LiteraLivre Vl. 6 - nº 31 –Jan./Fev. de 2022
Nilde Serejo São Luís/MA
Vida Sangrenta Acordo, tomo meu café e sangro. Meu dia cheio de atividades, levar filhos na escola, Fazer as compras, lavar, passar e cozer Mas tempo não se compra. Ligação dos clientes, encomenda pra entregar O dia segue agitado, sem tempo Mas sempre tenho tempo para sangrar No bloco de notas sangro Minhas dores, minhas preocupações, Meus risos e inspirações Ao deitar sangro em silêncio Sangro da ponta do dedo Ou do fundo do coração. Em lágrimas sangro a alma Em versos tristes ou meros acasos Sangro para me sentir livre Sangro para não morrer sufocada.
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