LiteraLivre Vl. 6 - nº 32 – mar./abr. de 2022
Matheus Camilo Coelho Belém/PA
A geografa da dança hoje, deixa eu dormir na tua fadiga. deixa eu me afagar nas tuas lembranças. me conta dos teus passos de dança, da última transa, das coisas belas da vida. quero saber da tua crença, das tuas posições sobre a alma e o entrelaçamento dos planetas. das posições astrais, dos cantos dos pássaros, das plantas, da terra e do balançar das águas. maré também é casa, vai me dizer. não teimo em te chamar pelo nome ou pelo sexo. talvez seja Capitu, talvez seja Lisbela. teu nome é um livro, um filme, teu nome é um paradeiro. tua idade é uma cidade, tua idade é uma distância. é o lembrete de que o rio também corre para o lado contrário. teu beijo é lança e eu corro guardando conchas e rebanhos nas mãos. eu carrego ilusões, não poesias. Assim, eu não escrevo, eu me fantasio.
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