Atoladas na areia, Florianópolis, 2005
Viviane, era professora da Université Paul Sabatier, de Toulouse. Veio a Florianópolis para discutirmos um convênio entre a UFSC e a sua universidade. Era a primeira vez que ela vinha a Florianópolis e ao Brasil. Estava deslumbrada. Queria conhecer todos os cantos da ilha. No final de uma manhã, depois de uma reunião, saímos, eu e Edna, para mostrar as praias do leste para ela. Passamos pela Lagoa, onde tomamos um café. Depois, subimos o morro da Praia Mole, passamos pelo mirante da Lagoa e seguimos em direção à Praia de Moçambique. Para entrar nessa praia é necessário pegar um dos muitos caminhos de areia que saem da estrada principal. Inadver‑ tidamente, entramos no caminho errado e o carro da Edna atolou. Pedimos ajuda para um senhor que vinha passando e ele chamou uns amigos. Tentaram desatolar o carro, mas foi impossível. Era meio-dia, o sol estava forte e, no lugar onde estávamos, tinha apenas uma pequena sombra. Contatamos o seguro, que levaria uma hora ou mais para nos resgatar. Viviane não estava habituada a um sol tão forte e começamos a ficar preocupadas. Apesar de tudo, ela levou aquela aventura inesperada com humor. Quando vimos que a demora seria maior do que o normal, que a Viviane estava mostrando sinais de desconforto e estava ficando vermelha com o sol, ligamos para a Estera, uma colega, que veio buscá-la. Eu fiquei fazendo companhia à Edna, esperando pelo guincho, que demorou mais uma hora para chegar. 202