Em Belém com Jean-Pierre
Conheci Jean- Pierre através do Edu, em Paris. Ele é uma pessoinha muito simpática e risonha. Nos anos 80, trabalhava na Nouvelles Frontières, uma agência de viagens que fazia voos e excursões baratas. Ele fez uma viagem ao Brasil com um grupo onde a maioria das pessoas era da terceira idade. O roteiro incluía um périplo por várias capitais brasileiras. Foram a São Paulo, Rio, Brasília, Salvador e Recife. A última etapa da viagem seria Belém. Algumas pessoas estavam muito cansadas e não quiseram continuar a viagem até o norte. O Jean-Pierre ficou com bilhetes que não seriam utilizados e me perguntou se eu queria ir com ele. Naquela época, não havia controle de identidade nos voos. Eu topei logo a aventura e viajei com o bilhete de uma francesa. Quando chegamos a Belém, eu, ele e o Gunther, um alemão que fazia parte da excursão, fomos até a casa do Sérgio, um amigo que não víamos há muito tempo. Tocamos a campainha da casa dele, à meia-noite, sem avisar. O Sérgio quase morreu de susto quando abriu. Ele nos convidou a ir a um bar do centro da cidade, frequentado por pessoas de todas as classes. Assim que encontramos lugar, uma índia muito bonita se aproximou de nós e sentou-se no colo do alemão, que sorriu de orelha a orelha. Quando saímos dali, o Gunther levou a índia para o hotel onde estava hospedado. Os dois passaram o dia seguinte andando de barco pelo Amazonas. O alemão estava encantado com a índia. No final do dia, quando voltaram para o hotel, ela apresentou a “conta 161