Lençóis Maranhenses, 2015
Chegamos em São Luís, eu e a Dada, na tarde de uma sexta-feira de fevereiro, uns dias antes do carnaval. Tínhamos planejado passar o fim de semana lá. Ficamos num hotel perto de uma praia meio sem graça, mas lotada. Pegamos um táxi até o centro da cidade e ficamos caminhando por lá. Naquele momento, o centro tinha um ar desolado. A maioria das casas estava em ruínas. Almoçamos por lá, demos mais uma volta e seguimos para o hotel. Decidimos ir para os Lençóis no dia seguinte. Pegamos uma van e três horas depois estávamos em Barreirinhas, uma das cidades que dão acesso aos Lençóis. É um lugar pequeno e calmo com vários hotéis e pousadas. As visitas ao parque são sempre monitoradas para garantir a preservação da natureza. Ninguém pode ir sozinho. Todos os dias, acordávamos cedo e íamos conhecer um pedaço do parque, um lugar fantástico, com suas dunas e lagunas escuras. Uma van nos deixava sempre na entrada do lugar e ficávamos caminhando na areia. Cada dia, éramos levados para uma parte diferente do parque. A paisagem com sua calma, seu silêncio e seu contraste de cores me dava a impressão de um passeio lunar. À tardinha, quando voltávamos do parque, íamos almoçar. Nossa sobremesa diária era um sorvete de manga maravilhoso. Eu tentava, todo o dia, mudar o sabor do sorvete, mas nunca consegui. Numa das tardes, fomos pelo rio Preguiças até à entrada do mar. É um lugar lindo, com alguns restaurantes nas margens. Almoçamos lá e ficamos, a tarde toda, ouvindo o barulho do mar e a brisa. 210