LiteraLivre Vl. 6 - nº 32 – mar./abr. de 2022
Clarice de Assis Rosa Ituiutaba/MG
Não mais que sorrateiramentee Em teu olhar eu me perdi desde o instante em que, sorrateiramente, eu cedi. Abusado destino que zombou da minha força, e riu do meu desatino. Eu, que sempre fui senhora das minhas emoções, me perdi no descontrole de pensamentos invasores, não guiados pelas minhas razões Quando dei por mim, não consegui reassumir o manejo do meu barco. Optei por suprimir qualquer desejo inusitado, mas não saiu como esperado. Uma voz dizia: “Você não tem mais autonomia!” Enquanto outra respondia: “Ah, menina, não tente controlar seus passos. A vida é um laço, não a transforme em nó Não seja refém de si mesma, tenha leveza e se deixe levar com destreza. O passado não é relevante e nem deve influenciar o presente, que segue junto ao que você sente, não ao que você pensa”
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