Em uma das reservas da Suazilândia
Um amigo, que trabalhava na Unesco, me convidou a ir com ele à Suazilândia. Ele iria para uma missão de três dias. Pedi que me deixasse, na ida, num hotel que ficava dentro de uma das reservas. Eu sabia que nessa reserva a gente podia caminhar pela savana, desde que acompanhada por um guia. Fui acomodada numa cabana simples e confortável. A única desvantagem é que o quarto não tinha banheiro. Na primeira noite, quando saí para ir à toalete, que ficava a alguns passos da cabana, encontrei um javali no caminho. Fiquei com medo de continuar. Voltei para o quarto e esperei que o bicho saísse. No dia seguinte, fui caminhar com um dos guias. No caminho, encontramos gazelas, corças, elefantes e zebras acostumados a ver as pessoas caminhando pelo parque. Foi uma aventura fantástica caminhar entre os bichos comendo, deitados ou andando pela savana. No início dos passeios eu tinha um pouco de medo, mas logo vi que os animais eram pacíficos. O guia carregava uma espingarda para amedrontá-los. A reserva tinha muitos cartazes pedindo para preservar a natureza e os animais. Fiquei surpresa ao ver que, no almoço e no jantar, comíamos churrascos daqueles bichos, o que contrariava, a meu ver, o espírito do parque. Foram dias de calma, de muitas caminhadas, da descoberta daqueles animais andando livres no meio da natureza.
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