LiteraLivre Vl. 6 - nº 32 – mar./abr. de 2022
Ana Eduarda Teixeira Seixas de Azevedo Rio de Janeiro/RJ
Sem lugar para se esconder A crença na biblioteca como uma fascinante força educativa permeada de portas à imaginação e peculiaridades confronta a ideia da existência de uma luz excepcional e, simultaneamente, uma incomum escuridão em um mesmo ambiente. A excepcionalidade de uma biblioteca torna improvável a presença de parcela de erros e imperfeições na mesma. Uma estreia com narração comovente, pode-se dizer. É importante destacar seu incomparável papel na sociedade e no quão necessária é a presença de livros e manuscritos nesse ambiente, afinal, livrarias e livros andam e funcionam brilhantemente juntos. Por um lado, há quem diga que a leitura é um delicado equilíbrio entre confrontar diferenças e questionar convicções. Por outro, existem os que a consideram como um abrigo favorável numa rota de fuga – onde se espera encontrar tranquilidade, liberdade e companhia. Parafraseando Tocqueville, as histórias são uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias. Em segundo plano – e no atual cenário de pandemia – novas medidas de atuação foram implementadas nas bibliotecas. Antes, um local receptivo e aberto ao público sem restrições. Hoje, o contato com livros é feito por meio de plataformas digitais e os debates literários via chamadas de vídeo. Contudo, existe um ininterrupto questionamento sobre possíveis detrimentos ou impactos que essas medidas poderiam provocar na sociedade, visto que a biblioteca representa uma valiosa conexão entre a dinamização da leitura e o processo ensino-aprendizagem. Pela mesma razão e segundo a IFLA (Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias), diversos governos estão propondo novas normas acerca da situação, desde pequenas restrições até o fechamento definitivo,
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