo que tudo o que vivenciava era necessário para mudar a minha mentalidade e moldar a minha identidade que, até hoje, continua em constante mudança. Apesar de ter consciência de tudo isto, é-me ainda impossível não colocar rótulos nas experiências por que passo. Por outro lado, o facto de ter chegado à conclusão de que nem sempre interpretei as situações que me aconteceram da melhor forma já representa uma pequena evolução de personalidade que, no meu entender, deve ser louvada.
PORTUGUÊS – 2020/2021
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